FARMACOEPIDEMIOLOGIA Pandemia: Endemia: epidemia Farmacovigilância: Farmacoepidemiologia (Epidemiologia Farmacêutica) Ciência voltada para o benefício e o risco das drogas usadas em populações e para a análise dos resultados das terapias [feitas] com essas drogas. É o estudo do uso e dos efeitos dos medicamentos em um grande número de pessoas (STROM, 2000) . http://www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/conceito_glossario.htm • A farmacoepidemiologia é um campo de estudo que constitui uma ponte entre a farmacologia, a terapêutica, a epidemiologia e a estatística. • Conceitua-se a fármaco- epidemiologia como a aplicação de raciocínio e métodos epidemiológicos ao estudo dos efeitos, tanto benéficos quando adversos, e do uso dos medicamentos na população (Hartzema) Os dados farmacoepidemiológicos vêm tanto de ensaios clínicos como dos estudos epidemiológicos, com ênfase em: métodos para descoberta e avaliação dos efeitos adversos relacionados com as drogas, avaliação da razão risco/benefício da terapia com a droga, padrões de utilização da droga, [a relação entre] custo e eficiência das drogas específicas, metodologia de vigilância “pós- marketing", e a relação entre farmacoepidemiologia e a formulação e interpretação das diretrizes reguladoras Endemia É uma doença localizada em um espaço limitado denominado “faixa endêmica”. Isso quer dizer que, endemia é uma doença que se manifesta apenas numa determinada região, de causa local. É doença infecciosa que ocorre habitualmente e com incidência significativa em dada população ou região. Se uma doença ocorre com freqüência em determinada região sempre acometendo grande número de habitantes, chamamo-la de endemia. Há, por exemplo, endemia brasileiras. de dengue nas grandes cidades Todo ano, na temporada de chuvas, muitas pessoas são acometidas pela dengue. • Epidemia • É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. • Isso poderá ocorrer por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente (desconhecido). • É doença geralmente infecciosa, de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade. • Se uma doença ocorre em determinada época (mas não com freqüência, ou seja, não todo ano) acometendo grande número de habitantes, chamamo-la apenas de epidemia. • Por exemplo: Em um ano, várias pessoas foram acometidas pelo sarampo. Nos anos passados isso não havia ocorrido: epidemia de sarampo Pandemia É uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras. FARMACOVIGILÂNCIA: ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos (THE IMPORTANCE OF PHARMACOVIGILANCE, 2002). MEDICAMENTO: substância química utilizada para modificar a função de um organismo biológico por razões médicas e, que são administrados na forma de um produto farmacêutico (COBERT & BIRON, 2002). MEDICAMENTO: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnósticos (BRASIL, LEI MS N° 5991/73). http://www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/conceito_glossario.htm PROBLEMAS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS: qualquer afastamento dos parâmetros de conformidade e no ciclo do medicamento que possam trazer risco ao usuário. REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS: é uma reação nociva e não-intencional a um medicamento, que normalmente ocorre em doses usadas no homem. Nesta descrição, a questão importante é que é uma reação do paciente, na qual fatores individuais podem desempenhar papel importante, e que o fenômeno é nocivo (uma reação terapêutica inesperada, por exemplo, pode ser um efeito colateral, mas não uma http://www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/conceito_glossario.htm reação adversa)(OMS,2002). EVENTOS ADVERSOS: qualquer ocorrência médica não desejável, que pode estar presente durante um tratamento com um produto farmacêutico, sem necessariamente possui uma relação causal com o tratamento. Todo evento adverso pode ser considerado como uma suspeita de reação adversa a um medicamento (COBERT & BIRON, 2002). http://www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia • EVENTO ADVERSO GRAVE: Efeito nocivo que ocorra na vigência de um tratamento medicamentoso que ameace a vida, resulte em morte, em incapacidade significante ou permanente, em anomalia congênita, em hospitalização ou prolongue uma hospitalização já existente. • EVENTO ADVERSO INESPERADO: É qualquer experiência nociva que não esteja descrita na bula do medicamento, incluindo eventos que possam ser sintomaticamente e fisiopatologicamente relacionados a um evento descrito na bula, mas que diferem desse evento pelo grau de severidade e especificidade. Além disso, é considerado inesperado o evento adverso cuja natureza, severidade ou desfecho é inconsistente com a informação contida na bula. • ( ANVISA) Fundamentos em Saúde Pública • Epidemiologia – base da saúde pública • Epidemiologia é portanto, o estudo de alguma coisa que aflige ou afeta a população. • Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (Rouquayrol, 1999) • Conceito saúde-doença – OMS – ‘Saúde é o estado de completo bemestar físico, mental e social e não apenas ausência de doença’ (Forattini, 1992) Abordagem ampla – Doença – ausência de saúde – Saúde pública – abordagem mais complexa, abrange a saúde coletiva Fundamentos em Saúde Pública – OMS 1992 ‘ A saúde, tanto individual como coletiva, é resultado das complexas inter-relações entre os processos biológicos, ecológicos, culturais e socio-econômicos que se dão na sociedade, ou seja, é o produto das interrelações que se estabelecem entre o homem e o ambiente social e natural em que vive’ Prof Ms Benigno Rocha: www.fug.edu.br Fundamentos em Saúde Pública – Alguém vive o ideal em saúde? – Populações – parcela a sofrer, doenças, mortes – Depende de serviços de saúde – Sistema integrado – fatores determinantes das doenças, prevenção/profilaxia • MEDICINA • SAÚDE PÚBLICA Saúde do indivíduo Saúde coletiva Prof Ms Benigno Rocha: Fundamentos em Saúde Pública • Numerosos agravos à saúde e doenças afetam o homem (OMS 1997) • Área geográfica – doenças emergem como problema de Saúde Pública • Problema? – Doenças com freqüência de impacto que causa morbimortalidade – tuberculose, malária, dengue – Doenças conhecidas – métodos de prevenção – Agravos - acidente de tráfego, uso de drogas, desnutrição Prof Ms Benigno Rocha Breve História da Epidemiologia • Hipócrates – 2500 AC, medicina racional • John Graunt – 1662 – Tratado de mortalidade de Londres, analisados por sexo e idade. • Pierre Louis – introduziu o método estatístico, na investigação da doença. • Louis Villermé – Relacionou condições socioeconômicas e mortalidade. • Wlliam Farr – produção de informações epidemiológicas que subdisiaram o planejamento em saúde pública em Londres. • John Snow – Conduziu o estudo que levou ao esclarecimento da epidemia de cólera em Londres. Prof Ms Benigno Rocha: O que é EPIDEMIOLOGIA? EPI=SOBRE DEMO=POPULAÇÃO LOGIA=ESTUDO DOENÇAS CAUSAS Prof Ms Benigno Rocha Conceito de Epidemiologia ‘Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde’ Pereira, 2006 EVIDÊNCIAS Prof Ms Benigno Rocha Compreendendo o conceito de epidemiologia • Médico – Investigar alterações no organismo – Exame clínico – Solicita exames complementares – Chega a um diagnóstico • Epidemiologista – Investigar o agravo na população – Freqüência e distribuição da doença – Informações - dados – Hipóteses de fatores determinantes – Associação fator-doença – Profilaxia – Indica prescrição Prof Ms Benigno Rocha: Áreas de Atuação da Epidemiologia 1. Doenças infecciosas e as doenças carenciais. • Investigação das doenças no período mórbido e interepidêmico • Vigiar a ocorrência e distribuição das doenças agudas e crônicas. Buscar o agente etiológico • Pesquisar doenças nutricionais com desenvolvimento parecidos com doenças infecciosas. (Pelegra e Beriberi) Áreas de Atuação da Epidemiologia 2. Doenças crônicos degenerativos e outros danos a saúde. • Doenças comuns na velhice • Anomalias genéticas • Oncologia • Hábitos • Acidentes • Envenenamento • Estado nutricional • Cardio Vascular Pro Ms Benigno Rocha: Áreas de Atuação da Epidemiologia 3. • • • • Os serviços de Saúde Avaliar os serviços de saúde Qualidade do atendimento Propor melhorias Qualidade do atendimento Prof Ms Benigno Rocha Áreas de Atuação da Epidemiologia 4. Outras subdivisões da epidemiologia • Com a ampliação surgiram várias áreas: _ Causas – Ambiental e Ocupacional _ Grupo de risco – Criança e adolescente _ Local de estudo – Comunitária, hospitalar _ Outros critérios – Social, nutricional, farmacológica. Prof Ms Benigno Rocha: Epidemiologia • Buscar registros • Contar número de casos • Verificar a distribuição espacial (onde?), temporal (quando?) e por pessoas (quem?) • Verificar fatores determinantes (porquê?) • Hipóteses sobre transmissão (associação) • Ações – atuar sobre os fatores determinantes • Avaliação das medidas - impacto Prof Ms Benigno Rocha: Premissa Básica da Epidemiologia Os agravos à saúde não ocorrem, ao acaso, na população. Prof Ms Benigno Rocha: Cabe à Epidemiologia encontrar respostas para as questões: • Como a doença se distribui segundo as características das PESSOAS, dos LUGARES que elas habitam e da ÉPOCA considerada? • Quais são os FATORES que determinam a ocorrência da doença e sua distribuição na população? Prof Ms Benigno Rocha: A Epidemiologia responde: • Descrever as condições de saúde da população. • Investigar os fatores determinantes da situação de saúde. • Avaliar o impacto das ações para alterar a situação de saúde. Prof Ms Benigno Rocha: Aplicação da Epidemiologia • Geral – reduzir os problemas de saúde, na população. 1. Informar a situação da população: • Determinação das frequências. • Estudos da distribuição dos eventos. • Diagnóstico dos eventos ocorridos, identificando a parcela da população que foi afetada. Prof Ms Benigno Rocha: Aplicação da Epidemiologia 2. Investigar os fatores que influenciam a situação de saúde. • Estudo científico das determinantes do aparecimento e manutenção dos danos à saúde, na população. Aplicação da Epidemiologia 3. Avaliar o impacto das ações propostas para alterar a situação encontrada • Determinação da utilidade e segurança das ações isoladas, dos programas e dos serviços de saúde. Prof Ms Benigno Rocha: Aplicação Específica da Epidemiologia Fornecer os conceitos, o raciocínio e as técnicas para estudos populacionais, no campo da saúde. Prof Ms Benigno Rocha: Epidemiologia Interdisciplinar • Clínica – define a doença (CASO) • Análises Clínicas – exames laboratoriais, confirma o diagnóstico • Estatística – análises quantitativas • Sociologia – relação homem-homem e suas contradições, preocupação com a população humana • Ecologia – relações homem e meio ambiente • Geografia e geologia • Odontólogos, nutricionistas, biológos, enfermeiros, Prof Ms Benigno Rocha: