Tratamento da Neofobia Alimentar em Pacientes com Obesidade

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADE
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL
Dissertação: Tratamento da Neofobia Alimentar em Pacientes com Obesidade
Associada ou não à Compulsão Alimentar
Mestranda: Viviane Rosa Marinho
Defesa: 22 de junho de 2011
RESUMO
MARINHO, Viviane Rosa. Tratamento da Neofobia Alimentar em pacientes com
obesidade associada ou não à compulsão alimentar. 2011. 203 f. Dissertação
(Mestrado em Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade do Estado doRio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.
Tendo como base a visão evolucionista e a abordagem terapêutica cognitivo-comportamental, o objetivo deste trabalho foi propor
um protocolo modificado de tratamento para pessoas obesas com compulsão alimentar periódica.A idéia norteadora é que
estratégias que foram úteis para a sobrevivência da espécie poderiam estar influenciando no ganho de peso. Entre estas
estratégias, destacam-se: a tendência a consumir uma grande quantidade de alimentos, facilitando o consumo de alimentos
hipercalóricos; e a neofobia alimentar, dificultando o consumo de frutas, legumes e verduras. Obedecendo à lógica ancestral
herdada pela espécie, a primeira proporciona reservas para momentos de escassez de alimentos e a segunda implica em uma
recusa em consumir alimentos desconhecidos evitando que substâncias tóxicas sejam ingeridas. Ambos os fatores poderiam
contribuir para a obesidade. Os tratamentos convencionais buscam controlar a ingestão calórica. O que aqui se propõe, além
desse controle, é tentar diminuir o nível de neofobia alimentar. Com essa hipótese de trabalho espera-se aumentar o consumo de
alimentos, principalmente os mais saudáveis e hipocalóricos, contribuindo para reduzir a ingestão de alimentos hipercalóricos. O
tratamento incluiu técnicas de exposição, modelação e imitação adicionadas a um tratamento já utilizado para obesos com
compulsão alimentar periódica. Foram criados dois grupos, o primeiro com 4 participantes funcionando como grupo de controle,
que recebeu um tratamento convencional de TCC; o outro, com 6 participantes aqui denominado grupo de intervenção, que
recebeu o tratamento de TCC modificado. A pesquisa foi qualificada como quase-experimental. O resultado obtido foi uma
redução do índice de neofobia alimentar, do Índice de massa corporal, um aumento no consumo de alimentos saudáveis e a
redução de gorduras e açúcares no chamado grupo de intervenção. Embora tenha alcançado estes resultados, o tratamento ainda
precisa ser reformulado e ampliado.
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