Produto 4_Catálogo Referencial de Módulos Construtivos

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Anexo III da Nota Técnica n° 0075/2011 – SRD/ANEEL, de 21/12/2011.
AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA APLICAÇÃO DO
DECRETO No 97.280 DE 16 DE DEZEMBRO DE 1988
...................................... ......
Relatório de Compatibilidade dos Equipamentos de Baixa Tensão
Existentes no Mercado aos Diversos Níveis de Tensão Nominal de
Distribuição Secundária
Contrato No 0035/2010-SLC/ANEEL
Força & Luz Engenharia Ltda.
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
ÍNDICE
1. OBJETIVO 2
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................................................2
3. TENSÕES NOMINAIS SECUNDÁRIAS EXISTENTES NAS DISTRIBUIDORAS .............................................2
4. ANEEL - TENSÕES ADEQUADAS NOS PONTOS DE CONEXÃO ...................................................................3
5. ABNT
4
6. INMETRO 7
7. EFEITOS DA VARIAÇÃO DE TENSÃO SOBRE OS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS......................................8
7.1 SUSCEPTIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS..........................................................................................................8
7.2 – EFEITOS DA VARIAÇÃO DA TENSÃO NOS EQUIPAMENTOS ...............................................................................13
7.2.1 Lâmpadas Incandescentes ...................................................................................................................13
7.2.2 Lâmpadas Fluorescentes .....................................................................................................................13
7.2.4 Aparelhos de Aquecimento com Resistências ....................................................................................14
7.2.5 Motores de Indução ..............................................................................................................................14
7.2.6 Equipamentos Eletroeletrônicos ...........................................................................................................17
8. RELAÇÃO DOS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E TENSÕES NOMINAIS DOS MESMOS ...17
9. INCOMPATIBILIDADES ENTRE AS FAIXAS DE TENSÕES ESTABELECIDAS PELO PRODIST E AS
ESPECIFICADAS PELOS FABRICANTES.................................................................................27
10.
CONCLUSÕES ................................................................................................................................31
11.
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................32
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
COMPATIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE BAIXA TENSÃO
EXISTENTES NO MERCADO AOS DIVERSOS NÍVEIS DE TENSÃO NOMINAL
DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA
1. OBJETIVO
Este relatório tem por objetivo analisar a aderência dos principais equipamentos de baixa tensão
existentes no mercado aos diversos níveis de tensão nominal de distribuição secundária de energia elétrica.
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Para verificar a aderência dos equipamentos de baixa tensão às tensões nominais de distribuição
secundária de energia elétrica existentes nas distribuidoras brasileiras foram realizados os seguintes
procedimentos:
a) Obtidas as tensões nominais secundárias utilizadas pelas distribuidoras no atendimento às unidades
consumidoras;
b) Do item 2 – “Tensão em Regime Permanente” da seção 8.1 – “Qualidade do Produto” e no e no
Anexo I – “Faixas de Classificação de Tensões – Tensões de Regime Permanente” do Procedimentos
de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional - PRODIST, revisão 1, foram obtidas
as faixas adequadas das tensões nominais secundárias estabelecidas para o fornecimento de
energia elétrica pelas distribuidoras, tendo como base as tensões nominais dos pontos de conexões;
c) Pesquisadas as normas emitidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, que
padronizam o fornecimento de energia elétrica em baixa tensão e as normas específicas para
aparelhos eletrodomésticos;
d) Apresentados os principais aspectos da Portaria n o 371, de 29 de dezembro de 2009, emitida pelo
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, que trata da
certificação compulsória de aparelhos eletrodomésticos e similares, a partir de 01 de julho de 2011;
e) Efetuado o download de 2.898 arquivos de manuais de aparelhos eletrodomésticos (6,8 GB) contidos
em 90 sítios dos principais fabricantes, contemplando informações de 103 equipamentos elétricos e
5.828 modelos. Observa-se, que alguns produtos não fazem mais parte da linha de fabricação, porém
continuam sendo utilizados pelos consumidores;
f) Durante a análise dos arquivos dos manuais foi elaborada uma relação dos principais equipamentos
elétricos utilizados na baixa tensão, e indicadas as faixas de tensões estabelecidas pelos fabricantes
para o funcionamento correto dos equipamentos;
g) Realizada pesquisa dos efeitos da variação de tensão sobre os equipamentos elétricos e da
suportabilidade dos mesmos;
h) Verificada a compatibilidade entre as faixas de tensões constantes no PRODIST e as estabelecidas
pelos fabricantes dos equipamentos;
i) Apresentadas as conclusões do relatório.
3. TENSÕES NOMINAIS SECUNDÁRIAS EXISTENTES NAS DISTRIBUIDORAS
As tensões secundárias padronizadas de acordo com o Decreto n o 97.280, de 16 de dezembro de 1988
são: 380V / 220V trifásica, 220V / 127V trifásica, 440V / 220V monofásica e 254V / 127V monofásica.
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Na coleta de dados realizada junto a 101 distribuidoras de um total de 136 distribuidoras existentes,
foram constatadas, além das tensões nominais secundárias padronizadas pelo Decreto no 97.280, seis outras
tensões nominais secundárias de distribuição de energia elétrica: 440V/254V trifásica, 208V/120V trifásica,
230V/115V trifásica/monofásica, 240V/120V monofásica, 220V/110V monofásica e 440V/277V. Do total de
65.282.528 unidades consumidoras, 56.954.300 (87,24%) são atendidas em tensões nominais padronizadas
e 8.328.228 unidades consumidoras (12,76%) são atendidas em tensões nominais não padronizadas,
conforme pode ser observado na tabela 1 a seguir.
Tabela 1 – Redes de distribuição em baixa tensão existentes em 101 distribuidoras brasileiras
Tensão Nominal
Item
(V)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
B
A
I
X
A
T
E
N
S
Ã
O
Tipo de
Linha ou
Rede
220/110
Aérea
220/127
Aérea
220
Aérea
230/115
Aérea
240/120
Aérea
254/127
Aérea
380/220
Aérea
440/220
Aérea
440/277
Aérea
Subtotal BT Aérea
208/120
Subterrânea
220/127
Subterrânea
240/120
Subterrânea
254/127
Subterrânea
380/220
Subterrânea
440/220
Subterrânea
440/254
Subterrânea
Subtotal BT Subterrânea
Tensão Padronizada
Tensão Não Padronizada
Total BT
Número de
Distribuidoras
5
53
4
40
7
23
65
39
1
1
11
1
1
9
1
1
Número de Unidades
Comprimento das
Consumidoras
Linhas e Redes (km)
Energizadas
8.503 (0,01%)
34.077.289 (52,20%)
18.916 (0,03%)
5.913.912 (9,06%)
2.137.886 (3,27%)
866.671 (1,33%)
20.015.951 (30,66%)
1.145.079 (1,75%)
32 (0,00%)
64.184.239 (98,32%)
266.652 (0,41%)
537.368 (0,82%)
981 (0,00%)
876 (0,00%)
292.149 (0,45%)
01 (0,00%)
294 (0,00%)
1.098.321 (1,68%)
56.954.300 (87,24%)
8.328.260 (12,76%)
65.282.560 (100,00%)
11.777 (1,34%)
322.286 (36,76%)
15.822 (1,80%)
43.815 (5,00%)
32.229 (3,68%)
20.877 (2,38%)
335.797 (38,30%)
86.018 (9,81%)
0 (0,00%)
868.621 (99,07%)
1.792 (0,20%)
4.709 (0,54%)
04 (0,00%)
10 (0,00%)
1.633 (0,19%)
01 (0,00%)
02 (0,00%)
8.151 (0,93%)
787.153 (89,78%)
89.619 (10,22%)
876.772 (100,00%)
4. ANEEL - TENSÕES ADEQUADAS NOS PONTOS DE CONEXÃO
Os sistemas elétricos são projetados para que as tensões operacionais normais estejam dentro da faixa
adequada de tensões informadas no item 2 – “Tensão em Regime Permanente” da seção 8.1 – “Qualidade do
Produto” e no Anexo I – “Faixas de Classificação de Tensões – Tensões de Regime Permanente” do
Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional - PRODIST, revisão 1,
vigentes a partir de 01/01/2010. Sempre que possível devem ser tomadas medidas corretivas pelas
distribuidoras, antes que sejam extrapolados em operação normal, os limites estabelecidos para a faixa
adequada.
As tensões 440V/277V e 440V/254V, que constam na tabela 1 como atendendo 32 e 294 unidades
consumidoras respectivamente, não são consideradas padronizadas pelo Decreto n o 97.280, de 1988, e
também não foram consideradas no Anexo I da Seção 8.1 do PRODIST.
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Em relação à Resolução no 505, de 26/22/2001, que foi revogada pela Resolução ANEEL no 395, de
24/12/2009, o Anexo I do módulo 8 do PRODIST acrescentou a tabela 11 que contem a faixa de variação de
tensão 220 V / 110 V.
Tabela 2 – Tensões adequadas nos pontos de conexão de acordo com o PRODIST
Faixa Adequada de Variação de
Item Tensão Nominal
Tensão - Estabelecida no Anexo I
da Seção 8.1 do PRODIST
1
220V/127V
(201V a 231V) / (116V a 133V)
2
380V/220V
(348V a 396V) / (201V a 231V)
3
254V/127V
(232V a 264V) / (116V a 132V)
4
440V / 220V
(402V a 458V) / (201V a 229V)
5
208V / 120V
(196V a 229V) / (113V a 132V)
6
230V / 115V
(216V a 241V) / 108V a 127V)
7
240V / 120V
(216V a 254V) / (108V a 127V)
8
220V / 110V
(201V a 229V) / (101V a 115V)
Obs.: As tensões dos itens 1 a 4 são padronizadas de acordo com o Decreto
no 97.280, de 1988. As tensões dos itens 5 a 8 não são padronizadas.
Da análise das faixas de tensões adequadas constantes do Anexo I do PRODIST e mostradas na tabela
2 acima, pode-se constatar situações que merecem uma apreciação mais detalhada, tais como:
- na tabela 8 do Anexo I do PRODIST para a tensão nominal 120 V a faixa estabelecida é de 113 V a
132 V, e na tabela 10 para a tensão nominal 120 V a faixa estabelecida é de 108 V a 127 V,
existindo uma diferença de 5 V nos limites inferiores e superiores;
- nas tabelas 4 e 5 do Anexo I do PRODIST para a tensão nominal 220 V a faixa estabelecida é de
201 V a 231 V, e nas tabelas 7 e 11 a faixa estabelecida é de 201 V a 229 V;
- a faixa de tensão de 108 V a 127 V é adotada nas tabelas 9 e 10 para as tensões nominais 115 V e
120 V;
- o limite superior de 132 V é utilizado nas tabelas 6 e 8 do Anexo I do PRODIST para as tensões
nominais de 127 V e 120 V;
- para a tensão nominal 127 V, na tabela 4 do Anexo I do PRODIST o limite superior é de 133 V e na
tabela 6 este limite é de 132 V; e
- no módulo 8 do PRODIST não são mencionadas quais são as tensões padronizadas e as não
padronizadas.
5. ABNT
A norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, que padroniza as entradas de serviço
individuais de unidades consumidoras caracterizadas por edificações urbanas residenciais, comerciais e
industriais, atendidas através de rede aérea em tensão secundária de distribuição é a NBR 10.676 –
“Fornecimento de Energia a Edificações Individuais em Tensão Secundária – Rede de Distribuição Aérea”, de
Maio de 1989. A mesma não se aplica às unidades consumidoras localizadas em edificações de uso coletivo
ou em zonas rurais, e a outras instalações que apresentam condições diferentes das estabelecidas na norma.
De acordo com o item 4.2 – “Tensões de fornecimento” desta norma, o fornecimento de energia em baixa
tensão deve ser feito em uma das seguintes tensões nominais:
a) 220/127 V, sistema trifásico, estrela com neutro;
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
b) 380/220 V, sistema trifásico, estrela com neutro;
c) 115/230 V, sistema monofásico com neutro;
d) 230/115 V, sistema trifásico, delta com neutro;
e) 120/240 V, sistema monofásico com neutro;
f) 127/257 V, sistema monofásico com neutro; e
g) 220 V, sistema trifásico, estrela sem neutro.
A NBR 10.676 menciona que as tensões nominais não padronizadas pelo Decreto n o 73.080, de 5 de
novembro de 1973 somente podem ser utilizadas em reforço ou extensão de redes já existentes utilizando
tais tensões, desde que técnica e economicamente justificado. Observa-se que, quando a NBR 10.676 entrou
em vigência, o Decreto no 97.280, de 16 de dezembro de 1988, já havia alterado a redação do Decreto no
73.080, porém a nova redação apesar de vigente não foi contemplada na norma.
As normas específicas para aparelhos eletrodomésticos mencionam a aplicação a:
a) aparelhos alimentados em tensão nominal de 127 V ou 220 V:
- ABNT MB-3341 – Condicionador de ar doméstico – determinação do coeficiente de
eficiência energética, de Dezembro/1990;
- ABNT NBR 12.483 – Chuveiros elétricos, de Abril/1992;
b) aparelhos alimentados em tensão nominal não superior a 250 V:
- ABNT NBR NM 60335-1:2010 – Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares –
Parte 1: Requisitos gerais (IEC 60335-1:2006 – edição 4.2, mod), de Junho/2010, válida a
partir de 31/12/2011.
- ABNT NBR NM IEC 60335-2-2:2002 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares
- Parte 2-2: Requisitos particulares para aspiradores de pó e aparelhos de limpeza por
sucção de água, de Fevereiro/2002;
- ABNT NBR NM IEC 60335-2-9:2002 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares
- Parte 2-9: Requisitos particulares para tostadores, "grills", assadeiras e aparelhos
similares, de Fevereiro/2002;
- ABNT NBR NM IEC 60335-2-13:2002 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e
similares - Parte 2-13: Requisitos particulares para fritadeiras, frigideiras e aparelhos
similares, de Fevereiro/2002;
- ABNT NBR NM IEC 60335-2-23:2002 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e
similares - Parte 2-23: Requisitos particulares para aparelhos para cuidados da pele ou
cabelo, de Fevereiro/2002;
- ABNT NBR NM IEC 60335-2-10:2002 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e
similares - Parte 2-10: Requisitos particulares para máquinas de tratamento de piso e de
lavagem por esfregamento a úmido, de Setembro/2002;
- ABNT NBR NM IEC 60335-2-8:2004 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares
- Parte 2: Requisitos particulares para barbeadores elétricos, cortadores de cabelo e
aparelhos similares, de Junho/2004;
- ABNT NBR NM 60335-2-45:2004 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares Parte 2: Requisitos particulares para ferramentas móveis de aquecimento e aparelhos
similares (IEC 60335-2-45:1996, MOD), de Novembro/2004;
- ABNT NBR NM 60335-2-3:2005 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares Parte 2: Requisitos particulares para ferros elétricos de passar roupa (IEC 60335-2-3:1993
MOD), de Março/2005;
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
- ABNT NBR 15.204 - Conversor a semicondutor - Sistema de alimentação de potência
ininterrupta com saída em corrente alternada (nobreak) - Segurança e desempenho, de
Março/2005;
- ABNT NBR NM IEC 60335-2-25:2006 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e
similares - Parte 2-25: Requisitos específicos para fornos microondas, de Janeiro/2006;
- ABNT NBR NM IEC 60335-2-43:2006 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e
similares - Parte 2-43: Requisitos particulares para secadoras de roupa com varal e fluxo de
ar quente, de Janeiro/2006;
- ABNT NBR 14.373 – Versão corrigida 2010 – Estabilizadores de tensão de corrente
alternada – Potência até 3 kVA / 3 kW, de Dezembro/2006;
- ABNT NBR IEC 60335-2-76:2007 - Aparelhos eletrodomésticos e aparelhos elétricos
similares - Segurança - Parte 2-76: Requisitos específicos para eletrificadores de cerca, de
Dezembro/2007;
- ABNT NBR IEC 60884-2:2008 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo - Parte 22: Requisitos particulares para tomadas para aparelhos, de Setembro/2008.
A norma ABNT NBR NM 60335-1:2010 – Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares – Parte 1:
Requisitos gerais (IEC 60335-1:2006 – Safety of Household and Similar Electrical Appliances – Part 1:
General Requirements, edição 4.2, mod), de Junho/2010, válida a partir de 31/12/2011, mencionada na
Portaria no 371 do INMETRO como referência para a certificação dos aparelhos eletrodomésticos, aborda o
assunto tensão nominal em vários itens, entre os quais podem ser destacados os apresentados a seguir.
- “3.1.1
tensão nominal
tensão atribuída ao aparelho pelo fabricante”
- “3.1.2
faixa de tensão nominal
faixa de tensão atribuída ao aparelho pelo fabricante, expressa por seus limites inferior e
superior.”
- “5.8.2 Aparelhos com mais de uma tensão nominal são ensaiados na tensão mais
desfavorável.”
- “7.1 Os aparelhos devem ser marcados com:
- tensão nominal ou faixa de tensão nominal em volts;”
- “7.3 Os aparelhos que têm uma faixa de valores nominais e podem ser operados sem
ajuste ao longo da faixa, devem ser marcados com os limites inferior e superior da faixa
separados por hífen.
Nota 1 Exemplo: 115-230 V: O aparelho é adequado para qualquer valor dentro da faixa
marcada (modelador de cabelos com elemento de aquecimento PTC).
Os aparelhos com diferentes valores nominais e que precisam ser ajustados para utilização
num determinado valor, pelo usuário ou instalador, devem ser marcados com os diferentes
valores separados por uma barra oblíqua.
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Nota 2 Exemplo: 115 / 230 V: O aparelho é adequado somente para os valores marcados
(barbeador com seletor de tensão).
Nota 3 Este requisito é também aplicável ao aparelho fornecido com possibilidade de
alimentação monofásica ou polifásica.
Exemplo: 230 V / 400 V: O aparelho é adequado somente para valores de tensões
indicadas, onde 230 V é para operação em rede monofásica e 400 V para trifásica (uma
máquina de lavar louça com terminais para ambas alimentações).
- “7.4 Se um aparelho pode ser ajustado para diferentes tensões nominais, a tensão à qual o
aparelho é ajustado deve ser claramente perceptível.
Nota: Para aparelhos onde freqüentes ajustes de tensão não são exigidos, este requisito é
considerado atendido se a tensão nominal para qual o aparelho é ajustado puder ser
determinada através do diagrama de ligação fixado no aparelho. O diagrama de ligação
pode estar no lado interno de uma tampa a qual tem que ser removida para ligar os
condutores de alimentação. O diagrama não deve estar numa etiqueta anexada ao
aparelho de forma solta.”
- “7.5 Para aparelhos marcados com mais de uma tensão nominal ou com uma ou mais faixa
de tensão nominal, a potência nominal ou corrente nominal para cada uma destas tensões
ou faixas deve ser marcada. Entretanto se a diferença entre os limites de uma faixa de
tensão nominal não excede 10% do valor médio aritmético da faixa, a marcação da potência
nominal ou da corrente nominal pode corresponder ao valor médio aritmético da faixa.
Os limites inferior e superior da potência nominal ou da corrente nominal devem ser
marcados no aparelho de forma que a correlação entre a potência e a tensão seja clara.”
6. INMETRO
Em 29 de dezembro de 2009, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial INMETRO emitiu a Portaria no 371, que instituiu a certificação compulsória para aparelhos eletrodomésticos e
similares, a qual deverá ser realizada por Organismo de Certificação do Produto – OCP, acreditado pelo
INMETRO, consoante o estabelecido nos Requisitos de Avaliação da Conformidade - RAC aprovados.
A Portaria estabelece os critérios para a aplicação do Programa de Avaliação da Conformidade de
Aparelhos Eletrodomésticos e Similares, com foco nos requisitos de segurança, através do mecanismo de
certificação, visando prevenir acidentes de consumo e proteger os consumidores em relação aos riscos
elétricos, mecânicos, térmicos, fogo e radiação dos aparelhos, quando em utilização normal. Os aparelhos
eletrodomésticos e similares devem possuir tensão nominal não superior a 250 V, para aparelhos
monofásicos, e 480 V para outros aparelhos.
Cada aparelho eletrodoméstico abrangido pela Portaria INMETRO no 371 deve atender à norma IEC
60335-1, de Requisitos Gerais, bem como atender a norma pertinente de requisitos particulares, estando a
mesma na versão em inglês emitida pela IEC - International Electrotechnical Commission, ou na versão em
português emitida pela ABNT. Os produtos importados também devem ser certificados por entidades
acreditadas pelo INMETRO.
Com relação aos prazos de implantação os artigos 4º e 5º estabelecem que:
- a partir de 1º de julho de 2011 a fabricação e a importação dos aparelhos abrangidos, para uso
no mercado nacional, devem estar em conformidade com os requisitos aprovados;
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
- a partir de 1º de julho de 2012 os aparelhos abrangidos devem ser comercializados no mercado
nacional, por fabricantes e importadores, somente em conformidade com os requisitos
aprovados; e
- a partir de 1º de janeiro de 2013 a comercialização dos aparelhos no mercado nacional, deve
estar em conformidade com os requisitos aprovados.
7. EFEITOS DA VARIAÇÃO DE TENSÃO SOBRE OS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
O desempenho e a vida dos equipamentos elétricos são prejudicados quando são submetidos a tensões
diferentes da nominal de operação, considerada pelo fabricante na concepção do equipamento. Dependendo
do equipamento os prejuízos decorrentes podem ser pequenos ou de grande monta.
Os fabricantes projetam os equipamentos para funcionarem dentro de certa tolerância de variação de
tensão. Assim, caso venham a ser operados com tensões fora dessa faixa de tolerância em relação à tensão
nominal a eficiência é seriamente comprometida, e para certos tipos de equipamentos a vida útil é
comprometida ou simplesmente não é capaz de realizar o trabalho esperado.
Nesse contexto, destaca-se que os equipamentos eletroeletrônicos atuais estão mais sensíveis às
variações da qualidade da energia em relação aos utilizados no passado. Muitos equipamentos modernos
contêm controles microprocessados e/ou unidades eletrônicas de potência, tornando-os muito sensíveis a
variações na tensão de fornecimento, que podem resultar em má operação, redução da vida útil (degradação)
e, sobretudo, na falha permanente (queima) do equipamento.
7.1 Susceptibilidade dos equipamentos
Susceptibilidade é a tendência que os equipamentos têm de sentir a influência do meio. O nível de
susceptibilidade ou suportabilidade aos distúrbios da tensão de fornecimento pode ser definido como a
tolerância máxima a níveis de tensão e corrente aplicadas, que um determinado aparelho eletroeletrônico
pode suportar sem a degradação de suas características originais, seja em aplicação repetitiva ou não.
O nível de susceptibilidade de um determinado equipamento é definido por uma distribuição estatística
que reflete o número de vezes que um dado valor máximo de imunidade é constatado num lote de
equipamento de mesmo tipo ensaiados. A partir disso, um determinado nível é escolhido, de tal modo que
exista uma pequena probabilidade (desvio padrão) de ser ultrapassado por um nível real de perturbação.
Os equipamentos eletroeletrônicos devem ser fabricados de forma a suportar um certo nível de distúrbio
na tensão de alimentação, contudo, há uma sensibilidade inerente aos dispositivos eletrônicos utilizados
nesses equipamentos. Como regra geral, “um componente de estado sólido pode suportar mais que duas
vezes a sua tensão nominal em regime de surto” (IEEE 1100-1992, ‘The Emerald Book’). Para uma fonte de
alimentação de 127 Volts fase/neutro, a máxima tensão de pico será igual a 198 Volts [(127 . 2 . 1,1 (10 %
de tolerância da concessionária)]. A suportabilidade desta fonte de alimentação será no mínimo de 396 Volts.
Várias normas internacionais estabelecem níveis de suportabilidade para alguns aparelhos. Como
exemplo, os aparelhos para serem postos no mercado da Comunidade Européia devem obedecer às
prerrogativas impostas pela série de normas IEC 1000.
A susceptibilidade varia de aparelho para aparelho, sendo que, mesmo dentro de uma categoria, podem
ser encontrados diferentes desempenhos, dependendo do modelo e do fabricante. Com isso, torna-se difícil
normalizar um padrão único para se definir a susceptibilidade dos diversos aparelhos.
Um exemplo de curva de susceptibilidade é a curva da Computer Business Equipment Manufactures
Association – CBEMA (IEEE Std 446/CBEMA), mostrada na figura 1. Esta curva vinha sendo utilizada como
uma referência no que se refere às respostas de equipamentos de informática frente às variações de tensão
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representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
de curta duração, até a adoção da curva conhecida como ITI (Information Technology Industry Council),
indicada na figura 2.
Pode-se observar, nas figuras 1 e 2, a existência de uma região de imunidade caracterizada por suas
curvas envoltórias (voltage tolerance envelope). A curva superior estabelece a fronteira entre a região de
imunidade e a de susceptibilidade frente a elevações de tensão, enquanto a inferior delimita a
susceptibilidade frente aos “afundamentos” de tensão. Pela figura 1, após 2 segundos, considerando-se já
operação em regime permanente a susceptibilidade varia entre 87% e 106% da tensão nominal. Já na curva
ITI da figura 2, após 10 segundos a susceptibilidade varia entre 90% e 110% da tensão nominal.
Figura 1 - Faixa de operação satisfatória em aparelho projetado para compatibilidade com a rede elétrica:
ANSI/IEEE – Std. 446-1987 Susceptibilidade de equipamentos de informática.
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Figura 2 - Curva ITI (Information Technology Industry Council). Fonte: Information Technology Industry
Council. Disponível em: <http://www.itic.org/technical/iticurv.pdf>
Outra curva de susceptibilidade existente é a da SEMI (Semiconductor Equipament and Materials
International) mostrada na Figura 3. Essa curva indica a susceptibilidade apenas para “afundamento” de
tensão (sags).
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Figura 3 - Curva SEMI (Semiconductor Equipament and Materials International) - Fonte: Semiconductor
Equipament and Materials International (SEMI). Disponível em: < http://www.semi.org >.
O conceito de nível de compatibilidade é ilustrado na figura 4. O nível de compatibilidade da operação de
um aparelho com o sistema elétrico de alimentação envolve a probabilidade da intersecção das duas
distribuições ilustradas.
Figura 4 - Ilustração básica do conceito de nível de compatibilidade. Fonte: National Electricity Regulator NER
– South África. Disponível em: < http://www.ner.org.za >.
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As variações na amplitude (magnitude) da tensão de longa duração, nos sistemas de distribuição de
energia ocorrem, mesmo em operação normal (regime permanente), geralmente com duração superior a 1
(um) minuto. Essas variações são reflexos das constantes variações da demanda e da regulação de tensão
do sistema supridor de energia elétrica.
Para melhor avaliação e compreensão da influência da tensão de operação em regime permanente
senoidal de um sistema de distribuição de energia elétrica nos diversos tipos de aparelhos elétricos,
denominados de cargas, é imprescindível a modelagem dessas cargas (equipamentos) quanto às relações de
corrente, impedância e potência.
Os aparelhos elétricos alimentados por fonte de tensão em corrente alternada podem ser modelados
como:
- Potência Constante: as potências ativas e reativas se mantêm constantes mesmo que a tensão
mude. Caso a tensão diminua, a carga (equipamento) irá solicitar uma maior corrente, elevando-se
as perdas Joule pelo quadrado da nova corrente elétrica e, consequentemente, a queda de tensão
na rede de alimentação aumentará causando novo aumento de corrente. Esse ciclo se repete
transitoriamente até um ponto de ajuste estável. Dependendo da corrente solicitada para manter a
potência constante o aparelho poderá apresentar falhas irreversíveis causadas pelo
sobreaquecimento dos condutores;
- Corrente Constante: a corrente se mantém constante, mesmo que a tensão mude. A potência é
elevada com a tensão. Se a tensão decai, a corrente drenada continua constante, diminuindo-se a
potência e não alterando a queda de tensão; e
- Impedância Constante: Para essa situação, a impedância é constante, mesmo que a tensão mude.
A potência aumenta com o quadrado da tensão. Se a tensão decai, a corrente decai linearmente,
diminuindo-se a queda de tensão. Essa abordagem é interessante para cargas (equipamentos)
puramente resistivas.
Considerando os tipos de modelagem das cargas, normalmente pode-se modelar os circuitos de
distribuição como sendo de 40% a 60% de Potência Constante e de 40% a 60% de Impedância Constante.
Considerar a modelagem de todas as cargas como sendo de Corrente Constante é uma boa aproximação
para a maioria dos circuitos. Modelar todas as cargas como sendo de Potência Constante conserva a queda
de tensão. Na tabela 3 a seguir, encontra-se algumas configurações de cargas para aproximações na
realização de fluxo de carga.
Tabela 3 – Aproximações recomendadas para modelagem de cargas.
Tipo de Alimentador
Potência Constante (%)
Impedância Constante (%)
Residencial e comercial (pico do verão)
67
33
Residencial e comercial (pico do inverno)
40
60
Urbano
50
50
Industrial
100
0
Paises em desenvolvimento
25
75
Fonte: Willis, H.L., “Characteristics of Distribution Loads”, Electrical Transmission and Distribution
Reference Book. Raleigh, NC, ABB Power T&D Company, 1997.
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7.2 – Efeitos da Variação da Tensão nos Equipamentos
A seguir serão apresentados os efeitos da variação de tensão em alguns equipamentos elétricos.
7.2.1 Lâmpadas Incandescentes
A iluminação e vida teórica das lâmpadas incandescentes são consideravelmente afetadas pela variação
na tensão aplicada. Esse tipo de carga pode ser modelado como de Impedância Constante. Por outro lado,
uma redução de 10% na tensão acarreta uma redução de 30% no rendimento luminoso e a vida teórica da
lâmpada aumentará para mais de 350%. Com acréscimo de 10% da tensão, o rendimento luminoso aumenta
40% e a vida teórica reduz-se para cerca de 30% da prevista para a tensão nominal.
De acordo com a norma NBR IEC 432-1 – “Especificações de segurança para lâmpadas incandescentes
– Parte 1: Lâmpadas com filamento de tungstênio para uso doméstico e iluminação geral similar”, de
Dezembro/1996, a vida equivalente deve ser calculada de acordo com a seguinte equação:
Lo = L ( U / Uo)n
Onde:
Lo é a vida na tensão nominal;
L é a vida na tensão de ensaio;
Uo é a tensão nominal;
U é a tensão de ensaio;
N é igual a 13 para lâmpadas a vácuo e 14 para lâmpadas a gás.
7.2.2 Lâmpadas Fluorescentes
O rendimento luminoso não é tão afetado nas lâmpadas fluorescentes, como nas incandescentes. Uma
tensão aplicada de 90% ou menor, acarreta uma partida inadequada e uma tensão 10% acima da normal
causa um sobreaquecimento do reator. Os dados para a vida teórica das lâmpadas fluorescentes em função
da tensão aplicada diferem daqueles para lâmpadas incandescentes, por causa de muitos outros fatores tais
como: características dos reatores, frequência de partidas, número de horas acesas para cada partida, etc.
7.2.3 Lâmpadas de Alta Intensidade de Descarga
São consideradas lâmpadas de alta intensidade de descarga por alguns fabricantes e de alta pressão por
outros, as lâmpadas do tipo a vapor de mercúrio, vapor de sódio, vapor metálico e lâmpadas mista. O fluxo
luminoso, a corrente, tensão e a potência da lâmpada são afetados pela variação de tensão de alimentação.
Normalmente estas lâmpadas devem funcionar com tensão de, no mínimo, 90% da tensão nominal, e no
máximo com 105%.
Como nas lâmpadas fluorescentes, a vida da lâmpada está diretamente ligada ao número das horas de
funcionamento por partida. Além do numero de partidas, outros fatores afetam grandemente a vida, tais
como: valor da tensão que se afasta daquele para a qual foi projetado o reator, manuseio inadequado das
lâmpadas e a qualidade do reator.
Conforme informado no sítio da Osram (www.osram.com.br), quanto maior for a variação de tensão, mais
a lâmpada estará sendo prejudicada, principalmente as lâmpadas mistas, que estão diretamente conectadas
à rede, sendo mais expostas a variações. Este fabricante informa que a variação de tensão de rede permitida
de forma constante é de ± 3%, sendo que as lâmpadas irão suportar variações maiores, mas sempre em
detrimento de sua performance, e que quedas da tensão de rede com mais de 10%, mesmo que por curto
tempo, poderão causar o apagamento das lâmpadas.
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representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Sempre deve ser certificado se os equipamentos auxiliares, a serem utilizados em conjunto com as
lâmpadas, atendem plenamente às suas normas pertinentes e possuem compatibilidade com as lâmpadas.
Na linha de lâmpadas de multivapores metálicos, esses cuidados devem ser redobrados, pois cada fabricante
adotou uma determinada tecnologia, existindo assim, a possibilidade de incompatibilidade entre marcas
diferentes.
De acordo com a NBR 5125 – “Reator para lâmpada a vapor de mercúrio a alta pressão” para a tensão
de alimentação de 92% do valor da tensão nominal do reator, a potência fornecida por ele à lâmpada deve
ser no mínimo 88% da potência fornecida à mesma lâmpada pelo reator de referência, quando alimentado
com 92% de sua tensão nominal. Para a tensão de alimentação de 106% do valor da tensão nominal do
reator, a potência fornecida por ele à lâmpada deve ser no máximo de 109% da potência fornecida à mesma
lâmpada pelo reator de referência, quando alimentado com 106% de sua tensão nominal.
7.2.4 Aparelhos de Aquecimento com Resistências
Nesse tipo de carga aderente ao modelo Impedância Constante, o fornecimento de calor varia com o
quadrado da tensão aplicada, se a resistência permanecer constante. O tempo necessário para aquecer será
inversamente proporcional à tensão aplicada. A equação a seguir calcula a variação da potência com a
tensão aplicada para uma carga de resistência.
P2 = P1 * (V22 / V12)
Onde:
P2 é a potência a ser calculada para a tensão de operação;
P1 é a potência especificada para a tensão nominal do equipamento;
V2 é a tensão de operação;
V1 é a tensão nominal especificada pelo fabricante.
As variações de tensão são mais sentidas nas indústrias do que nas residências. No lar, somente o
tempo necessário para a tarefa de cozer ou aquecer é afetado. Nas indústrias, a baixa tensão e o
correspondente aumento no tempo de aquecimento pode prejudicar sensivelmente a qualidade do produto ou
diminuir a produção.
Em qualquer caso, excessiva sobretensão afetará a vida da resistência do elemento aquecedor.
7.2.5 Motores de Indução
O motor elétrico é responsável por 55% do consumo de energia elétrica dentro da indústria,
correspondendo a 24% do consumo global.
Esse tipo de equipamento, para carga constante no eixo, pode ser modelado como de Potência
Constante. Se a tensão cair abaixo da nominal do motor, o torque de partida reduz-se substancialmente,
porque este varia com o quadrado da tensão aplicada. O torque de partida decresce para 81% do normal
quando a tensão aplicada cair 10%. Operando com baixa tensão e à plena carga, há elevação de
temperatura, causando redução na vida da isolação. Para um decréscimo de 10% na tensão aplicada tem-se
para manter a potência nominal um acréscimo de 10% a 15% na corrente do motor. A corrente de partida
varia diretamente com a tensão aplicada nos terminais.
Com tensão alta, o torque de partida aumenta, a corrente de partida aumenta e o fator de potência
diminui. O aumento da corrente da partida causará uma grande queda de tensão e, dependendo da
frequência de partida, pode causar flicker (tremulação da luminosidade das lâmpadas percebidas como
incomodo visual).
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representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Geralmente os desempenhos são satisfatórios para desvios de tensão de mais ou menos 10%. Em
certas aplicações onde são exigidos torques exatos, a faixa de variação possível de tensão será mais
reduzida.
Na figura 5 é apresentado o desempenho aproximado do motor em função da variação de tensão,
constante
no
Manual
de
Motores
Elétricos,
disponível
no
link:
http://www.kcel.com.br/MyFiles/Catálogos%20Novos%20Motores%20e%20Geradores/Manual%20de%20Mot
ores%20Elétricos.pdf .
Legenda
Cp
Conjugado de partida
Cmáx Conjugado máximo
Ip
Corrente de partida
n%
Rendimento
cos φ Fator de potência
In
Corrente nominal
Figura 5 – Efeitos aproximados da variação de tensão
Fonte: www.kcel.com.br – Manual de Motores Elétricos
Conforme catálogo “Motores Trifásicos de Baixa Tensão” obtido no sítio www.siemens.com.br os motores
Siemens são projetados para operação em Zona A (sob regime permanente), com variação de tensão de +/5% e frequência de +/- 2%, e em Zona B (sob regime intermitente), com variação de tensão de +/- 10% e
frequência de +3% e -5%, conforme prevê o item 4.3.3 da norma ABNT NBR 17094-1.
De acordo com o Manual de Instalação, Operação e Manutenção de Motores Elétricos de Indução
Trifásicos de Baixa e Alta Tensão – Linhas H e M, do fabricante WEG, a norma IEC 60034-1 estabelece que a
tensão poderá variar dentro de uma faixa de ± 10% do valor nominal e a freqüência poderá variar dentro de
uma faixa entre -3 e +5% do valor nominal.
Motor de Alto Rendimento
O motor de alto rendimento é um motor que possui rendimento superior ao motor standard, gera baixas
perdas, reduz significativamente a elevação de temperatura, com conseqüente aumento de vida útil. Este tipo
de motor produz a mesma potência mecânica de saída com menor potência elétrica absorvida, o que acarreta
menor custo de operação.
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representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
As principais diferenças entre o motor de alto rendimento e o motor standard são as seguintes:
- maior quantidade de cobre – reduz as perdas Joule no estator;
- chapa magnética com baixas perdas – reduz a corrente magnetizante e consequentemente as
perdas no ferro;
- enrolamento dupla camada – resulta em melhor dissipação de calor;
- reatores tratados termicamente – reduzem as perdas suplementares; e
- menor região de entregerro – reduz as perdas suplementares.
O Decreto no 4.508, de 11 de dezembro de 2002, aprovado pelo Presidente da República, dispõe sobre a
regulamentação específica que define os níveis mínimos de eficiência energética de motores elétricos
trifásicos de indução rotor gaiola de esquilo, de fabricação nacional ou importados, para comercialização ou
uso no Brasil. Os motores objeto desta regulamentação possuem as seguintes características:
I – para operação em rede de distribuição de corrente alternada trifásica de 60 Hz, e tensão
nominal até 600V, individualmente ou em quaisquer combinações de tensões;
II – freqüência nominal de 60 Hz ou 50 Hz para operação em 60 Hz;
III – uma única velocidade nominal ou múltiplas velocidades para operação em uma única
velocidade nominal;
IV – nas potências nominais de 1 a 250cv ou hp (0,75 a 185kW) nas polaridades de 2 e 4 pólos; nas
potências de 1 a 200cv ou hp (0,75 a 150kW) na polaridade de 6 pólos e nas potências de 1 a
150cv ou hp (0,75 a 110kW) na polaridade de 8 pólos;
V – para operação contínua, ou classificado como operação S1 conforme a Norma Brasileira – NBR
7094/2000, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
VI – desempenho de partida de acordo com as características das categorias N e H da norma NBR
7094/2000, da ABNT, ou categorias equivalentes, tais como A ou B ou C da "National
Equipment Manufacturers Association” – NEMA; e
VII – seja do tipo totalmente fechado com ventilação externa, acoplada ou solidária ao próprio eixo
de acionamento do motor elétrico.
No Decreto no 4.508 é estabelecido que o rendimento nominal deve ser determinado nas condições de
tensão nominal, freqüência nominal e potência de saída nominal no eixo do motor, e que os níveis mínimos
de rendimento nominal estão sujeitos às tolerâncias descritas na norma NBR 7094/2000 da ABNT. Esta
norma recomendava para motores trifásicos as tensões nominais 220 V, 380 V e 440 V e para motores
monofásicos 127 V, 220 V, 254 V e 440 V, e mencionava que no “Brasil há outras tensões nominais
secundárias monofásicas, não padronizadas, autorizadas a serem mantidas pelas concessionárias de energia
elétrica e, por isso, torna-se conveniente verificar o desempenho do motor com a tensão monofásica no local
da instalação.”
A avaliação da conformidade para verificação dos níveis mínimos de eficiência energética dos motores
trifásicos é de responsabilidade do INMETRO, através do seu programa de etiquetagem. O documento
vigente que estabelece as regras de metodologia de etiquetagem dos motores elétricos é o Requisitos de
Avaliação da Conformidade – RAC para Motores Elétricos Trifásicos de Indução Rotor Gaiola de Esquilo,
aprovado pela Portaria INMETRO no 243, de 04 de setembro de 2009, que utiliza as normas ABNT NBR
17094-1:2008 - Máquinas Elétricas Girantes - Motores de Indução – Parte 1: Trifásicos; e ABNT NBR 53831:2002 - Máquinas Elétricas Girantes - Parte 1: Motores de Indução Trifásicos – Ensaios.
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representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
7.2.6 Equipamentos Eletroeletrônicos
Comumentemente, de acordo com a natureza e os princípios que regem os seus aspectos construtivos
os equipamentos eletroeletrônicos podem ser subdivididos em quatro grandes grupos, a saber:
a) Equipamentos supridos através de fontes chaveadas, tais como: microcomputador, televisor,
videocassete, vídeo-projetor, aparelho de DVD, aparelho de fax, fonte de carregador de notebook,
vídeo-porteiro e fonte de carregador de celular;
b) Equipamentos alimentados por fontes lineares: micro system, home theater, telefone sem fio,
secretária eletrônica, sistemas de alarme, interfone, portão eletrônico e receptor de sinal de tv via
satélite;
c) Outras tecnologias para o suprimento elétrico das unidades, tais como: fornos de microondas,
sistemas de iluminação eletrônica, UPS – no break, estabilizador; e,
d) Equipamentos que utilizam força motriz (motores elétricos), tais como: geladeira, freezer, máquina da
lavar louças, máquina de lavar roupas, sistema de bombeamento, motor universal e assíncrono.
Muito embora se reconheça a existência de procedimentos de testes de aprovação de produtos que
apontem para a direção do estabelecimento de curvas de suportabilidade dos mais distintos produtos
empregados no mercado, há de se destacar a inexistência de padrões a serem obedecidos pelos fabricantes
de equipamentos eletrônicos. Reconhecido este ponto, uma outra direção que poderia ser trilhada está na
determinação experimental, para cada produto, dos indicadores de suportabilidade. Não obstante estas
possibilidades, os levantamentos bibliográficos feitos revelam grande carência de trabalhos que atendam a
tais necessidades. Desta forma, as informações relativas às curvas de suportabilidade são ainda
extremamente incipientes não oferecendo a devida segurança para consubstanciar os procedimentos
almejados. As dificuldades detectadas envolvem questões como: diversidade de fabricantes de produtos
similares, inexistência de normas a serem atendidas, tempo de uso dos produtos, etc.
8. RELAÇÃO DOS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E TENSÕES NOMINAIS DOS MESMOS
Na tabela 4 a seguir é apresentada uma relação dos principais equipamentos utilizados na baixa tensão,
e indicadas as faixas de tensões estabelecidas pelos fabricantes para o funcionamento correto dos mesmos.
Esta tabela foi elaborada com base nos manuais de equipamentos elétricos que constam nos sítios dos
fabricantes.
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Item
Equipamento Elétrico
1
2
Adega
3
4
5
6
7
Aquecedor de água
8
9
10
11
12
13
14
Aspirador de pó
15
Fabricantes
GE Brasil
Eletrolux
GE Brasil, Eletrolux
Suggar
Lorenzetti
Arno, Mondial
Fame, Lorenzetti, GE Brasil,
Arno, Mondial
Mondial, Lorenzetti
Black & Decker
Brastemp, Consul, Eletrolux,
Wap
Brastemp, Consul, Eletrolux,
Black & Decker
Black & Decker
Eletrolux
Wap
Arno
Quantidade de
Modelos
Faixa de Tensão (V)
1
2
3
1
3
4
115
127
220
não informada
127
127
10
220
15
1
não informada
120
10
127
11
220
1
3
1
7
230
110 - 120 ou 127 ou 220
115 a 135
120, 127, 220, ou outra
16
Brastemp, Wap, Black & Decker
3
127 / 220
17
18
19
Arno, Wap
Arno, Eletrolux
Wap
Beam, Wap, Black & Decker,
LG
Dell
Mondial
Arno
Suggar
Arno
Black & Decker, Philips
Begel, Britânia, Latina
Begel, Britânia, Latina
Latina
Sharp, Sony
JVC
JVC
JVC
JVC
JVC
Arno
Suggar
Arno
Black & Decker, Philips
Sony
Sony
Casio, Sony
Sony
Arno
Black & Decker
17
29
1
127 / 230
127 ou 220
205 a 235
8
não informada
11
3
5
2
1
4
7
7
1
5
1
3
1
3
4
2
3
3
5
1
1
213
4
1
1
100 a 240
120 ou 220
120, 127, 220, ou outra
127 / 220
127 ou 220
não informada
127
220
100 a 240
120
110 127 ou 220 230
110 127 ou 220 230 240
110 127 ou 220 240
110 127 ou 230
110 ou 230
120, 127, 220, ou outra
127 / 220
127 ou 220
não informada
100 a 240
127 / 220
100 a 240
120 / 220
127 ou 220
não informada
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
Axim
Batedeira
Bebedouro
Blue-ray
Bonsay
Cafeteira
Caixa acústica
Câmeras digitais
CD Walkman
Centrifuga de alimentos
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes (Continuação)
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Item
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
Equipamento Elétrico
Centrifuga de roupas
Churrasqueira elétrica
Chuveiro / Ducha
Circulador de ar
Climatizadores
69
70
Coifa
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
Compressor de ar
Condicionadores de ar – tipo janela
Condicionadores de ar - unidades modulares / self
Condicionadores de ar cassete
Fabricantes
Wanke
Wanke
Consul
Arno
Suggar
Latina, Mueller
Fischer
Fischer
Fame, Lorenzetti, Corona
Fame, Lorenzetti, Corona
Fame
Arno
Arno
Consul, Komeco
Consul, Komeco
Komeco
Consul
Consul
Consul
Komeco
Consul
Fogalli
Fischer
Eletrolux, Fisher, GE Brasil,
Turboar
Fogalli
Cata, Suggar
Fogalli
Eletrolux, Komeco, Lofra, GE
Brasil, Itc
Fogalli
Black & Decker
Sharp
Springer
Springer, Komeco
Consul
Consul, Springer
Consul
Consul, Springer
Hitachi
Hitachi
Springer, Hitachi
Hitachi
Komeco, Springer, Hitachi
Springer, Hitachi
Springer
Springer, Hitachi
LG
Quantidade de
Modelos
Faixa de Tensão (V)
2
2
1
1
1
2
1
3
53
53
1
3
1
2
2
1
4
10
8
1
27
1
5
127
220
106 a 132 ou 198 a 242
120, 127, 220, ou outra
127 / 220
127 ou 220
127
220
127
220
não informada
120, 127, 220, ou outra
127 ou 220
127
220
100 a 240
102 a 150
104 a 140
127 / 220
127 ou 220
198 a 242
110
127
11
220
1
15
2
110 ou 220
127 / 220
127 a 145
27
127 ou 220
2
2
19
4
40
22
7
9
84
8
1
8
44
202
57
28
12
12
220 a 230
120 / 127 ou 220
125
127
220
104 a 140
105 a 135
114 a 140
198 a 242
220
220 a 240
220 ou 380 ou 440
não informada
220
380
198 a 242
220 ou 380 ou 440
não informada
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes (Continuação)
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Item
Equipamento Elétrico
92
Condicionadores de ar portátil
93
94
95
Condicionadores de ar tipo split
96
97
98
99 Conversor digital
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
Depurador de ar
Digital Music Player
DVD
Eletrobomba
Enceradeira
Espremedor de frutas
Exaustor
Faca elétrica
Ferro de passar roupa
Filmadora digital
Fabricantes
Sharp
Komeco
Brastemp, Springer, Komeco,
Hitachi
Springer
Hitachi
Samsung
Samsung, Toshiba, LG
Semp Toshiba
Brastemp, Fisher
Brastemp, Esmaltec, Fisher, GE
Brasil
Brastemp
Brastemp
Brastemp
Consul, Dako
Brastemp
Brastemp
Dell
Panasonic
CCE, Tectoy, LG
Panasonic
Semp Toshiba
Tectoy, LG
LG
Panasonic, Tectoy
JVC, Samsung, Sony
Tectoy
LG
Fame
Fame
Arno
Mondial
Suggar
Black & Decker, Philips
ITC
ITC
Aerotec
Black & Decker
Black & Decker
Suggar
Suggar, Black & Decker
Arno
Arno
Black & Decker, Philips
Sony
Quantidade de
Modelos
Faixa de Tensão (V)
1
6
125
220
656
220
22
4
1
36
2
4
380
198 a 242
198 a 264
não informada
110 ou 220
127
10
220
4
16
26
20
16
4
1
1
8
3
5
2
9
7
22
1
3
1
1
1
2
2
2
7
7
19
1
1
1
2
5
2
13
70
104 a 134
104 a 140
114 a 140 ou 200 a 240
127 / 220
198 a 242
206 a 233
100 a 240
120
100 a 240
110 - 127 / 220 - 240
110 - 220
110 / 220
110 a 240
110 a 240
110 a 240
90 a 240
não informada
127
220
127 ou 220
120 ou 220
127 / 220
não informada
127
220
127 ou 220
não informada
110
127
220
120, 127, 220, ou outra
127 ou 220
não informada
100 a 240
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes (Continuação)
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Item
Equipamento Elétrico
136
137
138
139
140
Fogão - cooktop
141
142
143
144
145
146
147
148
149 Fogão - dominós
150
151 Fogão com grill elétrico
152
153
154
155
156
157
158
Fogão convencional
159
160
161
162
163
164
Fogão de indução
165
166
Fogão de mesa
167
168 Forno elétrico
169 Forno elétrico
170
171
Forno elétrico
172
173
174
175
176
177 Freezer
178
179
180
Fabricantes
Clarice, Continental, Eletrolux,
Fogalli, ITC, Mueller, Suggar,
Venax
Brastemp, Clarice, Continental,
Eletrolux, Fogalli, ITC, Mueller,
Suggar, Venax
GE Brasil
Eletrolux
Eletrolux
Braslar
Brastemp
Suggar, Venax, Brastemp
Clarice, Continental, Eletrolux,
Fogalli, GE Brasil, Itc, Mueller
Eletrolux
Brastemp
GE Brasil
GE Brasil
Brastemp
Brastemp
Brastemp
Brastemp
GE Brasil
Brastemp, Lofra
GE Brasil
Atlas, Consul, Braslar, Eletrolux
Brastemp
Brastemp, Clarice, Mueller,
Realce, Wanke
GE Brasil
Clarice, Continental, Eletrolux,
Mabe, Mueller, GE Brasil
GE Brasil
Eletrolux
Atlas, Consul, Braslar
Fisher
Fisher
Brastemp
Brastemp
Fisher, Fogalli, ITC, Mueller
Fisher, Fogalli, GE Brasil, ITC,
Lofra, Mondial, Mueller
Fogalli
Mondial
Fogalli, Itc, Mueller
Mondial, Black & Decker
Consul, Esmaltec, Venax
Eletrolux, Metalfrio
Eletrolux
Eletrolux
Consul, Esmaltec, Venax
Metalfrio
Eletrolux
Quantidade de
Modelos
Faixa de Tensão (V)
7
127
22
220
3
1
4
4
1
21
230
103 a 135
106 a 132
110 / 220
114 a 140
127 / 220
24
127 ou 220
4
3
2
1
4
50
48
56
2
49
2
81
408
196 a 242
198 a 242
220 a 240
não informada
220 a 230
127
220
127 / 220
127
220
100 a 140
106 a 132
106 a 132 ou 200 a 240
63
127 / 220
2
127 e 220
39
127 ou 220
2
29
52
1
1
2
1
9
190 a 270
196 a 242
200 a 240
127
220
220
127 / 220
127
20
220
2
1
10
2
48
4
6
3
48
2
5
110 ou 220
120 ou 220
127 ou 220
não informada
104 a 140
106 a 132
116 a 133
196 a 242
198 a 242
200 a 242
201 a 231
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes (Continuação)
Item
181
182
183
184
185
186
187
188
189
190
191
192
193
194
195
196
197
198
199
200
201
202
203
204
205
206
207
208
209
210
211
212
213
214
215
216
217
218
219
220
Equipamento Elétrico
Frigobar
Furadeira
Grill
Home theater
Ice Maker (Máquina de fazer gelo)
Impressora fotográfica digital
Impressora jato de tinta
Impressora laser
Impressora matricial
Jarra elétrica
Juicers
Lava louças
221
Lavadora de roupas, semi-automáticas
222
223
Lavadoras de pressão
224
Fabricantes
GE Brasil
Consul
GE Brasil
Consul
Black & Decker
Black & Decker
Black & Decker
Black & Decker
Black & Decker
Suggar
Suggar
Black & Decker, Philips
JVC, Sharp
CCE
JVC
Samsung
JVC, LG
JVC
JVC
Samsung
Dynacom
CCE
LG
Springer
Suggar
Springer, Suggar
Sony
Epson
Epson
Epson
Sharp
Sharp
Samsung
Samsung
Epson
Epson
Epson
Suggar
Philips
Atlas
Brastank, Dako, ITC, Latina,
Mueller, Suggar, Wanke
Brastank, Dako, ITC, Latina,
Mueller, Suggar, Wanke
Wap
Wap
Quantidade de
Modelos
Faixa de Tensão (V)
2
12
2
12
5
5
8
3
3
4
4
5
15
2
2
2
7
9
6
7
2
1
7
1
1
2
4
2
3
2
2
2
6
6
2
2
3
1
5
1
220
104 a 140
115 - 127
198 a 242
120
127
220
120 / 127
não informada
127
220
não informada
120
100 a 240
110 - 127 / 220 - 240
110 - 220
110 - 240
110 / 127 / 220 / 230 - 240
110 / 127 / 230
115 - 230
127 / 220
90 a 240
não informada
110
127
220
100 a 240
103,5 a 132
198 a 264
99 a 132
110
230
110 - 120 ou 220 - 240
110 - 127
103,5 a 132
198 a 264
90 a 264
127 / 220
não informada
120 ou 220
23
127
23
220
1
8
220
127 ou 230
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes (Continuação)
Item
Equipamento Elétrico
225
226
227
228
229 Lavadoras de roupa automática
230
231
232
233
234
235
236
237
238
Liquidificador
239
240
241
242
243
244
245
246
247
248
249
250
251
252
253
254
255
256
257
258
259
260
261
262
263
264
Máquina de costura
Máquina de pão
Micro system
Microcomputador - desktop
Microcomputador - notebook ou laptop
Microcomputador - workstation
Fabricantes
Atlas, Samsung, LG
Colormaq, Mueller, Suggar, Kin,
LG
Atlas, Colormaq, Mueller,
Samsung, Suggar, Kin, LG
Eletrolux
Consul, Eletrolux
Arno
Consul
Eletrolux
Consul
LG
Mabe
Philips
Mondial
Arno
Mondial, Suggar
Mondial, Black & Decker,
Philips
Singer
Arno
Sharp
JVC
JVC
JVC
JVC
JVC
Dell
Dell
Dell
Dell
HP
Dell
Dell
Dell
Dell
Dell
Dell
Dell
Dell
Dell
Dell
HP
Quantidade de
Modelos
Faixa de Tensão (V)
10
120
21
127
21
220
2
17
1
2
1
14
1
12
3
8
6
5
105 a 140
106 a 132
120, 127, 220, ou outra
189 a 233
196 a 242
198 a 242
220 - 240
não informada
110 - 120 / 127 ou 220 - 230 / 240
120 / 220
120, 127, 220, ou outra
127 / 220
19
não informada
10
2
4
1
1
4
3
4
2
21
3
60
456
1
10
8
1
7
96
157
4
1
22
98
110 - 120 ou 220 - 240
127 ou 220
100 - 240
110 - 127 / 220 - 240
110 / 127 / 220 - 230
110 / 127 / 220 / 230 - 240
110 / 127 / 230
110 / 230
100 a 127 e 200 a 240
100 a 240
104 a 127
115 / 230
115 / 230 ou 100 a 127 ou 200 a 240
115 a 230
90 a 135
90 a 135 e 180 a 265
90 a 240
90 a 265
não informada
100 a 240
90 a 135 e 164 a 264
90 a 240
90 a 264
115 / 230 ou 100 a 127 ou 200 a 240
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes (Continuação)
Item
Equipamento Elétrico
265
266
267
268
269
270
271
272
273
274
275
276
277
278
279
280
281
282
283
284
285
286
287
288
289
290
291
292
293
294
295
296
297
298
299
300
301
302
303
304
305
306
307
308
309
Microondas
Mini system / Stereo System
Mini-processador
Mixer
Modelador (chapinha)
Monitor
Multifuncional
Notebook
Panela elétrica
Panificadora
Passadeira a vapor
Pocket Player
Pressurizador
Processador
Projetor
Purificador de água
Purificador de ar
Radio relógio
Receiver
Refresqueira
Fabricantes
Fogalli
Dako, Eletrolux, Esmaltec,
Fisher, Fogalli, GE Brasil,
Mabe, Panasonic, Suggar,
Mabe
Dako, Eletrolux, Esmaltec,
Fisher, Fogalli, GE Brasil,
Mabe, Panasonic, Suggar,
Mabe
Eletrolux
Consul
Eletrolux
Consul
JVC, Panasonic
JVC, Semp Toshiba
JVC
JVC
JVC
Semp Toshiba
Black & Decker, Philips
Suggar
Arno
Arno
Sharp
Sharp
Sharp
Sony Vayo
Sharp
Suggar
Black & Decker
Suggar
Suggar
Dell
Lorenzetti
Lorenzetti
Philips
Epson
Dell, Samsung
Samsung
Samsung
Begel, Latina
Begel, Latina
Latina
Philips
Sharp
Komeco
Semp Toshiba
Sony
Sony
Sony
Begel
Quantidade de
Modelos
Faixa de Tensão (V)
1
110
25
127
27
220
8
3
8
3
5
7
2
8
19
2
5
1
1
5
3
2
6
283
1
1
1
1
2
1
3
3
5
3
10
1
1
4
4
3
2
5
1
1
1
1
1
1
106 a 132
108 a 132
196 a 242
198 a 232
110 - 127 / 220 - 240
110 - 240
110 / 127 / 220 - 230
110 / 127 / 220 / 230 - 240
110 / 127 / 230
127 / 220
não informada
127 ou 220
100 a 240
127 ou 220
100 - 240
não informada
120
100 a 240
120
127 / 220
não informada
127
127 / 220
127 / 220
127
220
não informada
100 a 120 ou 200 a 240
100 a 240
198 a 242
99 a 121
127
220
100 a 240
não informada
120
100 - 240
110 - 127 / 220
127
120 / 220 / 240
127 / 220
110 ou 220
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes (Continuação)
Item
Equipamento Elétrico
310
311
312
313
314
315
Refrigerador 1 porta
316
317
318
319
320
321
322
323
324
325
326
327
328
329
330
331
332
333
334
335
336
337
338
339
340
Refrigerador 2 portas
Refrigerador Convencional
Refrigerador Frost Free
Sanduicheira
Secador de cabelos
341
342
343
344
345
346
347
348
349
350
351
352
353
354
355
356
357
358
359
Secadora de roupas
Serra elétrica
Telefone sem fio
Televisor
Fabricantes
Basemetal, Eletrolux
Basemetal, Eletrolux
Metalfrio
Esmaltec
Dako
Esmaltec, Venax
Eletrolux
Eletrolux
Eletrolux
Eletrolux
Dako
Dako, Esmaltec, Venax
Basemetal, Eletrolux, GE Brasil,
Mabe
Basemetal, Eletrolux, Mabe
Dako, GE Brasil, Mabe
Eletrolux
Eletrolux
Dako, GE Brasil, Mabe
LG, Mabe
Continental
Continental
Consul
Consul
Consul
Consul
Suggar
Arno
Black & Decker, Philips
Black & Decker
Black & Decker
Arno
Eletrolux, Fisher, Kin, Latina,
Mueller
Eletrolux, Fisher, Kin, Latina
Atlas
Suggar
Black & Decker
Black & Decker
Semp Toshiba
Semp Toshiba
Sharp, Samsung
AOC, CCE, Buster, Cineral, LG
Cineral
Semp Toshiba
Cineral
Panasonic
Cineral
Panasonic
Cineral
CCE
LG
Quantidade de
Modelos
Faixa de Tensão (V)
7
5
2
2
8
6
11
19
9
2
19
16
127
220
103 a 132
103 a 135
103 a 140
104 a 140
105 a 140
106 a 132
189 a 233
190 a 233
196 a 242
198 a 242
8
127
6
18
2
2
18
9
6
6
18
17
38
38
3
3
2
1
1
8
220
103 a 140
106 a 132
196 a 242
198 a 242
não informada
127
220
104 a 140
198 a 242
104 a 140
198 a 242
127 / 220
127 ou 220
não informada
127
220
127 ou 220
8
127
7
1
1
1
1
1
4
12
92
1
50
3
11
2
1
1
2
3
220
127 ou 220
127 ou 220
120
220
100 a 240
110 - 127 / 220 - 240
120
100 a 240
100 a 250
110 a 220
110 a 240
110 ou 220
120 a 240
127 ou 220
90 a 260
95 a 245
não informada
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Tabela 4 – Principais equipamentos utilizados na baixa tensão e faixas de tensões estabelecidas pelos
fabricantes (Continuação)
Item
360
361
362
363
364
365
366
367
368
369
370
371
372
Equipamento Elétrico
Torneira elétrica
Torradeira
Tostadores
Umidificador
Ventilador
Videocassete
Fabricantes
Fame, Lorenzetti, Corona
Fame, Lorenzetti, Corona
Suggar
Arno
Mondial, Springer
Mondial, Springer
Arno, Suggar
Mondial
Mondial
Arno
Arno, Britânia, Mondial
JVC
JVC
Quantidade de
Modelos
7
7
2
2
2
2
2
4
3
5
17
5
32
Faixa de Tensão (V)
127
220
127 / 220
127 ou 220
110
220
127 ou 220
127
220
120, 127, 220, ou outra
127 ou 220
120
110 - 220
Na análise dos manuais para a obtenção das faixas de tensões indicadas pelos fabricantes pode-se
constatar o seguinte:
a) Quase 50% dos manuais de fogões da Brastemp apresentam uma tabela de variações de tensões
com base na portaria DNAEE no 047 de 17/04/1978 (revogada pela Resolução ANEEL 505 de
26/11/2001), não tendo sido encontrado nos demais manuais qualquer referência a resoluções
posteriores emitidas pela ANEEL. A mesma tabela é reproduzida de forma idêntica em todos os
manuais de fogões que consta no sitio da marca Consul. (ver tabelas 5 e 6);
Tabela 5 – Tabela de tensões existente em quase 50% dos manuais de fogões fabricados pela
Brastemp
Tabela 6 – Tabela de tensões existente em todos os manuais de fogões fabricados pela Consul
b) Vários manuais do fabricante Dell informam a tensão a ser utilizada no Japão e/ou México e/ou
algumas regiões do planeta, não apresentando informação específica para o Brasil. Nesses casos o
consumidor é orientado a verificar se “os dispositivos conectados são compatíveis com a
alimentação CA disponível na sua região”;
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
c) Existem manuais em que a informação sobre a tensão do equipamento foi traduzida incorretamente.
Ex. tensão de funcionamento de 115 V a 230 V – em equipamentos similares do mesmo fabricante
a informação consta como 115 V / 230 V, sendo selecionada a tensão 115 V ou 230 V através de
uma chave seletora;
d) A maioria dos manuais do fabricante Eletrolux informam que o produto está em conformidade com
os níveis de tensão estabelecidos na Resolução ANEEL 505, de 26/11/2001 (revogada pela
Resolução Normativa ANEEL no 395, de 15/12/2009). Também solicita ao consumidor para que em
caso de dúvida com relação ao sistema elétrico de sua residência, consultar a concessionária de
energia elétrica;
e) Alguns manuais não possuem indicação de tensão do equipamento e nem orientam o consumidor a
verificar se a tensão da instalação é compatível com a do equipamento;
f) Em muitos manuais a forma de apresentação das informações podem deixar o consumidor em
dúvida, por exemplo: 127 V e 220 V, 127 V ou 220 V, 127 V / 220 V podem ser utilizados por
diferentes fabricantes para representar a mesma informação.
9. INCOMPATIBILIDADES ENTRE AS FAIXAS DE TENSÕES ESTABELECIDAS PELO PRODIST E AS
ESPECIFICADAS PELOS FABRICANTES
Na tabela 7 a seguir são apresentadas as faixas de tensões adequadas constantes do Anexo I: “Faixas
de Classificação de Tensões – Tensões de Regime Permanente”, da seção 8.1 – “Qualidade do Produto” do
PRODIST e as tensões e faixas de tensões informadas pelos fabricantes constantes da tabela 4, e verificada
a compatibilidade ou não entre estas faixas de tensões.
Da análise da comparação entre as faixas de tensões apresentadas na tabela 7 observa-se:
a) Do total de 5.828 modelos, apenas 2.380 modelos ou seja, 40,84% possuem faixas de tensão de
operação do equipamento elétrico indicada pelo fabricante. Para 325 modelos (5,58% do total) os
fabricantes não fizeram à tensão ou à faixa de operação dos equipamentos. Para 53,58% dos
equipamentos os manuais informam a tensão nominal do equipamento, porém não informam a
faixa de tensão de operação;
b) Para as situações em que o fabricante informa somente a tensão nominal do equipamento, sem
mencionar a faixa de tensão de operação, sempre existe a dúvida de que a faixa de tensão que o
equipamento pode operar sem provocar o funcionamento inadequado e/ou redução de sua vida útil
é compatível ou não com a faixa de tensão estabelecida no PRODIST para a tensão nominal do
equipamento, sendo esta a mesma do ponto de conexão da unidade consumidora. Este fato é mais
crítico quando a tensão nominal do equipamento informada no manual é diferente da tensão
nominal do ponto de conexão da unidade consumidora, como é o caso de equipamento cuja tensão
nominal é de 127 V e a tensão nominal do fornecimento de energia elétrica pela distribuidora é de
115 V;
c) As faixas de tensões estabelecidas no PRODIST para as tensões nominais 254 V, 240 V, 208 V e
110 V são incompatíveis com as faixas de tensões estabelecidas pelos fabricantes de
equipamentos elétricos, pelos seguintes motivos:
- a maioria dos equipamentos que possuem indicação de faixa de tensão de operação informada
em seus manuais, operam na faixa de tensão de 110 V a 132 V ou na faixa de 200 V a 240 V;
- as faixas de tensões estabelecidas no PRODIST apresentam para as tensões nominais 254 V e
240 V parte dos valores superiores a 240 V, e para as tensões nominais 208 V e 110 V,
apresentam parte dos valores inferior a 200 V e 110 V, respectivamente.
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Tabela 7 – Compatibilidade entre as faixas de variação de tensões informadas no PRODIST e as faixas estabelecidas pelos fabricantes dos equipamentos
Faixa de
Tensão
Quantidade
Item Estabelecida
de Modelos
pelos Fabricantes (V)
1.309
1
220
(22,46%)
882
2
100 a 140
(15,13%)
115 / 230
ou 100 a
456
3
127 ou 200
(7,82%)
a 240
106 a 132
408
4
ou 200 a
(7,00%)
240
326
5
198 a 242
(5,59%)
Não
325
6
informada
(5,58%)
304
7
127
(5,22%)
216
8
127 / 220
(3,71%)
203
9
127 ou 220
(3,48%)
170
10
104 a 140
(2,92%)
135
11
106 a 132
(2,32%)
Tensões Nominais Padronizadas – Decreto no 97.280, de 1988
220 V /127 V
380 V / 220 V
254 V / 127 V
440 V /220 V
201 V a
231 V
201 V a
231 V
232 V a
264 V
116 V a
132 V
113 V a
132 V
216 V a
241 V
108 V a
127 V
216 V a
254 V
108 V a
127 V
220 V / 110 V
201 V a 101 V a
229 V
115 V
201 V a
229 V
196 V a
229 V
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Aplicável
Aplicável Aplicável Aplicável
Aplicável
Não
Aplicável
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável
Aplicável
Aplicável
Aplicável
Compatível
348 V a
396 V
Tensões Nominais Não Padronizadas
230 V / 115 V
240 V / 120 V
402 V a
458 V
Compatível
116 V a
133 V
208 V / 120 V
(Padronizada)
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível Compatível
Compatível Aplicável
Compatível
Aplicável
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Não
Não
Não
Não
Compatível
Aplicável Aplicável
Compatível Aplicável
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável
Compatível Aplicável
Aplicável Compatível Aplicável
Aplicável
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Aplicável
Aplicável Aplicável Aplicável
Aplicável
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Aplicável Compatível Aplicável Aplicável Aplicável
Aplicável
Não
Aplicável
Não
Aplicável
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável
Aplicável
Aplicável
Aplicável Compatível
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável
Aplicável
Aplicável
Aplicável Compatível
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Tabela 7 – Compatibilidade entre as faixas de variação de tensões informadas no PRODIST e as faixas estabelecidas pelos fabricantes dos equipamentos (Continuação)
Faixa de
Tensão
Quantidade
Item Estabelecida
de Modelos
pelos Fabricantes (V)
115 / 230
ou 100 a
98
12
127 ou 200
(1,68%)
a 240
79
13
380
(1,36%)
67
14
120
(1,15%)
66
15
196 a 242
(1,13%)
60
16
115 / 230
(1,03%)
52
17
200 a 240
(10,65%)
50
18
110 a 220
(0,86%)
41
19
110 a 240
(0,70%)
39
20
110 - 220
(0,67%)
120, 127,
35
21
220, ou
(0,60%)
outra
110 / 127 /
28
22
230
(0,48%)
114 a 140
26
23
ou 200 a
(0,45%)
240
Tensões Nominais Padronizadas – Decreto no 97.280, de 1988
220 V /127 V
380 V / 220 V
254 V / 127 V
440 V /220 V
201 V a
231 V
Compatível
116 V a
133 V
348 V a
396 V
201 V a
231 V
232 V a
264 V
116 V a
132 V
Não
Não
Não
Não
Compatível
Aplicável Aplicável
Compatível Aplicável
402 V a
458 V
201 V a
229 V
208 V / 120 V
196 V a
229 V
113 V a
132 V
Tensões Nominais Não Padronizadas
230 V / 115 V
240 V / 120 V
216 V a
241 V
108 V a
127 V
216 V a
254 V
108 V a
127 V
220 V / 110 V
201 V a 101 V a
229 V
115 V
(Padronizada)
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável
Aplicável
Aplicável Compatível Aplicável
Aplicável
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável Aplicável
Compatível Aplicável Aplicável
Compatível Aplicável Compatível Aplicável Compatível Aplicável
Aplicável
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável Compatível Compatível Compatível Aplicável Compatível Compatível
Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível Compatível
Compatível
Compatível
Compatível Compatível Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável
Compatível
Aplicável
Compatível
Compatível Compatível
Compatível
Compatível
Compatível Compatível
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Aplicável
Compatível
Aplicável
Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível
Compatível
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
Tabela 7 – Compatibilidade entre as faixas de variação de tensões informadas no PRODIST e as faixas estabelecidas pelos fabricantes dos equipamentos (Continuação)
Faixa de
Tensões Nominais Padronizadas – Decreto no 97.280, de 1988
Tensões Nominais Não Padronizadas
Tensão
220 V /127 V
380 V / 220 V
254 V / 127 V
440 V /220 V
208 V / 120 V
230 V / 115 V
240 V / 120 V
220 V / 110 V
Quantidade
Item Estabelecida
201
V a 101 V a
de Modelos 201 V a 116 V a 348 V a 201 V a 232 V a 116 V a 402 V a 201 V a 196 V a 113 V a 216 V a 108 V a 216 V a 108 V a
pelos Fabri229
V
231 V
133 V
396 V
231 V
264 V
132 V
458 V
229 V
229 V
132 V
241 V
127 V
254 V
127 V (Padronizada)
115 V
cantes (V)
25
Não
Não
Compatível Compatível
Compatível Compatível Compatível
Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível Compatível
24
90 a 264
Aplicável
Aplicável
(0,43%)
110 / 127 /
21
25
220 /230 (0,57%)
240
20
26
125
(0,34%)
220 ou 380
20
27
ou 440
(0,34%)
18
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
Compatível
28
103 a 140
Aplicável
Aplicável Aplicável Aplicável
Aplicável Aplicável Aplicável
Aplicável
Aplicável
Aplicável Compatível
(0,31%)
17
29
110 ou 220
(0,29%)
17
30
127 / 230
(0,29%)
110 - 120
16
31
ou 220 (0,27%)
240
110 - 127 /
15
32
220 - 240
(0,26%)
Outras 67
281
33
faixas
(4,82%)
5.828
34
TOTAL
(100%)
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
10. CONCLUSÕES
Nas universidades existem poucos estudos sobre os reflexos das tensões em regime permanente sobre
a vida útil dos equipamentos. Algumas pesquisas foram realizadas por órgãos governamentais, sobre posse
de aparelhos e equipamentos de baixa tensão e de hábitos de uso.
Em função do exposto neste relatório pode-se concluir:
a) No levantamento realizado junto a 101 distribuidoras, além das tensões secundárias padronizadas
através do Decreto no 97.280, de 16 de dezembro de 1988, foram constatadas seis outras tensões
nominais secundárias de distribuição de energia elétrica: 440V/254V trifásica, 208V/120V trifásica,
230V/115V trifásica/monofásica, 240V/120V monofásica, 220V/110V monofásica e 440V/277V. As
tensões 440V/277V e 440V/254V que possuem 32 e 294 unidades consumidoras respectivamente,
não foram consideradas no Anexo I da Seção 8.1 do PRODIST.
b) A grande maioria dos consumidores atendidos em tensão nominal não padronizada não possuem
conhecimento da tensão nominal de sua unidade consumidora, mesmo constando mensalmente
esta informação nas faturas emitidas pelas distribuidoras. Por exemplo, em São Paulo a maior
parte dos consumidores atendidos em 115 V ou 230 V consideram que são atendidos em 110 V ou
127 V ou 220 V.
c) A maioria dos fabricantes não cita nos manuais de seus produtos as tensões nominais e faixas de
variação de tensões estabelecidas pela ANEEL. Existem casos de produtos recentes em que no
manual consta que o produto atende a Portaria DNAEE n o 047 de 1978, demonstrando que o
fabricante não acompanhou a evolução da legislação do setor elétrico.
d) Muitos manuais solicitam que o consumidor verifique se a voltagem de sua instalação é compatível
com a do equipamento elétrico, sem mencionar no manual qual é a tensão especificada para o
aparelho.
e) Pode ser observado na análise dos manuais dos produtos que não existe uma uniformização nas
representações das tensões nominais, dificultando o entendimento das informações pelos usuários.
Alguns manuais não indicam as tensões nominais e faixas de variações das tensões.
A tendência é que este problema seja amenizado com o passar do tempo em virtude da
obrigatoriedade da certificação dos produtos e da substituição de equipamentos antigos por outros
que possuem faixas de variação de tensão mais amplas.
f) A certificação compulsória de aparelhos eletrodomésticos e similares, instituída pela Portaria
INMETRO no 371, estabelece a necessidade de atendimento aos requisitos da norma ABNT NBR
NM 60335-1 ou IEC 60335-1 – Requisitos Gerais, e das normas de requisitos particulares da série
ABNT NBR NM 60335-2-X ou IEC 60335-2-X aplicáveis aos produtos, as quais determinam que a
tensão nominal não deve ser superior a 250 V, para aparelhos monofásicos, e 480 V para outros
aparelhos. Em virtude deste limite superior as tensões nominais de 440 V / 277 V e 440 V / 254 V
se mostram inadequadas para utilização pelas distribuidoras.
g) Da análise da compatibilidade entre as faixas de variação de tensões informadas no PRODIST e as
faixas estabelecidas pelos fabricantes dos equipamentos, e devido ao desconhecimento do
assunto por alguns fabricantes e pela maioria dos lojistas, vendedores e consumidores, deduz-se
que muitos equipamentos elétricos são utilizados pelos consumidores em tensões não
recomendadas pelos fabricantes, o que reduz a vida útil destes equipamentos sem que o
consumidor tenha noção do que está acontecendo.
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
h) Ressalvando os aspectos de eficência energética, as tensões nominais não padronizadas 230 V,
120 V e 115 V que constam no Anexo I do PRODIST apresentam compatibilidade com a maioria
dos equipamentos elétricos analisados.
i) Em função da globalização e da evolução constante da eletrônica a tendência é que as faixas de
tensões dos equipamentos de baixa tensão sejam cada vez mais ampliadas, de modo a possibilitar
que os produtos possam ser utilizados no maior número possível de países, com tensões nominais
de fornecimento muito diversificadas.
11. BIBLIOGRAFIA
[1] Sítio da ANEEL <http://www.aneel.gov.br/legislação>.
_____ Resolução Normativa no 61, de 29 de abril de 2004.
_____ PRODIST, “Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional –
PRODIST, Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica, Revisão 1, vigência 01/01/2010.
[2] Sítio do INMETRO http://www.inmetro.gov.br
[3] Sítio do PROCOBRE HTTP://www.procobre.org
[4] C. E. Tavares, “Análise Técnica de Pedidos de Ressarcimento de Danos a Consumidores”, tese para
obtenção do título de doutor em ciências. Uberlândia/MG, Maio de 2008.
[5] H. R. P. M. Oliveira, N. C. Jesus, M. L. B. Martinez, “Avaliação do Desempenho de Equipamentos
Eletrodomésticos Durante Ensaios de Sobretensões” - XVIII SNPTEE, Curitiba/PR, Outubro de 2005.
[6] A. S. Jucá, “Avaliação do Relacionamento entre Consumidores e Concessionárias na Solução de
Conflitos por Danos Elétricos: Proposta de Adequação”, tese de doutorado em engenharia elétrica,
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, USP, São Paulo/SP, 2003.
[7] C. B. Carvalho, “Desempenho de Aparelho Condicionador de Ar no Contexto da Qualidade da
Energia Elétrica”, dissertação de mestrado, UFU, Uberlândia/MG, Julho de 2002.
[8] A. Baggini, “Handbook of Power Quality”, John Wiley & Sons, 2008.
[9] T.A. Short, “Electric Power Distribution Handbook, CRC Press, 2004. ISBN 0-8493-1791-6.
[10]Sítio de fabricantes de equipamentos elétricos de baixa tensão:
- Aerotec - www.aerotec.com.br
- AG - www.agcoifas.com.br
- Arneg - www.arneg.com.br
- Artel - www.artelbrasil.com.br
- Atlas - www.atlas.ind.br
- Arno - www.arno.com.br
- Arwek - www.arwek.com.br
- Basemetal - www.basemetal.com.br
- Beam, Daikin, Kaze, Sanyo, Sauermann e Smarthome - www.dksistemas.com.br
- Begel - www.begel.com.br
- Belliere - www.belliere.com.br
- Black & Decker - www.blackedeker.com.br
- Brasforma - www.brasforma.com.br
- Braslar - www.fogoesbraslar.com.br
- Brastank - www.brastank.com.br
- Brastemp – www.brastemp.com.br
- Britânia - www.britania.com.br
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
- Bosch e Continental - www.boscheletrodomesticos.com.br
- Canovas - www.canovas.com.br
- Carrier, Springer, Tempstar, Toshiba e Totaline - www.springer.com.br
- Casio – www.casio.com.br
- Cata - www.catabrasil.com.br
- CCE - www.cce.com.br
- Clarice - www.clarice.com.br
- Colormaq - www.colormaq.com.br
- Coifamax - www.coifamax.com.br
- Consul – www.consul.com.br
- Crissair - www.crissair.com.br
- Dako, GE e Mabe - www.dako.com.br e www.geeletrodomestico.com.br
- Dell – www.dell.com.br
- Dynacom – www.dynacom.com.br
- Eletrolux - www.eletrolux.com.br
- Elettomec - www.elettromec.com.br
- Elgin e Canon - www.elgin.com.br
- Elica e Tuboar - www.tuboar.com.br
- Epson – www.epson.com.br
- Esmaltec - www.esmaltec.com.br
- Ever - www.ever.com.br
- Everest e Soft By Everest - www.everest.ind.br
- Faet - www.faet.com.br
- Falmec - www.falmec.com.br
- Fioreta - www.fioreta.com.br
- Fischer - www.fischer.com.br
- Fogatti - www.fogatti.com.br
- Frick, Sabroe, Source One e York - www.yorkbrasil.com.br
- Fujtisu - www.br.fujitsu-general.com
- GE Eletrodomésticos – www.geeletrodomesticos.com.br
- General Heater - www.generalheater.com.br
- Gree - www.gree.com.br
- Hitachi - www.hitahiapb.com.br
- HP – www.hp.com
- ITC - www.itceletro.com.br
- Jung - www.jung.com.br
- Kin - www.kin.com.br
- Komeco - www.komeco.com.br
- Latina - www.latinatec.com.br
- Lave Maq - www.widesoft.com.br
- Lofra - www.lofra.com.br
- Luminer - www.igasa.com.br
- L1bey, Marcato, Pintinox, Trudeau e Yaxell - www.imeltron.com.br
- Metalfrio - www.metalfrio.com.br
- Minilav - www.minilav.com.br
Este relatório é um resumo de um produto resultante do Contrato nº. 0035/2010-SLC/ANEEL e não
representa, necessariamente, o posicionamento da ANEEL
- Mondial - www.eletrodomesticosmondial.com.br
- Mueller - www.mueller.ind.br
- Newmaq - www.newmaq.com.br
- Philips e Walita - www.philips.com.br
- Prenda - www.eletrogrill.com.br
- Rinnai - www.rinnai.com.br
- Realce - www.realce.ind.br
- Sabaf e Faringosi - www.sabaf.it
- Samsung – www.samsung.com.br
- Sedna - www.sednatec.com.br
- Segtron - www.segtron.com.br
- Semp Toshiba – www.semptoshiba.com.br
- Sharp – www.sharpbr.net
- Singer – www.singer.com.br
- Sony – www.sony.com.br
- St Louis - www.st.louis.com.br
- Suggar - www.suggar.com.br
- Venax - www.venax.com.br
- Wanke - www.wanke.com.br
- Wap - www.wap.ind.br
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