Especialização em Fisioterapia Intensiva

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Especialização em
Fisioterapia Intensiva
Fisioterapia Intensiva
Neopediatrica
Profa. Carina Perruso
Fisioterapia Intensiva
Neonatal e pediátrica
Conteúdo programático
 Anatomia e fisiologia cardiorrespiratória neonatal e pediátrica.
 Aspectos fisiopatológicos em neonatologia e pediatria.
 A Unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica
 Avaliação do recém-nascido de risco
 Intervenção fisioterapêutica no paciente neonatal e pediátrico
 Assistência Ventilatória no paciente neopediátrico
 Oxigenioterapia
 Intervenção fisioterapêutica no pós-operatório de cirurgia cardíaca
 Intervenção sensório-motora na UTI neonatal e pediátrica
Aspectos anatomo-fisiológicos do
crescimento fetal
Fases do desenvolvimento
pulmonar
 Período Embrionário: dura certa de 8
semanas ao fim da qual todos os órgãos já
estão totalmente esboçados.
 Período Fetal: dura as restantes semanas e
corresponde ao desenvolvimento dos órgãos
e ao crescimento do feto.
 Período Pós-Natal: após o nascimento o
processo de crescimento e desenvolvimento
continua com remodelamentos na sua
estrutura , até por volta dos 8 anos de idade.
Fase do desenvolvimento
embrionário
1°
2°
3°
4°
5°
período
período
período
período
período
Embrionário
Pseudoglandular
Canalicular
Sacular
Alveolar
NASCIMENTO
ABERTURA ALVEOLAR
Período Embrionário
( 4°a 7° semana)
Organogêsene;
Formação dos brônquios principais;
Desenvolvimento da traquéia.
Período pseudoglanular
( 7° a 16° semana)
Formação das vias aéreas;
Desenvolvimento de cartilagem ,
vasos linfáticos e cílios;
Circulação pulmonar.
Na 16ª semana de gestação ele já tem quase
todos os órgãos desenvolvidos.
Os olhos ainda estão fechados, mas as mãos e os
pés começam a mover-se,
embora sua mãe quase não perceba.
Período Canalicular
(da 17° a 26° semana)
Proliferação de capilares no interstício;
Pulmão viável;
Surgimento dos acínos.
Expansão da troca gasosa;
Pneumócitos I e II diferenciados;
Surfactante pulmonar;
Ele completa 24 semanas.
De entre os seus órgãos, somente os pulmões
não estão completamente formados.
Período Sacular
(da 27° a 35° semana)
Surgimento dos sacos alveolares;
Aumento da área da superfície capilar
alveolar;
Alvéolos identificados ;
Respiração autônoma.
Formação do ácino e início da síntese do surfactante
(Kopelman,Miyoshi e Guinsburg,1998)
Período alveolar
36º semana até a gestação a termo
Aparecimento dos alvéolos;
Aumento do volume pulmonar ;
Aparecimento dos poros de Kohn.
Período Pós-Natal
Crescimento pulmonar até 8 anos de
idade;
Multiplicação alveolar;
Mudanças morfológicas do septo
alveolar;
Transição da vida intra-uterina
para a vida extra-uterina
Produção adequada de surfactante nos
alvéolos;
Pulmões de secretor para órgão de
troca gasosa;
Estabelecimento paralelo das
circulações pulmonar e sistêmica.
Após o nascimento
(resumo)
1º- Contração do esfíncter do ducto venoso, impedindo a
passagem do sangue para a VCI. A veia umbilical atrofia,
formando o ligamento teres e o venoso.
2º- A aeração pulmonar aumenta o fluxo sanguíneo por diminuir
a resistência. Assim aumenta-se o volume que chega ao AE,
aumentando também a pressão no mesmo, fechando assim o
foramen oval (fechamento fisiológico). Em até 1 ano acorre o
fechamento anatômico.
3º- Fechamento do ducto arteriosus. As primeiras respirações
do bebê fazem com que haja produção de bradicinina e que se
aumente a pressão de O2 no sangue. Esses dois fatores fazem a
musculatura lisa da parede do ducto arteriosus (que é mais
espessa no RN) contrair-se até fechá-lo.
OBS: Na vida intra-uterina, a produção de prostaglandinas e
as baixas pressões de O2 mantém o canal aberto
Produção de Surfactante
Reduz a tensão superficial nos alvéolos;
Mistura heterogênea de fosfolipídios e proteínas
Secretada no revestimento sacular ou alveolar
pelos pneumócitos tipo II
Começando a sintetizar entre 24 e 27 semanas
de gestação
Secretando aproximadamente na 30° semana.
LIBERAÇÃO DO SURFACTANTE
NA LUZ ALVEOLAR
Surfactante
Ar
Pneumócito I
Pneumócito II
Particularidades Anatômicas da
função respiratória do Recémnascido:
Resistência aumentada das vias aéreas por:
- Respiração predominantemente nasal até 4 a
6 meses.
- Macroglossia relativa
- Epiglote longa estreitando a glote
- Cartilagem tireóide próxima ao hióide
- Estreitamento da cricóide.
Brônquio fonte D mais verticalizado .
Caixa torácica transversalmente
cilíndrica e diafragma horizontalizado.
Esterno menos calcificado;
Costelas mais maleáveis;
Musculatura menos desenvolvida;
Vísceras abdominais maiores;
Diminuição da zona de aposição
diafragmática.
Vias Aéreas
Adulto X Neonato
Smith RM
1980
Ryan JF
1992
Menor calibre das vias aéreas (com aumento da
resistência)
Menor número de alvéolos(nascimento 20
milhões/ 8 anos 300 milhões) e superfície de
trocas
Via aérea de menor calibre
Resistência da via aérea
Via aérea em menor número
Ventilação colateral menos eficiente;
Menor número e tamanho dos poros de Kohn e
canais de Lambert
Considerações Anatômicas
Intubação
• Coxim Cervical
• Hiper-extensão → Colapso laringe
• Pressão laringoscópio → Colapso
laringe
• Pressão Cricóide
Considerações Anatômicas
Sistema Pulmonar
• ↑ VO2
•
•
•
•
•
↑ Capacidade de Oclusão
Shunt
Dessaturação Precoce
↑ Ventilação Alveolar
Retração Costelas
Volumes Pulmonares
Smith CA
1976
Diferenças fisiológicas
Variável
Neonato
Adulto
Peso corpóreo(kg)
3
70
Volume corrente(ml/kg)
6
6
35
15
Volume expirado(ml/kg/min)
210
90
Relação espaço morto
fisiológico
0,30
0,33
Consumo de O2(ml/kg/min)
6,4
3,5
Produção de CO2(ML/KG/min)
6,0
3,0
2
1
CPT(ml/kg)
63
86
CRF(ml/kg)
30
35
CV(ml/kg)
35
70
FR
Calorias(kg/h)
Alterações do tamanho pulmonar
como crescimento
30
semanas
RN a
termo
Adulto
Aumento após o
nascimento
Volume(ml)
25
150-120
5.000
23x
Peso(g)
20-25
50
800
16x
N° de alvéolos
-
50 x 10
300 x 10
6x
Superfície(m²)
0,3
3-4
75-100
23x
Diâmetro
(mcm)
32
150
300
2x
N° de vias
aéreas
24
24
24
constante
Fonte: Kopelman,Miyoshi e Guinsburg,1998
Diferenças dos sinais vitais entre crianças e
adultos
Idade
Pré-termo
RN a
termo
1a3
anos
3 a 10 anos
Adulto
Freqüência
cardíaca
(batimentos/min)
120 a 200
100 a 200
100 a 180
70 a 150
60 a 80
Pressão Arterial
(mmHg)
70/40
80/40
100/65
115/60
120/80
40 a 60
30 a 40
25 a 30
15 a 20
12 a 16
52,5 a
75,0
60,0 a
82,5
90,0 a
105,0
90,0 a
105,0
Freqüência
Respiratória
(respirações/min)
PaO2(mmHg)
67,5 a
90,0
(Smith & Val , 2004)
COMPLACÊNCIA
É a tendência de um órgão oco resistir ao
recuo às suas dimensões originais com a
remoção de uma força compressiva ou
distensiva.
Particularidades Fisiológicas da função
respiratória do Recém-nascido
- Complacência pulmonar diminuída por:
Precursores alveolares de parede espessa
Menor quantidade de elastina
Menor produção de surfactante
- Complacência da caixa torácica aumentada
por:
Arcos costais horizontalizados e menos
rígidos
Musculatura intercostal pouco desenvolvida
20 horas de sono, 80% em sono REM, que causa
diminuição de tônus postural e de capacidade
residual funcional
Padrões respiratórios Irregulares
Apnéia
Aumento da FR para manter o volume-minuto
Diafragma composto por 25% de fibras tipo 1
Fibras musculares com menor eficiência de
contração, menor capacidade oxidativa e maior
propensão a fadiga
Maior índice metabólico ao repouso e conseqüente
demanda de oxigênio;
maior
Maior ventilação em regiões superiores do pulmão;
Respiração predominantemente abdominal pela musculatura
acessória pouco desenvolvida;
Imaturidade dos centros respiratórios
Capacidades pulmonares diminuídas
Volume residual aumentado
Volume de reserva inspiratória diminuído
As Primeiras Respirações




Diminuição do líquido 3 dias antes do parto
Transformação do pulmão de órgão secretor
para órgão de troca de gases
Compressão da caixa torácica (30 a 160
cm/H20)
Ejeção de líquido traqueal (30 ml)
Estímulos para respiração:
Frio, luz, som, gravidade, dor, diferença de
pressão, hipercapnia, hipóxia e acidose
respiratória
Os ápices expandem antes das bases
Levam 4 dias para expansão completa
TRANSIÇÃO
CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
AR
AR
Feto
1 as
AR
RE
SP
IRA
ÇÕ
ES
 Eliminação do
líquido pulmonar
 Vasodilatação pulmonar
RN
Desenvolvimento normal
dos pulmões
Espaço torácico adequado para
crescimento pulmonar;
Movimentos respiratórios fetais;
Volume adequado de líquido
amniótico
“ Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas
como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a
influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu
próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual
seu futuro trabalho pertencer”
(Albert Einstein)
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