Perspectivas do Ensino de Filosofia

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – CANOINHAS
I FÓRUM DE PROFESSORES DE FILOSOFIA E
SOCIOLOGIA DO
PLANALTO NORTE CATARINENSE - 2007
PERSPECTIVAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO
ENSINO MÉDIO.
Sandro Luiz Bazzanella
[email protected]
Professor de Filosofia
Vice-Coordenador do Curso de Ciências Sociais
Perspectivas do Ensino de Filosofia no
Ensino Médio.
Kant (1724-1804) “Não se ensina filosofia, ensina-se
a filosofar”.
Hegel (1770- 1831) “A filosofia é filha de seu tempo”.
Nietzsche (1844 – 1900) “Um filósofo é um homem
que experimenta, vê, ouve,
suspeita, espera e sonha
constantemente coisas
extraordinárias”.
COMPLEXIDADE DO ENSINO DE FILOSOFIA:
a) Na escola
Disciplina
Parâmetros curriculares
Importância/espaço da disciplina no currículo
b) No ensino médio
Multiplicidade de Objetivos
Habilidades e competências
Ênfase técnica
c) Professores de filosofia
Diversidade de enfoques na formação dos professores.
Diversidade no entendimento do papel da Filos. no E.M
01. Kant: Não é possível ensinar a filosofia, mas sim a filosofar.
- Não existe uma obra filosófica duradoura em todas as
suas partes.
- Não se pode aprender filosofia – ela ainda não existe.
Ato de Filosofar é a busca da autonomia da razão através da:
- Capacidade de interpretação das perspectivas filosóficas.
a) Seguindo a lógica intrínseca dos pressupostos filosóficos.
b) Apropriando-se da articulação conceitual do pensador.
c) Verificando a validade e universalidade de determinados
pressupostos .
d) Possibilidade de estabelecer a crítica das perspectivas
apresentadas.
Aprender filosofia somente se realiza estabelecendo um
diálogo crítico com a filosofia.
- A própria prática da filosofia leva consigo o seu produto e
não é possível fazer filosofia sem filosofar, nem filosofar sem
fazer filosofia.
a) Filosofia e filosofar indissociáveis.
b) Filosofar - disciplina do pensamento que produz filosofia.
c) A filosofia é que produz o filosofar.
d) Filosofia é filosofar e filosofar é filosofia.
“Deve-se ler filosofia como se lê poesia, revivendo-a:
ressuscitando-a, encarnando-a, emocionando-se,
reinventando-a.”
02. Questionando....
- Para que ensinar filosofia para os jovens na escola?
- Qual o papel formativo da filosofia? Há um papel formativo?
Premissas iniciais:
a) A filosofia é uma criação ocidental.
b) Sempre esteve presente na história de nossa civilização.
c) Modo de viver de nossa civilização é anti-filosófico.
d) Não praticamos filosofia no cotidiano.
e) Supremacia do senso comum.
f) Crença na ideologia da ciência, das tradições.
Pressupostos
• Ensinar filosofia/filosofar como condição do educando conquistar
um pensamento autônomo.
- Pensamento que conhece suas razões.
que escolhe seus critérios.
consciente de seus procedimentos.
responsável pelas suas conseqüências.
aberto à correção de si mesmo.
03. Hegel – “A Filosofia é filha do seu tempo”
- E agora professor ???
Como proporcionar esta experiência filosófica no Ens. Médio?
- Premissas iniciais....
a) Ter em conta que a filosofia surge como tentativa de
compreensão do tempo presente
b) As questões filosóficas são universais porque são humanas.
c) É uma tentativa de transcender a aparência do que se define
como real.
d) Pretensão de fundamentar na razão o agir humano, o fazer, a
ciência.
e) É a busca da identificação: é real o que é racional e é racional
o que é real.
- Aulas de Filosofia:
a) Lugar por excelência da experiência filosófica.
do contato com os pensadores e suas
tentativas de interpretação do mundo, da
existência, da vida.
b) Espaço privilegiado para oferecer ao aluno:
- Critérios filosóficos de análise da realidade.
- Realização do exercício da interpretação e do questionamento.
- Experiência de construção de conceitos universalizávies,
em relação a realidade, ou, determinada realidade.
- Experiência do exercício da autonomia do pensamento.
da criatividade e articulação conceitual
da avaliação, do reconhecimento dos
limites e possibilidades do conhecimento
humano.
Aulas de filosofia....
a) Aulas de filosofia como lugar privilegiado da experiência
filosófica:
- Lugar privilegiado de estudo e produção filosófica
- Espaço de criação de surgimento do novo.
- Tempo de movimento e provocação ao surgimento:
do pensamento original.
da busca da compreensão
da verificação da consistência dos argumentos em jogo.
b) Aulas de filosofia como questionadoras do senso comum, da
comodidade das cosmovisões cotidianas, pois assim é o a
filosofia.
c) Aulas vitais na medida em que o educando delibera e vive a
experiência do pensamento pensamento.
03. Nietzsche (1844 – 1900)
“Um filósofo é um homem que experimenta, vê, ouve,
suspeita, espera e sonha constantemente coisas
extraordinárias”.
 Premissas iniciais
a) O professor de filosofia pensa em voz alta, reflete, fala, ouve.
b)
é por excelência um problematizador
c) Ensina a pensar filosoficamente.
- A organizar perguntas filosóficas a partir de um problema
filosófico.
- A ler, escrever, investigar e dialogar filosoficamente.
- A avaliar, criar saídas filosóficas para o problema investigado.
d) O professor é um orientador da experiência filosófica.
- Coloca a disposição seu saber, sua potencialidade filosófica.
e) O professor de filosofia é alguém livre de expectativas, de
resultados finais, pois sabe que a filosofia se faz filosofando...
O professor que apenas fala sobre filosofia não ensina filosofia.
- O exercício da experiência filosófica por meio do diálogo, da
investigação exige que o professor tenha condições de perder-se,
de reconhecer os limites do conhecimento humano, das
possibilidades de compreensão do mundo em nosso entorno.
-Nietzsche: “Uma vez que se tenha encontrado a si mesmo, é
preciso saber, de tempo em tempos, perder-se – e
depois reencontrar-se: pressuposto para que se seja
um pensador”.
 Considerações finais.
-O ensino de filosofia no Ensino Médio assume papel fundamental na constituição de subjetividades com:
a) Consciência de si mesmas.
b) Que se tomam a si como objetos do próprio pensamento
condição para criação de si e do mundo.
c) Capacidade de respeitar e gerar a pluralidade, o diverso
o singular.
d) Condições de pensar com originalidade no exercício da
da autonomia.
e) Condições de reconhecer a dimensão ética, estética e
política da existência humana.
O ENSINO DE FILOFIA NO PLANALTO NORTE
Quais as reais condições da filosofia no Ensino Médio no Planalto
Planalto Norte?
 Quem somos nós, os professores de filosofia e sociologia do
Planalto Norte?
 Quais nossas perspectivas filosóficas?
 Qual nossa leitura de mundo?
 Existem conteúdos filosóficos imprescindíveis, necessários
e inquestionáveis ?
 Há a necessidade de um programa nacional/estadual/regional
filosofia para o Ens. Médio?
 Que implicância tem um programa nacional, ou, estadual/regional
de Filosofia para o Ens. Médio.
 Os manuais de filosofia são imprescindíveis para o ensino
da mesma?
 O que podemos fazer para potencializar o ensino de filosofia no
Ensino Médio no Planalto Norte?
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