APNEIA CENTRAL DO SONO EMERGENTE DO TRATAMENTO

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Abstracts of XV Brazilian Sleep Congress / Sleep Science 8 (2015) 169–255
sono-vigília, uso de fármacos, persistências de sintomas motores
durante a noite e comorbidades clínicas.
Objetivo
Avaliar a presença de alterações do sono em uma série de pacientes com DP e possíveis fatores associados.
Métodos
Oitenta e cinco pacientes com DP atendidos num hospital universitário, que concordaram em participar da pesquisa e assinaram o
termo de consentimento livre e esclarecido, foram entrevistados. A
entrevista consistia em responder à Escala de Sono na doença de Parkinson (ESDP) e à Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS). A primeira consiste numa escala analógica composta
de 15 itens, cuja pontuação varia de zero a dez em cada um deles.
Quanto menor o escore, mais graves e numerosas são as alterações do
sono. Em contrapartida, um escore alto está relacionado com alterações
leves ou inexistentes. A segunda é formada por sete partes e avalia a
gravidade da doença, sendo que uma pontuação elevada está associada
com doença mais avançada. O escore máximo desta é de 147. Os dados
levantados foram analisados no programa SPSS versão 17.0 e o valor de
po0,05 foi escolhido como estatisticamente significativo.
177
de comportamento, tais como: sono não reparador, dificuldade em
iniciar o sono, aumento do tempo em vigília e despertar precoce,
lembranças intrusivas do evento, irritabilidade, terror noturno,
paralisia do sono e fadiga, o que pode comprometer a qualidade de
vida do sujeito. Isso posto, o objetivo da investigação foi verificar a
eficácia da aplicação de Brainspotting (BSP) em paciente com estresse pós-traumático. Para tanto utilizou-se como procedimento
metodológico o estudo de caso clínico. A paciente apresentou
como queixa inicial insônia e depressão, terror noturno e pesadelos. Foi avaliada por meio de entrevista, anamnese, e submetida
à Escala Diagnóstica de Transtorno de Estresse Pós-Traumático
(CAPS), Escala de Impacto de Eventos (IES), Escala de Experiência
Dissociativa (DES), Inventário de Ansiedade Beck (BAI) e Inventário
de Depressão Beck (BDI) que apontaram alto grau de ansiedade e
depressão, bem como dissociação quanto aos eventos e pessoas.
Utilizaram-se no tratamento 10 sessões de Brainspotting (BSP). Os
resultados apontaram que após o uso de BSP houve melhora significativa dos sintomas, como a melhoria na qualidade do sono e
diminuição do quadro de depressão e ansiedade, o que se verificou
com nova aplicação das escalas. Diante dos resultados obtidos,
conclui-se que o BSP pode ser um método eficaz no tratamento de
TEPT acompanhado de Distúrbios de Sono.
http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.017
Resultados
O escore médio na ESDP foi de 85,6726,7, enquanto o da UPDRS
foi de 47,58724,19. A qualidade do sono média foi de 54%726.
Insônia inicial foi associada a quedas, doença mais grave e avançada
(p¼ 0,02; po0,01 e po0,01, respectivamente). Dificuldade em iniciar e manter o sono se relacionou a pior desempenho em atividades de vida diária (AVD), uso de levodopa e agentes dopaminérgicos (po0,05 em todos). O efeito reparador do sono era menor
naqueles usando levodopa e com DP mais grave e avançada, resultando em pior desempenho em AVD (po0,05 em todos).
Conclusões
Alterações de sono são frequentes na DP e estão associadas à doença
mais grave e avançada. Dessa forma, seu adequado reconhecimento
deve integrar a rotina de atendimento clínico desses indivíduos.
http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.016
42243
APNEIA CENTRAL
TRATAMENTO
DO
SONO
EMERGENTE
DO
Catarina Lacerda, Pedro Ramalho, Fátima Teixeira,
Conceição Travassos, Liliana Sousa, Joaquim Moita
HOSPITAL DE BRAGA
E-mail address: [email protected] (C. Lacerda)
Resumo
Introdução
41621
APLICAÇÃO DE BRAINSPOTTING EM PACIENTE COM
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO E DISTÚRBIO DE SONO
Cacilda Soares da Costa
A apneia central do sono emergente do tratamento (ACS-TE),
previamente denominada de apneia complexa, caracteriza-se pelo
desenvolvimentos de apneias centrais durante a aferição com
pressão positiva (PAP) no doente com Síndrome Apneia Obstrutiva
do Sono (SAOS). A servoventilação Adaptativa (SVA) surge como
opção terapêutica quando o tratamento com PAP falha.
Objectivo
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BRAINSPOTTING (BSP)
E-mail address: [email protected]
Avaliar as características clínicas e polissonográficas dos
doentes com ACS-TE e sob SVA. Considerar a possibilidade de
mudança deste modo ventilatório.
Resumo
Métodos
O sono, assim como o estresse, é um fenômeno que envolve
todo sistema nervoso central. Nos casos de Transtorno de Estresse
Pós-Traumático (TEPT) resulta em mudanças distintas nos padrões
Selecionados todos os pacientes do CMS-CHUC com diagnóstico
de ACS-TE sob SVA. Realizada uma reavaliação clinica e novo estudo polissonográfico do sono nível I (PSG).
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Abstracts of XV Brazilian Sleep Congress / Sleep Science 8 (2015) 169–255
Resultados
Ressonância magnética
Incluídos 9 doentes, todos homens com média de idades de 75
anos e IMC médio de 32,7 Kg/m2. Verificou-se a presença das seguintes comorbilidades: Hipertensão Arterial em 8 pacientes (89%),
Diabetes Mellittus tipo II em 4 pacientes (14%), Patologia respiratória
Obstrutiva Crónica em 4 pacientes (44%), Insuficiência Cardíaca em
6 pacientes (67%) e história de Acidente Vascular Cerebral em um
doente. O estudo basal de sono mostrou um IAH médio de 38/h.
Todos os doentes realizaram no mínimo 6 meses de PAP antes da PSG
para aferição SAV. O tempo mediano de uso de SVA previamente à
avaliação foi 27 meses. Na avaliação atual nenhum doente apresentava sintomatologia relacionada com patologia dos sono. O PSG de
reavaliação foi iniciado com aferição de PAP. Verificou-se que, com
este modo, 2/3 (6 doentes) mantinham ACS-TE e o restante 1/3 foi
aferido PAP com correção de todos os eventos. A SVA corrigiu todos
os eventos nos doentes com ACS-TE refractária à PAP.
Confirmou achados da TC e o estudo do líquor: Hidrocefalia com
pressão normal. Em 2013 foi encaminhado ao Ambulatório de Dist.
Respiratórios do Sono do DAR-HSPE. Leitura do cartão do Cpap mostrava boa adesão, porem mantinha índice elevado de apneias residuais.
Optou-se por fixar a pressão do Cpap em 11 cm H2O e alívio de 3.
Clinicamente estava sem queixas importantes, mantendo atividade de
Professor, referindo sono adequado, sem ronco. Nesta época foi submetido a Neurocirurgia: Derivação Ventriculo Peritonial com válvula.
Evoluiu bem no pós operatório. Nova polissonografia com Cpap
mostrou redução das apneias centrais. Continuou em controle do Cpap
no DAR, com pressão fixada em 10 cmH2O, alívio de 3, máscara nasal,
boa adesão, média de 6hs diárias de uso e redução da apneias centrais.
Controle clinico subsequente mostrou Espirometria normal e Ecocardiograma sem grandes alterações da função ventricular. Entre os
casos de demência, a presença de Hidrocefalia com pressão normal
deve ser pesquisada, ocorrendo em 5 a 10% e o seu tratamento tem
melhor prognóstico. O tratamento com Cpap pode trazer alívio para
estes pacientes, se presente apneia obstrutiva e a apneia central pode
requerer auxílio da servoventilação assistida e derivação
ventriculoperitonial.
Conclusão
A SVA deverá ser ponderada nos casos de insucesso terapêutico
com PAP no tratamento ACS-TE. Os autores consideram ainda ser
necessário, através de estudos mais completos, a identificação de
factores de risco que poderão influenciar de forma dinâmica a
ACS-TE, nomeadamente a HTA e insuficiência cardíaca.
http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.019
http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.018
43549
42304
APNEIA CENTRAL NÃO CHEYNE STOKES TRATADA
COM DERIVAÇÃO VENTRÍCULO PERITONIAL E CPAP
Sergio Roberto Nacif, Natalia Acocella, Ezequiel Fernandes Oliveira,
Silvania Rodrigues dos Reis, Mariana de Abreu Rays Dazzi,
Clarice Emiko Fuzi, Maria Vera C Oliveira Castellano
HOSPITAL SERVIDOR PÚBLICO ESTADO SÃO PAULO
E-mail address: [email protected] (S.R. Nacif)
APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E PROGNÓSTICO EM
PACIENTES COM MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA
Lunara da Silva Freitas, Rodrigo P Pedrosa, Flávia B Nerbass,
Gabriela A Souza, Murillo O Antunes, Edmundo Arteaga,
Geraldo Lorenzi-Filho, Luciano Ferreira Drager
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
PAULO
E-mail address: [email protected] (L. da Silva Freitas)
Resumo
Resumo
Paciente masculino de 62 anos, professor em atividade, IMC de
31 kg/m2, tabagista 45 maços/anos, em tratamento de hipertensão
arterial antiga e Infarto do Miocardio 6 anos atrás, quando deixou
o tabagismo. Em tratamento neurológico há 6 anos de tremores.
Não apresentava outras queixas e exame físico neurológico era
normal. Durante o seguimento no Ambulatório da Neurologia
queixa-se de sonolência excessiva diurna, sono não reparador e
roncos intensos. Encaminhado a Otorrino que solicitou polissonografia basal (2011): IAH 74,9/h (130 apneias obstrutivas, 108
apneias centrais , 110 mistas e 76 hipopneias, tendo permanecido
30% TTS com Sat O2 o90%). Solicitado Titulação com Cpap e a
pressão sugerida foi de 16 cmH2O (houve aumento do número de
apneias centrais). Foi prescrito Cpap automático por 2 anos,
pressão entre 2 e 18 cm H2O, referindo melhora dos sintomas
noturnos e da sonolência diurna. Continuou em controle clinico
ambulatorial na Clinica Médica e Neurocirurgia. O Ecocardiograma
apresentava fração de ejeção normal, hipertrofia concêntrica de VE
leve e relaxamento diastólico reduzido. CT Scan: atrofia cerebral
leve com aumento de volume ventricular.
Introdução
Estudos recentes sugerem que a apneia obstrutiva do sono
(AOS) é comum entre pacientes com miocardiopatia hipertrófica
(MCH). Entretanto, ainda não está claro se a AOS aumenta o risco
cardiovascular nestes pacientes.
Métodos
Recrutamos de forma consecutiva pacientes com diagnóstico de
MCH. Realizamos uma avaliação clínica padrão, ecocardiograma
transtorácico e monitorização portátil do sono (StardustTM). A AOS
foi definida como presença de 5 ou mais eventos respiratórios por
hora. Nós avaliamos retrospectivamente eventos cardiovasculares
como morte por todas as causas, AVC, infarto do miocárdio e novos
episódios de arritmia (fibrilação atrial – FA, flutter atrial e taquicardia ventricular não sustentada) usando definições padronizadas.
O desfecho primeiro definido foi eventos combinado de morte, AVC
e nova fibrilação atrial. A checagem destes eventos foi realizada sem
o conhecimento dos dados do sono.
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