FATORES DE RISCO PARA PRESENÇA DE

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FATORES DE RISCO PARA PRESENÇA DE Staphylococcus aureus
RESISTENTE À METICILINA (MRSA) EM ÚLCERAS VENOSAS
DE PESSOAS EM TRATAMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA*
Marlene Andrade Martins1; Silvana de Lima Vieira dos Santos2; Lara Stefânia Netto de
Oliveira Leão Vasconcelos3; Maria Márcia Bachion4.
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é um patógeno emergente e sua
presença em úlceras venosas limita as opções terapêuticas, além de contribuir para o
surgimento de agravos clínicos que comprometem o tratamento. O estudo teve como
objetivo avaliar os fatores de risco para a presença de MRSA em úlceras venosas de
pessoas que realizam curativos na atenção primária em saúde. Pesquisa transversal,
observacional, realizada em salas de curativo de Unidades Municipais de Saúde de
Goiânia. Foram avaliados os fatores de risco em 69 pacientes, representando 98 úlceras
no período de outubro de 2009 a outubro de 2010. Os aspectos éticos legais foram
atendidos. Os dados foram organizados no software SPSS® for windows versão 17,0.
Para análise de associação foi utilizado o Qui-quadrado ou Exato de Fisher’s, adotandose o nível de significância de 5% (0,05). A prevalência de MRSA nas feridas foi de
28%. Foram identificados dez fatores de risco e os mais frequentes foram: realização de
curativo domiciliar (76,5%), idade ≥ 60 anos (47,1%) e uso prévio de antimicrobiano
(47,1%). Verificou-se associação significativa entre o uso prévio de antimicrobiano
(OR= 4,88; p= 0,007) e presença de isolados MRSA. Os fatores de risco mais
prevalentes foram à realização de curativo domiciliar, pessoas com mais de 60 anos e o
uso prévio de antimicrobiano. É preciso intensificar estratégias de prevenção e controle
quanto aos fatores de risco que podem favorecer a colonização e/ou contaminação por
bactérias multirresistentes em pessoas com úlceras venosas.
*O trabalho obteve apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
Goiás (FAPEG). Está inserido em um projeto maior intitulado: Avaliação de úlceras de
estase no contexto do atendimento ambulatorial na rede municipal de saúde de Goiânia:
ampliando as perspectivas.
1
Doutora em Ciências da Saúde, Prof Adjunto I do Curso de Enfermagem da
Universidade Federal de Goiás (UFG) – Campus Jataí. 2Doutora em Ciências da Saúde,
Prof Adjunto I da Faculdade de Enfermagem da UFG. 3Doutora em Ciências da Saúde,
Laboratório Bacteriologia Médica, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública,
UFG. 4Doutora pela Universidade de São Paulo, Prof Titular da Faculdade de
Enfermagem da UFG.
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