Questionário - Proficiência Clínica

Propaganda
Parceria ControlLab
Habilitada ANVISA/REBLAS
Provedor Alternativo CAP
Certificada ISO 9001
Questionário - Proficiência Clínica
Área: Parasitologia
Rodada: Out/2008
Tema
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS ENTEROPARASITOSES
Elaboradora
Dra. Vera L. P. Castilho, Médica Patologista Clínica, Doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo, Médica – Chefe do Laboratório de Parasitologia Clínica da Divisão de
Laboratório Central do Hospital das Clínicas da FMUSP, Médica Assistente do Laboratório Central da Santa
Casa de São Paulo.
Texto Introdutório
As parasitoses intestinais são infecções freqüentemente encontradas em seres humanos. São produzidas por
protozoários e helmintos e causam danos graves, principalmente em crianças e que incluem, entre outros, a
obstrução intestinal, desnutrição, anemia por deficiência de ferro, quadros de diarréia e de má absorção. No
Brasil, estão entre os principais problemas de saúde pública, por sua situação geográfica de país tropical e
principalmente devido as precárias condições de saneamento básico, higiene e condições alimentares de
grande parte da população. Ocasionam grande morbidade e mortalidade nas regiões mais atingidas.
Para o diagnóstico laboratorial destas doenças, é importante que os laboratórios clínicos atentem para as
formas de transmissão, diagnóstico clínico e à solicitação médica. Os métodos laboratoriais atualmente
utilizados para as pesquisas de enteroparasitas são bastante satisfatórios e ao serem implantados, devem
visar o nível social do público-alvo/clientes atendidos no laboratório. Assim, os laboratórios clínicos poderão
ser os grandes identificadores e rastreadores destas parasitoses intestinais.
O método ideal para diagnóstico das diversas parasitoses ainda não existe, mas a realização de no mínimo 2
técnicas no exame, minimiza resultados falso-negativos, tornando o exame mais confiável. Outro ponto
interessante a ser considerado é a coleta de 3 amostras de fezes em dias alternados, ou de 2 em 2 dias (3
amostras coletadas no período de 10 dias). Ocorre assim, aumento na probabilidade do encontro de parasitas
nos resultados, dando melhor confiabilidade ao laboratório.
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Os ovos de Enterobius vermicularis podem ser identificados através da coleta de raspado da região anal e
perianal, para isto, o paciente deverá coletar o exame antes da realização de sua higiene matinal, através do
seguinte método:
1.
Lutz/Hoffman;
2.
Faust e cols;
3.
Ritchie (formol-acetato de etila);
4.
Método de Graham, Swab anal ou Anal swab, método da fita adesiva.
Na figura ao lado, encontra-se a extremidade posterior de
uma larva de nematelmintos que pode ser encontrada no
exame parasitológico. O parasita e a larva são,
respectivamente:
1.
Anciostomideos - larva rabditóide;
2.
Strongyloides stercoralis - larva filarióide;
3.
Strongyloides stercoralis - larva rabditóide;
4.
Ancilostomideos - larva filarióide.
Em relação a metodologia para extração das larvas de ancilostomideos e Strongyloides na amostra biológica,
é correto afirmar:
1.
As larvas rabditóides de ancilostomideos e Strongyloides tem tigmotermotropismo positivo;
2.
Os métodos de Ritchie e Rugai utilizam o mesmo princípio para a extração das larvas;
3.
A temperatura ideal para a migração das larvas é de 55º e 60ºC;
4.
As larvas filarióides de Ancilostomideos possuem a extremidade posterior entalhada.
A larva rabditóide de Strongyloides pode ser identificada no exame parasitológico através de:
1.
Primórdio genital evidente e vestíbulo bucal longo;
2.
Primórdio genital pouco evidente e vestíbulo bucal curto;
3.
Primórdio genital evidente e vestíbulo bucal curto;
4.
Primórdio genital pouco evidente e vestíbulo bucal longo.
O questionário com as imagens coloridas, encontra-se no site (www.controllab.com.br), na área de clientes Offline.
Página 1 de 3
Parceria ControlLab
Habilitada ANVISA/REBLAS
Provedor Alternativo CAP
Certificada ISO 9001
Questão 5
Questão 6
Questão 7
Questão 8
Questão 9
Questão 10
Questionário - Proficiência Clínica
Área: Parasitologia
Rodada: Out/2008
Em relação às larvas filarióides de ancilostomideos é correto afirmar:
1.
São maiores que as larvas rabditóides do mesmo parasita e possuem a cauda afilada;
2.
Possuem o primórdio genital pouco evidente e o vestíbulo bucal longo;
3.
São larvas do mesmo tamanho que as larvas rabditóides do mesmo parasita e a cauda bifurcada;
4.
Possuem o primórdio genital pouco evidente e o vestíbulo bucal longo.
A amebíase é uma doença causada pela Entamoeba
histolytica/díspar. As diferenças entre estas 2 espécies são
realizadas por seqüenciamento direto de PCR- SSU rRNA, mas a
microscopia óptica comum não as diferencia. Assim, o
diagnóstico laboratorial microscópico é realizado através das
seguintes características morfológicas:
1.
Os trofozoítos podem ter até 4 núcleos;
2.
Cistos podem ter 4 núcleos e o cariossomo é central;
3.
Trofozoítos são menores que os cistos;
4.
O cariossomo do núcleo dos cistos na E. histolytica/dispar é
excêntrico, ocasionalmente central.
A Entamoeba histolytica/dispar localiza-se no intestino grosso e pode invadir tecidos através da via
hematogênica, ocasionando:
1.
Abscesso amebiano hepático;
2.
Abscesso cerebral;
3.
Abscesso amebianopulmonar;
4.
Todas as anteriores.
O protozoário Blastocystis hominis é encontrado na amostra fecal com bastante freqüência e deve ser citado
no resultado final do exame. Qual metodologia deve ser utilizada para melhor diagnosticá-lo na amostra
fecal?
1.
Kato-Katz e Direto;
2.
Direto e Coloração pelo Leishman;
3.
Lutz/Hoffman e Rugai;
4.
Kato-Katz e Rugai.
Quando o Blastocystis hominis está presente no exame parasitológico, ele pode ser considerado patogênico
na ausência de outros agentes como bactérias, vírus e outros parasitas e pode causar diarréia, náusea,
vômitos, febre e dor abdominal. Assinale a alternativa incorreta:
1.
O B. hominis é pleomófico e tem 4 formas: vacuolar, granular, amebóide e cística;
2.
O tamanho da forma vacuolar varia de 2 a 200µm, com média de 4 a 15µm de diâmetro;
3.
Raramente a água corrente destrói ou rompe as formas morfológicas do B. hominis;
4.
Amostras múltiplas, no mínimo 3, apresentam melhores resultados.
Para amostras fecais diarréicas, o laboratório deve utilizar metodologias específicas para evitar resultados
falso-negativos. Assinale a alternativa correta:
1.
Os cistos de Cryptosporidium sp podem ser diagnosticados pela coloração de Tricrômio;
2.
Os trofozoitos de Entamoeba histolytica/díspar podem ser visualizados na amostra fecal diarréica
apenas pelo método de Lutz/Hoffman;
3.
Os cistos de Giardia lamblia/intestinalis podem ser pesquisados na amostra fecal diarréica, mas são
mais freqüentes na amostra fecal consistente. Os métodos mais utilizados para a identificação são os de
concentração, como Faust, Ritchie, Lutz/Hoffman;
4.
Os trofozoitos de Giardia lamblia/intestinalis podem ser pesquisados na amostra fecal diarréica, mas são
melhor encontrados na amostra fecal consistente através dos métodos de coloração.
O questionário com as imagens coloridas, encontra-se no site (www.controllab.com.br), na área de clientes Offline.
Página 2 de 3
Parceria ControlLab
Habilitada ANVISA/REBLAS
Provedor Alternativo CAP
Certificada ISO 9001
Questão 11
Questionário - Proficiência Clínica
Área: Parasitologia
Rodada: Out/2008
Com o material ilustrado nas figuras abaixo, podemos realizar um método quantitativo para ovos de S. mansoni
e outros helmintos. É bastante utilizado em inquéritos epidemiológicos. O nome do método é:
Figura 1
Figura 2
Materiais utilizados para realização do método quantitativo
Questão 12
Questão 13
Questão 14
Questão 15
Referências
Bibliográficas:
1.
Stoll-Hausheer;
2.
Concentração por sedimentação gravitacional;
3.
Rugai modificado;
4.
Kato-katz.
A himenolepíase pertencente ao filo Plathyhelminthes, são vermes achatados dorsoventralmente e os ovos
são encontrados em amostras fecais. Existem 2 espécies: o Hymenolepis nana que é a “tênia anã” e o H.
diminuta ou “tênia do rato”. Assinale a alternativa incorreta:
1.
O ovo de Hymenolepis nana é menor que o de H. diminuta;
2.
O ovo de Hymenolepis nana é maior que o de H. diminuta;
3.
Os métodos laboratoriais para o diagnóstico dos ovos de Hymenolepis nana e H. diminuta são os de
concentração por flutuação;
4.
O verme adulto H. diminuta mede 10 a 60 cm de comprimento e o verme adulto de Hymenolepis nana
mede 2 a 4 cm.
A Taenia solium e a saginata, causam a teníase no homem e ao se tornarem vermes adultos alojam-se no
intestino, onde podem alcançar até 12m. O paciente adquire esta parasitose ingerindo:
1.
Carne com cisticercos, crua ou mal passada de boi ou de porco;
2.
Alimentos contaminados com ovos de Taenia que aparecem também nas fezes;
3.
No laboratório, pode-se adquirir a teníase pela ingestão acidental do ovo;
4.
Alimentos ou água contaminada com cisticercos.
O diagnóstico diferencial entre as Taenia solium e saginata não pode ser feito no laboratório através de:
1.
Encontro de ovos nas amostras fecais;
2.
Método da tamização-peneiragem das fezes de 24h, onde podem ser encontrados os proglotes;
3.
Identificação de ramificações uterinas dos proglotes grávidos;
4.
Coloração de proglotes grávidos pelo carmim.
No ciclo evolutivo do Ancilostomideos ocorre o ciclo pulmonar, que é a síndrome de Loeffler. Quais os outros
helmintos que também realizam este ciclo e cujas larvas podem ser encontradas no escarro?
1.
Hymenolepis e Taenia;
2.
Ascaris e Enterobius;
3.
Strongyloides e Hymenolepis;
4.
Ascaris e Strongyloides.
•
Buschini, MLT; Pittner, E; Czervinski, T. et al. Rev. bras. epidemiol, dez. 2007, vol.10, no.4, p.568578.
•
De Carli, GA. Parasitologia Clinica - Seleção de Métodos e Técnicas de laboratório para o
Diagnóstico das Parasitoses humanas. 2ª Ed. – Atheneu.
•
Garcia, LS. Diagnostic Medical Parasitology. 4th ed. Washington DC.:ASM Press.
•
http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Strongyloidiasis.htm
•
http://www.saude.rj.gov.br/agua_alimentos/parasitose.shtml
•
http://www.who.int/wormcontrol/documents/benchaids/en/trainingmanual_sip98-2.pdf
O questionário com as imagens coloridas, encontra-se no site (www.controllab.com.br), na área de clientes Offline.
Página 3 de 3
Download