Guia do Paciente DAPAGLIFLOZINA Índice Tratando seu diabetes tipo 2 com DAPAGLIFLOZINA 3 Como funciona? 4 Como devo utilizar? 5 Quais são os principais efeitos colaterais do tratamento com DAPAGLIFLOZINA? 6 DAPAGLIFLOZINA não substitui a necessidade de uma dieta saudável e da realização de exercícios 10 Orientações gerais para higiene íntima feminina 12 Orientações gerais para higiene íntima masculina 14 2 Tratando seu diabetes tipo 2 com DAPAGLIFLOZINA O que é? É um medicamento vendido sob prescrição médica utilizado juntamente com dieta e exercícios para controlar os níveis de açúcar no sangue (glicemia) em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Pode ser utilizado isolado, em combinação com um outro antidiabético oral (por exemplo, metformina, tiazolidinedionas, sulfonilureias) ou em associação com a insulina (isolada ou com até outros dois antidiabéticos orais). Por que usarei este medicamento? n O medicamento ajudará a controlar sua glicemia n A diminuição e o controle da glicemia podem ajudar a prevenir e a retardar a ocorrência de complicações do diabetes. 3 Como funciona? A DAPAGLIFLOZINA faz parte de uma classe de medicamentos usados por via oral chamados de inibidores de SGLT-2 (Cotransportador de Sódio e Glicose 2). É um medicamento que bloqueia uma proteína, levando à eliminação do excesso de glicose (açúcar) na urina, melhorando o controle do diabetes mellitus tipo 2. n 4 É improvável que a DAPAGLIFLOZINA por si só cause hipoglicemia (nível reduzido da glicemia) uma vez que este medicamento não interfere no hormônio (insulina) que regula a glicemia. Como devo utilizar? n Tome um comprimido de 10 mg uma vez ao dia. Pode ser usado com ou sem alimentos. n n Pode ser usado a qualquer hora do dia. n Caso esteja tomando alguma outra medicação, você deve conversar com seu médico antes de começar a utilizar a DAPAGLIFLOZINA. No entanto, este medicamento pode ser administrado juntamente a outros tratamentos antidiabéticos como metformina, sulfonilureias, tiazolidinedionas (pioglitazona) ou insulina. n Você deve manter o uso enquanto sua glicemia precisar ser controlada conforme a orientação do seu médico. A DAPAGLIFLOZINA necessita do bom funcionamento dos rins para ser eficaz. A avaliação do funcionamento dos seus rins deve ser feita pelo seu médico. 5 Quais são os principais efeitos colaterais do tratamento com DAPAGLIFLOZINA? Os principais efeitos colaterais de DAPAGLIFLOZINA incluem: n diminuição dos níveis de açúcar no sangue além do desejado (hipoglicemia) n infecções genitais n infecções no trato urinário n dor nas costas n alterações na quantidade de colesterol ou gordura no seu sangue n dor de garganta n dor de cabeça ndiarreia A redução do açúcar no sangue além do desejado (hipoglicemia) pode ser agravada em pessoas que já usam alguma outra medicação para tratar diabetes (por exemplo, sulfonilureias ou insulina). 6 Esses efeitos são geralmente leves a moderados, mas é necessário que você informe seu médico caso observe a ocorrência de algum deles ou caso esteja preocupado. Outros efeitos colaterais não mencionados aqui podem ocorrer em alguns pacientes. Informe seu médico se você se sentir mal enquanto estiver utilizando este medicamento. Para mais detalhes consulte a bula do produto. 7 Quais são os principais efeitos colaterais do tratamento com DAPAGLIFLOZINA? Infecções genitais causadas por DAPAGLIFLOZINA n A presença de açúcar na urina aumenta o risco de infecções na região genital (por exemplo, candidíase). n Essas infecções geralmente são leves a moderadas e podem ser tratadas com facilidade. Peça informações ao seu médico. n Informe seu médico IMEDIATAMENTE caso apresente algum dos seguintes sintomas de infecção genital: –– dor ao urinar –– lesão, vermelhidão, irritação ou inchaço na região genital –– odor desagradável ou secreção na região genital 8 Infecções no trato urinário causadas por DAPAGLIFLOZINA n A presença de açúcar na urina pode aumentar o risco de infecções no trato urinário. n Essas infecções geralmente são leves a moderadas e podem ser tratadas com facilidade. Peça informações ao seu médico. n Informe seu médico IMEDIATAMENTE caso apresente algum dos seguintes sintomas de infecção no trato urinário: –– queimação ou dor ao urinar –– necessidade de urinar mais frequentemente em pequenas quantidades –– maior sensação de urgência para urinar –– febre, calafrios ou presença de sangue na urina Fale com seu médico caso você apresente algum desses sintomas enquanto estiver usando DAPAGLIFLOZINA 9 DAPAGLIFLOZINA não substitui a necessidade de uma dieta saudável e da realização de exercícios n Ingerir alimentos saudáveis e praticar exercícios físicos ajudará a controlar sua glicemia e seu peso corporal. n Para ajudar no controle do diabetes, suas refeições precisam: –– ser regulares e divididas ao longo do dia –– possuir baixo teor de gordura, principalmente de gordura saturada –– ser baseadas em alimentos com alto teor de carboidratos e fibras (por exemplo, pães integrais e cereais, feijão, lentilhas, vegetais e frutas) 10 n É importante ajustar a quantidade de alimentos ingerida e queimada ao longo do dia. Não consumir excesso de calorias (ingerir porções moderadas de alimentos) é essencial para obter o equilíbrio ideal. n Juntamente com uma dieta saudável, a prática regular de atividades físicas ajuda: –– no bom funcionamento da insulina, o que melhorará seu controle do diabetes; –– no controle do seu peso –– na redução da sua pressão arterial –– na redução do risco de doenças cardíacas –– na redução do estresse 11 Orientações gerais para higiene íntima feminina n Toda área ao redor da vagina deve ser limpa, incluindo a parte externa e a região próxima à uretra (orifício de onde sai a urina). A higienização diária deverá evitar a introdução de substâncias (ex.: desodorantes íntimos) ou o uso de duchas vaginais. n O número de vezes adequado para ser realizada a limpeza íntima deve ser ao redor de duas vezes ao dia ou conforme recomendado pelo seu médico. n A limpeza ou higine íntima deve ser feita com água corrente, com produtos utilizados habitualmente para higiene corporal como sabonetes neutros. O movimento deve ser sempre em direção única da frente para trás (da vagina para o ânus), atingindo todas as dobras, sem exceção. Isso evita que se traga contaminação com fezes para a vagina. n Para secar a região limpa, deve-se usar toalhas limpas e secas de tecidos macios que não machuquem a região. n Todo o processo de higiene não deve demorar mais que 2 a 3 minutos, pois a região pode ficar ressecada. n As roupas íntimas devem ser preferencialmente com tecidos de algodão ou naturais, pois favorecem a ventilação da vagina e são recomendados para não aumentar a umidade local. Deve-se evitar tecidos sintéticos. 12 n Trocar as roupas íntimas pelo menos uma vez ao dia. n O uso de protetores diários de calcinha deve ser evitado, pois estes tem uma película plástica que não favorece a ventilação local. n Utilize muita água corrente durante a lavagem das peças íntimas para que os resíduos dos produtos usados durante lavagem sejam limpos completamente. n Dormir, quando possível, sem calcinha ou com roupas largas para aumentar a ventilação dos genitais. n Após relação sexual, lavar área genital com água corrente e utilizar produto de uso diário de higiene íntima. n Próximo e durante o período menstrual a higienização deve ser feita com mais frequência. n Caso já esteja no período pós-menopausa, a higiene deve ser realizada no máximo duas vezes ao dia. n Caso pratique alguma atividade física, a higiene íntima deve ser realizada logo após o término da atividade. n Caso tenha algum sintoma de infecção genital entre em contato com o seu médico. 13 Orientações gerais para higiene íntima masculina n Nos homens com excesso de prepúcio (pele que cobre a cabeça do pênis) pode haver acúmulo de secreção e manutenção da umidade. n A higiene íntima deve ser feita com água corrente e com produtos utilizados habitualmente para higiene corporal como sabonetes neutros. n Nos homens que não realizaram postectomia (cirurgia para correção de fimose), o prepúcio deve ser delicada e totalmente puxado e a cabeça do pênis e a região interna do prepúcio devem ser lavadas com água e sabonete para retirada de toda secreção acumulada. n Secar cuidadosamente as áreas lavadas com toalhas de algodão secas e limpas que não agridam a região. n Após urinar, enxugar o pênis com papel higiênico. n A frequência diária de higienização deve ser ao redor de duas vezes ao dia ou conforme recomendado pelo seu médico. n O tempo de higiene genital não deve ser maior que 2 a 3 minutos para evitar o ressecamento local. n O uso de roupas de algodão ou tecidos naturais (não sintéticos) favorece a ventilação local. 14 n Utilize muita água corrente durante a lavagem das peças íntimas para que os resíduos dos produtos usados durante lavagem sejam limpos completamente. n Trocar as roupas íntimas pelo menos uma vez ao dia. n Dormir, quando possível, com roupas largas para aumentar a ventilação dos genitais. n Após relação sexual, lavar área genital com água corrente e utilizar o produto de uso diário de higiene íntima. n Caso pratique alguma atividade física, a higiene íntima deve ser realizada logo após o término da atividade. n Caso tenha algum sintoma de infecção genital entre em contato com o seu médico. Referências Bula do produto Forxiga (dapagliflozina) Guia Prático de Condutas - Higiene Genital Feminina. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia 2009. http://medicalcenter.osu.edu/patientcare/healthcare_services/mens_health/care_uncircumcised_ penis/Pages/index.aspx SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SDB) - http://www.diabetes.org.br/ ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA AO DIABÉTICO (ANAD) - http://www.anad.org.br/ INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION (IDF) - http://www.idf.org/ AMERICAN DIABETES ASSOCIATION (ADA) - http://www.diabetes.org/ NATIONAL INSTITUTE OF DIABETES AND DIGESTIVE AND KIDNEY DISEASES (NIDDK) - http:// www2.niddk.nih.gov/ NATIONAL DIABETES INFORMATION CLEARINGHOUSE (NDIC) - http://diabetes.niddk.nih.gov/ 15 Versão 1 1623905 - Produzido em fevereiro de 2014 Material integrante do Plano de Gerenciamento de Risco de dapagliflozina, destinado ao paciente