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DETECÇÃO DO ALELO Rx1 DE RESISTÊNCIA AO PVX EM CULTIVARES DE
BATATA POR MEIO DE MARCADOR MOLECULAR
Moreira, Carolina M1.; Ribeiro, Silvia R R P1.; Ribeiro, Guilherme H M R1.; Figueiredo, Izabel
C R1.; Pinto, César A B P1.; Figueira, Antonia R1.
1
Universidade Federal de Lavras, UFLA, [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected]; antonia @ dfp.ufla.br
Introdução
O vírus X da batata (Potato virus X) ou PVX, juntamente com o PVY (Potato virus Y) e
PLRV (Potato Leaf Roll Virus) é um dos vírus de grande importância para a cultura da batata.
Embora seja um vírus latente, apresenta importância pelo seu efeito sinérgico com outros vírus,
principalmente com o PVY, aumentando drasticamente as perdas na cultura da batata.
Os programas de melhoramento de batata no Brasil buscam obter cultivares resistentes às
principais doenças da cultura. A seleção assistida por marcadores (SAM) poderia aumentar a
eficiência do melhoramento de plantas se comparada com os métodos de melhoramento
convencionais, visto que os marcadores moleculares não são influenciados pelo ambiente e são
transmitidos de forma mendeliana (Young, 1999).
A natureza da resistência genética ao PVX é basicamente monogênica, conferida pelos
genes da série Rx, preferidos por conferir resistência extrema, sendo esta mais efetiva, pois
restringe o desenvolvimento do patógeno (Silva, 2003). Com o intuito de marcar essa resistência
extrema ao PVX, Ohbayashi et al. (2010) desenvolveram um marcador STS (Sequence Tagged
Site), ligado ao gene Rx1 com frequência de recombinação de 1,3%, sendo bem específico para
essa virose.
O objetivo do trabalho foi identificar a presença do alelo Rx1 em cultivares de batata
comercialmente importantes no Brasil, por meio de marcador molecular.
Material e Métodos
Foi extraido o DNA de sete cultivares de batata: Monalisa, Caésar, Markies, Cupido,
Asterix, Ágata e Voyager, utilizando o método CTAB, descrito por Ferreira e Grattapaglia (1998)
com modificações.
Como controle positivo, foi utilizado o DNA do clone XY2 oriundo do CIP (Centro
Internacional de La Papa- Peru) sabidamente resistente aos vírus X e Y.
Na reação de PCR foi utilizado o par de primer RxSP desenvolvido por Ohbayashi et al.
(2010) que amplificam um fragmento de 1230 pb e com as seguintes sequências: 5` ATC TTG
GTT TGA ATA CAT GG 3` e 5` CAC AAT ATT GGA AGG ATT CA 3`.
Os produtos obtidos dessa reação de amplificação do DNA foram então analisados em gel
de agarose a 0,7% corado com GelRed Nucleic Acid Gel Stain.
Resultados e Discussão
A análise molecular permitiu a identificação de duas cultivares portadoras do alelo Rx1
(Figura 1), que confere resistência ao PVX: Cupido e Voyager, enquanto as demais cultivares:
Ágata, Monalisa, Caésar, Markies e Asterix não apresentaram a banda sendo portanto não
portadoras do alelo.
X X V C o n g r e s o d e l a As o c i a c i ó n L a t i n o a me r i c a n a d e l a P a p a - A L AP , 1 7 / 2 0 d e s e p t i e m b r e d e 2 0 1 2 , U b e r l â n d i a , M G, B r a z i l
Dentre as principais cultivares plantadas atualmente no Brasil (Ágata, Cupido e Asterix), foi
possível perceber que a cultivar Cupido aparentemente possui o alelo Rx1 que confere resistência
ao PVX. Essa informação tem importância para a bataticultura nacional, visto que evita a
possibilidade de ocorrência de perdas maiores na produtividade devido ao efeito sinérgico desse
vírus com o PVY.
A identificação de cultivares portadoras do alelo Rx1 também é útil para os programas de
melhoramento genético de plantas, visto que podem ser utilizadas como fonte de resistência nos
genitores.
Ensaios biológicos são necessários para confirmação da resistência ao PVX das cultivares
portadoras do alelo Rx1.
Figura 1. Análise eletroforética da banda de 1230pb amplificada pelo par de primers RxSP Ohbayashi et al.
(2010). 1-Marcador de 100pb; 2- XY2 (Controle positivo); 3-Monalisa; 4-Ágata; 5-Cupido; 6- Asterix; 7Markies; 8- Voyager; 9- Caesar. Lavras 2012.
Conclusões
As cultivares Cupido e Voyager são portadoras do alelo Rx1 que confere resistência ao PVX.
Agradecimentos
CAPES, FAPEMIG e CNPq pelo apoio financeiro.
Referências Bibliográficas
FERREIRA, M. E.; GRATTAPAGLIA, D. Introdução ao uso de marcadores moleculares em
análise genética. 3. ed. Brasília: EMBRAPA-CENARGEN, 1998. 220 p.
OHBAYASHI, K.; NAKATA, N.; CHAYA, M.; KOMURA, K. Development of a detection method of
resistance to potato disease and pest using DNA markers. 1. Detection methods of resistance to
Potato virus X, potato cyst nematode and late blight. Bull Nagasaki Agri Fore Technol Dev
Cen1:1–26 ROSS, H. Potato breeding: problems and perspectives. Berlin: Verlag paul Parey,
1986. 132p, 2010.
SILVA, O. A. Caracterização biológica e molecular de isolados do PVX (Potato virus X) do
Brasil e triagem de clones de batata visando resistência a esse virus. 2003. Tese (Doutorado
Genético e Melhoramento de Plantas) – Universidade Federal de Lavras, Lavras.
YOUNG, N. D., A cautiously optimistic vision for marker-assisted breeding. Molecular Breeding,
v. 5, p. 505-510, 1999.
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