PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Introdução Disciplina: Farmacologia Especialização em cardiologia Professor: Msc Thiago Faria Gonçalves Vasodilatadores Drogas vasoativas Anti-hipertensivos Anticoagulantes Antiagregantes plaquetários Fibrinolíticos Antiarrítmicos Antilipêmicos Inibidores da fosfodiesterase Analgésicos Sedativos Introdução: Vasos sanguíneos: Artérias e arteríolas: Principais vasos de resistência na circulação Veias: vasos de capacitância E esses vasos na função cardíaca? Artérias e arteríolas: regulação da póscarga Veias e vasos pulmonares: regulação da pré-carga O fenômeno de Raynaud Condição na qual ocorre uma exacerbação na resposta à temperatura fria. Manifestações clínicas: Vasoconstrição: artérias e arteríolas Isquemia Cianose Hipóxia tecidual: arteríolas e capilares Pele fria com área empalidecida bem demarcada ou uma cianose em dedos de mãos e pés MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Distúrbios importantes podem afetar os vasos sanguíneos de grande ou pequeno porte: Ex: Ateroma e fenômeno de Raynaud. Ações das drogas sobre o sistema vascular: Resistência periférica total: Importante para tratamento de hipertensão e choque. Resistência dos leitos vasculares individuais para diferentes órgãos, relevante no tratamento da angina, enxaqueca, fenômeno de Raynaud e choque circulatório. Complacência arterial: relevante no tratamento da insuficiência cardíaca e angina 1 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Capacitância venosa: que determina a pressão venosa central e é importante no tratamento da insuficiência cardíaca e da angina Ateroma e trombos Controle do tônus vascular Relação com a concentração intracelular de cálcio no músculo liso vascular ([Ca²⁺]) Os fármacos vasodilatadores atuam ao aumentar ou diminuir a [Ca²⁺] ou alterar a sensibilidade da estrutura contratil à [Ca²⁺]. Mecanismos envolvidos na contração do músculo liso vascular Indicações clínicas das drogas vasoativas Hipertensão: Insuficiência cardíaca Choque e estados hipotensivos Outros: Disfunção erétil Alopécia l Mecanismos e alvos da regulação da pressão arteria MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Patogenia da insuficiência cardíaca e alvos farmacológicos relacionados 2 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Patogenia do choque hipovolêmico Drogas vasodilatadoras Utilizadas em condições comuns e crônicas incluindo hipertensão, insuficiência cardíaca e angina de peito. Antagonistas do cálcio Tipo Diidropiridina: nifedipina, anlodipina e nimodipina Atuação preferencial sobre o músculo liso vascular Verapamil: Atuação sobre o músculo liso vascular e também sobre o coração Diltiazem: Intermediário em termos de especificidade. Mecanismos envolvidos na contração do músculo liso vascular Canais de cálcio tipo L Podem ser encontrados em 3 estados distintos: Estado 0: Não se abrem em resposta à despolarização Estado 1: A despolarização produz baixa probabilidade de abertura (70% dos canais) Estado 2: A despolarização produz probabilidade muito alta de abertura e as aberturas isoladas tornam-se prolongadas (1% dos canais ou menos) Fixação e discussão: Todos os canais de cálcio do tipo L passam pelos 3 modos de forma lenta As diidropiridinas ligam-se aos canais no modo 0 e assim favorecem o seu estado de não abertura. MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 1- Baseando-se no mecanismo de ação das drogas apresentadas apresente possíveis indicações clínicas primárias e secundárias para as mesmas. 2- É possível prever alguns efeitos adversos de drogas bloqueadoras de cálcio? Quais? 3- admitindo que os bloqueadores de cálcio são drogas inotrópicas negativas, com que classes de medicamentos pode ocorrer interações potencialmente perigosas? 3 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Nifedipina Adalat, Adalex, Cardalin, Dilaflux, Dipinal, Loncord, Nifadil, Nifehexal, Oxcord Forma farmacêutica mais comum: Cápsulas de 10mg Dosagem e indicações: Angina e hipertensão (10mg 3x dia), máxima: 60mg/dia Relativamente seletiva para o músculo liso vascular O efeito vasodilatador ocorre principalmente nos vasos de resistência diminuindo a pós carga Também ocorre dilatação coronariana o que é importante na terapia da angina variante Cuidados e orientações de enfermagem Monitorar a pressão arterial Ritmo e débito cardíaco Avaliar edema pulmonar Alterações no Eletrocardiograma Palpitações (subjetivo) Pode ser administrado com ou sem alimentos e as cápsulas não devem ser mastigadas ou divididas. Cuidados e orientações de enfermagem Monitora a pressão arterial principalmente no começo da terapia Ficar atento a sinais de ICC: edema de pés e mãos e alterações respiratórias Administração concomitante com alimentos para evitar as epigastralgias MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 19/07/2013 Efeitos indesejáveis Cefaléia Edema maleolar principalmente em posição ortostática Rubor Tontura Anlodipina Amelovas, Amilopil, Amlocor, Amloprax, Amlovasc, Anlodibal, Cordarex, Cordipina, Lodipen, Nemodine, Nicord, Norvasc, Pressat, Roxflan, Tensaliv, Tensidipin, Tensodin Comprimidos de 2,5 , 5 e 10 mg Dosagem: 5mg 1 x dia, ajuste ao longo de 7-14. Dosagem máxima (10mg/dia) Início de ação: 60-90 min. Indicação principal: hipotensor e vasodilatador coronariano Nimodipina Eugerial, , nimotop, Nimovas, Nimopax, Noodipina, Norton, Oxigen Formas farmacêuticas: comprimidos de 30mg, frasco ampola 10mg/60ml, frascos de 25ml (40mg/ml) para solução oral, gotas. Indicações principais: isquemia cerebral, isquemia em pacientes com hemorragia subaracnóidea pós ruptura de aneurisma congênito, demência senil, déficits neurológico de memória. Dosagem: 30mg 2-3 vezes/dia 60mg, 4-6 vezes /dia hemorragia suaracnóidea 4 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Efeitos indesejáveis Arritmias, edema periférico, angina, hipotensão, bradicardia, bloqueio AV, assistolia, rubor, rash, diarréias, náuseas, disfunção hepática, tonturas, cefaléias, astenia, fadiga. Interações importantes Ácido valpróico e cimetidina: interação farmacocinética potencialpodendo resultar em aumento da concentração plamática do nimodipino. Alfametildopa e antagonistas do cálcio: confusão e demência Antihipertensivos: potencialização dos efeitos dessas drogas Carbamazepina, fenitoina e fenobarbital: competidores e posteriomente indutores enzimáticos. Verapamil Cordilat, Dilacard, , Dilacor, Dilacoron, Multicor, Neoverpamil, Vasoton, Veracoron, Veralpress, Veramil, Veraval. Formas farmacêuticas: comprimidos revestidos de 40mg, 80 , 120, 240mg, ampolas de 2ml (2,5mg/ml), cápsulas de 120mg. MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 19/07/2013 Fixação e discussão Se os medicamentos apresentados até o momento dispõem do mesmo mecanismo de ação e suas indicações são praticamente as mesmas, qual a diferença e qual a aplicabilidade dos mesmos? Cuidados e orientações de enfermagem Não deve ser utilizado em gestantes, recomendação para uso de contraceptivos nas pacientes em terapia. Auxilio na deambulação ou transporte ao paciente pois pode causar tontura (hipotensão ortostática) Avaliar efeitos neurológicos, arritmias, dificuldades respiratórias, edema de mãos e pés, constipação Administrar de preferência longe das refeições Verapamil Verapamil é um bloqueador de canais de cálcio com atuação no miocárdio e músculo liso vascular. Diminui a condução Sinusal e AV prolonga o período refratário do nódulo AV. Indicações clínicas principais: vasodilatador sistêmico com ação antihipertensiva, vasodilatador coronariano com consequente ação cronotrópica negativa Crises severas de angina Para supressão de taquiarritmias ventriculares 5 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Verapamil Absorção aproximada: 90% Biodisponibilidade: 20-25% Inicio de ação: 1-5 min (IV efeitos antiarrítmicos) 3-5 min (efeitos hemodinâmicos) 1-2 horas (VO) Meia vida aproximada de 4,5h Dose para controle de arritmias, enxaqueca e tratamento de cardiomiopatias: 80 – 120 mg 3x dia Reajuste em função da necessidade individual e ou patologias em órgãos de depuração do fármaco Interações importantes AINES: redução dos efeitos antihipertensivos Alcool, antihipertensivos, fentanil, nitratos: hipotensão Betabloqueadores, fenitoina, digoxina: Bradicardia, ICC Cálcio: redução da efetividade Carbamazepina, ciclosporina,: redução do metabolismo por indução enzimática 19/07/2013 Precauções Bloqueio AV de segundo e terceiro graus Hipotensos Portadores de ICC Pacientes com disfunção ventricular grave ou choque cardiogênico Terapias com betabloqueadores Portadores de insuficiência hepática ou hepatopatias graves Cuidados e orientações de enfermagem Doses esquecidas não devem ser dobradas Não realizar a suspensão súbita do medicamento Contra indicado para gestantes Monitorização da FC, PA Mudança lenta de posição a fim de evitar a hipotensão postural Evitar exposições excessivas ao sol para evitar a fotosensibilidade Verificar sinais de ICC, angina e disrritmias Diltiazem Diltiazem Angiolog, Balcor, calzen, Cardizem, Diltiacor, Diltipress, Incoril. Comprimidos: 30, 60, 90, 120, 180, e 240mg Cápsulas de 90, 120, 180, 240, 300, e 360mg Frasco ampola de 25 e 50mg indicações: clinicas: hipotensor arterial, vasodilatador coronariano Propriedades e mecanismo de ação: O diltiazem assim como as drogas apresentadas anteriormente atua bloqueando os canais de cálcio lentos no músculo liso vascular e também no miocárdio. É um fármaco que causa dilatação específica nas artérias coronarianas promovendo reduções da frequência cardíaca e da pressão arterial sistêmica MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 6 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Diltiazem Posologia aproximada: 30 mg 2 -4 vezes/dia (angina estavel) 60 mg 2 vezes /dia hipertensão) Fibrilação ou fluter atrial, taquicadia supraventricular paroxistica: 0, 25mg/kg Contra indicações: disfunção hepática e renal, bradicardia, bloqueios AV (segundo e terceiro graus) Drogas que atuam em canais de K⁺ Minoxidil Diazóxido 19/07/2013 Observações Bloqueadores de canais de cálcio podem elevar os níveis de digoxina É interessante monitorar: sintomas como anorexia, náusas, vômito, cefaléia, visão distorcida, alterações sensoriais, e bradicardia O médico pode solicitar a avaliação do nível plasmático de digitálicos Pode ser necessário o ajuste de dose de hipoglicemiantes orais em pacientes com DMNID Minoxidil (Loniten) Comprimidos de 10mg Utilizado como vasodilatador e antihipertensivo Atualmente em formulações tópicas é utilizado no tratamento de alopécia Indicado para hipertensão grave: 5mg dia podendo ser aumentada até ao máximo de 100mg/dia Reações adversas: Taquicardia e alterações de ECG Edema, rash Sindrome de Stevens – Johnson Hipertricose Náuseas e vômito Fadiga Cefaleia MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 7 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Cuidados de enfermagem 19/07/2013 Diazóxido (Tensuril) É importante a enfermagem avaliar aumentos de frequência cardíaca durante a terapia aumento rápido do peso e edema nas extremidades Ampolas de 20ml Ao bloquear os canais de K na musculatura lisa arteriolar este fármaco exerce efeitos hipotensores e vasodilatação periférica Tambem apresenta propriedades hiperglicemiantes inibindo a despolarização das células beta – pancreáticas o que resulta na inibição da liberação de insulina Indicações: Hipertensão grave: 300mg IV (adultos) Hipoglicemia: 1-3mg/kg Arritmias, hipotensão esporádica, angina, IAM, ICC Hiperglicemia Náuseas, vômito, constipação, diarréias Nefrotoxicidade Trombocitopenia, queda do hematócrito e hemoglobina Hepatotoxicidade Alterações sensoriais Efeitos indesejaveis Inteações importantes Bloqueadores alfa adrenérgicos são antagonistas do Diazóxido Beta bloqueadores: aumento do efeito hipotensor MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Agentes que atuam aumentando a concentração de nucleotídios cíclicos NO** Nitratos Agonistas Beta 2 Adenosina Prostaciclina ** Nitroprussiato (nitroferricianeto) Inibidores da fosfodiesterase(Obs: teofilina e papaverina) 8 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Nitratos orgânicos Mononitrato de Isossorbida (Cincordil, coronar, monocordil) Disponivel em comprimidos de 10, 20, 30, 60, 120mg Dinitrato de Isossorbida (Angil, Isordil) Disponivel em comprimidos sublinguais de 2,5, 5 e 10mg Comprimidos orais de 5, 10, 20, 30 e 40mg Comprimidos mastigaveis de 5 e 10mg Comprimidos e cápsulas de liberação prolongada de 40mg Nitratos orgânicos Trinitrato de gliceril (nitroglicerina) (Nitradisc, Nitroderm, Tridil) Disponivel e comprimidos subsilnguais de 0,3; 0,4 e 0,6mg Comprimidos e cápsulas de liberação prolongada de 2,5; 6,5 e 9mg Pomada : 2% Transdermica: emplastos de 0,1;0,2;0,3; 0,4;0,6 e 0,8mg/h Translingual titulado: 0,4% IV: frasco ampola de 0,5; 5mg/ml, 10, 20, 25, 50, 100, 200mg em 250 a 500ml de soro glicosado 5%. Produzem NO (óxido nítrico) Ativação da guanilato ciclase Aumento GMPc Diminuição da fosforilação da miosina Relaxamento. Efeitos adversos leves: Hipotensão postural Cefaléia Tolerância a altas doses em poucos dias MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 9 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Fixação e discussão Cuidados de enfermagem Investigação pré- medicação: avalie o nível da dor, sua localização, duração, intensidade e padrão de ocorrência Pergunte ao paciente quando ingeriu a última dose de nitrado e qual o grau de satisfação Até o momento as drogas discutidas apresentam ação vasoativa no entanto os mecanismos de ação são distintos: 1- Quais os mecanismos apresentados até o momento? 2- Quais as possíveis indicações discutidas até o momento? 3- Qual efeito, terapêutico ou adverso, todas as drogas apresentadas possuem em comum? Inteações importantes Adenosina (Adenocard) Alcool: acentua a vasodilataçao e a hipotensão Antagonistas de cálcio e beta bloqueadores: Podem reduzir de forma significativa a pressão podendo ser necessário ajuste de dose. Sildenafil( Viagra): Contra indicado: potencializa os efeitos vasodilatadores dos nitratos o que resulta em queda significativa da pressão, pode ser fatal Forma farmacêutica: ampola com 6mg Nucleosídeo endógeno presente em todas as células do organismo Principais efeitos: a vasodilatação coronariana e atividade adrenérgica Reduz o tempo de condução através do nódulo AV e dessa forma exerce uma possivel interrupção da atividade reentrante através do nódulo AV restaurando o ritmo normal Reações adversas: Sistema Nervoso Central: Apreensão (subjetivo), Visão turva, dor nas costas, cefaleias Sistema Cárdiovascular: dor no peito, rubor facial, cefaleia, hipotensão, palpitação Sistema Respiratório: Dispnéia, hiperventilação Trato Gastrointestinal: Náuseas, disgeusia MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Contra-indicações e precauções: Hipersensibilidade Bloqueios AV de segundo e terceiro graus Doença do nódulo sinusal OBS: Fluter atrial, fibrilação atrial e taquicardia ventricular não são trataveis com este fármaco. 10 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Interações significativas Cafeína e teofilina: apresentam atividades antagônicas em relação á adenosina. Carbamazepina: possíveis bloqueios AV e SA Nitroprussiato Fármaco fotossensível e deve ser preparado no momento de as infusão Administração em equipo para medicamentos fotossensíveis. Rápida conversão em tiocianeto Meia vida plasmática: minutos 19/07/2013 Nitroprussiato Vasodilatador muito potente (nitrato orgânico especial) Sofre degradação espontânea em condições fisiológicas produzindo NO Diferente do demais nitratos orgânicos que são convertidos enzimaticamente em NO e que dilatam preferencialmente vasos de capacitância. Atua igualmente sobre o musculo liso arterial e venoso Observações e cuidados Hipotensão excessiva Tocixidade por tiocianeto resultando em: Fraqueza, náuseas, inibição da função tireoidiana Vasodilatadores de ação indireta Sistema renina angiotensina aldosterona As drogas que atuam no sistema renina angiotensina aldosterona apresentam como indicação clínica principal o efeito anti-hipertensivo. Na atualidade são drogas de primeira escolha no tratamento da hipertesão arterial por preservarem a função ventricular dos pacientes MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 11 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Inibidores da ECA São eficazes no tratamento da hipertensão arterial reduzindo a morbidade e a mortalidade cardiovasculares em pacientes com insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, em especial quando apresentam baixa fração de ejeção e pacientes de alto risco para doença aterosclerótica. 19/07/2013 Inibidores da ECA São úteis na prevenção secundária do acidente vascula r cerebral. Quando administrados em longo prazo, os IECA retardam o declínio da função renal em pacientes com nefropatia diabética ou de outras etiologias Em associação a diurético a ação antihipertensiva dos inibidores da ECA é magnificada Reações adversas e efeitos indesejáveis Tosse seca *captopril principalmente Alteração do paladar Raramente, reações de hipersensibilidade com erupção cutânea e edema angioneurótico. Podem eventualmente agravar a hiperpotassemia em indivíduos com IRC. Reações adversas e efeitos indesejáveis Em pacientes com hipertensão renovascular bilateral ou unilateral associada a rim único, podem promover redução da filtração glomerular com aumento dos níveis séricos de ureia e creatinina. Em pacientes com função renal reduzida pode causar aumento de até 30% dos níveis séricos de creatinina A longo prazo prevalece o efeito nefro protetor Contra indicado na gravidez MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina 2 Possuem efeito benéfico em insuficiência cardíaca congestiva São nefroprotetores no paciente diabético tipo 2 com nefropatia estabelecida Os bloqueadores do receptor AT1 apresentam bom perfil de tolerabilidade Reações adversas principais: Tontura e, raramente, reação de hipersensibilidade cutânea 12 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Drogas vasoconstritoras Dentre os fármacos com ações vasoconstritoras destaca-se: Os agonistas dos receptores α 1- adrenérgicos Fármacos que liberam adrenalina das terminações nervosas simpáticas Inibidores da recaptação das minas simpaticomiméticas Outros: Endotelina Angiotensina Vasopressina Fixação e discussão 1- O uso de IECA juntamente com antagonistas AT1 é a melhor associação de medicamentos anti-hipertensivos? (S) ou (N) porque? 2- Além do tratamento anti-hipertensivo que outra indicação clinica importante existe para os IECA e bloqueadores AT1? Patogenia da insuficiência cardíaca e alvos farmacológicos relacionados Aminas vasoativas Na prática clínica e no serviço de enfermagem aplicado á cardiologia as aminas vasoativas são as drogas com AÇÃO VASOCONSTRITORA mais amplamente utilizadas. Dentre as principais aminas vasoativas destaca-se: Epinefrina (Adrenalina) Norepinefrina (Noradrenalina) Isoprenalina Dopamina Dobutamina MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 13 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Epinefrina e norepinefrina apresentam sua ação farmacológica através do estímulo de receptores alfa e beta adrenérgicos. Receptores numerosos e com grande diversidade de efeitos α 1: vaconstritor α 2: retroalimentação negativa β 1: aumento do cronotropismo β 2: relaxamento de musculatura lisa visceral, tremor β 3: lipólise Noradrenalina: Indicações: vasocostritor periférico e para mantenção de níveis pressóricos Agonista α e β Obs: ficar atento às interações medicamentosas e função renal Risco de precipitar anúria Adrenalina: agonista α e β Indicações clínicas: Asma, choque anafilático, parada cardíaca, vasocontrição juntamente com anestésicos locais Dopamina: atua em receptores dopaminérgicos centrais e periféricos. As principais indicações clínicas deste fármaco ao ser utilizado em cardiologia e UTI se destinam a modulação da função cardiovascular Pouco utilizadas MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 19/07/2013 Isoprenalina: Catecolamina sintética. Receptores alfa: Noradrenalina>Adrenalina>Isoprenalina Receptores beta: Isoprenalina>Adrenalina>Noradrenalina Dobutamina (agonista β1 não totalmente seletivo) Indicação clínica principal: choque cardiogênico* *Hipoperfusão tecidual sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco fornecer débito adequado às necessidades do organismo Obs: Aminas vasoativas devem ser administradas em lúmen distal exclusivo em acesso venoso central 14 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Fixação e discussão Admitindo que o tratamento do choque visa aumentar a pressão e a perfusão sanguínea: 1- Qual a vantagem da associação da dobutamina e noradrenalina em casos de choque? 2- Qual o efeito adverso mais relevante relacionado às aminas vasoativas em pacientes críticos poli medicados? Drogas antihipertesivas Vasodilatadores (ok) IECA (ok) Antagonistas da Angiotensina 2 (ok) Bloqueadores de canais de cálcio (ok) Alfa bloqueadores Beta bloqueadores Diuréticos Antiadrenérgicos Efeitos Promovem vasodilatação arteriolar e venosa Reduzem a resistência vascular periférica sem reduzir o o débito cardíaco ou induzir taquicardia reflexa Efeito hipotensor mais pronunciado na posição ortostática do que na posição supina Efeito discreto sobre o aumento de HDL e redução de LDL, colesterol total e triglicerídeos Não promovem aumento de catecolaminas nem de ácido úrico MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Alfa bloqueadores Os medicamentos bloqueadores dos receptores α-1 adrenérgicos são antihipertensivos muito discretos em comparação a outras classes Atualmente se encontram quase em desuso Representantes: Prazosina, Terazosina e Doxazosina Os receptores α-1 adrenérgicos são abundantes na próstata e em partes da bexiga e se encontram associados á retenção urinária Terazosina e Doxazosina apresentam indicação e são utilizadas para tratamento de retenção urinária em homns com hiperplasia prostática benigna 15 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Antagonistas Beta adrenérgicos Beta bloqueadores São medicamentos úteis no tratamento da hipertensão Porém apresentam outras indicações como antiarrítmicos, antianginosos e tambem para a redução dos sintomas de ansiedade como tremor e taquicardia de origem adrenérgica. O mecanismo anti-hipertensivo destes fármacos envolve diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas através do bloqueio dos receptores beta 1 adrenérgicos. O uso dessa classe de medicamentos seria reservado para situações especiais, como coronariopatia, disfunção diastólica, arritmias cardíacas ou infarto do miocárdio prévio. Mostram-se igualmente úteis em pacientes com tremor essencial, síndromes hipercinéticas, cefaleia de origem vascular e naquelesV diretrizes com brasileiras de hipertensão 2006 hipertensão portal. MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Eficácia A redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares é bem documentada em grupos de pacientes com idade inferior a 60 anos Estudos e metanálises recentes não têm apontado redução de desfechos relevantes, principalmente em pacientes com acidente vascular cerebral em idade superior a 60 anos V diretrizes brasileiras de hipertensão 2006 Reações adversas principais Broncoespasmo Bradicardia excessiva (inferior a 50 bpm) Distúrbios da condução atrioventricular Vasoconstrição periférica Insônia e Pesadelos Depressão psíquica Astenia Disfunção sexual (OBS Carvedilol: Bloquador α e β adrenérgico não apresenta relação com este efeito adverso) 16 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Podem acarretar também intolerância à glicose, hipertrigliceridemia com elevação do LDL-c e redução da fração HDL-c. Esse efeito está relacionado à dose e à seletividade, sendo quase inexistente com o uso de baixas doses de betabloqueadores cardiosseletivos OBS: A importância clínica das alterações lipídicas ainda não está comprovada Fixação e discussão Admitindo um paciente hipertenso grave sem outras comorbidades: 1- os beta- bloqueadores são medicamentos de primeira escolha no tratamento da hipertensão? 2- Na atualidade quais as principais indicações dos beta bloqueadores? 3- qual a importância desses fármacos em pacientes que apresentam coronariopatias? 19/07/2013 A suspensão brusca dos betabloqueadores pode provocar hiperatividade simpática, com hipertensão de rebote e/ou manifestações de isquemia miocárdica, sobretudo em hipertensos com pressão arterial prévia muito elevada Diuréticos O mecanismo antihipertensivo dos diuréticos se encontra relacionado aos seus efeitos diuréticos e natriurético com consequente redução do volune celular. Posteriormente, após cerca de 4 a 6 semanas, o volume circulante praticamente se normaliza e há redução persistente da resistência vascular periférica Mecanismo de ação Posteriormente, após cerca de 4 a 6 semanas, o volume circulante praticamente se normaliza e há redução persistente da resistência vascular periférica Outras indicações: ICC, anasarca, e auxilio no edema pulmonar em pacientes com DPOC MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Os diuréticos de alça inibem a Na/K/Cl ATPase no ramo descendente da alça de Henle Os diuréticos tiazídicos exercem sua ação através da inibicão da reabsorção de Na/Cl nos túbulos contorcidos proximais 17 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Os diuréticos poupadores de potássio exercem sua ação por meio de regulação de canais de sódio presentes nos túbulos contorcidos distais e ductos coletores Fármacos como a amilorida bloqueiam a reabsorção de sódio diretamente nesses canais ao passo que fármacos como a espironolactona modulam negativamente os canais de sódio por meio do bloqueio dos receptores de aldosterona Os diuréticos poupadores de potássio previnem a hipopotassemia e apresentam baixa eficácia em monoterapia no entanto potencializam a ação de outros diuréticos Hipotensão Incontinência urinária Expoliação de ions H, P, Cl, Na, Mg Câimbras e mialgias Alcalose metabólica Secreção de renina e nefrotoxicidade Potencialização de fármacos nefrotóxicos no parênquima renal MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 19/07/2013 Os diuréticos preferidos como antihipertensivos segundo a V Diretrizes Brasileiras para tratamento da Hipertensão são os Tiazídicos em baixas dosagens Os diuréticos de alça são muito potentes e apresentam maior incidência de efeitos adversos importantes, seu uso clínico normalmente está associado à ICC com edemas e IR com um clearance inferior a 30ml/min Diuréticos de Alça: Furosemida Furosan, Furosen, Furosemide, Furosetron, Furozis, Lasix, Urasix Alem das indicações já citadas a furosemida é uma das drogas de escolha em emergências hipertensivas Disponivem em comprimidos de 40mg Ampolas com 2ml (10mg/ml) solução injetável Efeitos adversos Diuréticos Tiazídicos: Hidroclorotiazida, Indapamida Hipotensão Incontinência urinária Expoliação de ions H, P, Cl, Na, Mg Câimbras e mialgias Hiperglicemia 18 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Efeitos adversos Fixação e discussão Diuréticos Poupadores de Patássio: Tendencia de hiperpotasemia Cuidado com disrritmias 1- A furosemida pode ser considerado um medicamento nefrotóxico? 2- No caso de diuréticos tiazídicos, qual ou quais pacientes apresentam contra indicação relativa ao uso desses medicamentos? Inibidores adrenérgicos Estes fármacos apresentam indicações específicas e são usados quando os pacientes apresentam restrição ao uso de diuréticos, IECA, Antagonistas AT1, dentre outros Proporcionam efeitos antiadrenérgicos que devem ser bem avaliados O mecanismo de ação das drogas dessa classe se encontra relacionado ao tranporte, liberação e retroalimintação negativa em neurônios noradrenérgicos MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 19 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Efeitos adversos relacionados 19/07/2013 Fluxograma para tratamento da hipertensão arterial Sonolência Depressão Confusão mental Potencialização de quadros demenciais OBS: Pacientes que sofreram AVC Hipotensão postural Diarréia Disfunção erétil INTRODUÇÃO FÁRMACOS HIPOLIPEMIANTES BRASIL (DATASUS) * * * * minutos 300.000 óbitos por DCV/ano 820 óbitos por dia 34 óbitos por hora 1 evento fatal a cada 2 Dislipidemias no Brasil Estudo em 9 capitais com 8045 indivíduos (1998) Nível médio do colesterol total - 183 + 40 mg/dL 8,8% da população tem CT elevado Custo Econômico das Doenças Cardiovasculares Colesterol é um marcador de Risco para DAC DATA SUS - Análise ano 2000 • DCV foi principal causa de hospitalização • Custo anual de aproximadamente US$ 821 milhões • 3a Causa de permanência hospitalar prolongada • 1991 a 2000 → custo hospitalar DCV aumentou 176% •OBS: Cenário atual MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 20 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Major Coronary Event Rate Correlação entre os níveis de ColesterolLDL e Doença coronariana 24 16 12 Risco de vida por doença coronariana e nível de colesterol em homens e mulheres com 40 anos 5.6% 2.3% 20 19/07/2013 18,9 13,3 10,8 8 4 0 58-104 105-126 127-266 LDL Levels (mg/dL) Lloyd-Jones DM, Lancet 1999 Circulation 1997;96:I-717 Risco de vida por doença coronariana e nível de colesterol em homens e mulheres com 70 anos EFEITOS DA ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS DE TRIGLICERÍDEOS Pancreatite Aguda no aumento isolado dos TGs Aumento do risco de DAC HDL diminuído LDL aumentado Lloyd-Jones DM, Lancet 1999 Hiperlipidemia Fatores Genéticos Meio Ambiente Aterosclerose Doenças Cardiovasculares Doença Coronariana AVCI Doença Vascular Periférica MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 21 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Parede Arterial Aterogênese Lipoproteínas Transporte dos lípedes (insolúveis) no plasma - Apoproteínas Lipoproteinas Alto peso molecular (Proteinas B) 1- B48 - formada no intestino e encontrada nos quilomicros e seus remanescentes 2- B100 - sintetizada pelo fígado e encontrada nas VLDL, remanescentes da VLDL Xantomas Baixo peso molecular 1- APO A-I é um co-fator necessário para ativar a lecitina colesterol acetiltransferase. 2- APO C é um co-fator para a lipoproteína lipase. 3- APO E são reconhecidas pelos receptores hepáticos onde servem para a recaptação das proteínas remanescente MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 22 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Absorção Intestinal de Colesterol Epitélio Intestinal Colesterol Biliar 67-75% Colesterol Dieta 25-33% Sist. Linfático ao fígado • Triglicerídeos MTP QM Colesterol Ester de Colesterol Lumem ACAT (esterificação) Ácido Biliar excreção ABCG5 ABCG8 Colesterol • Ésteres de Colesterol • Apo B-48 • ApoA-I • ApoC-I, C-II e C-III Colesterol captação livre • ApoE MTP - microsomal triglyceride transfer protein ACAT - acyl coenzima A colesterol acetil transferase Expert Opin Pharmacother 2003;4:779-790. Quilomícrons (Ciclo Exógeno) Transportam lipídeos do intestino para tecidos • Colesterol - fígado • Triglicerídeos - tecido adiposo, músculo • Apoproteína B-48 • QM -Apo C-II – Ativa LLP LLP hidrolisa os TG em ácidos graxos. • Remoção - Receptores de células hepáticas via ApoE Ciclo Endógeno • Síntese Hepática de VLDL TG, Colesterol Apo B-100, E,C VLDL ↔ LLP Fígado IDL ApoB-100 Apo E → captados pelo receptores de LDL → Lipoproteina Lipase → LDL Carreadoras de Colesterol para as células (apo B-100) LDL Receptores Hepáticos apo B/E → degradação → colesterol MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 23 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Colesterol do Fígado Entrada LDL circulante ( via receptor de LDL) Síntese hepática (HMG-CoA hidróxi-metil-glutaril CoA redutase) → VLDL 19/07/2013 HDL - High density lipoprotein 20-30% • Síntese Hepática Intestino Apo –I e Apo-II Pouco colesterol e triglicérides Principal Função • Transporte de colesterol dos tecidos para o fígado Quilomícron • HDL → captam colesterol pela ação da CAT Saída • Secreção pela bile • Conversão em ácidos biliares • Maturo → leva colesterol para o fígado transfere parte para lipoproteína (VLDL) CAT → lecitina-colesterol-acetiltransferase Classificação das Dislipidemias 1- Hipercolesterolemia Isolada (↑ ↑ CT e/ou LDL) 2- Hipertrigliceridemia Isolada 3- Hiperlipidemia Mista (↑ ↑ do CT e dos TG) 4- Diminuição isolada do HDL ou associada ao ↑ dos TG ou LDL Classificação Etiológica 1- Dislipidemia Primária - Origem Genética 2- Dislipidemia Secundária Uso de Medicamentos Hipotiroidismo Diabetes Melito Síndrome Nefrótica Insuficiência Renal Crônica Obesidade Alcoolismo MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 24 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Fatores de Risco (FR) para Aterosclerose que modificam as Metas de LDL Avaliação Laboratorial das Dislipidemias Após Jejum de 12 a 14 horas • Fumo • HA sistêmica (PA >140X90) Colesterol Total Triglicerídeos LDL • HDL < 40 mg/dL • Diabetes Melito • Idade ( > 45 anos homens e > 55 anos mulheres Fórmula de Friedewald LDL= Colesterol Total - HDL - TG/5 válido se TG < 400 mg/dL • História Familiar DAC precoce (H < 55 anos e M< 65 anos) * HDL > 60 mg/dL - é considerado um fator protetor devendo ser descontado um fator de risco. Proposta Terapêutica Proposta Terapêutica 1- Baixo Risco - 1 FR (exceto DM) e LDL > 160 mg/dL 2- Médio Risco - 2 FR (exceto DM) e LDL > 160 mg/dL Meta: CT < 200 mg/dL, LDL < 130 mg/dL, Meta: CT < 200 mg/dL, LDL < 160 mg/dL, HDL > 40 mg/dL e TG < 150 mg/dL Tratamento proposto e valor índice do LDL-C Nível de LDL-C (mg/dL) Orientação Verificação HDL > 40 mg/dL e TG < 150 mg/dL Tratamento proposto e valor índice do LDL-C Até 159 MEV 6 meses* Nível de LDL-C (mg/dL) 160-190 MEV 3 meses* Até 160 >190 Farmacoterapia Orientação MEV > 160 Verificação 3 meses Farmacoterapia *TTO facultativo, dependendo da intensidade dos FR: > 40 cigarros dia, história familiar precoce, HDL-C muito baixo. MEV – mudança do estilo de vida Diretrizes Dislip. e Prev. da Atero, Arq. Bras. Cardiol Diretrizes Dislip. e Prev. da Atero, Arq. Bras. Cardiol Proposta Terapêutica 3- Alto Risco - > 2 FR (exceto DM) e LDL > 160 mg/dL Meta: CT < 200mg/dL, LDL < 100 mg/dL e TG < 150 mg/dL, HDL > 40 mg/dL (> 45 mg/dL em DM) TRATAMENTO DAS DISLIPIDEMIAS OBJETIVOS Controles laboratoriais dos valores lipídicos Prevenção da DAC Prevenção da pancreatite aguda Morte súbita cardíaca Tratamento proposto e valor índice do LDL-C Nível de LDL-C (mg/dL) Até 100-129* > 130 Orientação MEV Verificação 3 meses Farmacoterapia Referências desejáveis do sobre Dislipidemias CT: LDL-C: HDL-C: TG: < 200mg/dL <100- 130mg/dL > 40 mg/dL < 150mg/dL IAM fatal e não-fatal Normalização da função endotelial Estabilização, não-progressão e/ou regressão das placas ateroscleróticas Angina instável Angina do peito Prevenção de outras manifestações ateroscleróticas Acidente Vascular Cerebral (AVC) *Nesses casos, não é obrigatório o início de farmacoterapia imediata já nesses níveis. Se, após três meses, as metas não forem atingidas, recomenda-se iniciar medicação. Arteriopatias periféricas Diretrizes Dislip. e Prev. da Atero, Arq. Bras. Cardiol MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 25 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Tratamento das Dislipidemias 1. Tratamento não Medicamentoso 2. Tratamento Medicamentoso A- Prevenção Primária B- Prevenção Secundária Tratamento Medicamentoso das Dislipidemias 1- Inibidores da HMG-CoA (hidróxi-metil-glutaril CoA redutase) 2- Resinas de Troca 3- Fibratos Inibidores da HMG-CoA 4- Ômega 3 5- Ácido Nicotínico 6- Orlistat Eficazes na ↓ níveis de LDL Vastatinas • Inibidor competitivo da HMG-CoA redutase • ↑ do número de receptores de LDL • ↓ níveis plasmáticos de VLDL e LDL • ↓ síntese colesterol → ↓ síntese hepática de apoB-100 • ↓ estresse oxidativo e inflamação vascular (→ lesões ateroscleróticas) MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 26 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Vastatinas Farmacocinética Inibidores da HMG-CoA (hidróxi-metil-glutaril CoA redutase) Atorvastatina (Lipitor) - 10 a 80 mg/dia Fluvastatina (Lescol) - 10 a 80 mg/dia Lovastatina (Mevacor)- 20 a 80 mg/dia Pravastatina (Pravacol) - 20 a 40 mg/dia Sinvastatina (Zocor) - 10 a 80 mg/dia Cerivastatina - 0,2 a 0,8 mg/dia Rosuvastatina – (Crestor) - 5 a 40 mg/dia Inibidor da HMG-CoA redutase Lovastatina* Atorvastatina Fluvastatina Pravastatina# Simvastatina* Biodisponibilidade % 5 12 25 17 <5 1/2 vida horas 3,5 14,0 <1,0 1,8 3,0 * cruza a barreira hematoencefálica e pró-droga # excreção predominantemente renal Vastatinas • Iniciar tratamento com a dose mais baixa • Ajuste a cada 4 a 8 semanas • Na maioria das vezes se deve tomar à noite para inibir a síntese noturna do colesterol. • Lovastatina deve ser ingerida com alimento • Fluvastatina parece causar menos miopatia • Não prejudicam a síntese de esteróides • Diminui CT (30%), LDL (25 a 45%), TG e VLDL (20%) e ↑ HDL Tratamento da Dislipidemia do Diabetes Melitus CARE: Que nível de colesterol se beneficia com uso de Pravastatina? Incidence (%) LDL-C <125 mg/dl 35 30 25 20 15 10 5 0 0 1 LDL-C 125–150 mg/dl 35 30 Placebo 25 20 15 Pravastatin 10 5 0 2 3 4 5 0 Years Change in risk +3% p=0.85 Placebo Pravastatin 1 2 3 Years 4 5 LDL-C >150 mg/dl 35 30 25 20 15 10 5 0 Estratégia Primária Placebo - Diminuir o LDL colesterol Estratégia Secundária Pravastatin - Aumentar o HDL colesterol 0 1 2 3 Years 4 5 - Diminuir os triglicerídeos Change in risk –26% Change in risk –35% p<0.001 p=0.008 American Diabetes Association. Diabetes Care. 2000; N Engl J Med. 1996; MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA European Diabetes Policy Group 1999. Diabet Med. 1999;16:716-730. 27 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Vastatinas na prevenção da Doença Coronariana de Pacientes com Diabetes Drug No. Baseline LDL-C, mg/dl (mmol/L) Lovastatin 239 150 (3.9) 25% Study LDL-C Primary Prevention AFCAPS/TexCAPS Secondary Prevention CARE Pravastatin 586 136 (3.6) 28% 4S Simvastatin 202 186 (4.8) 36% LIPID Pravastatin 782 150* (3.9) 25%* Vastatinas na prevenção da Doença Coronariana de Pacientes com Diabetes Drug Study AFCAPS/TexCAPSLovastatin CHD Risk CHD Risk Reduction Reduction No. (overall) (diabetes) 239 37% 43% CARE Pravastatin 586 23% 25% (p=0.05) 4S Simvastatin 202 32% 55% (p=0.002) LIPID Pravastatin 782 25% 4S-Extended Simvastatin 483 32% 42% (p=0.001) 19% *Values for overall group Adapted from JAMA 1998; Circulation 1998; Diabetes Care 1997; Arch Intern Med 1999; N Engl J Med 1998 Vastatinas - Efeitos Adversos Interação Medicamentosa Em geral menos do que 2% dos pacientes • Lovastatina, Sinvatatina e Atorvastatina via CYP3A4/5 • Sintomas gastrointestinais • Aumento da TGO e TGP (monitorar) • Miopatia - dores musculares • Aumento da creatina cinase • Rabdomiólise → Insuficiência Renal Aguda (mioglobinúria) Suspender se TGO e TGP subir mais que 3 X o valor basal e se CPK subir mais que 10 X. do vírus HIV, antibióticos macrolídios e fibrato • indutores: fenitoína, barbitúricos, rifampicina • amiodarona ou verapamil - miopatia • Fluvastatina e rosuvastatina via CYP2C9/10 • inibidores: cetoconazol, metronidazol, amiodarona, cimetidina • Pravastatina via sulfatação Fármaco de escolha na presença de verapamil, cetoconazol, macrolídios e ciclosporina Resinas de Troca Vastatinas Interação Medicamentosa • Fibrato Colestiramina (Questran) e Colestipol → ↓ LDL em 15 a 30% • Polímero com cloreto que é trocado por ácido biliar • Ácido Nicotínico • Drogas inibidores da CYP3A4/5* • inibidores: ciclosporina, cetoconazol, inibidores da protease Rabdomiólise • Não absorvível → ↑ excreção fecal de ácido biliar • ↑ Conversão hepática de colesterol → ácido biliar • Ciclosporina • ↓ Conteúdo hepático de colesterol → ↑ receptores LDL Contra-Indicação • Hepatopatias Crônicas • Resultado Final - ↓ níveis de LDL plasmático • Pode ↑ níveis de VLDL • Colestase MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 28 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Resinas de Troca • ↓ conteúdo de colesterol hepático • ↑ atividade da HMG-CoA e da síntese de colesterol • Associação c/ vastatina potencializa ↓ níveis de LDL plasmático • ↑ a síntese de ácido biliar, pode ↑ VLDL e TG Deve ser ingerido antes das refeições e a noite antes de dormir • Vastatinas - se associar - administrar 1 hora antes ou 4 horas após Colestiramina Resinas de Troca Resinas de Troca Efeitos Colaterais • Hipertrigliceridemia (ficar atento) • É o medicamento de escolha para o tratamento de: • Paladar ruim • Crianças • Constipação, náuseas, cólicas • Gestantes • Irritação perianal / hemorróidas • Pacientes intolerantes as vastatinas • Pode ser utilizada junto com vastatinas. Interações Medicamentosas • ↓ absorção de T4, digoxina, varfarina amiodarona, vit K, ácido fólico Fibratos Fibratos • Clofibrato (Claripexal) - 1000 a 2000mg/dia • Bezafibrato (Cedur) - 200 a 600 mg/dia • Genfibrozila (Lopid) - 600 a 1200 mg/dia • Etofibrato - 500 mg/dia • Fenofibrato - 200 mg/dia Indicação • Ciprofibrato - 100 mg/dia Tratamento da Hipertrigliceridemia Diminuição do HDL MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 29 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Fibratos Mecanismo de Ação Agonistas do PPARα α (proxisome proliferator activated receptor alpha) • Expressos no fígado, rim, coração e músculo • ↑ síntese da lipoproteína lipase (músculo e adipócito) • ↑ apo A1 e apo A2 → ↑ HDL • ↓ a transcrição da apo CII que inibe LPA Fibratos Efeito Farmacológico Fibratos Outros Efeitos • ↓ a síntese de VLDL por ↓ fluxo AG para fígado • ↑ da sensibilidade a insulina • ↑ atividade da enzima lipase das lipoproteínas (LPA) • Melhora da tolerância a glicose • ↑ a excreção de Col hepático pelas vias biliares • ↓ da viscosidade sanguínea • ↑ a afinidade dos receptores B/E pelas LDL • ↓ agregação plaquetária • ↓ a lipemia pós-prandial • ↓ níveis de fibrinogênio • ↓ níveis de fator VII Fibratos Fibratos Farmacocinética Efeitos Adversos • Boa absorção c/ alimento ↑ 90% • Distúrbios Gastrointestinais (diarréia) • Exreção predominantemente renal (80%) • ↓ da libido, dores musculares • Metabolizado via CYP3A4 • Litíase biliar (clofibrato) • Cefaléia, prurido, leucopenia • ↑ TGO/TGP/ CPK (reversível) • Nefrite intersticial • Anemia, leucopenia MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 30 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Fibratos Precauções • Portadores de Coledocolitíase • Uso concomitante de anti-coagulante e fenitoína • Pacientes com Insuficiência Renal • Associação com Vastatinas (prescrita com genfibrosila → risco de rabidomiólise) • Não está indicado na gestação e amamentação 19/07/2013 Ácido Nicotínico - Niacina • Eficaz, barato, porém pouco tolerado; • ↑ atividade das lipases tissulares • Hepatócito ↓ disponibilidade de AG ↓ síntese de TG e seu acoplamento à apoB-100 → ↑ degradação de apoB-100, VLDL e LDL • ↑ síntese apo-I (HDL); • Efeito Final - ↓ LDL (05 a 25%) ↓ TG (20 a 50%) ↑ HDL (15 a 35%) Ácido Nicotínico - Niacina Acipimox, derivado do ácido nicotínico que pode ser utilizado nas doses de 250 mg - 750 mg/dia. Efeitos adversos: Rubor facial – aspirina melhora • ↑ transaminases, glicemia e ácido úrico • Hepatite Tóxica • Dispepsia • Úlcera péptica • Orlistat - Xenical • Inibidor da lipases gástrica e pancreática • ↓ lipólise dos triglicérides da dieta • ↑ em 30% da excreção de triglicérides pelas fezes • ↓ LDL? Mecanismo não muito claro • Não existem ensaios clínicos comprovando algum efeito protetor MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 • Derivados da gordura de peixes • No hepatócitos inibem a síntese de VLDL • Apresentam efeito antitrombótico • Indicados na hipertrigliceridemia grave, associado a fibratos • Dose média de 6g/dia - sabor desagradável Estudo GISSI Prevenzzione - Pacientes com DAC • Ômega-3 1g/dia ↓ 10% eventos CV (IAM e AVCI) • Resultados ainda não totalmente confirmados 31 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Associação de Drogas com Vastatinas Associações • A combinação tem que aumentar os efeitos • Resinas de troca e vastatinas • Agonistas de PPAR e vastatinas • ômega 3 e vastatinas • Niacina e vastatinas PPAR-α α Agonistas (Fibratos) e Vastatinas • Combinação de fibrato e vastatina ↓ TG, LDL-C, e HDL-C • Fibratos com vastatina ↑ risco de miopatia e rabdomiólise. • Genfibrosila ↓ o metabolismo das vastatinas mais da cerivastatina. • Fenofibrato parece ser menos perigoso pois não sofre o mesmo metabolismo. Arch Intern Med 2003;163:553-564. Am J Cardiol 2002;90:30K-43K. • Associar drogas com mecanismos diferentes • Vastatina com fibrato ou ácido nicotínico → Col e TG • Vastatina com colestiramina → ↓ LDL • Vastatina ou colestiramina com fibrato → ↓ LDL • Vastatina, colestiramina, niacina ou fibrato → ↓ Col e TG • Fibrato e ácido nicotínico → ↓ TG • Colestiramina e fibrato → ↓ TG Ezetimibe - Ezetrol Diminui a absorção intestinal de colesterol • Indicado para o tratamenyo de dislipidemias • Pode ser utilizado junto com estatinas • Deve ser dado 2 horas antes ou 4 horas após resinas que sequestram ácidos biliares • Monitorizar função hepática quando administrado junto com estatinas • Contra Indicação – doença hepática • Efeitos colaterais – comuns - dor abdominal, diarréia, dor muscular, fadiga, artralgia graves – hepatite e miopatia Drogas antidisrítmicas não Fármacos antiarrítmicos Classificação adotada por Vaughan Williams (1970) Útil para a discussão e compreensão dos mecanismos de ação das drogas antiarrítmicas OBS: O tratamento das disritmias em emergências é habitualmente feito por meios físicos Marca-passo Cardioversão elétrica MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA classificadas no sistema de Vaughan Williams Atropina: Bradicardia Sinusal Adrenalina: Parada cardíaca Isoprenalina: Bloqueio cardíaco Digoxina: Fibrilação atrial rápida Adenosina: Taquicardia supraventricular Cloreto de cálcio: taquicardia ventricular devida á hipercalemia Fibrilação ventricular, toxicidade da digoxina 32 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Drogas antidisrítmicas do sistema de Vaughan Williams Classe 1: A, B e C: Drogas que bloqueia canais de sódio sensiveis à voltagem Classe 2: Antagonistas dos receptores βadrenérgicos Classe 3: Drogas que prolongam o potencial de ação cardíaco aumentando assim o período refratário e suprimindo a atividade ectópica e de reentrada Classe 4: Antagonistas do cálcio Indicações: Taquicardia paroxística supraventricular: caracterizada por freqüência cardíaca regular e elevada (de 160 a 200 batimentos por minuto) que ocorre subitamente e é desencadeada nos átrios Fibrilação e flutter atrial:padrões de descarga elétrica muito rápidas,fazendo com que os átrios contraiam de modo extremamente rápido promovendo uma contração rápidas dos ventrículos e de forma menos eficaz do que o normal As extra-sístoles ventriculares e atriais podem apresentar origem cardíaca, por anestesia e também por intoxicação digitálica MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 19/07/2013 Bloqueadores de canais de sódio Procainamida: (procamide) Formas farmacêuticas: Comprimidos de 300mg Ampolas de 5mg/500mg Ação: trata-se de um fármaco que prolonga o período refratário diminuindo a excitabilidade do e velocidade de condução Deprime a contratilidade do miocárdio Extra-sístoles ventriculares: batimento cardíaco extra produzido pela ativação elétrica dos ventrículos antes de um batimento cardíaco normal Relativamente comum e não significam perigo nos indivíduos que não apresentam uma cardiopatia Extra-sístoles atriais: batimento cardíaco extra produzido pela ativação elétrica dos átrios antes de um batimento cardíaco normal Dosagem da procainamida: Depende da indicação e critério médico 300-900 +600 a cada 4 ou 6horas para as situações apresentadas anteriormente Pode chegar a 2400mg/dia 500 a 1500 na taquicardia paroxística 33 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Reações adversas: 19/07/2013 Cuidados de enfermagem Hipotensão Rubor facial Prurido, calor e erupções urticantes Angioedema Náuseas Vomito Anorexia Depressão mental, psicose com alucinações Calafrios , febre e dor (arterial e muscular) Administração exata e sem interrupções Monitorar eletrocardiograma Administração intramuscular: atenção para evitar administração intravascular Controle da velocidade de administração por via IV Classe I b: Lidocaina Anestésico local, útil nas arritmias ventriculares relacionadas com isquemia miocardica. Não possui ação a nível atrial Nomes comerciais: Xylocaina, Xylestesin, Lidoston, Lidospray, Lidojet, Lidocabboot, lidial, Formas farmacêuticas: bisnagas (20mg/g) 30g Frascos- ampolas com 20ml de solução injetável a 1 e 2% com ou sem vasoconstritor Ampolas de 40mg, 100ml Ampolas de 2; 5ml com 2% Indicações: Arritmia ventricular causada por IAM, taquicardia ventricular. Efeitos adversos: Pode piorar a arritmia ou gerar uma nova, bradicardia, hipotensão Visão turva, convulsão, confusão, letargia, tremor, sonolência, inquietação, , depressão, euforia, cefaléia, parestesias, choque anafilático e sensação de frio Interações significativas: Betabloqueadores e cimetidina: redução do metabolismo Fenitoina, quinidina e propranolol: potencializam o efeito depressor cardíaco MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Cuidados de enfermagem Cautela em pacientes com bloqueios de segundo e terceiro graus, Contra indicação para gestantes Monitorar alargamento no complexo QRS do ECG Sinais de toxicidade: convulsões, sonolência, parestesias, tontura: suspender o medicamento e comunicar ao médico Administração IV: bomba de infusão e monitoramento contínuo Manter preparados equipamentos para reanimação cardiorrespiratória e oxigênio 34 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Grupo 2: betabloqueadores Indicados para arritmias de origem adrenérgica Grupo 3: (drogas que prolongam o potencial de ação) Amiodarona: Mecanismo desconhecido. Altamente eficaz Possui diverssas peculiaridades que dificultam o seu uso. Alta ligação a tecidos Meia vida de eliminação prolongada (10 a 100 dias) Grupo 4: Antagonistas de canais de cálcio 19/07/2013 Grupo 3 Amiodarona: Amiobal, Ancoron, Angiodarona, Angyton, Atlansil, CorMio, Diodarone, Miocoron, Miodarid, Miodaron Cuidados de enfermagem Cuidado com pacientes com problemas cardíacos Hepatopatas Problemas tireoidianos Doença pulmonar graves Monitorar ECG: efeito lento e risco de arritmias Trombolíticos (fibrinolíticos) Dentre as principais indicações encontrase: supressão de taquiarritmias ventriculares MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 35 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Trombina Fibrina “Trombo” Fibrinogênio Plasminogênio Ativador de Plaminogênio TPA Plasmina “Fibrinólise” TPA: Ativador de Plasminogênio tecidual Uroquinase Estreptoquinase. MA: Formação de plasmina e degradação do tampão de fibrina. A formação de plasmina se dá atraves da ativação de plasminogênio tecidual O TPA pode sofrer inibição pela LPA Os ativadores de Plasminogênio tecidual são eficazes no plasminogênio aderido a fibrina Possuem ação localizada no coagulo Quando a plasmina escapa para a circulação sofre a inativação por inibidores de plasmina. MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 36 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Fármacos Indicações principais: Desobstruir vasos Arteria coronáriana (pacientes com infarto isquêmico agudo do miocárdio) Embolia pulmonar Trombose venosa profunda Dentre outros 19/07/2013 Fármacos Estreptoquinase: Extraida de culturas de estreptococos β hemolíticos Expõem o sitio ativo do plasminogênio Atividade de plasmina Fármacos Fármacos Observação: A estreptoquinase pode ser inativada pela presença de anticorpos antiestreptocócicos que podem surgir após a primeira administração ou em função de infecções prévias. Necessidade de um intervalo de administração de no mínimo um ano nesses casos Anisteplase: Complexo de plasminogênio humano e estreptoquinase inativado através da introdução de um grupamento p-anisoil. Pró droga Ocorre a remoção do grupamento panisoil no sistema liberando a estreptoquinase. Fármacos Fármacos Meia vida de ativação: 2 horas Atividade: 4 a 6 horas Administração via IV: 4 a 5 minutos MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Alteplase: ( Actilyse) TPA recombinante Não imunogênico (mais utilizado) Atividade potencializada na presença da fibrina onde se encontram ligadas varias moléculas de plasminogênio. É um fármaco seletivo para o coágulo. 37 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Fármacos Fármacos Reteplase: (Rapilysin) Mesmo mecanismo de ação que a Alteplase Apresnta uma meia vida de eliminação mais prolongada Administração em bolo ou “in bolus” Tenecteplase (Metalyse) O tenecteplase administrado em um único bolo intravenoso, possui um efeito dose dependente de dissolução de coágulos da artéria relacionada ao infarto em pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio. Efeitos Adversos Fármacos Risco de sangramento Hemorragia gastrintestinal Acidente vascular encefálico Manobras de reversão: Ácido tranexâmico Reações imunogênicas: com anisteplase e estreptoquinase A estreptoquinase pode provocar febre em mais de um quarto dos pacientes que recorrem a este fármaco Inibição da ativação do plasminogênio Anticoagulantes Inibição de fatores de coagulação. Ativação de antitrombina. Mais utilizados: Heparina (IV): Actparin, Cellparin, Disotron, Heparin, Heptar, Liquemine Enoxaparina (IV): Clexane, Cutenox Warfarina (VO): Marevan Obs: Plantas ricas em Bis-hidroxicumarina apresentam potencial anticoagulante MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Anticoagulantes orais Apenas exercem efeito in vivo: Warfarina Inibição Vitamina K Hidroquinona (Cofator pra a carboxilação) Vitamina K Epóxido Ácido gama carboxiglutâmico Ácido glutâmico Fatores de coagulação II, VII, IX e X Com atividade pós tradução 38 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Warfarina Efeito farmacológico máximo de uma dose: 48h após a administração. Início: 12 a 16h após a adminstração Metabolização: CYP 450, oxidases mistas Cuidados com lactentes (deficientes de vitamina K) Terapias prolongadas. Warfarina Potencialização dos efeitos: AAS Cefalosporinas: Inibem a redução da vitamina K 19/07/2013 Warfarina Potencialização dos efeitos: Hepatopatias: Diminuição da síntese dos fatores de coagulação Fármacos inibidores enzimáticos: Antagonistas do receptor de Histamina H2 como Cimetidina e ranitidina, cotrimoxazol, metronidazol, ciprofloxacina, cloranfenicol cetoconazol, amiodarona. Warfarina Redução dos efeitos: Fármacos indutores de CYP 450: EX: Carbamazepina, fenobarbital, dentre outros Anticoagulantes injetáveis Heparina de alto e baixo peso molecular Descoberta a partir do tecido hepático em 1916 no Johns Hopkins Hospital Ativa a antitrombina III Inibição da trombina MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 39 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Antiagregantes plaquetários Ácido acetil salicílico; aspirina, AAS Clopidogrel: Iscover, Plavix Abciximab: Reopro, Faximab 19/07/2013 Ácido Acetil Salicílico Apartir do ácido araquidônico Sintese de prostaglandinas pela COX: PGG2 Enzima Tromboxane sintetase Tromboxane A2 presente nas plaquetas O tromboxane A2 recruta plaquetas para o local de formação do trombo Receptores GP IIB/IIIA Ácido Acetil salicílico acetila a ciclo-oxigenase de modo irreversível, inibindo a síntese de tromboxane A2 e a ativação plaquetária. São expressos após a síntese de tromboxano A2 e promovem a adesão de plaquetas através da ligação do fibrinogênio. Antiagregantes plaquetários Abciximab: fragmento de anticorpo monoclonal dirigido contra o receptor IIB/IIIA. Clopidogrel e ticlopidina: Inibição da ativação de IIB/IIIA MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 40 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Controle da dor Analgésicos e sedativos Controle da dor: necessidade de conhecimentos fisiológicos/farmacológicos Aspectos envolvidos na dor MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 41 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Fármacos mais utilizados (UTI) Opioides MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 42 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Hipnóticos e sedativos 19/07/2013 Farmacocinética • Pacientes lúcidos e orientados que estão Aspectos psicológicos conscientes de sua condição clínica. • Ficar atento com depressão e ansiedade MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 43 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Hipnóticos e sedativos Hipnótico: fármaco que produz sonolência e pode facilitar ou manter o estado de sonolência Sedativo: promove redução da atividade central, modera a excitação e acalma o indivíduo Interface entre as duas propriedades Obs: antihistamínicos, neurolépticos, dentre outros podem proporcionar sedação e potencializar fármacos depressores Benzodiazepínicos: fármacos mais vantajosos em comparação aos demais sedativos Não produzem anestesia cirúrgica e nem intoxicação fatal na ausência de outros depressores Existência de antagonistas: flumazenil Benzodiazepínicos Efeitos: Sedativo-hipnóticos Relaxamento muscular Ansiolíticos Anticonvulsivantes Amnésia anterógrada Efeitos periféricos: Vasodilatação coronária por via iv Bloqueio neuromuscular em doses elevadas Ansiedade Patologia interface Situação normal Obs: Em função da dificuldade de distinção entre estes dois estados os ansiolíticos estão entre as substâncias mais prescritas (10% da população em paises desenvolvidos) Benzodiazepínicos Mecanismo de ação Apresentam menor grau de depressão que barbitúricos e anestésicos voláteis Apresentam perfis farmacológicos semelhantes Utilidade clinica individual e variação na seletividade A medida que se aumenta a dose de um benzodiazepínico os efeitos obtidos são: Sedação Hipnose Estupor Efeitos anestésicos mas não em monoterapia O mecanismo de ação mais aceito consiste na regulação alostérica do receptor gabaérgico A com abertura de canais de cloreto e aumento de limiar de excitação celular devido a redução do potencial elétrico da membrana Obs: a existência de vários receptores benzodiazepínicos pode explicar parcialmente as diferentes respostas obtidas com diferentes fármacos MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 44 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Tolerância ao efeitos ansiolíticos: controversa Relação com aumento ou diminuição dos problemas Comportamentos relacionados a possível dependência Atividade anticonvulsivante Principalmente em convulsões quimicamente induzidas As convulsões de natureza elétrica ou por alterações de limiar de excitação neuronal em canais de sódio voltagem dependentes são melhor controladas com bloqueadores de canais de sódio Ex fenitoina e carbamazepina Efeito: analgesia Apenas transitória em humanos por via IV Efeito pouco explorado Efeito que pode estar associado a amnésia Não causam hiperalgia: efeito observado com alguns barbitúricos MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 19/07/2013 Efeito: relaxamento muscular com clonazepam Não observado com diazepam ou outros benzodiazepínicos Observação de tolerância a esses efeitos Clonazepam, nitrazepam e nordazepam Apresentam maior atividade anticonvulsivante em comparação aos demais benzodiazepínicos Limitação do tratamento em humanos: tolerância Efeito nos estágios de sono: Reduzem a latência do sono Diminuem o número de vezes que o paciente desperta no estado de vigília Reduz o tempo de sono no estagio 1 e reduz o tempo no sono de ondas lentas (estagio 3 e 4) Aumenta o tempo entre o sono em fuso e o sono REM O tempo no sono REM é dinimuido mas o numero de ciclos é aumentado 45 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF 19/07/2013 Observações Zolpidem: hipnótico teoricamente superior aos demais por não suprimir o sono REM Farmacocinética A lipossolubilidade dos benzodiazepínicos pode variar em até 50 vezes Todos os benzodiazepinicos sofrem absorção completa exceto clorazepato Grande variação na T1/2 Quatro grupos Em doses hipnóticas não proporcionam depressão respiratória em indivíduos normais Atenção com hepatopatas, alcolatras, crianças, idosos Efeitos cardiovasculares mínimos: Redução da pressão arterial em doses pré anestésicas Midazolam: redução da resistência vascular e redução do fluxo cerebral Diazepam: redução do débito Ação ultra curta: ação quase imediata como o tiamilal Ação curta: T1/2 inferior a 6h como o triazolam Ação intermediária: T1/2 de 6 – 24h como estazolam e temazepam Ação de ação longa: T1/2 superior a 24h: diazepam, flurazepam e quazepam Ligação a proteínas plasmáticas de 70% (alprazolan) a 99% diazepam Metabolização importante: CYP3A4 e 2C19 Importante: três fases de distribuição Indicações clínicas MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 46 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Barbitúricos Deprimem reversivelmente todos os tecidos excitáveis em especial o SNC Ação hipnótica e sedativa praticamente substituída pelos benzodiazepínicos (mais seguros) Atualmente: uso mais especializado Podem proporcionar desde sedação leve até anestesia geral Podem apresentar atividade anticonvulsivante seletiva: fenobarbital e mefobarbital Ação hipnótica similar aos benzodiazepínicos Maior tolerância Redução de até 50% do sono em 2 semanas de uso Tolerância farmacodinâmica: duração de semanas a meses Tolerância farmacocinética: até uma semana Tolerância maior sobre os efeitos no humor, hipnose e sedação do que sobre o efeito anticonvulsivante Concentrações subanestésicas de barbitúricos podem reduzir despolarizações induzidas por glutamato em receptores AMPA Redução da transmissão nicotínica ganglionar Intensificação de bloqueadores neuromusculares Bloqueio do impulso neurogênico respiratório com doses 3x maiores que a dose hipnótica Redução na pressão arteial: pouco significativa MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA 19/07/2013 As propriedades sedativas e hipnóticas variam em relação aos benzodiazepínicos pois os barbitúricos proporcionam ações euforizantes Apresentam baixo grau de seletividade exceto fenobarbital como anticonvulsivante Baixo índice terapêutico Percepção e reação a estímulos nociceptivos inalterados até que se atinja inconsciência Excitação franca ao invés de sedação em indivíduos com dor Mecanismo de ação Similar aos benzodiazepínicos Regulam de forma alostérica o receptor gabaérgico do tipo A Promovem maior influxo de cloreto e reduz o influxo de cálcio ativados por voltagem Sítios distintos dos benzodiazepínicos Prolongam os períodos de abertura dos canais de cloreto Benzodiazepínicos: aumentam a frequência de surtos de abertura dos canais de cloreto Concentrações anestésicas podem afetar diretamente o miocárdio com redução na função de dois tipos de canais de sódio Relevância: somente com doses tóxicas muito superiores ás concentrações anestésicas 47 PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA - INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO DF Observações 19/07/2013 Indicações principais Fortes indutores enzimáticos de enzimas microssomais e de fase 2 A indução contribui para a tolerância farmacocinética Oligúria e anúnia devido a hipotensão Ficar atento para interações potenciais e envenenamento e medidas de tratamento das intoxicações (relevância para perícia) Indicações principais MÓDULO 04 - FARMACOLOGIA APLICADA À CARDIOLOGIA - PROF. THIAGO FARIA Outros fármacos 48