Prof. Blenda Lara Aula 00 História Soldado– Teoria e Ex

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História PM– Teoria e Exercícios
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História Soldado– Teoria e Exercícios
Apresentação do Edital e do Cronograma de Aulas
Professor: Blenda Lara
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Conteúdo Programático
Data
00
HISTÓRIA GERAL: 1. Primeira Guerra Mundial.
06/07
01
02
03
HISTÓRIA GERAL: 2. O nazi-fascismo e a Segunda Guerra Mundial.
09/07
3. A Guerra Fria. 4. Globalização e as políticas neoliberais.
HISTÓRIA DO BRASIL: 1. Canudos. 2. Cabanagem. 3. A Revolução
15/07
de 1930 e a Era Vargas
HISTÓRIA DO BRASIL: 1. A estrutura política e os movimentos
sociais no período militar. 2. A abertura política a redemocratização 20/07
do Brasil. As Constituições Republicanas.
Tópicos da Aula
1. Apresentação do Curso .................................................................. 3
2. Primeira Guerra Mundial .................................................................... 4
2.1.
Antecedentes ........................................................................... 4
2.1.1.Imperialismo ............................................................................... 4
2.1.1.1. África ...................................................................................... 5
2.1.1.2. Ásia ........................................................................................ 6
2.1.2. A Rivalidade Anglo-germânica ....................................................... 8
2.1.3. O revanchismo francês................................................................. 9
2.1.4. A “Política de Alianças” ................................................................ 9
2.1.5. A corrida armamentista .............................................................. 10
2.1.6. A crise marroquina .................................................................... 11
2.1.7. A questão balcânica ................................................................... 11
2.1.8. Causa imediata: o incidente em Sarajevo ..................................... 12
3. Os anos da Guerra .................................................................................................................... 13
3.1. A Guerra de Movimentos (1914) .................................................... 13
3.2. A Guerra de Trincheiras (1915-1917) ............................................ 14
3.3. O Desfecho (1917/1918) .............................................................. 15
3.4. Os Tratados de Paz ...................................................................... 16
4. Conseqüências da Guerra ................................................................ 17
5. Exercícios ...................................................................................... 17
1. Apresentação do Curso
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Olá, pessoal! Tudo bem? Meu nome é Blenda Lara e juntos vamos enfrentar o
desafio de se preparar para o Concurso da Polícia Militar na disciplina de
História!!
Sou professora de Direito Internacional, Relações Internacionais e Política
Internacional desde 2003 e, nesses anos todos, angariei experiência acadêmica
em cursos de graduação, pós-graduação e em cursinhos preparatórios para
concurso. Tenho mestrado em Direito Internacional pela Universidade Federal
de Minas Gerais e diversas pesquisas nas áreas de Direito Internacional,
Relações Internacionais, História das Relações Internacionais, Política
Internacional e Direitos Humanos. Por meio de concurso, trabalhei no Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Então, depois desse nosso conhecimento inicial, meu amigo, se assim me
permite chamar, vamos ao que interessa! Antes de iniciar sua preparação, vale
ler o edital passado com tranquilidade, aquele que todo mundo quase sempre
despreza antes de começar a se preparar…
Ler o edital passado serve e muito para você traçar suas estratégias de prova,
organizar seu tempo, redigir seus resumos, agendar suas revisões e etc!
Vamos, então, ao nosso conteúdo de História!
2. Primeira Guerra Mundial
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2.1. Antecedentes
De 1870 a 1914, os países europeus passaram por bruscas
transformações, que resultaram em constantes sobressaltos no equilíbrio de
suas relações e, por via de conseqüência, no conflito. Um grupo de quatro a
seis países mais relevantes da Europa firmavam ou rompiam alianças de acordo
com seus interesses, mas em períodos de paz, esses países raramente se
colocavam em campos opostos.
Cada uma das causas desse período foi avaliada por historiadores e
apresentam um motivo para a conflagração do conflito que teve como estopim
o assassinato do Arqueduque Francisco Ferdinando.
Vejamos cada uma das causas da I Guerra e que seja ressaltado: TODAS
SAO EXPLORADAS EM PROVA!
2.1.1. Imperialismo
Embora se buscasse motivos nobres para a expansão imperialista, o
desejo de se apossar dessas regiões era o fator determinante. A Revolução
Industrial, que teve início na Inglaterra no século XVIII, atinge no século XIX
(Segunda Revolução Industrial), algumas outras nações européias capitalistas
como a França, a Alemanha e os EUA especialmente. Máquinas mais potentes,
com materiais mais resistentes (aço) e impulsionadas por novas fontes de
energia (eletricidade, combustíveis fósseis), produziram melhores mercadorias
e em maior quantidade, as quais precisavam de mercado consumidor para
serem escoadas. Os meios de transporte (automóveis, trens elétricos, navios
movidos a óleo diesel) estavam cada vez mais velozes. Além disso, as
comunicações passaram por muitas transformações, que, juntamente com a
melhoria dos transportes, encurtaram as distâncias à época.
Assim como os mercados encurtaram, os capitais excedentes também
precisavam de um local para serem aplicados. Com isso, a concorrência
aumenta de forma agressiva: empresas passaram a concentrar suas atividades
como forma de resistir a essa pressão. Como resultado, surgiram os “trustes”
(megaempresas resultantes de fusões e absorções) “holdings” (onde uma
empresa central controla várias outras subsidiárias), os “cartéis” (as empresas
de um mesmo ramo repartem áreas de venda, fases da produção com o
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objetivo de influenciar no preço final do produto). Com essas estruturas de
mercado, o pequeno produtor não tinha mais lugar. Do mesmo modo, a Europa
tornou-se território pequeno para esse capital.
Como solução buscaram anexar regiões além-mar, o que criou
monopólios não sujeitos às regras do livre comércio, permitindo uma fonte de
matérias-primas e mão-de-obra abundante. O liberalismo do século XIX cede
lugar a um neocolonialismo. A essa época, a África e a Ásia, ainda inexploradas
até então, serviram de espaço para escoamento da situação econômica advinda
da rápida industrialização no continente europeu.
Um outro fator que é apontado por historiadores diz respeito ao
crescimento demográfico na Europa, que implicou na necessidade de novas
áreas para alocar essa população excedente.
Todas essas intenções econômicas foram camufladas em uma falsa
missão humanitária dos europeus em relação a esses continentes.
Como no colonialismo dos séculos anteriores, nesse se desconsiderava a
população aborígene, a qual era vista como inferior, com base em estudos de
pensadores como H. Spencer, que acreditavam que a teoria de Charles Darwin
da seleção natural das espécies poderia ser aplicada a seres humanos.
Nesse espírito de desrespeito à população local, as potências lançaram-se
à conquista de novos espaços. Vejamos os principais fatos em relação a cada
uma das regiões!
2.1.1.1. África
A partilha do continente africano fora decidida na Conferência de Berlim,
ocorrida entre 1884-1885. Com o objetivo de evitar confrontos, quatorze países
europeus e EUA e Rússia decidiram uma divisão dos domínios coloniais na
África. Na realidade, não se conseguiu evitar o predomínio inglês e francês na
conferência e isso provocou ressentimentos e acirrou disputas.
Possessões acertadas para cada um após a Conferência:
• França: consolidou domínio sobre a Tunísia, o Sudão, a Argélia, o
Marrocos, a ilha de Madagáscar e a Somália. Domínio comum com a Inglaterra
sobre o Egito.
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• Inglaterra: suas posses iam do Mediterrâneo até o extremo sul do
continente (ampliou suas possessões durante a conferencia). Domínio comum
com a França sobre o Egito.
• Bélgica: consolidou seu domínio sobre o Congo (depois o Zaire, hoje
denominada de República do Congo)
• Alemanha: unificou-se tardiamente, consolidaram seus domínios sobre o
Camarões, o sudeste e o Oriente da África e o Togo
• Itália: unificou-se tardiamente e anexou apenas parte da atual Líbia, a
Eritreia e a Somália.
As áreas italianas e alemãs tinham importância estratégica e econômica
menor. Essa partilha da África teve para o continente o efeito de acirrar as
disputas étnicas internas e fizeram os africanos ficarem à mercê dos europeus.
2.1.1.2. Ásia
No caso da Ásia, essa já era conhecida dos europeus, desde a expansão
marítima dos séculos XV e XVI. A relação entre eles se limitava ao aspecto
mercantil. Companhias de comércio atuavam na região, cuidando especialmente
do lucrativo comércio de especiarias. Como a Ásia era rica e populosa, aguçou a
cobiça das potências imperialistas.
No caso específico da Índia, as rivalidades e diversidade internas
ajudaram a Inglaterra a ter um domínio quase que absoluto sobre esse país.
Várias medidas foram tomadas no campo econômico, os ingleses confiscaram
propriedades e suprimiram a servidão para gerar mão-de-obra assalariada, por
exemplo. Além disso, incentivaram a produção de matéria-prima que se
prestava à indústria têxtil britânica, tais como a juta, o cânhamo e o algodão. O
artesanato nativo foi levado à falência em função de novas taxas alfandegárias
que tornaram mais baratos os tecidos ingleses. A consolidação do domínio
inglês sobre a Índia transformou este último no maior fornecedor de algodão
para as indústrias britânicas e, ao mesmo tempo, num importante mercado
consumidor. Por outro lado, como conseqüência dessa política econômica
imperalista, houve a desorganização da produção de gêneros de subsistência,
que acarretou situações de fome e miséria extremas.
No caso da China, esse império encontrava-se em situação delicada do
ponto de vista político. Seu vasto território e possessões eram difíceis de serem
administradas. A economia chinesa baseava-se na agricultura, mas a produção
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de artigos de luxo (sedas, porcelanas, etc) tinha certa demanda na classe alta
inglesa. Inclusive, por determinado período, os ingleses enfrentaram uma
inédita balança comercial negativa com a China, causada pela aceitação dos
produtos chineses na Inglaterra e pela não reciprocidade de aceitação no
mercado chinês para os produtos ingleses.
Como não conseguiram aumentar o comércio, utilizaram-se de ardis para
provocar um conflito. O objeto desse ardil foi a venda de ópio. Havia muito os
chineses tinham declarado sua oposição ao tráfico de ópio, todavia, não
conseguiram controlar o tráfico. Em 1821, subiu ao trono chinês o imperador
Daoguang que buscou por meio de medidas duras conter o tráfico e o consumo
de ópio. As restrições feitas foram vistas pelo governo inglês como um
sistemático atentado à “liberdade de comércio”.
Após a destruição de um grande carregamento de ópio pelas autoridades
chinesas, a Inglaterra desencadeou bombardeio a Nanquim, o que gerou a
Primeira Guerra do Ópio (1840-1842). Nessa época se iniciam os tratados
desiguais, onde, primeiramente a Inglaterra e depois outras potências
europeias conseguiram aberturas comerciais com a China sem contrapartida.
Disso se seguiram outras duas guerras do Ópio que implicaram uma série de
indenizações e outras obrigações pesadas sobre a China. Além disso, desde a I
Guerra, a China perde a administração sobre partes de seu território, em função
da criação de zonas de extraterritorialidade, onde não incidiam as leis chinesas
e sim a dos países que controlavam essas regiões. Consumava-se dessa forma
a partilha da China em áreas de influência controladas por países estrangeiros.
O Japão até o século XIX era um país bastante fechado, marcado por um
regime feudal. Oposições a esse status começam a aparecer, no início do século
XIX, marcado tanto pela classe mercantil, quanto campesina. A chegada dos
norte-americanos modifica essa estrutura. Impressionados com o poderio naval
norte-americano, os japoneses abrem dois portos. Outras potências buscam
benefícios também e conseguem tratados desiguais, a França, a Inglaterra e a
Rússia. A humilhação foi demais para os japoneses, o imperador consegue, com
auxílio da classe mercantil, recuperar seu poder e o Japão passa por uma
impressionante era de industrialização e militarização, denominada de Era Meiji
(1867-1912). Isso acarretou vitórias militares contra a China e contra a Rússia,
na guerra “Russo-japonesa” de 1904-1905.
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No Imperalismo os princípios liberais permaneceram apenas como
bandeira. A partilha da Ásia e África significou a submissão desses continentes e
seus nacionais aos desejos de aquisição de mercados das potências europeias.
Todavia, essas dominações não ocorreram sem resistência. Várias revoltas
podem ser citadas, algumas delas esmagadas pelas grandes potências.
Podemos citar como exemplos, na Índia ocorreu nos anos de 1857 e 1859, a
Revolta dos Sipaios e, no caso da China, a Revolta dos Boxers (1900-1901).
As nações que partiram primeiramente na corrida imperialista,
principalmente Inglaterra e França, conseguiram controlar áreas mais rentáveis.
Nações que se unificaram depois, Itália e Alemanha, e, consequentemente,
saíram atrasadas, ficaram insatisfeitas com as suas respectivas partes.
A I Guerra pode ser considerada como conseqüência direta desse
desgaste entre as potências européias.
2.1.2. A Rivalidade Anglo-germânica
A Inglaterra era a grande potencia econômica e naval do século XVII.
Mesmo a França, mais populosa e com território mais rico, não conseguiu
sobrepujar o poder britânico.
A Alemanha antes da unificação era um território descentralizado e fraco,
salvo pela pujante Prússia. A burguesia prussiana, liderada pela “mão de ferro”
do Marechal Otto Vonn Bismarck conseguiu realizar a unificação do território.
Em pouco tempo a Alemanha começou a se destacar no cenário europeu.
Derrotou a França na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) e suas mercadorias
começaram a tomar espaço naqueles que eram tradicionalmente conhecidos
como mercados ingleses. Um segundo ponto que acendeu a lanterna dos
estrategistas ingleses foi a intenção alemã de ocupar espaço nos mares por
meio da construção de uma poderosa frota.
Os alemães tinham potencial para se tornar uma potência e esbarraram
no interesse inglês. Logo, as duas potências se enxergaram como adversárias.
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2.1.3. O revanchismo francês
A derrota para a Alemanha na “Guerra Franco Prussiana” nunca foi muito
bem aceita, foi considerada uma humilhação para os franceses, pois:
· Paris foi parcialmente ocupada por tropas alemãs;
· pelo Tratado de Frankfurt, a França teve de entregar à Alemanha as
ricas províncias da Alsácia e Lorena;
· foi exigida pelos alemães uma indenização de 5 bilhões de francos;
· em 1871, houve a coroação do Imperador Alemão em pleno Palácio de
Versailhes
Essa situação provocou uma grande colapso na França: crise econômica,
crise política, insurreições populares, guerra civil. E esse ressentimento contra
os alemães passou de geração em geração.
2.1.4. A “Política de Alianças”
O crescimento alemão, após o seu processo de unificação e a vitória sobre
a França foi rápido. Contudo, a Alemanha partiu atrasada para conseguir boas
fatias de mercados coloniais.
No plano interno, a ideia da superioridade da raça ariana já ganhava
espaço, estando presente em clubes e associações por todo o território. Tais
tendências ocasionaram a formação da Liga Pan-Germânica em 1893 com o
objetivo de unir todos os povos germânicos. Como reflexo, na política externa,
a Alemanha passa a recusar a assinatura e/ou renovação de tratados
internacionais, isolando-se diplomaticamente. Todavia, aproximou-se do
Império Austro-Húngaro, naquele momento um império decadente e
intensamente pressionado pelas tentativas separatistas. Essa fraqueza do
império o fazia buscar um parceiro de peso.
A Itália, além de enfrentar graves problemas internos e de adotar nesse
momento uma postura política nem sempre clara, também partiu tardiamente
para a corrida imperialista. Isso fazia com que a Itália tivesse, ao menos
teoricamente, os mesmos inimigos que a Alemanha.
Como resultado de toda essa conjuntura, foi formada a Tríplice Aliança
em 1882, que reunia a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália numa
aliança de cooperação militar.
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Em contraponto, temos por outro lado uma França refeita da guerra
contra a Alemanha, industrialmente desenvolvida, com exército aprimorado e
agricultura modernizada. A França reforçou sua posição de potência
imperialista, conquistando outras possessões na África e na Indochina. Todavia,
o medo da Alemanha como potência fez a França aproximar-se de uma antiga
rival: a Inglaterra. Esta, por sua vez, sentindo-se ameaçada pela Alemanha,
abandonou o seu “esplêndido isolamento”.
A Rússia, a seu turno, precisava de capitais para se industrializar, após a
derrota para o Japão na Guerra Russo-Japonesa de 1904/5, e esses capitais
vieram da França. Da mesma forma, a Inglaterra também se aproximou da
Rússia, assinando o Tratado de São Petersburgo (1907), no qual foram
resolvidas questões que envolviam o Tibete, o Afeganistão e a Pérsia.
Um outro fator de extrema relevância para o conflito era o interesse russo
na região dos Bálcãs. Os russos procuravam incentivar a independência dos
povos eslavos por meio de um movimento nacionalista conhecido como paneslavismo e viam nas pretensões austríacas uma ameaça.
Em função de todos esses fatores e como resposta à “Tríplice Aliança”,
surgiu em 1907 a Tríplice Entente que reunia Inglaterra, França e Rússia.
Tríplice Aliança: Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro.
Tríplice Entente: Inglaterra, França e Rússia.
2.1.5. A corrida armamentista
Os fatos já descritos, ou seja, a cristalização das rivalidades e,
consequentemente das alianças, o crescimento das disputas por mercados e
colônias e as crescentes desavenças políticas reforçaram uma tendência
presente no continente europeu, desde a segunda metade do século XIX: a
militarização das sociedades.
A partir desse momento a guerra passou a ser considerada como meio
para a solução dos impasses encontrados. Nesse sentido, ganhavam destaque a
formação militar e a de consideráveis arsenais, e o nacionalismo extremado que
transformava outros povos e etnias em inimigos a serem destruídos. As
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potências européias, outrora econômicas apenas, passam a ser quartéis cheios
de contingentes, insuflados pelo nacionalismo, e repletos de armas novas. Por
isso que alguns autores denominam esse período de crescente militarização,
que vai do fim da Guerra Franco-Prussiana (1871) à eclosão da Primeira Guerra
(1914), de Paz Armada.
2.1.6. A crise marroquina
O Marrocos era um sultanato cobiçado pelas potências, em função de sua
importância estratégica (localização) e econômica (detentora de vastas reservas
de manganês e ferro).
A França buscava anexá-la para somar à sua possessão argelina, para
tanto, assinou com a Inglaterra um tratado intitulado Entente Cordiale, em
1904. Por meio desse texto legal, o Egito ficaria, a partir desse momento, por
exclusividade, sob domínio inglês e o Marrocos passaria a ser colonizado pelos
franceses. Esse tratado provocou enorme reação alemã. Por meio da
Conferência de Algeciras em 1906 houve uma saída diplomática para a crise, na
qual foi decidido que o sultanato do Marrocos foi transformado em região
soberana, sob a garantia devida de proteção aos interesses franceses.
A população marroquina realizou levantes e a Alemanha, aproveitando a
situação, deslocou tropas para o país a fim de garantir a soberania do
sultanato. A Inglaterra, temerosa de uma guerra que pudesse prejudicar seus
negócios, mediou a paz. A Alemanha aceitou deixar o Marrocos para a França
em troca do Congo.
Consequência: França e Inglaterra aproximam-se e Alemanha fica
cada vez mais isolada.
2.1.7. A Questão balcânica
A decadência do Império Otomano, responsável pelo controle da
estabilidade dos Bálcãs até a segunda metade do século XIX, permitiu que as
nacionalidades e etnias da região pudessem buscar suas independências.
Entretanto, a localização geopolítica estratégica (entre os mares Egeu,
Adriático, Negro e Mediterrâneo e os importantes estreitos de Bósforo e
Dardanelos) aguçou os interesses das potências imperialistas. Os alemães
queriam ver protegidos os interesses do seu aliado, o Império Austro-Húngaro.
A Rússia, que tinha interesses na região, contrapunha-se à presença austríaca.
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Os pequenos países dos Bálcãs tentavam alcançar a independência
afastando a presença estrangeira, algo que não conseguiam em razão de sua
pequena interação e articulação. A Sérvia tinha firmes pretensões de anexar a
Bósnia-Herzegovínia e, por isso, opunha-se à presença do Império AustroHúngaro. Essa situação tornou a região uma zona de conflito latente, não
havendo sido uma surpresa que o conflito se desencadeou na região.
2.1.8. Causa imediata: o incidente em Sarajevo
Colocado acima o contexto, é possível entender porque esse se torna o
estopim da I Guerra.
Depois que a derrota para a Prússia em 1866 deu fim a seu papel
tradicional nas questões alemãs, o Império Austríaco transformou-se na
Monarquia Dual da Áustria-Hungria. Daí por diante, Francisco José (imperador
desde 1848) comandou um Estado de estrutura singular, com política externa
comum e exército e marinha únicos, mas com dois primeiros-ministros e
gabinetes separados, com parlamentos em Viena e Budapeste. Áustria e
Hungria mantinham suas próprias leis, cidadania e militares da reserva
independetes e renegociavam suas relações econômicas a cada dez anos.
O movimento pan-eslavista, apoiado pela Rússia, desfrutava de grande
simpatia junto à inteligentsia das nacionalidades eslavas que compunham quase
metade da população total. A presença de milhões de italianos, romenos e
sérvios no Império Austro-Húngaro afetava suas relações com esses países
vizinhos.
Francisco Ferndinando, sobrinho e herdeiro do trono austro-húngaro,
esperava reduzir a dependência da Áustria-Hungria em relação à Alemanha e
reorganizar o Império para dar poderes aos eslavos do sul como terceira força
política. Isso lhe trouxe inimizade de autríacos alemães, de quase todos os
magiares e daqueles eslavos (especialmente os sérvios) que temiam uma
revitalização do Império.
A presença austríaca na Bósnia gerou a criação de pequenos grupos
nacionalistas da Sérvia que combatiam a presença estrangeira. Uma das
sociedades secretas mais radicais era a “Mão Negra”, criada em 1911, e que
tinha ligação com outra sociedade da Bósnia denominada de “A Jovem Bósnia”.
No dia 28 de junho, o arquiduque Francisco Ferdinando encontrava-se em
visita a Sarajevo, capital da Bósnia, desejando arrefecer os ânimos antiaustríaos e facilitar o entendimento político. Em passeio por carro aberto na
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cidade, Francisco Ferdinando e sua esposa foram assassinados por um
estudante chamado Gravilo Princip, integrante do grupo Mão Negra.
O governo austro-húngaro, com auxílio da Alemanha, cobrou
investigações e o término de todas as associações de caráter secreto. A Sérvia
quis atender para não se indispor com as potências, mas também queria
preservar sua soberania, então, acabou por não permitir interferência austríaca
nas apurações. Não satisfeito, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à
Sérvia no dia 01 de agosto de 1914.
Após a declaração de guerra, tudo o que se seguiu foi uma decorrência da
política de alianças. A Rússia, que tinha interesses na região, posicionou-se em
favor do pan-eslavismo. A Alemanha, por sua vez, defendeu o pan-germanismo
e entrou ao lado do Império Austro-Húngaro. Com a entrada da Alemanha,
França e Inglaterra tiveram de entrar no conflito.
O assassinato desencadeou o funcionamento do sistema de
alianças.
3. Os Anos da Guerra (1914-1918)
Em especial, deve-se destacar que o maquinário utilizado na I Guerra
instalou a chamada guerra moderna.
Os quatro anos de conflitos podem ser divididos em três períodos:
3.1. A Guerra de Movimentos (1914)
A Alemanha preocupada com sua posição geopolítica entre França e
Rússia buscou numa ofensiva ocupar o território francês. O plano alemão
envolvia minar as defesas francesas por meio de um ataque em duas frentes na
primeira, as tropas vinham da Bélgica ocupada; na segunda, as tropas viriam
da própria Alemanha. Com a violação da neutralidade belga, isso levou os
ingleses a entrarem de vez no conflito, modificando a situação. Apesar desse
fator, quase que o plano alemão foi exitoso: avançaram até o Rio Marne, que
fica a apenas trinta quilômetros de Paris, local em que foram detidos por forças
conjuntas inglesas e francesas – Batalha do Marne. Em razão de serem
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obrigados a recuar, os alemães e seus aliados cavaram uma longa linha de
trincheiras pelo nordeste da França. Ingleses e franceses fizeram o mesmo para
proteger o território ganho na citada batalha.
Na frente ocidental a guerra desenvolveu-se, praticamente, em território
Francês.
Nesta fase de conflitos, também houve redefinição dos lados da disputa: a
Itália, anteriormente cautelosa, abandona de vez a Tríplice Aliança em 1915. O
Japão, interessado em herdar as possessões alemãs na Ásia, havia feito o
mesmo em 1914. Por outro lado, a Turquia e a Bulgária, respectivamente em
1914 e 1915, aderiram à Tríplice Aliança.
Os principais lados da disputa: de um lado a Alemanha, a ÁustriaHungria, o Império Turco e a Bulgária; do outro, a França, a Inglaterra,
a Rússia, a Sérvia, a Itália, o Japão e os Estados Unidos.
3.2. A Guerra de Trincheiras (1915-1917)
Nessa segunda fase, a preocupação das partes envolvidas era ocupar
território e tentar ampliá-lo quando possível. Essa foi a fase mais desumana
para os soldados, os quais chegavam a ficar meses dentro das trincheiras.
Houve também violentas batalhas como as de Verdun e do Somme, em
1916, gerando muitos mortos em ambos os lados do conflito.
Na frente oriental, o exército russo conseguia vencer as tropas austrohúngara, porém, sempre perdiam para o exército alemão, perdendo inúmeros
combatentes. Milhares de russos foram feitos prisioneiros o que influenciou na
lealdade de seu exército: milhares de russos desertaram em massa.
Deve-se frisar que o papel da Rússia foi importante para a Entente por
não permitir que a Alemanha concentrasse-se sobre a França.
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3.3. O Desfecho (1917/1918)
Até 1917 parecia que os lados envolvidos estavam em pé de igualdade e
nenhum deles conseguia avanços significativos. Essa situação mudou, com a
adesão dos EUA.
Por qual razão aderiram?
Motivo 01: Aderiram em função de prejuízos que tiveram pela guerra
submarina empreedida pela Alemanha. O ataque estava prejudicando as
exportações norte-americanas.
Motivo 02: Havia uma preocupação com a aproximação entre Alemanha
e México, o qual recebeu promessas dos Alemães em troca de um eventual
apoio.
Motivo 03: Os investimentos que possuía em França e Inglaterra
poderiam ser prejudicados, caso a Alemanha fosse a vencedora do conflito.
Um segundo fato decisivo para o conflito foi a Revolução Russa. Sua
população sofreu muito com a guerra. A corrupção, a fome, exploração das
camadas inferiores e a desmoralização do exército ficaram muito evidentes. A
oposição de caráter socialista soube aproveitar a situação e conseguiu isolar o
governo e seus aliados. Uma revolução socialista em 1917 derrubou o governo
czarista e estabeleceu um governo socialista. Esse governo decidiu pela saída
do conflito e assina com a Alemanha o Tratado de Paz de Brest-Litovsk. Isso
favoreceu os alemães que concentraram suas forças na frente ocidental.
Apesar disso, a entrada dos EUA, um país com peso militar, industrial e
econômico, foi o fator decisivo. Como conseguiram isolar o Império AustroHúngaro, a Alemanha ficou isolada na guerra contra forças muito superiores às
suas. Os alemães tentaram concentrar forças na frente oriental com a saída
russa, mas o seu isolamento comprometeu o abastecimento do país. A derrota
de Turquia e Bulgária dificultou o transporte de outubro para a Europa central.
Em 28 de setembro de 1918, a derrota já batia às fronteiras alemãs, somado
ao desgaste geral, o governo alemão decidiu pela rendição, já com as tropas da
Entente quase adentrando seu território. A população alemã já demonstrava o
seu descontentamento e, diante das pressões sobre o Imperador, este acabou
por abdicar.
Assinado o armistício, o Kaiser Guilherme II, pressionado pela população,
foge para a Holanda. O II Reich, representado pelo Kaiser, foi substituído pela
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República de Weimar, a qual apresentou rendição incondicional no dia 11 de
novembro de 1918 e pôs fim definitivamente ao conflito.
3.3. Os Tratados de Paz
Woodrow Wilson, presidente norte-americano, terá tanto papel relevante
na assinatura do armistício, quanto na proposta de reconstrução do mundo do
pós-guerra. Ele divulgou sua proposta para a paz nos famosos “14 pontos”.
Tratava-se de uma série de medidas que pediam, dentre outros pontos, o fim
da diplomacia secreta, liberalismo comercial, o fim da corrida armamentista e a
criação de uma organização internacional que ficaria responsável pela guarda
da paz.
Essa posição moderada não prevaleceu. Na Conferência de Paris, iniciada
em janeiro de 1919, os países desejaram uma vingança contra a Alemanha. O
Tratado de Versalhes de 1918 impunha à Alemanha diversas indenizações,
proibições e penalidades. O objetivo consistia em humilhar o país e neutralizá-lo
como potência.
No mesmo espírito outros tratados foram assinados:
Tratado de Saint-Germain: esse se destinava à Áustria. Foram
determinadas modificações territoriais. Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e
Iugoslávia foram declaradas independentes. Trieste, Trentino e Ístria foram
anexadas à Itália.
Tratado Neuilly: a Bulgária deveria ceder à Romênia, à Iugoslávia e à
Grécia os territórios ocupados durante as guerras balcânicas.
Tratado de Trianon: foi resultado do desmembramento do Império
Austro-Húngaro. Foi determinada a incorporação da Eslováquia à
Tchecoeslováquia, da Croácia à Iugoslávia e da Transilvânia à Romênia.
Tratado de Sèvres: selou do desfazimento do Império Turco. O tratado
gerou reações na população, que acabou num movimento que recuperou parte
do território perdido. As reconquistas realizadas foram homologadas pelo
tratado de Lausanne em 1923.
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4.Conseqüências da Guerra






Muitas vítimas fatais
Ascensão dos EUA e queda da Europa
Alemanha falida
O revanchismo francês deu lugar ao revanchismo alemão
Desparecimento dos Impérios Austro-Húngaro e Otomano
Os EUA voltam ao seu isolamento
5. Exercícios
1. (FUMARC/PC-MG) São conjunturas que precedem à eclosão da Primeira
Guerra Mundial, EXCETO:
a) A presença de várias potências europeias na Ásia e na África fez com que
interesses imperialistas se antagonizassem, sobretudo, no que se refere ao
controle de territórios.
b) A política de alianças produzirá um “efeito dominó”, lançando à guerra, uma
após outra as nações signatárias dos acordos.
c) O nacionalismo adquire grande importância na eclosão da guerra, uma vez
que as alianças entre as nações europeias, no período que precede o confito,
nortearam-se fundamentalmente, por questões étnicas.
d) A escalada infacionária, o desemprego e o ódio racial favoreceram a subida
ao poder de partidos totalitários como o Partido Nacional dos Trabalhadores
Alemães. Antissemitismo e expansionismo territorial faziam parte da política
desses partidos, o que acabou determinando a guerra.
Gabarito: D
Comentário: a questão de forma maliciosa tenta colocar uma causa da II
Guerra
2. (ESAF/CVM/2010) Atritos permanentes decorrentes de disputas imperialistas,
profundas rivalidades políticas assentadas em extremado nacionalismo e
constituição de dois blocos antagônicos de alianças entre países, a Tríplice
Aliança e a Tríplice Entente, configuram, entre outros aspectos, o quadro
histórico que resultou na:
a) Segunda Guerra Mundial.
b) Guerra Franco-Prussiana.
c) Guerra dos Boxers.
d) Guerra Civil Americana.
e) Primeira Guerra Mundial.
Gabarito: E
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3. (CONFERE/INSTITUTO CIDADES/2016) Vários problemas atingiam as
principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia
deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente
descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX.
Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial.
Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em
matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália
e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da:
a) Guerra Fria
b) Grande Guerra
c) Segunda Guerra Mundial
d) Revolução Socialista Marxista
Gabarito: B
4. (CESPE/RIO BRANCO/2006) Julgue C ou E os itens seguintes:
Na Segunda Guerra Mundial, o Japão aliou-se à Alemanha, tal como já fizera na
Primeira Guerra.
Gabarito: E
Comentário: é comum que confundam os lados dos dois conflitos mundiais,
misturando as informações. Fique atento! Na II Guerra realmente o Japão luta
ao lado da Alemanha, mas na primeira, toma partido da Entente.
5. (CESPE/CEE/2013/Professor de História) No que se refere à Idade
Contemporânea e ao período que abrange as duas guerras mundiais e seus
efeitos, julgue os itens a seguir.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Espanha, a Suíça e os Países Baixos
mantiveram-se imparciais e conseguiram permanecer relativamente distantes
do conflito.
Gabarito: C
Comentário: realmente, esses países mantiveram neutralidade durante o
conflito, que se travou, basicamente, entre os países da Tríplice Aliança e a
Tríplice Entente e a seus aliados posteriores.
6. Acerca do processo histórico que desencadeou a I Guerra Mundial, julgue (C
ou E) os itens a seguir.
1. ( ) A expansão econômica da Alemanha levou-a a competir com a Inglaterra
e com a França.
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Gabarito: C
7. Acerca do processo histórico que desencadeou a I Guerra Mundial, julgue (C
ou E) os itens a seguir.
1. ( ) A ascensão econômica e política do Império Austro-Húngaro levou-o a
confrontar os interesses ingleses nos Bálcãs. O assassinato do arquiduque
Francisco Ferdinando, em Sarajevo, permitiu que se atribuísse ao imperialismo
britânico a responsabilidade pelo clima de tensão regional, e constituiu o marco
inicial da guerra.
Gabarito: E
Comentário: O Império Austro-Húngaro encontrava-se em franca crise. Da
mesma forma, a Alemanha foi o país que iniciou a fazer frente ao poderio inglês
e foi exatamente seu projeto de crescimento como potência considerado como
motriz para a guerra por parte da corrente historiográfica que se seguiu aos
anos da guerra. Correntes revisionistas, entretanto, corretamente atribuíram ao
sistema de alianças e ao imperialismo de todas as potências a responsabilidade
pelo conflito.
8. (CESPE/Instituto Rio Branco/2004)
1. ( ) Os dois grandes conflitos mundiais do século XX tiveram origens e
motivações distintas. Enquanto a Grande Guerra de 1914 teve, desde o início,
caráter mundial, em função sobretudo do colonialismo europeu que estendia
seus tentáculos por vários continentes, a Segunda Guerra circunscreveu-se ao
palco europeu, malgrado ter contado com a participação de países americanos e
asiáticos.
Gabarito: E
Comentário: A Grande Guerra de 1914 teve caráter localizado, envolvendo os
países europeus, basicamente. O teatro de operações deu-se em território
europeu. A Segunda Guerra, ao contrário, envolveu outros países não europeus
e teve sua dimensão no Ocidente e no Oriente.
9. (CESPE/SEE-ALProva: Professor – História/2013)
No que se refere à Idade Contemporânea e ao período que abrange as duas
guerras mundiais e seus efeitos, julgue os itens a seguir.
1. (
) Em consequência à Primeira Guerra Mundial, o continente europeu
passou por uma profunda transformação geopolítica, devido ao fim de grandes
impérios, como o alemão, o austro-húngaro, o russo e o turco-otomano.
Gabarito: C
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Comentário: O Império Alemão ou II Reich foi substituído pela República de
Weimar. O Império Austro-húngaro e o Turco-otomano foram divididos. No caso
russo, com a Revolução de 1917, houve a transformação do governo czarista
em um governo socialista.
10. (CESPE/SEE-AL/Prova: Professor – História/2013) No que se refere à Idade
Contemporânea e ao período que abrange as duas guerras mundiais e seus
efeitos, julgue os itens a seguir.
1. ( ) As duas guerras mundiais da primeira metade do século XX resultaram
em significativa redução da força política, econômica e cultural dos países
europeus no cenário mundial.
Gabarito: C
Comentário: Realmente, os EUA passa a despontar como potência e a Europa
sai da guerra econômica e politicamente enfraquecida.
12. Para descrever as relações internacionais do período
entre a Primeira e a
Segunda Guerras Mundiais, os analistas não
forjaram expressões uniformes,
como bipolaridade ou guerra fria,
palavras e expressões cunhadas entre 1947
e 1989. A primeira
pergunta que convém formular acerca do período leva-nos,
pois,
a questionar a maneira como foi regulamentada a paz ao término
da
Primeira Guerra Mundial; a segunda refere-se ao modo como
se deu o
desmonte do mundo liberal edificado no século XIX;
enfim, como se
comportaram os atores em um novo contexto
internacional.
Com relação
ao período entre guerras (1919-1939) mencionado
no texto, julgue os itens
subseqüentes.
1. (
) O novo sistema internacional advindo do fim da Primeira Guerra
produziu certa anarquia no sistema de Estados e insegurança nas relações entre
a Europa ocidental e a Europa para além dos Urais.
Gabarito: C
Comentário: A Europa ficou em situação de conflito latente, tem-se a
substituição do revanchismo francês pelo revanchismo alemão.
13. Considerando os aspectos marcantes da história do sec XX a que se refere o
texto acima, julgue (C ou E) os itens a seguir:
1. (
) Consequência significativa da Grande Guerra de 1914, o
desmoronamento do Império Turco abriu caminho para a nova configuração
geopolítica do Oriente Médio, uma das mais estratégicas regiões do mundo
contemporâneo.
Gabarito: C
Comentário: O fim do Império Turco permitiu o surgimento de novos Estados.
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14. (2014/CESPE/Instituto Rio Branco)
1. (
) Durante a Primeira Guerra Mundial, a Entente, por reconhecer o
potencial de conflito que a região dos Bálcãs supunha, tentou preservar a
integridade de cada país de acordo com as respectivas etnias e religiões.
Gabarito: E
Comentário: Houve intervenção especialmente russa para conseguir afastar a
influência do Império Austro-Húngaro na região.
15. (2011/CESPE/Instituto Rio Branco) A Primeira e a Segunda Guerras
Mundiais foram objeto de interpretações historiográficas divergentes, que se
estendem aos dias atuais. Acerca desse debate historiográfico, julgue (C ou E)
os itens que se seguem.
1. (
) A chamada linha Maginot, estratégia defensiva posta em prática pela
França no período que antecedeu ao início da Primeira Guerra Mundial, embora
contestada inclusive por alguns oficiais franceses, contribuiu para retardar a
invasão do país pelas tropas alemãs na Segunda Guerra.
Gabarito: E
Comentário: A linha Maginot foi uma série de fortificações feita pela França
após a I Guerra Mundial, entre os anos de 1930 e 1936. O nome é em
homenagem ao combatente francês, André Maginot, que foi mutilado na I
Guerra Mundial.
16. (2009/CESPE/Instituto Rio Branco)
No que concerne ao domínio de potências coloniais na Ásia, no início do século
XX, julgue (C ou E) os próximos itens.
1. ( ) O novo poderio militar japonês ficou comprovado na guerra de 19041905 contra a Rússia.
Gabarito: C
Comentário: Após a Era Meiji o Japão passou por um surto industrial e
fortaleceu sua indústria bélica, com esse crescimento teve condições de
derrotar a Rússia em 1905.
17. (2014/CESPE/Instituto Rio Branco) A região dos Bálcãs assumiu
características de zona conflitiva a partir da dissolução do Império Otomano e
da eclosão da Primeira Guerra Mundial, quando as diferentes etnias ali
instaladas ficaram livres da dominação turca.
Gabarito: E
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Comentário: A parte norte da antiga Iugoslávia, as regiões da Eslovênia e da
Croácia, ficaram sob a tutela dos imperadores austríacos, de cultura alemã e
religião católica. O centro-sul ficou sob controle dos turcos muçulmanos até o
início do século XX.
18. (2014/IF-MTÓrgão: IF-MTProva/Professor – História)
Filas de rostos pálidos murmurando, máscaras de medo. Eles deixam as
trincheiras, subindo pela borda. Enquanto o tempo bate vazio e apressado nos
pulsos, e a esperança, de olhos furtivos e punhos cerrados, naufraga na lama.
Ó Jesus, fazei com que isso acabe!
(Siegfried Sassoon citado por HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo:
Companhia das Letras, 1994.)
A desesperada descrição refere-se às duras condições vividas nos campos de
batalha da I Guerra Mundial (1914-1918), embate bélico que transformou
radicalmente as sociedades europeias. Sobre esse primeiro conflito de âmbito
global e seus desdobramentos, assinale a afirmativa correta.
a) Os Estados Unidos abandonaram sua secular política de neutralidade e
enviaram tropas para lutar na frente oriental contra o exército russo.
b) A Revolução Russa em 1917 demarcou o ponto de virada da guerra com o
exército vermelho esmagando a resistência alemã.
c) Marcou o fim da chamada Belle Époque com o estancamento do avanço do
capitalismo e do imperialismo neocolonial.
d) As indenizações de guerra, bastante pesadas e penosas para os derrotados,
fortaleceram a democracia nesses países.
Gabarito: C
Comentário: A guerra marcou o fim da era do encantamento e trouxe
questionamentos sobre imperialismo e o capitalismo, expressos em movimentos
como a Revolução Russa de 1917. Os EUA lutaram ao lado da Entente que era
composta por França, Inglaterra e Rússia. O Exército Vermelho foi, na verdade,
humilhado pelas tropas alemãs. E, por fim, as indenizações de guerra impostas
à Alemanha deixaram a Europa sob conflito latente.
19. (2006/CESPE/Instituto Rio Branco)
1. ( ) O equilíbrio de poder entre as potências européias tende a se romper à
medida que se acirra a competição por áreas de influência e pelo domínio de
territórios pelo mundo afora. Crises sucessivas, em que questões políticas,
econômicas e militares se confundem com distintas expressões de
nacionalismo, preparam o terreno para a eclosão da Grande Guerra de 1914.
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Gabarito: C
Comentário: Essas são as causas da Grande Guerra.
20. (2009/CESPE/Instituto Rio Branco)
Tensões nacionalistas semelhantes às que levaram ao desmonte de impérios
existentes até a Primeira Guerra, a exemplo do Otomano e do Habsburgo,
surgiram ou reapareceram em fins dos anos 80 do século passado, quando
ocorreram o desmantelamento da União Soviética e o colapso da experiência do
socialismo real na Europa do Leste.
Gabarito: C
Comentário: Os nacionalismos estiveram presentes como causa da I Guerra e
do desmantelamento da ex-URSS.
21. (2015/CESPE/Instituto Rio Branco)
Contraditório, o século XX já foi chamado de luminoso e de sombrio. Da mesma
forma que viu a expansão de regimes democráticos, mormente após a Segunda
Guerra Mundial, ele também conviveu com um fenômeno político visceralmente
antiliberal e antidemocrático, os fascismos. Em verdade, os anos 20 e 30 desse
século foram marcados pela crise do liberalismo e pela ascensão de regimes
totalitários de esquerda (URSS) e de direita, como, entre outros países e
regiões, na Itália, Alemanha, Polônia, Península Ibérica e no Japão. Acerca
dessa realidade histórica, julgue (C ou E) o próximo item.
1. ( ) O quadro de instabilidade gerado pela Grande Guerra de 1914, com o
país, embora vencedor, se sentindo ludibriado pelos aliados mais poderosos,
levou os fascistas de Benito Mussolini ao poder na Itália, em 1922. A Marcha
sobre Roma pretendeu ser uma demonstração de força do partido e de seu líder
supremo, que acabou sendo convidado pelo rei para assumir a condução do
governo italiano.
Gabarito: C
(2012/CESPE/Instituto Rio Branco)
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o contexto histórico
que antecedeu a Primeira Grande Guerra, julgue (C ou E) os itens seguintes.
1. ( ) Comprovada a participação direta do governo sérvio no assassinato
do sucessor ao trono austro-húngaro, o governo da Áustria radicalizou
sua posição em relação ao de Belgrado. Ao apresentar seu ultimato à
Sérvia, a Áustria demonstrou, ainda que de maneira sutil, apoio ao
movimento nacionalista eslavo na região balcânica.
Gabarito: E
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Comentário: O atentado foi obra de um grupo de jovens independentes do
grupo Mão Negra, de origem Sérvia. A Áustria não apoiava o movimento
nacionalista eslavo, o que era atitude da Rússia, país que tinha pretensões na
região.
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