UNIDADE I 1.1 – O que é filosofia? A filosofia é, antes de mais nada, em primeiro lugar e acima de tudo, uma arma, uma, ferramenta, um instrumento de ação com a ajuda do qual o homem conhece a natureza e busca o conforto físico e espiritual para a vida; 1.2 – Noções de Reflexão Filosófica A filosofia é um modo de pensar os acontecimentos além de suas aparências, podendo pensar a ciência, seus valores, seus métodos e seus mitos, podendo pensar a religião, a arte e o próprio homem em sua vida cotidiana, incluindo sua própria educação; É ela que permite o distanciamento para avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins a que eles se destinam, é a possibilidade de transcendência humana, ou seja, a capacidade que o homem tem de superar a sua imanência (que significa a situação dada e não escolhida); No início, o filósofo procurava responder não só ao porquê das coisas mas também ao como , ao funcionamento, por isso a filosofia englobava também o conhecimento científico alem da indagação filosófica propriamente dita; No século XV, a ciência começou a se separar da filosofia; A partir do século XVII, com Galileu, é que a ciência se separa da filosofia; Cabe a filosofia fazer a investigação do acontecimento e da ação humana, refletindo, inclusive, se a ciência é realmente um conhecimento objetivo, o que é realmente um conhecimento objetivo, o que é objetividade e até que ponto o cientista pode ser objetivo; A filosofia se propõe, através da reflexão profunda dos problemas, descortinarem as ideologias presentes nos discursos e desvelar suas contradições existentes, possibilitando um repensar humano; Segundo Demervel Saviani o pensamento filosófico deve ser: Radical – deve ir à origem dos problemas; Rigoroso - deve seguir um método adequado; De conjunto – deve se preocupar com o todo; 1.3 - Os Princípios Períodos da Filosofia Filosofia Antiga (do séc. VI a.C. ao séc. VI d.C.) A filosofia antiga nasceu na Grécia, no século VI a .C. , com os filósofos présocráticos indo até o período helenístico; O pensamento mítico-sagrado foi sendo substituído por um pensamento fundamentado peal razão; A “arché”, entendida como elemento constitutivo de todas as coisas, surgiu para oferecer uma ordenação do mundo; Os primeiros filósofos gregos são também chamados “filósofos da natureza” porque suas reflexões estavam centradas na natureza e nos processos naturais; A filosofia nesta época englobava a indagação filosófica propriamente dita e o conhecimento “científico”, como o chamamos hoje; Com Sócrates surge o interesse pelo ser humano e suas virtudes, as quais são identificadas como: bondade, justiça, temperança, coragem, etc; O método socrático era composto de duas etapas: A “ironia” consistia em destruir as opiniões do senso comum e o conhecimento espontâneo baseado em preconceitos e estereótipos através de perguntas feitas a um interlocutor, exigindo que este responda justificando seu ponto de vista; A “maiêutica” consistia em construir novos conceitos baseados em argumentação racional; Sócrates, com suas perguntas, destruía o saber através do senso comum e dos preconceitos, para construir outro a partir de um raciocínio coerente e rigoroso; Platão interessava-se pela relação entre aquilo que é eterno e imutável na natureza, na moral, na sociedade e aquilo que “flui”; Platão estava tão mergulhado no mundo das “idéias” que quase não registrou as mudanças da natureza; Aristóteles, ao contrário, interessava-se justamente pelas mudanças naturais; Para ambos, a plenitude humana dependia do aperfeiçoamento da razão; Filosofia Patrística (do séc. I ao séc.VII). É a filosofia dos primeiros padres da igreja, por isso recebe este nome. Inicia-se com as epístolas de São Paulo, que se converteu ao Cristianismo pouco depois da morte de Jesus e começou a viajar como missionário através de todo o mundo grecoromano, transformando o cristianismo numa religião universal; O que Paulo pregava de novo é que esse Deus não era “filosófico”, ao qual as pessoas pudessem chegar apenas pela razão, mas que ele tinha se revelado aos homens; Para definir claramente a doutrina cristã, surgem os “dogmas” cristãos mais importantes que vão servir de base para a filosofia patrística; Um desses “dogmas” mais importantes foi que Jesus havia sido Deus e homem ao mesmo tempo e que através do milagre de Deus poderíamos ressuscitar para á vida eterna; Um grande representante desse período, já no seu final, foi Santo Agostinho. Foi influenciado pelo neoplatonismo do final da Antiguidade, mas se converteu ao cristianismo; Segundo Santo Agostinho, a fé revela verdades ao homem de forma direta e intuitiva. A razão é posterior a fé; Sua filosofia tem como preocupação central a relação entre a fé e a razão, mostrando que sem a fé a razão é incapaz de promover a salvação do homem e trazer-lhe na felicidade; Filosofia Medieval (do séc. VII ao séc. XIV) A “idade Média” recebeu este nome por ser intermediária entre duas outras épocas, a antiguidade e o renascimento; É considerada pelo homem renascentista como a longa “noite de mil anos” por ser vista como um período de decadência, mas, para outros, foi considerada o período de “mil anos de crescimento”, pois foi aí que se iniciou o sistema escolar; Os primeiros cem anos depois de 400 d.C. foram realmente de declínio cultural. A era romana fora uma época de “cultura elevada”, com grandes cidades que dispunham de sistemas de esgotos, banhos e bibliotecas públicas. Isto para não falar da imponente arquitetura; No ano de 529 a Academia de Platão, em Atenas, foi fechada a Ordem dos Beneditinos, a primeira grande religiosa. Nesse momento a igreja católica se impõe e afasta a filosofia grega, transformando os mosteiros em grandes centros monopolizadores da educação, reflexão e meditação; A Filosofia Medieval passou a ser ensinada nas escolas, a partir do século XII, por isso recebeu o nome de Escolástica; De certa forma, a cultura da Antiguidade conseguiu sobreviver a toda a idade Média, vindo a ressurgir no Renascimento; O maior e mais importante filosofo da Idade Média foi são Tomás de Aquino, que era um teólogo. Naquela época, não havia nítida distinção entre filosofia e teologia. Ele tentou conciliar a filosofia de Aristóteles e o cristianismo; São Tomás de Aquino quis mostrar que existe apenas uma verdade. Uma parte dela reconhece através da razão e da observação e a outra parte através da bíblia; Ele acreditava poder provar a existência de Deus com base na filosofia de Aristóteles (através da razão); Filosofia da Renascença (do séc. XIV ao séc. XVI) As quatro grandes linhas de pensamento que dominavam o pensamento da Renascença eram; A idéia de que a natureza é um grande é um grande ser vivo e de que o homem faz parte dessa natureza como um microcosmo (como espelho do Universo inteiro), podendo agir sobre ela através da alquimia, da magia natural e da astrologia; A idéia que valorizava a vida ativa, a política e defendia os ideais republicanos das cidades contra o poder hierárquico da igreja, o império eclesiástico, o poder dos papas e dos imperadores; A idéia que defendia o ideal do homem como artífice de seu próprio destino, através dos conhecimentos com astrologia, magia e alquimia, assim como através da política, das técnicas (medicina, arquitetura, engenharia, navegação) e das artes (pintura, escultura, literatura e teatro); A certeza de que era possível constituir um conhecimento novo, cientifico baseado na indução não mais na dedução ou na autoridade, experimental, diferente da filosofia, dissociado da teologia e que possibilitaria um novo cosmo visão; Entre os nomes mais importantes desse período estão: Representante da filosofia da natureza: -Kepler Representante da Metafísica -Nicolau de Cusa (“docta ignorantia”) -Giordano Bruno (sistema panteísta) Representante da Reforma da Ciência -Luis Vives (“De tradendis disciplinis”, “De anima et vita”); Filosofia Moderna –(do séc. XVII a meados do Séc. XVIII) É a época do grande racionalismo clássico, marcado por três grandes mudanças intelectuais: A filosofia muda o foco de suas indagações para o intelecto do homem ao invés de começar a indagar sobre a natureza e Deus; Tudo o que pode ser conhecido deve poder ser transformado num conceito ou idéia clara e distinta formulada pelo intelecto; A realidade é concebida como um sistema racional de mecanismos físicomatemáticos, cuja estrutura profunda é matemática; Nasce a idéia de conquista científica e técnica da realidade, a partir da explicação mecânica e matemática do universo e da invenção das máquinas; Os principais pensadores dessa época e suas principais obras: - Representante da Reforma da Ciência – Francis Bacon (“Novum Organum” método indutivo) - Descartes (“Discurso do Método”) -Tomas Hobbes (“Leviatã”- Teoria do Estado) -Espinosa (“A ética, demonstrada segundo o método geométrico”- solução monista) -Leibniz (político cientifica e filosófico - solução pluralista); Filosofia da Ilustração – (meados do séc.XVIII ao começo do séc. XIX) Este período também enfatiza a primazia da razão. O nome iluminismo vem de luzes (nome dado á razão) e acredita: Que “pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política (a filosofia da ilustração foi decisiva para as idéias da Revolução francesa de 1789)”; Que “a razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser perfectível.”; A perfectibilidade consiste em liberar-se dos preconceitos religiosos, sociais e morais, em libertar-se da superstição e do medo, graças ao conhecimento, as ciências, as artes e a moral; Que o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações, que vão das mais atrasadas ás mais adiantadas e perfeitas; Que há diferença entre natureza e civilização, isto é, a natureza é o reino das relações necessárias de causa e efeito ou das leis naturais de causa e efeito ou das leis naturais universais e imutáveis, enquanto a civilização é o reino da liberdade e da finalidade proposta pela vontade livre dos próprios homens, em seu aperfeiçoamento moral, técnico e político; Os principais pensadores dessa época e suas obras mais representativas: - John Locke-Ensaio sobre o entendimento humano e Pensadores sobre a educação -Boyle (química) e Newton-Teoria da gravitação; -David Hume-Tratado da Natureza Humana; -Franceses (progressiva emancipação):Voltaire, Diderot,Condillac,D’Alembert e Rousseau; Os temas rousseaunianos mais importantes são: O naturalismo: o homem é originalmente bom, a natureza humana é boa, o mal existe no mundo; O individualismo: toda ação socializadora é nefasta e funesta pois perverte a natureza humana – essa é a maior contradição da pedagogia de Rousseau,pois de acordo com ele se está educando um ser anti-social; O sentido da pedagogia-que está em sua obra O Emílio-a educação é preparação para a vida adulta, a ação política contribui para a socialização que se dará espontaneamente; Subjetivismo- cada ser humano é único- a importância da educação para a autenticidade; Filosofia Contemporânea-(meados do séc.XIX até nossos dias atuais) Por ser tratar de um período que está sendo vivido por nós, fica difícil proceder á classificação, pois não podemos manter a necessária distancia para analisar com mais objetividade, mas pode-se citar as diferentes correntes, como os seus nomes mais expressivos, que servirão de base para futuras investigações; Crítica da Ciência O que acontece no início do século XX é uma necessidade de reavaliação do conceito de ciência, dos critérios de certeza, da relação entre ciência e realidade, da validade dos modelos científicos; Positivismo Augusto Comte, fundador do positivismo, corrente filosófica segundo a qual a humanidade teria passado por estágios sucessivos (teológicos e metafísicos) até chegar ao ponto superior do processo, caracterizado pelo conhecimento positivo, ou científico; Neopositivismo e Filosofia Analítica Bertrand Russell - principia Mathematica, Los problemas de la filosofia; Pragmatismo John Dewey Filosofia da Existência Karl Jaspes – existência transcendência, Deus; Sobre a verdade; Martin Heidegger-O ser e o tempo, Que é metafísica?-sentido do ser; Fenomenologia Fundada por Edmund Husserl, cujos seguidores são: Heidegger, Karl Jaspers e Merleau Ponty; Existencialismo Jean-Paul Sartre – o ser é nada. O existencialismo é um humanismo; Karl Popper- o filosofo austríaco- segundo ele, o cientista deve estar mais preocupado não com a explicação e justificação da sua teoria, mas com o levantamento de possíveis teorias que refutem, ou seja, o que garante a verdade do discurso científico é a condição de refutabilidade; Marxismo Marx, assim como Freud,mostra que a razão pode ser deturpadora e pervertida, pode estar a serviço da mentira e do poder. Esse tipo de racionalidade deve ser contestado pela atividade crítica da razão mais completa e mais rica; A doutrina marxista é chamada de filosofia da práxis porque é a união dialética da teoria e da prática; Gramsci-filosofo italiano, “teórico do marxismo oficial, enfatiza a necessidade de formação do intelectual orgânico, ligado a sua classe e capaz de elaborar coerente e criticamente a experiência proletária”; Louis Althusser-filósofo francês que analisa a violência simbólica exercida pela classe dominante através dos Aparelhos Ideológicos do Estado (escola, família, meios de comunicação de massa, instituições de cultura, partidos políticos) pelos quais é repassada a ideologia dominante: Theodor Adorno-levantou o problema da alienação promovida pela arte em massa; Max Horkheimer-junto a Adorno, afirmava que os produtos da indústria cultural levam inevitavelmente á alienação; Estruturalismo Michel Foucault - prefere examinar a questão do poder não como manifestação do Estado, mas como uma rede de micropoderes que se estende por todo o corpo social; Filósofos Independentes (sem escola) Henri Bérgson; Teillard de Chardin; Vladimir Jankélévith; Escola de Madri Ortega y Gasset; Julian Marias; Xavier Zubini; UNIDADE II 2.2-Ética e Valores De onde parte o valor? A vida, a existência do ser do homem, como um ente em permanente estado de carência, privação ou vacuidade; Valor O que caracteriza pessoa é o fato de ela ser um ente que valora; Atribuir um valor a alguma coisa é não ficar indiferente a ela. Portanto, a não – indiferença é a principal característica do valor; Axiologia Designa a filosofia dos valores; Deontologia É a ciência da moralidade ou com a Ética da ação humana; Esse termo foi criado para designar sua moral utilitarista, mas que passou a significar, posteriormente, o código moral das regras e procedimentos próprios a determinada categoria profissional; Origem e procedência do Valor: Moderno-o bem passa ser o valor não mais uma idéia, pois esta começou a ser relacionada com a instância ou com a teoria do conhecimento do Ser e do próprio valor; Corte de paradigma – I Kant Separa a moral da religião e gera uma cosmovisão antropocêntrica; Kant – Crítica da razão Prática; Obrigatoriedade Moral O comportamento moral é um comportamento obrigatório e devido; Necessidade, Coação e Obrigatoriedade O sujeito pode ficar livre da obrigação moral, quando circunstâncias externas exercem uma influência tão decisiva – como uma coação externa - , que não deixa possibilidade nenhuma de o sujeito agir de acordo com a sua obrigação moral; Obrigação Moral e Liberdade Só existe obrigação Moral, a partir do momento em que existe uma promessa que possa ser cumprida, pois temos a possibilidade de escolher entre uma e outra alternativa; Sou eu quem escolho, ainda que por dever, isto é, como sujeito moral; Caráter Social da Obrigação Moral A obrigatoriedade moral tem caráter social, porque se a norma deve ser aceita intimamente pelo indivíduo e este deve agir de acordo com a sua livre escolha ou sua consciência do dever, a decisão pessoal não será operado num vácuo social; Consciência Moral O termo “consciência” pode ser usado em dois sentidos: um geral, o de consciência propriamente dita, e outro específico, o de consciência moral; É a consciência moral que, neste caso, informando – se da situação e com ajuda das normas estabelecidas, que se interiorizam ás nossas, toma as decisões; 2.3- Estética Estática, com significado de ‘faculdade de sentir’, ‘compreensão pelos sentidos’, ‘percepção totalizante’; Há uma ligação lógica entre o sentimento, a emoção e a percepção do objeto; O conteúdo emotivo, presente em qualquer operação estética, é muito mais profundo na criação artística; Para De la Calle, a estética se insere, como atividade, em três planos distintos; 1. Plano antropológico, da vivência estética como tal, que introduz no campo da experiência, que, segundo Dewey, deve ser intensa, ativa, plena e clarificadora, um processo em que a forma e o conteúdo, o momento instrumental e o final se fundem e não se dissociam; 2. Plano cultural, do campo feito artístico, como fenômeno sociocultural. A arte está enraizada na vida do homem, que muda com a diversidade e a rapidez dos seus costumes, segundo o meio e o momento; 3. Plano ontológico, da beleza, em todo alcance da dimensão estética. É a problemática da beleza, presente na pergunta platônica – socrática a respeito do “belo” e que abre um capítulo fundamental no pensamento estético; As emoções têm um componente cognitivo. De fato, elas implicam “valorações”, provocadas por estímulo, que constituem um tipo de cognição; Uma educação das emoções deve, segundo Peters: Potencializar a capacidade de objetividade, com uma consideração realista do meio; Controlar, canalizar e superar a passividade; Liberar o sujeito de falsas admirações e crenças, que o impedem de estabelecer valorizações adequadas; Levar á expressão canalizada dos sentimentos e emoções; A educação estética, como educação da sensibilidade, dos sentimentos e das emoções, deve englobar: A atividade de observação e percepção sensorial, que permite ao sujeito assumir seu conhecimento conceitual, sua concepção realista do meio; A atividade de apreciação e atribuição de valores, que se fundamenta na possibilidade humana de buscar a “qualidade”, é a resposta qualificada á atividade de observação e percepção; A atividade de auto - expressão e criação realizam a necessidade humana inata de comunicar sentimentos e emoções; 2.5 - Antropologia Filosófica Acreditando-se superior aos demais seres de outro planeta, devido a sua capacidade de raciocínio, o homem transforma,constrói, destrói, impregnando marcas no mundo que acredita comandar; Teorias que fundamentam as concepções de homem Teorias Dualistas Idealista Platônico – Platão A doutrina das idéias, segundo a qual são objetos do conhecimento científico entidades ou valores que têm um status diverso do das coisas natural e caracterizado pela unidade e pela imutabilidade; Agostiniano – Santo agostinho Para Santo Agostinho, a relação entre as duas dimensões é de ligação e não de oposição, mas a repercussão do seu pensamento, á revelia do autor, desemboca na doutrina chamada Agostinismo político, que marca toda a Idade Média e significa o confronto entre o poder do Estado e o da igreja, considerando a superioridade do poder espiritual sobre o temporal; Cartesiano – Descarte Uma das conseqüências do racionalismo cartesiano é o dualismo psicofísico (ou a dicotomia corpo consciência), segundo o qual o homem é um ser duplo composto de uma substância pensante e uma substância extensa; Aristotélico – Aristóteles Para Aristóteles, a filosofia implica o abandono do senso comum e o despertar da consciência crítica que tem uma função libertadora para o homem; O abandono do senso comum se dá em virtude do espanto, e este é a origem do filosofar; A teoria marxista compõe – se de uma teoria cientifica, o materialismo histórico, e de uma filosofia, o materialismo dialético; O materialismo dialético parte da consideração de que os fenômenos materiais aos processos; Por isso, a abordagem da realidade só pode ser feita de maneira dialética, que considera as coisas na sua dependência recíproca, e não linear; Marxismo – Karl Marx A teoria marxista compõe – se de uma teoria científica, o materialismo histórico, e de uma filosofia; O materialismo dialético parte da consideração de que os fenômenos materiais são processos; Por isso, a abordagem da realidade só pode ser feita de maneira dialética, que considera as coisas na sua dependência recíproca, e não linear; Teorias Unicista Visão Unicista A visão unicista parte da conceituação centrada na totalidade – ou Cosmos -, constitui nitidamente o embrião de uma nova abordagem de ciência; Para tanto, ela fundamenta-se, de um lado, na crítica e no estudo sistemático dos conceitos de ciência que a antecederam, de outro, no retorno ás tradições espirituais como requisito necessário á aquisição de uma abordagem holística do real; Fenomenologia – Edmund Husserl A fenomenologia propõe a superação da dicotomia, afirmando que toda consciência é intencional. Isso significa que não há pura consciência, separada do mundo, mas toda consciência tende para o mundo; Da mesma forma, não há objeto em si, independente de uma consciência que o perceba; O objeto é um fenômeno, ou seja, etimologicamente, ‘algo que aparece’ para uma consciência; Existencialismo – Sartre - Heidegger O existencialismo é uma moral da ação, porque considera que a única coisa que define o homem é o seu ato; Ato livre por excelência, mesmo que o homem é o seu ato; Não importa o que as circunstâncias fazem do homem, ‘mas o que ele faz do que fizeram dele; UNIDADE III A FILOSOFIA COMTEMPORÂNEA Em geral, os grandes pensadores contemporâneos reagem decididamente contra o materialismo e o positivismo do século XIX; Há, sobretudo, um grande esforço e pôr a Filosofia mais em contato coma realidade integral do homem, da ação e da vida; No entanto, no século XX, a filosofia passou a desconfiar do otimismo científico – tecnológico do século anterior, em virtude de vários acontecimentos; Uma escola alemã de filosofia, a escola de Frankfurt, elaborou uma concepção conhecida como Teoria Crítica, na qual distingue duas formas da razão; Razão instrumental; Razão Crítica; 3.3-Existencialismo O existencialismo é uma filosofia de protesto, seus partidários não são mitos preocupados com a metodologia e a exposição sistemática; Alguns filósofos, porém entende que a fenomenologia proporciona uma metodologia rigorosa para descrever a experiência de vida e que a hermenêutica proporciona um enfoque interpretativo á experiência individual; O ponto de vista de Satre é muito austero, no mínimo se comparado com, digamos, o idealismo ou o realismo, Satre afirmava que a existência precede a essência; Satre via a ciência com a criação humana, nem pior ou melhor em si do que qualquer outra criação; A humanidade é absolutamente livre, como Satre colocou sua terminologia característica: ”O homem está condenado a ser livre”; Filósofos Fenomenológicos e Seu Pensamento O termo fenomelogia já havia sido anteriormente por Kant e Hegel, porém o seu uso para designar um método filosófico particular é atribuído a Husserl; Husserl entendia seu trabalho como sendo radicalmente diferentes e similares á exigência de René Descartes, entendia que a filosofia era baseada em critérios além da possibilidade de dúvida; Heidegger trabalhou por um tempo como assistente de Husserl e aceitou a noção da fenomenologia como método e a ciência dos fenômenos da consciência; Maurice Merleau – Ponty sustentava que não poderia haver nenhuma negação do mundo e, portanto, nenhum agrupamento completo; 3.4-Holismo O holismo é uma tendência que sintetiza unidades em totalidades organizadas na qual o homem é um todo indivisível, não podendo ser explicado pelos seus distintos componentes considerados separadamente; A visão holística procura romper com toda espécie de reducionismo: o cientifico, o somático, o religioso, o niilista, o materialista ou substancialista, o racionalista o mecanicismo, e o antropocêntrico, entre outros; Pierre weil, psicólogo francês, vice – presidente da Universidade Holística Internacional e principal mentor do movimento holístico no Brasil definem a abordagem holística da realidade como a tendência para se lançar pontes sobre todas as fronteiras de reducionismos humanos, estabelecendo dois distintos e complementares fundamentos: a holologia e a holopráxis; A holologia desenvolve as funções psíquicas do pensamento e sensação; A holopráxis desenvolve as funções psíquicas do sentimento e da intuição;