CORRECÇÃO DO TESTE DE INTRODUÇÃO À ECONOMIA II de 2009/Jun/15 ATENÇÃO - o presente texto indica apenas as linhas gerais das respostas certas ao teste. As respostas dadas adiante não são completas e não são para ser tomadas à letra, nem como formulações completas e definitivas, podendo existir outras interpretações legítimas. Em certos casos essas interpretações alternativas são mesmo indicadas. I a) A procura de terra, como a de todos os outros factores, é determinada pela igualdade r entre o custo da terra e o valor da produtividade marginal desse factor: r = p.PmT. A lógica é que enquanto o valor da produtividade marginal for superior ao custo do factor vale a pena aumentar a procura do factor, reduzindo-a quando o contrário se verificar. b) i) uma venda de acções ao estrangeiro constitui uma entrada de capital, registava a crédito na balança financeira e a débito na balança de reservas (parte da balança financeira); ii) uma importações é registada a débito na balança comercial e a crédito na balança de reservas; iii) este movimento implica uma exportação, registada a crédito na balança comercial, com o débito na balança financeira, pela saída de capitais. II a) Os efeitos gráficos de uma quota são o p de limitar a quantidade importada, assim permitindo um preço interno superior ao internacional. Existe uma tarifa tarifa equivalente à quota, se o imposto fizer P int subir o preço de um montante tal que a importação fique igual ao que a quota q permitiria. b) O aumento da procura de importações implica um aumento da procura de moeda estrangeira. Se se viver num regime de câmbios fixos isso mantém a taxa de câmbio, criando um desequilíbrio no mercado. Se os câmbios forem flexíveis o mercado equilibra e haverá uma subida da taxa de câmbio, desvalorizando a moeda nacional (€). Se se viver no regime de câmbios com flutuação controlada haverá um aumento da oferta de moeda estrangeira pelas autoridades de modo a manter a taxa de câmbio. €/£ €/£ €/£ £ £ £ III a) - um aumento de produtividade do trabalho por descoberta tecnológica aumenta a produção de forma permanente. Aumenta o produto, emprego e consumo, mantém taxa de juro e reduz os preços por subida da procura de moeda (causada pelo aumento do produto) C1 C2 L1 C2 L2 P C1 M - uma redução de despesa pública, reduzindo a dívida pública C1 C2 L1 C2 L2 P C1 M T Isso significa uma menor absorção de produto pelo Estado, o que cria um efeito rendimento positivo para as famílias. Isso aumenta o consumo e reduz o emprego e o produto, desce a taxa de juro (se a redução for temporária) e dá uma descida de preços causada pela subida da procura de moeda (o efeito rendimento é menor que o da taxa de juro) - um aumento de emissão de moeda apenas fez subir os preços, sem efeitos reais. C1 C2 L1 C2 L2 P C1 M b) O motivo pelo qual o multiplicador keynesiano não é impedido de funcionar pela escassez da oferta é que o seu funcionamento é mesmo causado por essa escassez. É por haver capacidade de produção disponível e não usada, visto estarmos abaixo do produto potencial, que é possível aumentar a produção sem custos. Por não haver custos nesse aumento de produção, então os preços mantêm-se e essa é a razão porque o multiplicador keynesiano não gera inflação. IV a) Se a procura de trabalho descer isso vai descer a taxa de salário e reduzir a quantidade oferecida de trabalho. O tipo de w desemprego que aumenta é o voluntário. Esse desemprego é causado precisamente por o salário, ao descer, reduzir o número de pessoas disponíveis para trabalhar, a oferta de trabalho. O efeito esperado da subida de desemprego na inflação é nulo porque se trata de problemas diferentes. A curva de Phillips, que supunha essa relação, não se verifica. b) Estagflação é a situação onde a economia está em recessão, com subida de desemprego e, ao mesmo tempo, se verifica inflação. Este é o caso típico que sucede nos choques, onde a subida do custo da energia leva às dificuldades produtivas e ao aumento de preços. A expressão apareceu nos anos 1970, precisamente a seguir ao primeiro choque de petróleo em 1973.