17/10/2012 In vitro: agentes físicos – calor, radiação e filtração químicos – detergentes e desinfetantes Esterilização de instrumentos cirúrgicos e meios de cultura In vivo: agentes quimioterápicos Toxicidade seletiva (naturais, sintéticos e semi-sintéticos) Redução do crescimento microbiano sem causar danos à célula hospedeira • Segurança biológica • Critérios Diferenciar e aplicar corretamente os processos de Laboratórios, hospitais e indústrias DESINFECÇÃO e ESTERILIZAÇÃO Natureza do agente ou agentes infecciosos manipulados A escolha do processo de controle microbiano depende do artigo a ser tratado esterilização e desinfecção Normativas de biossegurança • RSS (resíduos de serviços de saúde) Resultantes de atividades exercidas nos Serv iços de Saúde que por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo existindo ou não tratamento prévio à sua disposição final 1 17/10/2012 • PGRSS (plano de gerenciamento dos RSS) Conjunto de procedimentos de gestão, planejamento e implementos a partir de bases científicas, normativas e • Eficiência antimicrobiana Neutralização por matéria orgânica Biofilmes legais com o objetivo de minimizar a produção de resíduos Contenção dos micro-organismos em partículas gerados, providenciando um encaminhamento seguro, de Endósporo forma eficiente, visando a proteção dos funcionários a Ultra-estrutura celular preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente Número de micro-organismos Quanto mais micro-organismos existem no início, mais ESTERILIZANTES Mycobacterium tuberculosis – resistência a desinfetantes comuns devido à natureza cerosa da parede celular • Princípios básicos dos métodos de controle microbiano tempo leva para eliminar a população existente Ação direta sobre o micro-organismo Tempo de Exposição Limpeza prévia da superfície ou objeto a ser tratado Calor / irradiação / antimicrobianos químicos Facilitação do contato Influências ambientais Tempo de exposição adequado pH é um fator importante, sendo mais eficiente quando o micro-organismos estão sob condições ácidas 2 17/10/2012 • Critérios para escolha de um agente químico → Espectro de ação Bactericidas, fungicidas e virucidas → Concentração de uso → Tempo de exposição necessário → Efeito do pH na atividade germicida → Estabilidade química do composto Bacteriostáticos, fungistáticos e → Susceptibilidade à inativação por matéria orgânica → Compatibilidade com o material a ser descontaminado virustáticos → Toxicidade → Custo Maior tolerância Clostridium spp. Endósporos bacterianos Bacilllus spp. Mycobacterium tuberculosis Mycobaacterium avium-intracellulare Micobactérias Mycobacterium chelonae Giardia spp. Entamoeba spp. Cistos e oocistos de protozoários Acanthamoeba spp. Cryptosporidium spp. Agentes empregados no controle do crescimento microbiano Poliovírus Vírus não-envelopado • Agentes bacteriostáticos, fungistáticos ligação fraca com o alvo (ribossomos) Acanthamoeba spp. Candida spp. Fungos Bactérias Gram (-) Bactérias Gram (+) Vírus envelopado Maior susceptibilidade Cryptococcus spp. Escherichia spp. • Bactericidas, fungicidas ligação forte com o alvo Pseudomonas spp. Enterococcus spp. Staphylococcus spp. Streptococcus spp. HIV HBV HCV Esterilização 3 efeitos podem ser observados: Rinovírus Trofozoítas de protozoários Inibição • Bacteriolíticos induz ruptura (síntese de parede) diminui a turbidez da cultura Microbiologia de Brock, 2010 3 17/10/2012 • Medida da atividade antimicrobiana • Esterilizantes, desinfetantes e anti-sépticos Compostos químicos desenvolvidos para impedir o Menor concentração capaz de inibir completamente o crescimento de patógenos em ambientes inanimados e crescimento do micro-organismo teste superfícies corporais externas Concentração Mínima Inibitória (MIC – minimum inhibitoty concentration) Compostos químicos utilizados para controle em ambientes comerciais e industriais Alimentos, torres de refrigeração de ar, produtos têxteis, ... Microbiologia de Brock, 2010 Compostos químicos Uso Papel Compostos mercuriais orgânicos, fenóis, metilisotiazolinona Impedir o crescimento microbiano durante a manufatura Couro Metais pesados, fenóis Os agentes antimicrobianos presente no produto final inibem o crescimento Plástico Detergentes catiônicos Impedir o crescimento de bactérias em dispersões aquosas de plásticos Calor ou radiação Madeira Sais metálicos, fenóis Impedir a deterioração de estruturas de madeira Esterilização a frio Petróleo Mercúrio, fenóis, detergentes catiônicos, metilisotiazolinona Impedir o crescimento de bactérias durante a recuperação e armazenamento de petróleo e derivados Ar condicionado Cloro, fenóis, metilizotiazolinona Impedir o crescimento de bactérias (p. ex., Legionella) em torres de refrigeração Cloro Impedir o crescimento de bactérias em condensadores e torres de refrigeração Indústria Usinas elétricas Esterilizantes Esterilizadores ou esporocidas - germicidas Matam micro-organismo, inclusive endósporos Equipamentos fechados Agente químico gasoso Esterilizante líquido Instrumentos que não toleram altas temperaturas ou gases 4 17/10/2012 Máquina termodesinfetadora de água quente (70º C) do Hospital Desinfetantes Universitário Clementino Fraga Filho Matam micro-organismos – NÃO endósporos Extremamente importantes no controle de infecções (hospitais e consultórios médicos) Desinfetantes gerais são amplamente utilizados em residências, piscinas e sistemas de purificação de água EFICÁCIA DOS ESTERILIZANTES E DESINFETANTES Concentração de matéria orgânica Biofilmes bacterianos Presença de endósporos resistentes Utiliza preparações industriais de detergentes enzimáticos com atividades de lipase e peptidase. Utilizada para materiais d e assistênc ia - vent iladores, máscaras ventilatórias e respiratórias, ambús, conexões, conjunto para macronebulização e outros. Sanitizantes Reduzem o número de micro-organismos viáveis Níveis seguros Equipamentos X alimentos Anti-sépticos Matam OU inibem o crescimento microbiano Suficientemente Atóxicos Tecidos vivos 5 17/10/2012 Sensibilidade dos micro-organismos ao calor • Descontaminação, desinfecção e esterilização Temperatura Apenas 10% viável Endósporos Micro-organismo Temperatura letal (°C) Bactérias (formas vegetativas) 60 – 70 Endósporos bacterianos > 100 Protozoários 50 – 60 Algas 50 – 60 Fungos e leveduras 50 – 60 Esporos de fungos 70 - 80 Valores D para suspensões de esporos (em segundos) Células vegetativas Esporos de: 105 °C 121 °C 140 °C 160 °C Bacillus cereus 12,0 4,0 1,5 0,5 Bacillus subtilis 28,0 4,5 2,0 0,5 Clostridium botulinum 2.400 9,0 3,0 0,5 Bacillus stearotermophylus 150.000 240 7,0 1,0 Autoclavação (calor úmido) Dispositivo de aquecimento selado Vapor de água sob pressão Esterilização completa do material autoclavado é dependente do seu volume Tempo de esterilização a 121 °C de diferentes volumes de soluções aquosas Volume (mL) Tempo (min) 20 12 – 14 50 12 – 14 200 12 – 14 1000 20 – 25 2000 30 – 35 9000 50 - 55 6 17/10/2012 Tindalização (esterilização fracionada) Não-esterlizante Germinação de esporos à temperatura ambiente, formando células vegetativas facilmente eliminadas Pasteurização Aquecimento controlado Redução da carga bacteriana (líquidos sensíveis ao calor) HTST – 71,5 oC, 15 seg / LTH – 62,9 oC, 30 min UHT (Ultra-High Temperature) Pasteurização do leite Apertização (enlatamento) 144º C/3 s Resfriamento rápido - embalagem Recipientes hermeticamente fechados Aquecimento entre 100 – 121 °C Tempo varia de acordo com grau de condução de calor do produto, pH e tamanho Água em ebulição Vapor d’água livre Pasteurizador para alimentos Cortesia da EMBRAPA agroindústria de sementes – Práticas de Microbiologia, 2006 100 oC (pode destruir esporos ~ 6 h) 7 17/10/2012 Forno ou estufa ≥ 160 - 180 oC/2 h Materiais termorresistentes que não podem entrar em contato com a água Instrumentação cirúrgica, odontológica, pó, gaze, vidraria Incineração Flambagem > 500 oC/1 h – combustão completa Tampas de frascos abertas e fechadas rapidamente Flambagem rápida do material Impedimento da entrada de micro-organismos presentes na boca do frasco Criação de corrente de efluxo de ar •Estado 1: chama menos aquec ida, de cor amarelo-averm elhada, que possui uma maior área •Estado 2: chama de menor área e coloração vermelha •Estado 3: chama roxa tendendo para o azul, indica ndo para uma chama mais aquecida •Estado 4: chama com menor área, portanto maior energia e mais quente 8 17/10/2012 Refrigeração 0 – 10 °C Preservação de alimentos, medicamentos e reagentes Período de tempo limitado 15 – 20 cm Psicrófilos facultativos / psicotolerantes Congelamento < 20 °C Preservação de medicamentos e alimentos Irradiação Utilizada em indústrias de suprimentos médicos e de produtos alimentícios (aprovada pelo FDA e OMS) Suprimentos cirúrgicos, descartáveis de laboratório, produtos cárneos frescos, fármacos, tecidos para enxertos, ... 9 17/10/2012 Filtração Filtros de profundidade Rede de fibras Pré-filtro Biossegurança (HEPA) Membranas filtrantes Esterilização de líquidos Polímeros que suportam altas tensões Controle preciso do tamanho dos poros 80 – 85 % área poros abertos 10 17/10/2012 5 mm Dessecação Desequilíbrio osmótico Sobrevivência ≠ crescimento Atividade de água suficientemente baixa – Lag permanente Efeito microbiostático 0,2 mm Gram-positivas mais resistentes que Gram-negativas Liofilização Remoção de até 85% da água Sublimação Alguns micro-organismos permanecem viáveis Indústria de alimentos – café e leite em pó Defumação Exposição a fumaça de madeiras em combustão (~55 °C) Horas - dias 11 17/10/2012 Aquecimento (dessecação) Aquecimento suave Secagem ao Sol ou por secadores mecânicos Controle da pressão de oxigênio Remoção de oxigênio - vácuo Sonicação Vibrações sonoras de alta frequência Pressão hidrostática Aplicada a alimentos Não é eficiente contra esporos Bacia ultrassônica – Hospital Clementino Fraga Filho Tratamento com oxigênio hiperbárico Eliminação de anaeróbios estritos Gangrena – 100% O2 a 3 atm Pasteurizador de alta pressão – visa pasteurizar alimentos através da alta pressão hidrostática, preservando as características sensoriais e nutricionais do produto EMBRAPA agroindústria 12