ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ ESPECIALIZAÇÃO EM PRÁTICAS CLÍNICAS EM SAÚDE DA FAMÍLIA MARIA JULIANA FREIRE DA SILVA NOBRE MELHORANDO ADESÃO DO PACIENTE DIABÉTICOS E HIPERTENSOS AO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO BEBERIBE-CE FORTALEZA 2009 MARIA JULIANA FREIRE DA SILVA NOBRE MELHORANDO ADESÃO DO PACIENTE DIABÉTICOS E HIPERTENSOS AO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO BEBERIBE-CE Projeto de Intervenção submetido à Escola de Saúde Pública do Ceará, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Práticas Clínicas em Saúde da Família. Orientadora: Gerídice Lorna Andrade de Morais FORTALEZA 2009 RESUMO O presente projeto de intervenção descreve e discute uma estratégia educativa desenvolvida em atendimento aos portadores das doenças do aparelho circulatório (DAC), hipertensão e/ou diabetes em adultos e idosos de ambos os sexos no posto de saúde do Cumbe, distrito do Uruaú, cujo objetivo é criar oficinas de atividades físicas e reeducação alimentar. Contudo incentivar o indivíduo a refletir sobre seu estilo de vida cotidiana relacionado à patologia crônica, no caso específico hipertensão arterial, diabetes mellitus e sedentarismo caracterizando-se como um instrumento de educação e saúde sobre uma perspectiva de promoção, prevenção e principalmente o controle dos agravos. Instruir os pacientes não só em relação as proporções de macronutrientes mais adequados, mas também a qualidade dos mesmos com o intuito de abolir o uso do álcool, fumo e controlar a gordura, açúcar e sal (GAS), contribuindo para uma dieta balanceada. Para tal foi implementada uma dinâmica de interação profissional-sujeito, que teve por base o uso da dança em grupos operativos. As técnicas pedagógicas utilizadas para a sistematização das aulas expositivas: cursos de orientação em hipertensão; diabetes; consulta de enfermagem individual, bem como a equipe multiprofissional, grupo operativo e uso de materiais educativos de comunicação e aprendizagem (DVD’s, fotografias, folders, álbum seriado). Essas técnicas possibilitarão a construção do conhecimento pelos participantes a troca de experiência entre os mesmos, além dos atendimentos da vivência individual das doenças pelos profissionais de saúde. Palavras-chaves: Hipertensão, Diabetes Mellitus, Educação e Saúde. ABSTRACT This project describes the intervention and discusses an educational strategy developed in response to carriers of diseases (CVD), hypertension and / or diabetes in adults and elderly of both sexes at the health of Cumbe, Uruaú district in which goal is to create workshops on physical activity and food education. However encouraging the individual to reflect on their style of life related to chronic disease, in particular hypertension, diabetes mellitus and sedentary lifestyle characterized as an instrument of education and health over the prospect of promotion, prevention and control of diseases mainly . Instruct patients not only on the proportions of macronutrients most appropriate, but also their quality in order to abolish the use of alcohol, tobacco and control the fat, sugar and salt (GAS), contributing to a balanced diet. To this was implemented a dynamic interaction of professional-subject, which was based on the use of dance in operative groups. The techniques used for the systematic teaching of lecture classes: courses for guidance in hypertension, diabetes, individual nursing consultation, and the team, group operating and use of educational materials for communication and learning (DVD's, photographs, brochures, album series ). These techniques enable the construction of knowledge by the participants to exchange experience between them, besides the care of individual experience of disease by health professionals. Keywords: Hypertension, Diabetes Mellitus, Education and Health LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ACS – AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE ADA – AMERICAN DIABETES ASSOCIATION AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL DAC – DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO DANT – DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS DCNT – DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DM – DIABETES MELLITUS HA – HIPERTENSÃO ARTERIAL HAS – HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA HIPERDIA – PROGRAMA DE HIPERTENSÃO E DIABETES IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA MS – MINISTÉRIO DA SAÚDE OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE PA – PRESSÃO ARTERIAL PSF – PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA SBD – SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES SIAB – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE ATENÇÕES BÁSICAS SIH – SISTEMA DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR SIM – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MORTALIDADE SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................08 2 OBJETIVOS..........................................................................................................................12 2.1 Objetivo Geral.....................................................................................................................12 2.2 Objetivos Específicos..........................................................................................................12 3. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................................13 3.1 Hipertensão Arterial............................................................................................................13 3.2 Diabetes Mellitus................................................................................................................15 3.3 A Enfermagem e Grupos de Hipertensos e Diabéticos.......................................................17 4. METODOLOGIA.................................................................................................................19 5. CRONOGRAMA..................................................................................................................23 REFERÊNCIAS........................................................................................................................26 APÊNDICES.............................................................................................................................27 1 INTRODUÇÃO Este presente trabalho iniciou-se a partir da vivência profissional com os diabéticos e hipertensos por ocasião da consulta de enfermagem na unidade básica de saúde do Uruaú, no município de Beberibe, onde verificou-se que os pacientes encontravam dificuldades na adesão quanto à reeducação alimentar e as atividades físicas no seu dia a dia. Através da experiência profissional com pacientes adultos e idosos hipertensos e diabéticos constatou-se a necessidade de fazer encontros semanais para realizar atividades com dança que possibilita uma melhoria no aspecto biológico, já que nesta idade as alterações físicas comprometem o atendimento de suas necessidades. Estes encontros são realizados na sede do distrito de Uruaú, e nas localidades de Piquiri I e II, Barra da Sucatinga e Cumbe no qual se denomina ‘Forró da Melhor Idade’. O “Forró da Melhor Idade” é uma atividade recreativa que conta com a parceria da Secretaria de Saúde Municipal e Assistência Social. Antes de iniciarmos as nossas atividades físicas realizam-se conversas com os grupos a respeito das doenças citadas, além de programações diárias como passeios, caminhadas, festejo de datas comemorativas, bingos e orações. Os grupos são compostos por aproximadamente vinte participantes por localidades. Vale ressaltar que a dança faz bem ao corpo fazendo com que seja liberado o estresse, evitando a solidão e o isolamento social. Proporcionado a alegria, satisfação, bem estar, assim como a integração entre os grupos para promover adoção de um estilo de vida mais ativo. Alguns idosos impossibilitados de dançar vão apenas para caminhar, rever e conversar com amigos, ouvir músicas antigas para recordar os velhos tempos exercitando desta forma sua memória. È visível suas expressões de felicidade e satisfação fazendo com que aquele momento se torne prazeroso e especial. Vivenciamos algumas dificuldades para a execução destas atividades, pois apresentavam contra-indicação na prática de exercícios ou caminhadas, outra dificuldade era o transporte dos grupos de uma localidade para a outra, além da não adesão de pacientes sedentários que não permitem a dança como atividade física por serem adeptos de crenças religiosas. È importante salientar que com a nova etapa da vida do ser humano a velhice limita os movimentos de flexão, adução e abdução. No envelhecimento a atividade física irá ajudar para que os idosos ao praticarem exercícios físicos melhorem ou recuperem estes movimentos que irão torná-los mais independentes. Associada a estas atividades físicas a dieta alimentar equilibrada evitará certamente o aumento do peso e conseqüentemente diminuirá o sedentarismo. Os níveis pressóricos e glicêmicos estarão controlados. O trabalho do enfermeiro neste caso é decisivo na organização do grupo, tendo em vista que a união, bem como o acolhimento são estratégias para a promoção da saúde. Para tanto é preciso que os enfermeiros adaptem o cuidar com grupos, de forma a realizar incrementos no planejamento já existente na instituição, afim de que, se adaptem a realidade social sem impor regras para que haja produtividade e aceitação dos envolvidos. Por conseguinte, é indispensável à execução urgente de uma intervenção e ação eficaz no intuito de reduzir a morbimortalidade por estas doenças através das práticas corporais, alimentação equilibrada e assistência multiprofissional aos grupos de risco e portadores de Doenças do Aparelho Circulatório (DAC). Justificativa Após análise dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2007), do Ministério da Saúde (MS) e de outras fontes, podemos extrair as seguintes observações: • O município tem uma população predominantemente jovem, pois 38,1% dos habitantes têm menos de 20 anos de idade (17.579 pessoas). • Existem aproximadamente 9.585 adolescentes (20,8%), na faixa etária de 10 a 19 anos, o que caracteriza a faixa de mais concentração populacional. • Em torno de 29% da população tem idade acima de 40anos. • Há um leve predomínio de homens, correspondendo a 50,7% da população. • Em torno de 10,7% da população tem mais de 60 anos. • As mulheres em idade fértil (10 a 49) correspondem a 30,5% da população, abrangendo 14.085 pessoas. Ressalta-se que alguns fatores têm contribuído para a mudança no perfil de saúde da população, dentre eles podemos citar: a mudança nos padrões alimentares do tradicional, com consumo de grãos e cereais, para o padrão alimentar com grande quantidade de alimentos de origem animal, gorduras, açucares e alimentos industrializados. Ao mesmo tempo a forma de trabalho e lazer tem se modificado, visto que anteriormente a maioria dos trabalhos exigia esforço físico e conseqüentemente alto gasto de energia, essas pessoas tinham como meio de transporte a bicicleta ou andava a pé, porém hoje em dia os veículos automotores são os mais utilizados. Com isso pode-se dizer que o aumento no consumo de alimentos industrializados e mais em gorduras, associado ao menor gasto de energético diário, devido a redução da atividade física, bem como o hábito de fumar, implica na tendência crescente de doenças do aparelho circulatório. O município de Beberibe localiza-se no litoral leste do Estado do Ceará, aproximadamente 75,5 Km da capital (Fortaleza) pela via de acesso CE 040 e possui 1.626,9 Km² de território. Apesar de ser conhecida por suas belezas naturais, hospitalidade do seu povo, artesanatos típicos da região, tais como os trabalhos feitos com areias coloridas, apresenta uma vasta área sertaneja de pobreza e difícil acessibilidade, onde se encontram os maiores índices de desemprego, má nutrição, insuficiência na agricultura de subsistência, dificuldade de acesso a saúde e a educação. Segundo o IBGE (2007) a população geral de Beberibe é de 46.155 habitantes (inclusive a população estimada nos domicílios fechados), sendo 22.445 mulheres e 23.070 homens. O Programa de Saúde da Família (PSF) vem desenvolvendo ações de prevenções das doenças e agravos não transmissíveis, com destaque para ações individuais e coletivas de educação em saúde. Destacamos no caso o Distrito de Uruaú (dança semanalmente e caminhada à vezes) desenvolvidas por enfermeira e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em 05 grupos formados por pessoas acima de 40 anos, vale destacar que pessoas que não gostam de dançar não participam, com isso a não adesão diminui a qualidade de vida. Salientamos a necessidade de adesão das pessoas portadoras de doenças com a execução das ações, voltadas para a atividade física e alimentação saudável em toda a população das localidades: Sede do distrito, Barra da Sucatinga, Barracas I e II, Piquiri I e II e Cumbe. Inicialmente o projeto será desenvolvido na localidade do Cumbe. Nesse sentido espera-se que este projeto de intervenção venha estimular e estruturar as ações de vigilância, prevenção e controle das Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) e promoção da saúde de forma integrada Atenção Básica/Estratégia de Saúde da Família, que com esta pequena intervenção irá prevenir e reduzir a DAC, melhorando a qualidade de vida da população. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Criar oficinas de práticas físicas, corporais e alimentação saudável para hipertensos e diabéticos no Distrito de Uruaú, Beberibe-CE. 2.2 Objetivos Específicos • Sensibilizar gestores do município, profissionais de saúde e população quanto a importância das práticas saudáveis na melhoria da qualidade de vida; • Prevenir agravos e doenças não transmissíveis, através de práticas físicas, corporais e alimentação saudável; • Minimizar a taxa de morbimortalidade por doenças do aparelho circulatório oferecendo uma assistência multiprofissional. 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Hipertensão Arterial No Brasil, a prevalência da Hipertensão Arterial (HA) varia de 22,3% a 43% e os dados epidemiológicos nacionais e internacionais demonstram que a elevação da Pressão Arterial (PA) está intimamente relacionada ao processo de envelhecimento, principalmente os valores da pressão sistólica, influência no aumento do risco cardiovascular, e, portanto deve ser tratada. (BARROSO, et al., 2008). Diversos estudos demonstram o papel da atividade física na redução da pressão arterial e da morbimortalidade cardiovascular e vários são os mecanismos envolvidos no efeito hipotensor do treinamento físico, que se torna mais evidente a partir da décima semana de treinamento com pequenos ganhos adicionais subseqüentes. A hipertensão arterial é uma das patologias de maior prevalência na população adulta e principalmente nos idosos. Está associada ao aumento na morbidademortalidade por todas as causas e cardiovascular e os programas de exercício estão associados à prevenção do desenvolvimento de hipertensão e também à redução da PA, tanto em normotensos quanto em hipertensos. (BARROSO, et al., 2008). A atividade física deve ser orientada por profissionais capacitados e adaptada conforme aceitação e limitação do paciente. A escolha do tipo de atividade física deverá ser avaliada e prescrita conforme a intensidade, freqüência, duração, modo e progressão. Desta forma o efeito será benéfico para o controle da pressão e o sistema osteomuscular associando assim aos exercícios aeróbios. Segundo o educador físico, Thiago Macedo, “Escolher o exercício que mais combina com o seu estilo fará você se senti mais disposto e confiante. Outra dica é maneirar com o consumo de bebida alcoólica e abolir de vez o fumo. (MACEDO, 2009). A hipertensão é considerada uma das principais causas de fatores de risco morbidade e mortalidade cardiovasculares em adultos com considerável prevalência em crianças e adolescentes. Em conseqüência acarreta alto custo, uma vez que parte da população se aposenta precocemente e favorecendo assim a falta no trabalho. O sedentarismo também constitui importante fator de risco acarretando mortalidade em indivíduos que não praticam freqüentemente exercícios físico no qual acomete mais o sexo feminino do que o sexo masculino. Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que os indivíduos hipertensos iniciem programas de exercício físico regular, desde que submetidos à avaliação clinica prévia. Os exercícios devem ser de intensidade moderada, de três a seis vezes por semana em sessões de 30 a 60 minutos de duração, realizados com freqüência cardíaca entre 60% e 80% da máxima ou entre 50% e 70% de consumo máximo de oxigênio. (MONTEIRO e FILHO, 2004, p.515). Analisando a situação saúde da população de Beberibe, especialmente em relação a morbimortalidade por DANT, demonstra-se que a mortalidade no município apresenta mudanças importante nos últimos cinco anos conforme dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM, 2003-2007), visto que em 2007 cerca de 38% das mortes, foram decorrentes de DAC, com uma tendência crescente a cada ano, sendo a primeira causa de morte da população. Dentre elas, a doença isquêmicas do coração e as doenças cérebrovasculares sendo responsáveis por 65% das mortes relacionadas as DAC’s. A maior incidência das mortes por DAC, está na faixa etária acima de 60 anos de idade com cerca de 81,4%. Em relação à morte geral constatou-se que nos últimos anos de 2003 a 2007, foram em média 220 óbitos/ano e 18 óbitos/mês. Segundo informações do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB, 2007) e Sistema de Informação Hospitalar (SIH, 2007), existem no município de Beberibe em média 3.500 hipertensos cadastrados, correspondendo cerca de 7,6% da população geral. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), está associada a origem de muitas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e é, portanto, umas das causas mais importantes da redução da qualidade e da expectativa de vida. È responsável por complicações cardiovasculares, coronarianas, renais, vasculares periféricas. Em 2007 SIH, a HAS foi causa de 28,6% das internações de pessoas entre 40 e 59 anos de idade e de 57,1% das pessoas de 60 ou mais. Em geral as Doenças do Aparelho Circulatório (DAC), representam cerca de 8% da morbidade hospitalar no município, sendo as pessoas mais acometidas as das faixas etária de 60 anos e mais (55,5%). Portanto, o público alvo escolhido para realização de ações de prevenção da DAC e promoção da saúde foi à população na faixa etária acima de 40 anos. Contudo a realização da atividade física é de extrema importância para qualquer indivíduo, mesmo que seja acompanhado de tratamento farmacológico ou não. No caso de pacientes que adquiriram a doença e que não possuem histórico de hereditariedade na família, o tratamento não farmacológico através de atividades físicas aeróbicas pode diminuir os níveis pressóricos, enquanto que os que possuem histórico desta doença na família não podem deixar fazer exercício físico além de receberem concomitantemente o tratamento farmacológico. 3.2 Diabetes Mellitus A diabetes é importante e crescente problema de saúde pública. Sua incidência e prevalência estão aumentando no mundo todo, alcançando proporções epidêmicas segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2002), quer seja por questões sociais, econômicas, familiares e pessoais. O diabetes mellitus (DM) é um dos mais importantes problemas de saúde na atualidade, atingindo a população como um todo e podendo surgir em qualquer idade. Suas repercussões, no que se refere tanto às incapacitações e mortalidade prematura, quanto aos custos relacionados ao seu controle e ao tratamento de suas complicações, reafirmam cada vez mais a necessidade de investimento em programas de educação em saúde (MS, 1996). O diabetes mellitus (DM) se refere a uma enfermidade metabólica, não transmissível e de etiologia multifatorial, caracterizada por hiperglicemia resultante de defeito na secreção de insulina ou ambos. (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION – ADA, 2004). Após a alteração do critério de diagnóstico de Diabetes mellitus através da American Diabetes Association (ADA), em 1997, posteriormente aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), foram estabelecidos os seguintes critérios para o diagnóstico de DM: • Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescidas de glicemia casual acima de 200 mg/dl. Compreende-se por glicemia casual aquela realizada a qualquer hora do dia, independente do horário das refeições; • Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl. Em caso de pequenas elevações da glicemia, o diagnóstico deve ser confirmado pela repetição do teste no outro dia; • Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mg/dl. Existe, ainda, um grupo intermediário de indivíduos em que os níveis de glicemia não preenchem estes critérios para o diagnóstico de DM, sendo consideradas as categorias de glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída, em são apresentados a seguir: • Glicemia de jejum alterada – glicose de jejum acima de 100 mg/dl e abaixo de 126 mg/dl; • Tolerância à glicose diminuída – quando, após uma sobrecarga de 75 mg/dl de glicose, o valor de glicemia de 2 horas se situa entre 140 e 199 mg/dl. Para SBD, 2007 consideram que o jejum é definido como a falta de gestão calórica por oito horas. Em relação ao DM tipo 2 atinge indivíduos de qualquer idade principalmente maiores de 40 anos compreendendo cerca de 7,6% do total da população brasileira. Sua prevalência crescente determina que em 2025, existirá cerca de 11 milhões de diabéticos no Brasil o que representam 100% das estatísticas atuais. Segundo Smeltzer e Bare, (2002, p. 819) é um distúrbio metabólico caracterizado pela deficiência relativa de produção de insulina e uma diminuição na ação desta. O início é geralmente insidioso, sendo a história familiar comum e também está associada a fatores de risco. Trata-se de uma enfermidade sem cura, porém pode ser oferecido tratamento com base em dieta nutricional, exercício físico, medicamentos hipoglicemiantes orais e insulina. Originalmente é denominado de diabetes não-insulino-dependente. As manifestações clínicas mais freqüentes com o aumento da glicemia são: poliúria, nictúria, polidipsia, boca seca, polifagia, emagrecimento rápido, fadiga, fraqueza, tonturas, etc. Caso não haja o controle dos índices glicêmicos, além dos sintomas citados, o paciente pode evoluir para uma cetoacidose Diabética e Coma Hiperosmolar. (MS, 2001). As manifestações em longo prazo, complicações tardias que podem atingir órgãos vitais, são a Retinopatia Diabética, problemas cardiovasculares, alterações circulatórias e problemas neurológicos. Em relação à Retinopatia diabética, esta pode ir desde uma turvação da visão até a presença de catarata, deslocamento da retina, hemorragia vítrea e a cegueira; os problemas cardiovasculares estão associados à obesidade, tabagismo, que pode precipitar o infarto agudo do miocárdio, a insuficiência cardíaca congestiva e as arritmias; as alterações circulatórias podem ocasionar uma lesão no membro inferior, acarretando um problema denominado “Pé Diabético”; e, em relação aos problemas neurológicos, responsáveis pelas neurites agudas ou crônicas, podem atingir as posições articulares. É de suma importância explicar para o paciente que o diabetes mellitus tipo 2 não tem cura, e portanto, o tratamento inclui várias abordagens, como a orientação à mudança dos hábitos de vida, educação para saúde, dieta alimentar, atividade física e se necessário, medicamentos. 3.3 A Enfermagem e Grupos de Hipertenso e Diabético A enfermeira deve desenvolver atividades educativas para aumentar o nível de conhecimento dos pacientes e comunidade, procurar contribuir para a adesão do paciente ao tratamento. Assim como solicitar os exames determinados pelo protocolo do Ministério da Saúde. Quando não existirem intercorrências, repete-se a medicação, realiza-se a avaliação do ‘pé diabético’, o controle da glicemia capilar a cada consulta, além de avaliar os exames solicitados. Segundo a nutricionista Daniele Oliveira (2009) concorda que a combinação de hábitos alimentares associados ao estilo de vida saudável pode significar na diminuição da DCNT como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. É cientificamente comprovado que hábitos alimentares adequados, como o consumo de alimentos pobres em gordura saturadas e rico em fibras, ajuda no aumento da expectativa de vida, por isso o indicado é dar preferências as frutas, as verduras, aos legumes e aos cereais integrais. Também a associação de alimentos oxidantes são importantes agentes nos combates aos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento do corpo. Estabelecer novas relações interpessoais e uma maior habilidade de dar com estresse, já foi detectado que a pessoa que vive isolado tem uma menor taxa de vida para ter um bom envelhecimento é necessário estabelecer uma forte integração social, afirma João Macedo Coelho Filho, geriatra (2009). Corpo e mente deve está em sintonia para que possamos ter uma maior aceitação do ciclo vital com o nascimento, crescimento, envelhecimento e morte, com essa aceitação a longevidade tende a ser natural principalmente para as aquelas pessoas que buscam retardar o envelhecimento e aumentar a expectativa de vida. Espera-se contribuir com a reflexão sobre o tema. Baseado em dados da OMS, 2009 alerta que os males da vida sedentária aumentam os casos de mortalidade dobram o risco de doenças cardiovasculares, pressão alta, diabetes, obesidade e sedentarismo. Alguns estudos dão conta que esse estilo de vida sedentário está relacionado a 15% dos casos de câncer. Dicas simples podem ajudar a evitar esse mau hábito. Como por exemplo: • Troque o elevador pela escada; • Estacione o mais longe do destino; • Escolha restaurante mais afastado de onde trabalha; • Pratique atividades físicas. Uma alimentação equilibrada deve fornecer todos os nutrientes necessários para manter o organismo saudável, tais como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, sais minerais, fibras e água. Cuide de sua alimentação. Quem consume boas quantidades de legumes, verduras e frutas têm menores chances de contrair doenças do aparelho circulatório. Nenhum alimento faz mal à saúde, só depende da qualidade e quantidade consumida. 4 METODOLOGIA Após análise dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2007), do Ministério da Saúde (MS) e de outras fontes, podemos extrair as seguintes observações: • O município tem uma população predominantemente jovem, pois 38,1% dos habitantes têm menos de 20 anos de idade (17.579 pessoas). • Existem aproximadamente 9.585 adolescentes (20,8%), na faixa etária de 10 a 19 anos, o que caracteriza a faixa de mais concentração populacional. • Em torno de 29% da população tem idade acima de 40anos. • Há um leve predomínio de homens, correspondendo a 50,7% da população. • Em torno de 10,7% da população tem mais de 60 anos. • As mulheres em idade fértil (10 a 49) correspondem a 30,5% da população, abrangendo 14.085 pessoas. O município de Beberibe localiza-se no litoral leste do Estado do Ceará, aproximadamente 75,5 Km da capital (Fortaleza) pela via de acesso CE 040 e possui 1.626,9 Km² de território. Apesar de ser conhecida por suas belezas naturais, hospitalidade do seu povo, artesanatos típicos da região, tais como os trabalhos feitos com areias coloridas, apresenta uma vasta área sertaneja de pobreza e difícil acessibilidade, onde se encontram os maiores índices de desemprego, má nutrição, insuficiência na agricultura de subsistência, dificuldade de acesso a saúde e a educação. Segundo o IBGE (2007) a população geral de Beberibe é de 46.155 habitantes (inclusive a população estimada nos domicílios fechados), sendo 22.445 mulheres e 23.070 homens. O Programa de Saúde da Família no município é formado por onze (11) equipes que vem desenvolvendo ações de prevenção das doenças e agravos não transmissíveis com destaque para ações individuais e coletivas de educação e saúde. Destacamos no caso o Distrito do Uruaú composto por um (01) médico, uma (01) enfermeira, um (01) cirurgião dentista, duas (02) técnicas de enfermagem, uma (01) auxiliar de enfermagem, uma (01) atendente do consultório dentário, onze (11) ACS’s, um (01) auxiliar administrativo, quatro (04) auxiliares de serviços gerais e um (01) motorista. O Distrito do Uruaú está localizado no município de Beberibe do estado do Ceará aproximadamente 22 km da sede do município, pela via de acesso CE 040 - Km 80 com um total de 375 hipertensos e 95 diabéticos num total de 1050 famílias cadastradas sendo inscritas no Programa de Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA). Existem seis localidades que são Barracas I e II, Piquiri I e II, Barra da Sucatinga, Cumbe e a sede do distrito. O Programa de Saúde da Família (PSF) vem desenvolvendo ações de prevenções das doenças e agravos não transmissíveis, com destaque para ações individuais e coletivas de educação em saúde. Destacamos no caso o Distrito de Uruaú (dança semanalmente e caminhada às vezes) desenvolvidas por enfermeira e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em 05 grupos formados por pessoas acima de 40 anos, vale destacar que pessoas que não gostam de dançar não participam, com isso a não adesão diminui a qualidade de vida. Trata-se de um projeto de intervenção que será desenvolvido inicialmente na localidade do Cumbe, por existirem 14 diabéticos e 56 hipertensos, com um total de 100 famílias cadastradas. As oficinas serão desenvolvidas na sede do galpão da Terceira Idade. Os participantes da intervenção serão um pequeno grupo composto por 10 pacientes portadores de hipertensão e 10 pacientes diabetes atendidos no posto de saúde da localidade. No entanto, existem pacientes que são adeptos de outras religiões que não podem praticar a dança como atividade física dificultando assim adesão dos mesmos além de existirem também idosos sedentários. A primeira oficina deste projeto, cujo será piloto, participará das intervenções um total de dez hipertensos e dez diabéticos, adultos ou idosos, de ambos os sexos que são considerados sedentários. Inicialmente é de extrema importância trabalhar com um grupo menor para facilitar a estratégia e o melhor aprendizado de cada participante. Posteriormente as outras localidades serão beneficiadas com o projeto. Convidaremos os gestores e profissionais da área para uma reunião com a finalidade de convencê-los sobre a necessidade desta intervenção para a localidade acima citada. Estas oficinas acontecerão inicialmente com uma entrevista individual durante as consultas de enfermagem de acordo com o cronograma mensal de atendimento aos hipertensos e diabéticos, nas quartas-feiras, no turno da tarde. Com objetivo de selecionar os pacientes/participantes. Futuramente serão agendadas as oficinas, na qual abordaremos assuntos de alta relevância para os mesmos, controlando assim os agravos da hipertensão e da diabetes ministrados pela a enfermeira, o médico e o cirurgião dentista do PSF e equipe multiprofissional que engloba educador físico, fisioterapeuta, nutricionista facilitando assim a integração paciente/profissionais. Com isso as oficinas educativas desenvolvidas neste projeto proporcionarão a promoção e a prevenção dos hábitos saudáveis que pode gerar um ganho de mais anos de vida, prevenindo ou minimizando internações, evitando assim gastos com a saúde pública, reduzindo a morbimortalidade e, por conseguinte o aumento da expectativa de vida. As oficinas ocorrerão nos meses de Março e Abril do ano de 2010 onde serão realizadas semanalmente no total de sete (07) e cada uma terá duração de sessenta minutos. Os temas abordados serão específicos sobre assuntos relacionados: A atividade física e dieta equilibrada explanando a hipertensão e diabetes através de aulas expositivas direcionadas a administração correta de medicamentos, ou seja tomadas de medicamentos no horário e dosagem correta, higiene oral e corporal, cuidados com os pés, aferição da pressão arterial diariamente ou quando possível, ilustração de pacientes com seqüelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), DM; utilizando filmes e dvd’s, espaço e ambiente adequado para atividades físicas, equipe Saúde da Família e equipe multiprofissional acima relacionados favorecendo uma melhor qualidade de vida. Sabendo-se do possível impacto da realização das oficinas que provavelmente irão contribuir para proporcionar uma mudança significativa na qualidade de vida dos portadores de hipertensão e diabetes, a autora deste estudo depois de conduzir as ações planejadas poderá analisar e avaliar os pontos positivos e negativos verificando se seus reais objetivos foram satisfatórios para os pacientes envolvidos. Espera-se contribuir com auto-reflexão sobre os temas e com a identificação da sensibilização das informações adquiridas através: do auto-cuidado, mudança das dietas alimentares na qualidade e quantidade corretas, administração dos medicamentos prescritos sobre orientação médica na hora e na dosagem certa, na atividade física adequada para o seu corpo levando em consideração a freqüência e avaliação médica e permanente acompanhamento do projeto de intervenção, da execução das ações, da avaliação dos resultados e aperfeiçoamento das estratégias adotadas quando necessária. O projeto será avaliado pela autora e equipe de saúde responsável pelas atividades executadas freqüentemente a cada semestre. Portanto para promover saúde é preciso construir políticas intersetoriais voltadas para melhoria da qualidade de vida, equidade na produção e no consumo de ações e serviços de saúde, inclusão social. O gestor municipal de saúde será informado sobre os dados para analisar, avaliar e sugerir mudanças, caso se faça necessário, após a realização das oficinas. 5 CRONOGRAMA Descrição das Ações / Atividades 3.1 OBJETIVO 3.2 AÇÃO/ATIVIDADE 3.1.1 Sensibilizar gestores do município, profissionais de saúde e população quanto à importância das práticas saudáveis na melhoria da qualidade de vida; 3.2.1 Sensibilização de gestores, trabalhadores de saúde, sociedade em geral para a importância da promoção de saúde e mudança de hábitos para melhoria da qualidade de vida; • Realizar reuniões e oficinas com gestores e profissionais de saúde para discussão e planejamento de ações intersetoriais voltadas para a redução de agravos e doenças do aparelho circulatório; • 3.1.2 Prevenir agravos e doenças não transmissíveis, através da criação de oficinas que englobam práticas físicas, corporais e alimentação saudável; Elaborar e distribuir folders na localidade com orientação de boas práticas na prevenção de doenças do aparelho circulatório; 3.2.2 Desenvolvimento de práticas corporais e atividades físicas; 3.3 META 3.4 CRONOGRAMA • Sensibilizar 100% dos gestores do distrito e profissionais de saúde do PSF; Realizar reunião mensal com os profissionais de saúde; Janeiro/2009 • Panfletagem mensal Mensal • Semanalmente (Maio à Dezembro de 2010) • Nº de atividade física realizada com grupo de risco Semanal • Nº de • • Realização de caminhada que ativam a circulação; • 100% do grupo acompanha do; • Realização de • 100% do 3.5 INDICADOR • Mensal • Nº de reuniões e oficinas com gestores e profissionais de saúde com resoluções estabelecida; Percentual de gestores e profissionais que participarão das reuniões; Nº de panfletos distribuídos; dança que ativa a circulação; • Desenvolvimento de ginástica preventiva; • Oferecer assistência multiprofissional aos grupos de risco para as doenças do aparelho circulatório; Oferecer atendimento descentralizado com nutricionista, fisioterapeuta e educador físico da localidade do Cumbe; • grupo acompanha do; • Oferecer atividade física; Semanal • • Oferecer atendiment o a 80% de pessoas com risco e portadora de doenças do aparelho circulatório ; Realizar exames clínicos em 100% dos usuários de atividade física; Realizar oficinas em 80% do grupo Mensal • Trimestral • Bimestral (Março à Abril/2010) • • Encaminhar para exames clínicos preventivos (ECG e exames laboratoriais); • • Realizar oficinas com o grupo de risco para orientação quanto ao uso correto de medicação prescrita; • Formar e orientar grupos com membros da família dos pacientes portadores de • • • Formar e orientar grupo na localidade do Cumbe; Trimestral • atividade física realizada com grupo de risco; Percentual de pessoas que aderiram a atividade física; Percentual de consultas realizadas com diagnóstico de doenças do aparelho circulatório ; Nº de exames realizados; Nº de oficinas realizadas com grupo de riscos e membros da família; Percentual de membros da família que aderiram a proposta de supervisão do uso correto de medicamen tos; Nº de grupo formado e orientado; • • • doenças do aparelho circulatório, para supervisionar o uso correto de medicação; Capacitar os agentes comunitários para acompanharem os grupos de membros da família em relação as orientações e usos dos medicamentos dos pacientes das doenças do aparelho circulatório; Capacitação de profissionais de saúde para atendimento do grupo de risco e portadores das doenças do aparelho circulatório; Realização de oficinas sobre doenças do aparelho circulatório e seus fatores de risco; • Capacitar 100% dos ACS’s do Uruaú; Mensal (Fevereiro 2010) • Nº de ACS’s capacitados; • Capacitar 100% dos profissionai s de saúde; Mensal (Fevereiro 2010) • • Distribuir material técnico para os profissionai s capacitados ; Mensal (Fevereiro 2010) • Nº de profissionais de saúde capacitados para atendimento ao grupo de risco e portadores das doenças do aparelho circulatório ; Nº de material teórico e educativo distribuídos ; REFERÊNCIAS AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Diagnosis and classification of diabetes mellitus. Diabetes Care, v. 27, ,. p. 55-510, jan 2004a. Suplemento 1. BARROSO, et al., Influência da atividade física programada na pressão arterial de idosos hipertensos sob tratamento não-farmacológico. Revista Associação de Medicina Brasileira, GOIÁS, p. 328-333, 2008. MACEDO, T. Viva mais e com qualidade.. Jornal OPovo, Fortaleza. Cadernos Ciência & Saúde p. 1-5, maio. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus. Brasília, DF, 2001. MONTEIRO, M. F.; SOBRAL FILHO, D. C.. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Revista Brasileira de Medicina Esporte, Pernambuco, v. 10, n. 6, p. 513-516, nov./dez. 2004. SILVA, et al., Controle de diabetes mellitus e hipertensão arterial com grupos de intervenção educacional e terapêutica em seguimento ambulatorial de uma unidade básica de saúde. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 15, n. 3, p.180-189, set./dez. 2006. SMELTZER, S. C, BARE, Brunner & Suddarth:. tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. TORRES, H. C; HORTALE, V. A; SCHALL, V. A experiência de jogos em grupos operativos na educação em saúde para diabéticos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, p. 1039-1047, jul./ago. 2003. APÊNDICES APENDICE 1 ROTEIRO DE ENTREVISTA 1. Nome:_________________________________________ 2. Data de nascimento:____/____/____ 3. Peso: ________kg 4. Altura: _______ 5. Circunferência abdominal:____________ 7. Sexo: ( ) M ( ) F 8. PxA:__________ 6. Quadriz:____________ 9. Última glicemia capilar:_________ 10. Outros exames/Quais:______________________________________________________ 11. Data da última consulta médica/enfermagem:____/____/____ 12. Fumante: ( ) Sim ( ) Não 13. Usuário de álcool: ( ) Sim ( ) Não 14. Escolaridade: ( ) Analfabeto ( ) Ensino fundamental 15. Ocupação:________________________ 16. Estado civil: ( ) Solteiro ( ) Ensino médio ( ) Ensino superior 16. Tem filhos?( ) Quantos ( ) Nenhum ( ) Casado ( ) Divorciado 17. Doenças preexistentes?( ) Diabetes ( ) Hipertensão 18. Faz o uso de medicamentos? ( ) Sim ( ) Não Quais?__________________________ 19. Realiza alguma atividade física? ( ) Sim ( ) Não Quais? ( ) Caminhada ( ) Dança ( ) Ginástica 20. Com qual freqüência? ( ) Diária ( ) Semanal ( ) As vezes 21. Tem o hábito de comer frutas e verduras? ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Não 22. Tem deficiência auditiva? ( ) Sim ( ) Não Visuais? ( ) Sim ( ) Não Seqüelas incapacitantes com dificuldades na: ( ) Fala ( ) Locomoção 23. Gostaria de participar do Projeto de Intervenção? ( ) Sim ( ) Não Observação: É indispensável a avaliação médica em todos os participantes das oficinas nas realizações das atividades e/ou qualquer outro esforço físico considerando apto ou inapto para aquela atividade.