melhorando adesão do paciente diabéticos e hipertensos ao

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ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
ESPECIALIZAÇÃO EM PRÁTICAS CLÍNICAS EM SAÚDE DA FAMÍLIA
MARIA JULIANA FREIRE DA SILVA NOBRE
MELHORANDO ADESÃO DO PACIENTE DIABÉTICOS E
HIPERTENSOS AO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
BEBERIBE-CE
FORTALEZA
2009
MARIA JULIANA FREIRE DA SILVA NOBRE
MELHORANDO ADESÃO DO PACIENTE DIABÉTICOS E
HIPERTENSOS AO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
BEBERIBE-CE
Projeto de Intervenção submetido à Escola de
Saúde Pública do Ceará, como parte dos
requisitos para a obtenção do título de
Especialista em Práticas Clínicas em Saúde da
Família.
Orientadora:
Gerídice Lorna Andrade de Morais
FORTALEZA
2009
RESUMO
O presente projeto de intervenção descreve e discute uma estratégia educativa desenvolvida
em atendimento aos portadores das doenças do aparelho circulatório (DAC), hipertensão e/ou
diabetes em adultos e idosos de ambos os sexos no posto de saúde do Cumbe, distrito do
Uruaú, cujo objetivo é criar oficinas de atividades físicas e reeducação alimentar. Contudo
incentivar o indivíduo a refletir sobre seu estilo de vida cotidiana relacionado à patologia
crônica, no caso específico hipertensão arterial, diabetes mellitus e sedentarismo
caracterizando-se como um instrumento de educação e saúde sobre uma perspectiva de
promoção, prevenção e principalmente o controle dos agravos. Instruir os pacientes não só em
relação as proporções de macronutrientes mais adequados, mas também a qualidade dos
mesmos com o intuito de abolir o uso do álcool, fumo e controlar a gordura, açúcar e sal
(GAS), contribuindo para uma dieta balanceada.
Para tal foi implementada uma dinâmica de interação profissional-sujeito, que teve por base o
uso da dança em grupos operativos. As técnicas pedagógicas utilizadas para a sistematização
das aulas expositivas: cursos de orientação em hipertensão; diabetes; consulta de enfermagem
individual, bem como a equipe multiprofissional, grupo operativo e uso de materiais
educativos de comunicação e aprendizagem (DVD’s, fotografias, folders, álbum seriado).
Essas técnicas possibilitarão a construção do conhecimento pelos participantes a troca de
experiência entre os mesmos, além dos atendimentos da vivência individual das doenças pelos
profissionais de saúde.
Palavras-chaves: Hipertensão, Diabetes Mellitus, Educação e Saúde.
ABSTRACT
This project describes the intervention and discusses an educational strategy developed in
response to carriers of diseases (CVD), hypertension and / or diabetes in adults and elderly of
both sexes at the health of Cumbe, Uruaú district in which goal is to create workshops on
physical activity and food education. However encouraging the individual to reflect on their
style of life related to chronic disease, in particular hypertension, diabetes mellitus and
sedentary lifestyle characterized as an instrument of education and health over the prospect of
promotion, prevention and control of diseases mainly . Instruct patients not only on the
proportions of macronutrients most appropriate, but also their quality in order to abolish the
use of alcohol, tobacco and control the fat, sugar and salt (GAS), contributing to a balanced
diet. To this was implemented a dynamic interaction of professional-subject, which was based
on the use of dance in operative groups. The techniques used for the systematic teaching of
lecture classes: courses for guidance in hypertension, diabetes, individual nursing
consultation, and the team, group operating and use of educational materials for
communication and learning (DVD's, photographs, brochures, album series ).
These techniques enable the construction of knowledge by the participants to exchange
experience between them, besides the care of individual experience of disease by health
professionals.
Keywords: Hypertension, Diabetes Mellitus, Education and Health
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACS – AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
ADA – AMERICAN DIABETES ASSOCIATION
AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
DAC – DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO
DANT – DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS
DCNT – DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
DM – DIABETES MELLITUS
HA – HIPERTENSÃO ARTERIAL
HAS – HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
HIPERDIA – PROGRAMA DE HIPERTENSÃO E DIABETES
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
MS – MINISTÉRIO DA SAÚDE
OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
PA – PRESSÃO ARTERIAL
PSF – PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
SBD – SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES
SIAB – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE ATENÇÕES BÁSICAS
SIH – SISTEMA DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR
SIM – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MORTALIDADE
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................08
2 OBJETIVOS..........................................................................................................................12
2.1 Objetivo Geral.....................................................................................................................12
2.2 Objetivos Específicos..........................................................................................................12
3. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................................13
3.1 Hipertensão Arterial............................................................................................................13
3.2 Diabetes Mellitus................................................................................................................15
3.3 A Enfermagem e Grupos de Hipertensos e Diabéticos.......................................................17
4. METODOLOGIA.................................................................................................................19
5. CRONOGRAMA..................................................................................................................23
REFERÊNCIAS........................................................................................................................26
APÊNDICES.............................................................................................................................27
1 INTRODUÇÃO
Este presente trabalho iniciou-se a partir da vivência profissional com os
diabéticos e hipertensos por ocasião da consulta de enfermagem na unidade básica de saúde
do Uruaú, no município de Beberibe, onde verificou-se que os pacientes encontravam
dificuldades na adesão quanto à reeducação alimentar e as atividades físicas no seu dia a dia.
Através da experiência profissional com pacientes adultos e idosos hipertensos e
diabéticos constatou-se a necessidade de fazer encontros semanais para realizar atividades
com dança que possibilita uma melhoria no aspecto biológico, já que nesta idade as alterações
físicas comprometem o atendimento de suas necessidades. Estes encontros são realizados na
sede do distrito de Uruaú, e nas localidades de Piquiri I e II, Barra da Sucatinga e Cumbe no
qual se denomina ‘Forró da Melhor Idade’.
O “Forró da Melhor Idade” é uma atividade recreativa que conta com a parceria
da Secretaria de Saúde Municipal e Assistência Social.
Antes de iniciarmos as nossas atividades físicas realizam-se conversas com os
grupos a respeito das doenças citadas, além de programações diárias como passeios,
caminhadas, festejo de datas comemorativas, bingos e orações. Os grupos são compostos por
aproximadamente vinte participantes por localidades.
Vale ressaltar que a dança faz bem ao corpo fazendo com que seja liberado o
estresse, evitando a solidão e o isolamento social. Proporcionado a alegria, satisfação, bem
estar, assim como a integração entre os grupos para promover adoção de um estilo de vida
mais ativo.
Alguns idosos impossibilitados de dançar vão apenas para caminhar, rever e
conversar com amigos, ouvir músicas antigas para recordar os velhos tempos exercitando
desta forma sua memória. È visível suas expressões de felicidade e satisfação fazendo com
que aquele momento se torne prazeroso e especial.
Vivenciamos algumas dificuldades para a execução destas atividades, pois
apresentavam contra-indicação na prática de exercícios ou caminhadas, outra dificuldade era
o transporte dos grupos de uma localidade para a outra, além da não adesão de pacientes
sedentários que não permitem a dança como atividade física por serem adeptos de crenças
religiosas.
È importante salientar que com a nova etapa da vida do ser humano a velhice
limita os movimentos de flexão, adução e abdução. No envelhecimento a atividade física irá
ajudar para que os idosos ao praticarem exercícios físicos melhorem ou recuperem estes
movimentos que irão torná-los mais independentes. Associada a estas atividades físicas a
dieta alimentar equilibrada evitará certamente o aumento do peso e conseqüentemente
diminuirá o sedentarismo. Os níveis pressóricos e glicêmicos estarão controlados.
O trabalho do enfermeiro neste caso é decisivo na organização do grupo, tendo em
vista que a união, bem como o acolhimento são estratégias para a promoção da saúde. Para
tanto é preciso que os enfermeiros adaptem o cuidar com grupos, de forma a realizar
incrementos no planejamento já existente na instituição, afim de que, se adaptem a realidade
social sem impor regras para que haja produtividade e aceitação dos envolvidos.
Por conseguinte, é indispensável à execução urgente de uma intervenção e ação
eficaz no intuito de reduzir a morbimortalidade por estas doenças através das práticas
corporais, alimentação equilibrada e assistência multiprofissional aos grupos de risco e
portadores de Doenças do Aparelho Circulatório (DAC).
Justificativa
Após análise dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2007),
do Ministério da Saúde (MS) e de outras fontes, podemos extrair as seguintes observações:
•
O município tem uma população predominantemente jovem, pois 38,1%
dos habitantes têm menos de 20 anos de idade (17.579 pessoas).
•
Existem aproximadamente 9.585 adolescentes (20,8%), na faixa etária de
10 a 19 anos, o que caracteriza a faixa de mais concentração populacional.
•
Em torno de 29% da população tem idade acima de 40anos.
•
Há um leve predomínio de homens, correspondendo a 50,7% da
população.
•
Em torno de 10,7% da população tem mais de 60 anos.
•
As mulheres em idade fértil (10 a 49) correspondem a 30,5% da
população, abrangendo 14.085 pessoas.
Ressalta-se que alguns fatores têm contribuído para a mudança no perfil de saúde
da população, dentre eles podemos citar: a mudança nos padrões alimentares do tradicional,
com consumo de grãos e cereais, para o padrão alimentar com grande quantidade de alimentos
de origem animal, gorduras, açucares e alimentos industrializados. Ao mesmo tempo a forma
de trabalho e lazer tem se modificado, visto que anteriormente a maioria dos trabalhos exigia
esforço físico e conseqüentemente alto gasto de energia, essas pessoas tinham como meio de
transporte a bicicleta ou andava a pé, porém hoje em dia os veículos automotores são os mais
utilizados. Com isso pode-se dizer que o aumento no consumo de alimentos industrializados e
mais em gorduras, associado ao menor gasto de energético diário, devido a redução da
atividade física, bem como o hábito de fumar, implica na tendência crescente de doenças do
aparelho circulatório.
O município de Beberibe localiza-se no litoral leste do Estado do Ceará,
aproximadamente 75,5 Km da capital (Fortaleza) pela via de acesso CE 040 e possui 1.626,9
Km² de território. Apesar de ser conhecida por suas belezas naturais, hospitalidade do seu
povo, artesanatos típicos da região, tais como os trabalhos feitos com areias coloridas,
apresenta uma vasta área sertaneja de pobreza e difícil acessibilidade, onde se encontram os
maiores índices de desemprego, má nutrição, insuficiência na agricultura de subsistência,
dificuldade de acesso a saúde e a educação.
Segundo o IBGE (2007) a população geral de Beberibe é de 46.155 habitantes
(inclusive a população estimada nos domicílios fechados), sendo 22.445 mulheres e 23.070
homens.
O Programa de Saúde da Família (PSF) vem desenvolvendo ações de prevenções
das doenças e agravos não transmissíveis, com destaque para ações individuais e coletivas de
educação em saúde. Destacamos no caso o Distrito de Uruaú (dança semanalmente e
caminhada à vezes) desenvolvidas por enfermeira e Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
em 05 grupos formados por pessoas acima de 40 anos, vale destacar que pessoas que não
gostam de dançar não participam, com isso a não adesão diminui a qualidade de vida.
Salientamos a necessidade de adesão das pessoas portadoras de doenças com a
execução das ações, voltadas para a atividade física e alimentação saudável em toda a
população das localidades: Sede do distrito, Barra da Sucatinga, Barracas I e II, Piquiri I e II e
Cumbe. Inicialmente o projeto será desenvolvido na localidade do Cumbe.
Nesse sentido espera-se que este projeto de intervenção venha estimular e
estruturar as ações de vigilância, prevenção e controle das Doenças e Agravos Não
Transmissíveis (DANT) e promoção da saúde de forma integrada Atenção Básica/Estratégia
de Saúde da Família, que com esta pequena intervenção irá prevenir e reduzir a DAC,
melhorando a qualidade de vida da população.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Criar oficinas de práticas físicas, corporais e alimentação saudável para
hipertensos e diabéticos no Distrito de Uruaú, Beberibe-CE.
2.2 Objetivos Específicos
•
Sensibilizar gestores do município, profissionais de saúde e população quanto a
importância das práticas saudáveis na melhoria da qualidade de vida;
•
Prevenir agravos e doenças não transmissíveis, através de práticas físicas, corporais e
alimentação saudável;
•
Minimizar a taxa de morbimortalidade por doenças do aparelho circulatório
oferecendo uma assistência multiprofissional.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Hipertensão Arterial
No Brasil, a prevalência da Hipertensão Arterial (HA) varia de 22,3% a 43% e os
dados epidemiológicos nacionais e internacionais demonstram que a elevação da Pressão
Arterial (PA) está intimamente relacionada ao processo de envelhecimento, principalmente os
valores da pressão sistólica, influência no aumento do risco cardiovascular, e, portanto deve
ser tratada. (BARROSO, et al., 2008).
Diversos estudos demonstram o papel da atividade física na redução da pressão
arterial e da morbimortalidade cardiovascular e vários são os mecanismos envolvidos no
efeito hipotensor do treinamento físico, que se torna mais evidente a partir da décima semana
de treinamento com pequenos ganhos adicionais subseqüentes.
A hipertensão arterial é uma das patologias de maior prevalência na população
adulta e principalmente nos idosos. Está associada ao aumento na morbidademortalidade por todas as causas e cardiovascular e os programas de exercício estão
associados à prevenção do desenvolvimento de hipertensão e também à redução da
PA, tanto em normotensos quanto em hipertensos. (BARROSO, et al., 2008).
A atividade física deve ser orientada por profissionais capacitados e adaptada
conforme aceitação e limitação do paciente. A escolha do tipo de atividade física deverá ser
avaliada e prescrita conforme a intensidade, freqüência, duração, modo e progressão. Desta
forma o efeito será benéfico para o controle da pressão e o sistema osteomuscular associando
assim aos exercícios aeróbios. Segundo o educador físico, Thiago Macedo, “Escolher o
exercício que mais combina com o seu estilo fará você se senti mais disposto e confiante.
Outra dica é maneirar com o consumo de bebida alcoólica e abolir de vez o fumo.
(MACEDO, 2009).
A hipertensão é considerada uma das principais causas de fatores de risco
morbidade e mortalidade cardiovasculares em adultos com considerável prevalência em
crianças e adolescentes. Em conseqüência acarreta alto custo, uma vez que parte da população
se aposenta precocemente e favorecendo assim a falta no trabalho. O sedentarismo também
constitui importante fator de risco acarretando mortalidade em indivíduos que não praticam
freqüentemente exercícios físico no qual acomete mais o sexo feminino do que o sexo
masculino.
Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que os indivíduos hipertensos
iniciem programas de exercício físico regular, desde que submetidos à avaliação
clinica prévia. Os exercícios devem ser de intensidade moderada, de três a seis vezes
por semana em sessões de 30 a 60 minutos de duração, realizados com freqüência
cardíaca entre 60% e 80% da máxima ou entre 50% e 70% de consumo máximo de
oxigênio. (MONTEIRO e FILHO, 2004, p.515).
Analisando a situação saúde da população de Beberibe, especialmente em relação
a morbimortalidade por DANT, demonstra-se que a mortalidade no município apresenta
mudanças importante nos últimos cinco anos conforme dados do Sistema de Informação de
Mortalidade (SIM, 2003-2007), visto que em 2007 cerca de 38% das mortes, foram
decorrentes de DAC, com uma tendência crescente a cada ano, sendo a primeira causa de
morte da população. Dentre elas, a doença isquêmicas do coração e as doenças cérebrovasculares sendo responsáveis por 65% das mortes relacionadas as DAC’s. A maior
incidência das mortes por DAC, está na faixa etária acima de 60 anos de idade com cerca de
81,4%. Em relação à morte geral constatou-se que nos últimos anos de 2003 a 2007, foram em
média 220 óbitos/ano e 18 óbitos/mês.
Segundo informações do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB, 2007)
e Sistema de Informação Hospitalar (SIH, 2007), existem no município de Beberibe em média
3.500 hipertensos cadastrados, correspondendo cerca de 7,6% da população geral. A
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), está associada a origem de muitas Doenças Crônicas
Não Transmissíveis (DCNT) e é, portanto, umas das causas mais importantes da redução da
qualidade e da expectativa de vida. È responsável por complicações cardiovasculares,
coronarianas, renais, vasculares periféricas. Em 2007 SIH, a HAS foi causa de 28,6% das
internações de pessoas entre 40 e 59 anos de idade e de 57,1% das pessoas de 60 ou mais.
Em geral as Doenças do Aparelho Circulatório (DAC), representam cerca de 8%
da morbidade hospitalar no município, sendo as pessoas mais acometidas as das faixas etária
de 60 anos e mais (55,5%).
Portanto, o público alvo escolhido para realização de ações de prevenção da DAC
e promoção da saúde foi à população na faixa etária acima de 40 anos.
Contudo a realização da atividade física é de extrema importância para qualquer
indivíduo, mesmo que seja acompanhado de tratamento farmacológico ou não. No caso de
pacientes que adquiriram a doença e que não possuem histórico de hereditariedade na família,
o tratamento não farmacológico através de atividades físicas aeróbicas pode diminuir os
níveis pressóricos, enquanto que os que possuem histórico desta doença na família não podem
deixar fazer exercício físico além de receberem concomitantemente o tratamento
farmacológico.
3.2 Diabetes Mellitus
A diabetes é importante e crescente problema de saúde pública. Sua incidência e
prevalência estão aumentando no mundo todo, alcançando proporções epidêmicas segundo a
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2002), quer seja por questões sociais, econômicas,
familiares e pessoais.
O diabetes mellitus (DM) é um dos mais importantes problemas de saúde na
atualidade, atingindo a população como um todo e podendo surgir em qualquer idade. Suas
repercussões, no que se refere tanto às incapacitações e mortalidade prematura, quanto aos
custos relacionados ao seu controle e ao tratamento de suas complicações, reafirmam cada vez
mais a necessidade de investimento em programas de educação em saúde (MS, 1996).
O diabetes mellitus (DM) se refere a uma enfermidade metabólica, não
transmissível e de etiologia multifatorial, caracterizada por hiperglicemia resultante de defeito
na secreção de insulina ou ambos. (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION – ADA, 2004).
Após a alteração do critério de diagnóstico de Diabetes mellitus através da
American Diabetes Association (ADA), em 1997, posteriormente aceito pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), foram estabelecidos
os seguintes critérios para o diagnóstico de DM:
•
Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescidas de glicemia
casual acima de 200 mg/dl. Compreende-se por glicemia casual aquela
realizada a qualquer hora do dia, independente do horário das refeições;
•
Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl. Em caso de pequenas
elevações da glicemia, o diagnóstico deve ser confirmado pela repetição
do teste no outro dia;
•
Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mg/dl.
Existe, ainda, um grupo intermediário de indivíduos em que os níveis de glicemia
não preenchem estes critérios para o diagnóstico de DM, sendo consideradas as categorias de
glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída, em são apresentados a seguir:
•
Glicemia de jejum alterada – glicose de jejum acima de 100 mg/dl e
abaixo de 126 mg/dl;
•
Tolerância à glicose diminuída – quando, após uma sobrecarga de 75
mg/dl de glicose, o valor de glicemia de 2 horas se situa entre 140 e 199
mg/dl.
Para SBD, 2007 consideram que o jejum é definido como a falta de gestão
calórica por oito horas.
Em relação ao DM tipo 2 atinge indivíduos de qualquer idade principalmente
maiores de 40 anos compreendendo cerca de 7,6% do total da população brasileira. Sua
prevalência crescente determina que em 2025, existirá cerca de 11 milhões de diabéticos no
Brasil o que representam 100% das estatísticas atuais.
Segundo Smeltzer e Bare, (2002, p. 819) é um distúrbio metabólico caracterizado
pela deficiência relativa de produção de insulina e uma diminuição na ação desta. O início é
geralmente insidioso, sendo a história familiar comum e também está associada a fatores de
risco. Trata-se de uma enfermidade sem cura, porém pode ser oferecido tratamento com base
em dieta nutricional, exercício físico, medicamentos hipoglicemiantes orais e insulina.
Originalmente é denominado de diabetes não-insulino-dependente.
As manifestações clínicas mais freqüentes com o aumento da glicemia são:
poliúria, nictúria, polidipsia, boca seca, polifagia, emagrecimento rápido, fadiga, fraqueza,
tonturas, etc. Caso não haja o controle dos índices glicêmicos, além dos sintomas citados, o
paciente pode evoluir para uma cetoacidose Diabética e Coma Hiperosmolar. (MS, 2001).
As manifestações em longo prazo, complicações tardias que podem atingir órgãos
vitais, são a Retinopatia Diabética, problemas cardiovasculares, alterações circulatórias e
problemas neurológicos. Em relação à Retinopatia diabética, esta pode ir desde uma turvação
da visão até a presença de catarata, deslocamento da retina, hemorragia vítrea e a cegueira; os
problemas cardiovasculares estão associados à obesidade, tabagismo, que pode precipitar o
infarto agudo do miocárdio, a insuficiência cardíaca congestiva e as arritmias; as alterações
circulatórias podem ocasionar uma lesão no membro inferior, acarretando um problema
denominado “Pé Diabético”; e, em relação aos problemas neurológicos, responsáveis pelas
neurites agudas ou crônicas, podem atingir as posições articulares.
É de suma importância explicar para o paciente que o diabetes mellitus tipo 2 não
tem cura, e portanto, o tratamento inclui várias abordagens, como a orientação à mudança dos
hábitos de vida, educação para saúde, dieta alimentar, atividade física e se necessário,
medicamentos.
3.3 A Enfermagem e Grupos de Hipertenso e Diabético
A enfermeira deve desenvolver atividades educativas para aumentar o nível de
conhecimento dos pacientes e comunidade, procurar contribuir para a adesão do paciente ao
tratamento. Assim como solicitar os exames determinados pelo protocolo do Ministério da
Saúde. Quando não existirem intercorrências, repete-se a medicação, realiza-se a avaliação do
‘pé diabético’, o controle da glicemia capilar a cada consulta, além de avaliar os exames
solicitados.
Segundo a nutricionista Daniele Oliveira (2009) concorda que a combinação de
hábitos alimentares associados ao estilo de vida saudável pode significar na diminuição da
DCNT como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. É cientificamente comprovado
que hábitos alimentares adequados, como o consumo de alimentos pobres em gordura
saturadas e rico em fibras, ajuda no aumento da expectativa de vida, por isso o indicado é dar
preferências as frutas, as verduras, aos legumes e aos cereais integrais. Também a associação
de alimentos oxidantes são importantes agentes nos combates aos radicais livres, responsáveis
pelo envelhecimento do corpo.
Estabelecer novas relações interpessoais e uma maior habilidade de dar com
estresse, já foi detectado que a pessoa que vive isolado tem uma menor taxa de vida para ter
um bom envelhecimento é necessário estabelecer uma forte integração social, afirma João
Macedo Coelho Filho, geriatra (2009). Corpo e mente deve está em sintonia para que
possamos ter uma maior aceitação do ciclo vital com o nascimento, crescimento,
envelhecimento e morte, com essa aceitação a longevidade tende a ser natural principalmente
para as aquelas pessoas que buscam retardar o envelhecimento e aumentar a expectativa de
vida. Espera-se contribuir com a reflexão sobre o tema.
Baseado em dados da OMS, 2009 alerta que os males da vida sedentária
aumentam os casos de mortalidade dobram o risco de doenças cardiovasculares, pressão alta,
diabetes, obesidade e sedentarismo. Alguns estudos dão conta que esse estilo de vida
sedentário está relacionado a 15% dos casos de câncer.
Dicas simples podem ajudar a evitar esse mau hábito. Como por exemplo:
•
Troque o elevador pela escada;
•
Estacione o mais longe do destino;
•
Escolha restaurante mais afastado de onde trabalha;
•
Pratique atividades físicas.
Uma alimentação equilibrada deve fornecer todos os nutrientes necessários para
manter o organismo saudável, tais como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, sais
minerais, fibras e água. Cuide de sua alimentação. Quem consume boas quantidades de
legumes, verduras e frutas têm menores chances de contrair doenças do aparelho circulatório.
Nenhum alimento faz mal à saúde, só depende da qualidade e quantidade consumida.
4 METODOLOGIA
Após análise dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2007),
do Ministério da Saúde (MS) e de outras fontes, podemos extrair as seguintes observações:
•
O município tem uma população predominantemente jovem, pois 38,1%
dos habitantes têm menos de 20 anos de idade (17.579 pessoas).
•
Existem aproximadamente 9.585 adolescentes (20,8%), na faixa etária de
10 a 19 anos, o que caracteriza a faixa de mais concentração populacional.
•
Em torno de 29% da população tem idade acima de 40anos.
•
Há um leve predomínio de homens, correspondendo a 50,7% da
população.
•
Em torno de 10,7% da população tem mais de 60 anos.
•
As mulheres em idade fértil (10 a 49) correspondem a 30,5% da
população, abrangendo 14.085 pessoas.
O município de Beberibe localiza-se no litoral leste do Estado do Ceará,
aproximadamente 75,5 Km da capital (Fortaleza) pela via de acesso CE 040 e possui 1.626,9
Km² de território. Apesar de ser conhecida por suas belezas naturais, hospitalidade do seu
povo, artesanatos típicos da região, tais como os trabalhos feitos com areias coloridas,
apresenta uma vasta área sertaneja de pobreza e difícil acessibilidade, onde se encontram os
maiores índices de desemprego, má nutrição, insuficiência na agricultura de subsistência,
dificuldade de acesso a saúde e a educação.
Segundo o IBGE (2007) a população geral de Beberibe é de 46.155 habitantes
(inclusive a população estimada nos domicílios fechados), sendo 22.445 mulheres e 23.070
homens.
O Programa de Saúde da Família no município é formado por onze (11) equipes
que vem desenvolvendo ações de prevenção das doenças e agravos não transmissíveis com
destaque para ações individuais e coletivas de educação e saúde. Destacamos no caso o
Distrito do Uruaú composto por um (01) médico, uma (01) enfermeira, um (01) cirurgião
dentista, duas (02) técnicas de enfermagem, uma (01) auxiliar de enfermagem, uma (01)
atendente do consultório dentário, onze (11) ACS’s, um (01) auxiliar administrativo, quatro
(04) auxiliares de serviços gerais e um (01) motorista.
O Distrito do Uruaú está localizado no município de Beberibe do estado do Ceará
aproximadamente 22 km da sede do município, pela via de acesso CE 040 - Km 80 com um
total de 375 hipertensos e 95 diabéticos num total de 1050 famílias cadastradas sendo inscritas
no Programa de Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA). Existem seis localidades que são
Barracas I e II, Piquiri I e II, Barra da Sucatinga, Cumbe e a sede do distrito.
O Programa de Saúde da Família (PSF) vem desenvolvendo ações de prevenções
das doenças e agravos não transmissíveis, com destaque para ações individuais e coletivas de
educação em saúde. Destacamos no caso o Distrito de Uruaú (dança semanalmente e
caminhada às vezes) desenvolvidas por enfermeira e Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
em 05 grupos formados por pessoas acima de 40 anos, vale destacar que pessoas que não
gostam de dançar não participam, com isso a não adesão diminui a qualidade de vida.
Trata-se de um projeto de intervenção que será desenvolvido inicialmente na
localidade do Cumbe, por existirem 14 diabéticos e 56 hipertensos, com um total de 100
famílias cadastradas. As oficinas serão desenvolvidas na sede do galpão da Terceira Idade. Os
participantes da intervenção serão um pequeno grupo composto por 10 pacientes portadores
de hipertensão e 10 pacientes diabetes atendidos no posto de saúde da localidade. No entanto,
existem pacientes que são adeptos de outras religiões que não podem praticar a dança como
atividade física dificultando assim adesão dos mesmos além de existirem também idosos
sedentários.
A primeira oficina deste projeto, cujo será piloto, participará das intervenções um
total de dez hipertensos e dez diabéticos, adultos ou idosos, de ambos os sexos que são
considerados sedentários. Inicialmente é de extrema importância trabalhar com um grupo
menor para facilitar a estratégia e o melhor aprendizado de cada participante. Posteriormente
as outras localidades serão beneficiadas com o projeto.
Convidaremos os gestores e profissionais da área para uma reunião com a
finalidade de convencê-los sobre a necessidade desta intervenção para a localidade acima
citada.
Estas oficinas acontecerão inicialmente com uma entrevista individual durante as
consultas de enfermagem de acordo com o cronograma mensal de atendimento aos
hipertensos e diabéticos, nas quartas-feiras, no turno da tarde. Com objetivo de selecionar os
pacientes/participantes.
Futuramente serão agendadas as oficinas, na qual abordaremos assuntos de alta
relevância para os mesmos, controlando assim os agravos da hipertensão e da diabetes
ministrados pela a enfermeira, o médico e o cirurgião dentista do PSF e equipe
multiprofissional que engloba educador físico, fisioterapeuta, nutricionista facilitando assim a
integração paciente/profissionais.
Com isso as oficinas educativas desenvolvidas neste projeto proporcionarão a
promoção e a prevenção dos hábitos saudáveis que pode gerar um ganho de mais anos de
vida, prevenindo ou minimizando internações, evitando assim gastos com a saúde pública,
reduzindo a morbimortalidade e, por conseguinte o aumento da expectativa de vida.
As oficinas ocorrerão nos meses de Março e Abril do ano de 2010 onde serão
realizadas semanalmente no total de sete (07) e cada uma terá duração de sessenta minutos.
Os temas abordados serão específicos sobre assuntos relacionados: A atividade física e dieta
equilibrada explanando a hipertensão e diabetes através de aulas expositivas direcionadas a
administração correta de medicamentos, ou seja tomadas de medicamentos no horário e
dosagem correta, higiene oral e corporal, cuidados com os pés, aferição da pressão arterial
diariamente ou quando possível, ilustração de pacientes com seqüelas de Acidente Vascular
Cerebral (AVC), DM; utilizando filmes e dvd’s, espaço e ambiente adequado para atividades
físicas, equipe Saúde da Família e equipe multiprofissional acima relacionados favorecendo
uma melhor qualidade de vida.
Sabendo-se do possível impacto da realização das oficinas que provavelmente irão
contribuir para proporcionar uma mudança significativa na qualidade de vida dos portadores
de hipertensão e diabetes, a autora deste estudo depois de conduzir as ações planejadas poderá
analisar e avaliar os pontos positivos e negativos verificando se seus reais objetivos foram
satisfatórios para os pacientes envolvidos.
Espera-se contribuir com auto-reflexão sobre os temas e com a identificação da
sensibilização das informações adquiridas através: do auto-cuidado, mudança das dietas
alimentares na qualidade e quantidade corretas, administração dos medicamentos prescritos
sobre orientação médica na hora e na dosagem certa, na atividade física adequada para o seu
corpo levando em consideração a freqüência e avaliação médica e permanente
acompanhamento do projeto de intervenção, da execução das ações, da avaliação dos
resultados e aperfeiçoamento das estratégias adotadas quando necessária.
O projeto será avaliado pela autora e equipe de saúde responsável pelas atividades
executadas freqüentemente a cada semestre.
Portanto para promover saúde é preciso construir políticas intersetoriais voltadas
para melhoria da qualidade de vida, equidade na produção e no consumo de ações e serviços
de saúde, inclusão social.
O gestor municipal de saúde será informado sobre os dados para analisar, avaliar e
sugerir mudanças, caso se faça necessário, após a realização das oficinas.
5 CRONOGRAMA
Descrição das Ações / Atividades
3.1
OBJETIVO
3.2 AÇÃO/ATIVIDADE
3.1.1
Sensibilizar
gestores do
município,
profissionais de
saúde e
população
quanto à
importância das
práticas
saudáveis na
melhoria da
qualidade de
vida;
3.2.1 Sensibilização de
gestores, trabalhadores de
saúde, sociedade em geral para
a importância da promoção de
saúde e mudança de hábitos
para melhoria da qualidade de
vida;
•
Realizar reuniões e
oficinas com gestores
e profissionais de
saúde para discussão
e planejamento de
ações intersetoriais
voltadas para a
redução de agravos e
doenças do aparelho
circulatório;
•
3.1.2 Prevenir
agravos e
doenças não
transmissíveis,
através da
criação de
oficinas que
englobam
práticas físicas,
corporais e
alimentação
saudável;
Elaborar e distribuir
folders na localidade
com orientação de
boas práticas na
prevenção de
doenças do aparelho
circulatório;
3.2.2 Desenvolvimento de
práticas corporais e atividades
físicas;
3.3 META
3.4
CRONOGRAMA
•
Sensibilizar
100% dos
gestores do
distrito e
profissionais
de saúde do
PSF;
Realizar
reunião
mensal com
os
profissionais
de saúde;
Janeiro/2009
•
Panfletagem
mensal
Mensal
•
Semanalmente
(Maio à
Dezembro de
2010)
•
Nº de
atividade
física
realizada
com grupo
de risco
Semanal
•
Nº de
•
•
Realização de
caminhada que
ativam a circulação;
•
100% do
grupo
acompanha
do;
•
Realização de
•
100% do
3.5
INDICADOR
•
Mensal
•
Nº de
reuniões e
oficinas com
gestores e
profissionais
de saúde
com
resoluções
estabelecida;
Percentual
de gestores e
profissionais
que
participarão
das reuniões;
Nº de
panfletos
distribuídos;
dança que ativa a
circulação;
•
Desenvolvimento
de ginástica
preventiva;
•
Oferecer
assistência
multiprofissional
aos grupos de risco
para as doenças do
aparelho
circulatório;
Oferecer
atendimento
descentralizado
com nutricionista,
fisioterapeuta e
educador físico da
localidade do
Cumbe;
•
grupo
acompanha
do;
•
Oferecer
atividade
física;
Semanal
•
•
Oferecer
atendiment
o a 80% de
pessoas
com risco e
portadora
de doenças
do aparelho
circulatório
;
Realizar
exames
clínicos em
100% dos
usuários de
atividade
física;
Realizar
oficinas em
80% do
grupo
Mensal
•
Trimestral
•
Bimestral
(Março à
Abril/2010)
•
•
Encaminhar para
exames clínicos
preventivos (ECG
e exames
laboratoriais);
•
•
Realizar oficinas
com o grupo de
risco para
orientação quanto
ao uso correto de
medicação
prescrita;
•
Formar e orientar
grupos com
membros da
família dos
pacientes
portadores de
•
•
•
Formar e
orientar
grupo na
localidade
do Cumbe;
Trimestral
•
atividade
física
realizada
com grupo
de risco;
Percentual
de pessoas
que
aderiram a
atividade
física;
Percentual
de
consultas
realizadas
com
diagnóstico
de doenças
do aparelho
circulatório
;
Nº de
exames
realizados;
Nº de
oficinas
realizadas
com grupo
de riscos e
membros
da família;
Percentual
de
membros
da família
que
aderiram a
proposta de
supervisão
do uso
correto de
medicamen
tos;
Nº de
grupo
formado e
orientado;
•
•
•
doenças do
aparelho
circulatório, para
supervisionar o uso
correto de
medicação;
Capacitar os
agentes
comunitários para
acompanharem os
grupos de
membros da
família em relação
as orientações e
usos dos
medicamentos dos
pacientes das
doenças do
aparelho
circulatório;
Capacitação de
profissionais de
saúde para
atendimento do
grupo de risco e
portadores das
doenças do
aparelho
circulatório;
Realização de
oficinas sobre
doenças do
aparelho
circulatório e seus
fatores de risco;
•
Capacitar
100% dos
ACS’s do
Uruaú;
Mensal
(Fevereiro 2010)
•
Nº de
ACS’s
capacitados;
•
Capacitar
100% dos
profissionai
s de saúde;
Mensal
(Fevereiro 2010)
•
•
Distribuir
material
técnico para
os
profissionai
s
capacitados
;
Mensal
(Fevereiro 2010)
•
Nº de
profissionais de
saúde
capacitados
para
atendimento ao grupo
de risco e
portadores
das
doenças do
aparelho
circulatório
;
Nº de
material
teórico e
educativo
distribuídos
;
REFERÊNCIAS
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Diabetes Care, v. 27, ,. p. 55-510, jan 2004a. Suplemento 1.
BARROSO, et al., Influência da atividade física programada na pressão arterial de idosos
hipertensos sob tratamento não-farmacológico. Revista Associação de Medicina Brasileira,
GOIÁS, p. 328-333, 2008.
MACEDO, T. Viva mais e com qualidade.. Jornal OPovo, Fortaleza. Cadernos Ciência &
Saúde p. 1-5, maio. 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de políticas de Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e
diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus. Brasília, DF, 2001.
MONTEIRO, M. F.; SOBRAL FILHO, D. C.. Exercício físico e o controle da pressão
arterial. Revista Brasileira de Medicina Esporte, Pernambuco, v. 10, n. 6, p. 513-516,
nov./dez. 2004.
SILVA, et al., Controle de diabetes mellitus e hipertensão arterial com grupos de intervenção
educacional e terapêutica em seguimento ambulatorial de uma unidade básica de saúde.
Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 15, n. 3, p.180-189, set./dez. 2006.
SMELTZER, S. C, BARE, Brunner & Suddarth:. tratado de enfermagem médico-cirúrgica.
9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
TORRES, H. C; HORTALE, V. A; SCHALL, V. A experiência de jogos em grupos
operativos na educação em saúde para diabéticos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v. 19, n. 4, p. 1039-1047, jul./ago. 2003.
APÊNDICES
APENDICE 1
ROTEIRO DE ENTREVISTA
1. Nome:_________________________________________
2. Data de nascimento:____/____/____
3. Peso: ________kg
4. Altura: _______
5. Circunferência abdominal:____________
7. Sexo: ( ) M ( ) F
8. PxA:__________
6. Quadriz:____________
9. Última glicemia capilar:_________
10. Outros exames/Quais:______________________________________________________
11. Data da última consulta médica/enfermagem:____/____/____
12. Fumante: ( ) Sim ( ) Não
13. Usuário de álcool: ( ) Sim ( ) Não
14. Escolaridade:
( ) Analfabeto
( ) Ensino fundamental
15. Ocupação:________________________
16. Estado civil: ( ) Solteiro
( ) Ensino médio ( ) Ensino superior
16. Tem filhos?( ) Quantos ( ) Nenhum
( ) Casado ( ) Divorciado
17. Doenças preexistentes?( ) Diabetes
( ) Hipertensão
18. Faz o uso de medicamentos? ( ) Sim ( ) Não Quais?__________________________
19. Realiza alguma atividade física? ( ) Sim
( ) Não Quais? ( ) Caminhada ( ) Dança
( ) Ginástica 20. Com qual freqüência? ( ) Diária ( ) Semanal ( ) As vezes
21. Tem o hábito de comer frutas e verduras? ( ) Sim
( ) As vezes ( ) Não
22. Tem deficiência auditiva? ( ) Sim ( ) Não Visuais? ( ) Sim ( ) Não Seqüelas
incapacitantes com dificuldades na: ( ) Fala ( ) Locomoção
23. Gostaria de participar do Projeto de Intervenção? ( ) Sim
( ) Não
Observação: É indispensável a avaliação médica em todos os participantes das oficinas nas
realizações das atividades e/ou qualquer outro esforço físico considerando apto ou inapto para
aquela atividade.
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