ENTENDENDO AS MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS

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ENTENDENDO AS MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS
Lauana Andrade Messias 1
Aline Gonçalves Silva 2
Izabel Cristina Matos Godinho 3
Daniela Beatriz Lima Silva Viana 4
Eixo Temático: 1.Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação
tecnológica, metodológica e práticas docentes.
Agência Financiadora: IFTM- Campus Uberaba e CAPES.
Resumo
Os alunos normalmente apresentam dificuldade na compreensão de conceitos sobre
mutações cromossômicas. Uso de aulas práticas e explicações de forma contextualizada
podem auxiliar muito a aprendizagem desse conteúdo. É necessário relacionar ao nosso
cotidiano, explicar o que desencadeia determinadas síndromes que inclusive podem
acometer alguma pessoa do convívio dos alunos, e empregar meios didáticos que
impulsionem a atenção do aluno. Aliar teoria e prática é importante, e pode trazer resultados
positivos de compreensão sobre os cariótipos e os casos de mutações cromossômicas,
estabelecendo relação com sintomas apresentados pelas pessoas que portam essas
síndromes, e que não são do conhecimento de todos. De acordo com a teoria da evolução,
a vida na terra começou com a evolução da célula, a partir da qual se desenvolveram os
organismos mais simples. Estes deram origem aos organismos mais complexos. Todos os
novos genes e novas informações surgiram por mutação e recombinação (PAULA, 1999).
Segundo o Neodarwinismo, os fatores evolutivos são resultados de recombinação gênica,
que se dá por meio do crossing-over, representado por alterações na estrutura interna de
um gene propriamente dito, mais precisamente na sequência de bases nitrogenadas do
DNA. As variações resultantes geram mutações de uma espécie ocasionando a
variabilidade genética. Se o ambiente for propício a essa mutação, terá uma oportunidade
para a sobrevivência da mesma, e assim, terá a perpetuação da espécie. Se a seleção
natural não lhe for positiva, será eliminado do ambiente (PETRIN, 2015). Segundo a
primeira lei de Mendel ou lei da segregação dos fatores, cada caráter é determinado por um
par de fatores que se segrega por ocasião da formação dos gametas, indo apenas um fator
de cada par para cada gameta, que é, portanto, puro; já a segunda lei de Mendel ou lei da
segregação independente diz que os fatores para duas ou mais características segregam-se
no híbrido, distribuindo-se independentemente para os gametas, onde se combinam ao
acaso (BRUM; BICALHO, 2014). O estudo dos cromossomos revela informações valiosas
sobre a constituição genética de uma pessoa, porque cada cromossomo normal tem uma
morfologia e um tamanho muito constante (SOLARI, 1999). A prática de mutações
cromossômicas ocorreu na Escola Estadual Horizonta Lemos, em Uberaba-MG, com uma
turma do 3º ano do Ensino Médio composta por 30 alunos. As aulas ocorreram entre os
dias 20 e 28 de setembro de 2016. Nos primeiros dias foi dada uma aula teórica por meio da
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Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFTM – Campus Uberaba, [email protected].
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Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFTM – Campus Uberaba, [email protected].
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apresentação de slides em data-show, e nesse momento foram explicados conceitos e
demontradas imagens sobre cariótipos normais (diploidia) e casos de mutações gênicas
(identificados pela alteração no número dos cromossomos), como euploidia (alterações do
conteúdo genômico, com números dos cromossomos todos são duplicados) e aneuploidias
(triplicação ou deleção entre um dos pares). Logo após essa aula foram formados grupos de
5 alunos para a prática. Cada grupo recebeu três folhas: a primeira folha com os 23 pares
de cromossomos normais (como modelo para montagem); a segunda folha com alguma das
mutações nos pares, entre elas síndrome de Down, síndrome de Turner, síndrome de
Klinefelter e a translocação do cromossomo 15; e a terceira folha em branco para montagem
da mutação dos cromossomos. Os grupos começaram então a se empenhar na montagem
dos cromossomos mutantes e ao finalizarem as combinações colocavam o nome da
síndrome representada. Nos dias seguintes de aulas sobre esse tema, os alunos foram para
a sala de informática acompanhados da pibidiana e da professora supervisora. Nesse
momento os alunos tiveram a oportunidade de pesquisar, com auxílio da tecnologia e
internet, as características da síndrome que cada grupo montou em sala e identificar a
existência de pessoas de seu convívio social com essas síndromes. A atividade como um
todo contou com a participação ativa dos alunos, tendo sido observados resultados
positivos, que demonstram clareza sobre o tema e compreensão. A avaliação das folhas em
que os alunos montaram as mutações cromossômicas demonstraram não ter havido
dificuldade na montagem das mutações cromossômicas. Dúvidas que surgiram durante a
aula foram esclarecidas e aparentemente compreendidas. Isso posto, vê-se a importância
de trabalhar informações e conceitos sobre mutações cromossômicas em sala de aula de
forma dinâmica, e relacionando aspectos teóricos a exemplos práticos.
Palavras-chave: Mutações Cromossômicas, Síndromes, Prática, Tecnologia, Interação
social e Aprendizagem.
Referências
BICALHO,
L.
C.;
BRUM,
I.
V.
Apostila
Genética.
Disponível
em:
<http://www.ufjf.br/cursinho/files/2014/05/Apostila-Gen%C3%A9tica-Igor-Revisada3.pdf>.
Acesso em: 13 out. 2016.
LOPESS. 2004. Bio: volume único. 1 ed. Editora Saraiva: São Paulo.
MUNDO
EDUCAÇÃO.
2016.
Genética.
Disponível
em:
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/genetica.htm>. Acesso em 13 out. 2016.
MASCENA, J. R. 2016. Estudos citogenéticos realizados no Hospital Universitário da
UFSC
no
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de
2003
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2008.
Disponível
em:
<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/132367/20092JessikaRMascena.pdf?sequence=1>. Acesso em: 13 out. 2016.
PAULA, M. O. 1999. Mutação e seleção natural: fatores evolutivos? Disponível em:
<http://origins.swau.edu/papers/evol/marcia3/defaultp.html>. Acesso em: 13 out. 2016.
PETRIN,
Natália.
Neodarwinismo.
Disponível
em:<
http://www.estudopratico.com.br/neodarwinismo-mutacao-selecao-natural-e-isolamentoreprodutivo/>.Acesso em: 14 out.2016.
SOLARI, A. J. 1999. Genética Humana: fundamentos y Aplicaciones en medicina. 2ª
edição. Editora Médica Panamericana S.A. Buenos Aires – Argentina. 370p.
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