O RESGATE HISTÓRICO DA FACULDADE CATÓLICA DE FILOSOFIA DE SERGIPE: UM BREVE OLHAR SOBRE O CURSO DE PEDAGOGIA Nayara Alves de Oliveira Universidade Federal de Sergipe [email protected] Jorge Carvalho do Nascimento Universidade Federal de Sergipe [email protected] O presente texto tem por objetivo compreender a história da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe (FAFI) e seu Curso de Pedagogia, no período de 1950 a 1968. Esse estudo, também busca elucidar o processo de criação e as tentativas de consolidação do curso de Pedagogia nos seus primeiros meses de funcionamento, pontuando os principais acontecimentos que ocorreram durante o período de implantação, reconhecimento e funcionamento da graduação. Em se tratando de um trabalho de pesquisa histórica, o objeto de estudo foi analisado a partir de procedimentos metodológicos envolvendo a análise documental e a análise bibliográfica, ambas ancoradas nos pressupostos da Nova História Cultural. Diante da análise, a pesquisa direcionada ao eixo temático “História da profissão docente e das instituições escolares formadoras” revela que a FAFI, como era carinhosamente conhecida, foi criada em 1950 pela entidade mantenedora Sociedade Sergipana de Cultura. Junto a essa Faculdade da rede privada nasce o primeiro curso de Pedagogia do Estado de Sergipe, sendo no ano seguinte concebida a autorização para o seu funcionamento. O reconhecimento do curso pelo Governo Federal ocorreu em 1954, proporcionando a FAFI a autorização para expedir diplomas de Bacharel e Licenciatura no referido curso aceito em todo território nacional. Contudo, essa graduação só passou a funcionar efetivamente em 1968, no mesmo ano em que a FAFI foi incorporada a UFS. Palavras-chave: História da Educação, Curso de Pedagogia, Sergipe. Nesse estudo, foi selecionado como objeto de análise o primeiro curso criado em Sergipe, o qual inicialmente se encontrou vinculado à antiga Faculdade Católica de Filosofia e que em 1968 foi incorporado a Universidade Federal de Sergipe/UFS. O recorte temporal compreende o ano de sua criação (1951), ao ano de funcionamento, que só ocorre em 1968. Para tal, a investigação tem sido desenvolvida por meio de consultas a um diversificado acervo documental e bibliográfico, resgatados do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Biblioteca Central, Arquivo Central da UFS e do arquivo pertencente ao Departamento de Educação da UFS. A análise tem como referencial a metodologia de cunho historiográfico da Nova História Cultural. 2 Com o intuito de promover uma maior compreensão acerca da história do curso, faz-se necessário realizar uma breve investigação sobre a Faculdade Católica de Filosofia, instituição responsável pelo curso de Pedagogia e pela formação do magistério em Sergipe, até o ano de 1968, quando foi incorporada a Universidade Federal de Sergipe. A instalação da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe: nasce o primeiro curso de Pedagogia do Estado As décadas de 1940 e 1950 são marcadas por nítidas transformações no sistema educacional sergipano. Essas alterações se tornaram claras, mais precisamente a partir de 1947, com a posse do novo governador do Estado José Rollemberg Leite (19471951). Como afirma Araújo (1966): A instrução pública mereceu, nesta administração, todo o amparo e atenção carinhosa do governo do estado. Estava certo o governador José Rollemberg Leite de que é nas escolas que se preparam as inteligências e as energias cívicas dos povos [...] Todos os esforços, portanto, foram empregados para desenvolver o sistema educacional do estado em relação aos ensinos primário, secundário, comercial e superior. (ARAÚJO, 1966, p. 207) Nesse contexto, o crescimento no número de escolas e vagas no ensino primário, ginasial, secundário e técnico (modalidades agrícola, industrial, normal e comercial) tornou-se evidentes nessa administração. Essa expansão do ensino favoreceu o acesso não somente dos filhos da elite, mas também o ingresso dos estudantes filhos de trabalhadores. Segundo Nunes Mendonça (1958) no ano de 1943 existiam 635 escolas de diferentes modalidades distribuídas em todo o Estado, sendo que 150 estavam sob administração municipal, 361 pertencia ao poder estadual e 124 eram particulares. Em 1948 o número escolas subiu para 747, compreendendo 188 da rede municipal, 424 da rede estadual, 134 particulares e 1 de administração federal. Quanto ao ensino superior, foi também nesse período que o Governo Estadual criou duas casas de instrução superior públicas, primeiro a Faculdade de Ciências Econômicas mediante a Lei nº. 73 de 12 de novembro de 1948 e logo depois a Escola Superior de Química pela Lei nº. 86 de 25 de novembro do mesmo ano1.“Esta 3 incorporou em seus quadros mestre de grande competência que aqui viviam expatriados e o curso tornou-se referência nacional”. (DANTAS, 2004, p. 158) Infelizmente, a qualidade do ensino não conseguia acompanhar esse salto quantitativo, pois muitos professores não apresentavam uma aptidão satisfatória para desenvolver suas funções. Além disso, o número de professores titulados não conseguia suprir as necessidades do ensino, o que conseqüentemente favorecia o ingresso e concentração de professores leigos no interior das instituições. Sobre essa formação do professorado, Nunes Mendonça (1958) comenta que: O número de professores leigos, incapazes, semi-analfabetos e desinteressados é alarmante. E grande parte dos diplomados não dispõe das habilidades específicas, indispensáveis ao magistério, em virtude de formação incompleta e inadequada, e da falta de um sistema de aperfeiçoamento profissional, próprio para corrigir as deficiências de preparação [...] O número de leigos atingi a cifra de 968, ou seja, em têrmos percentuais, 67,3%, o que representa índice bem alto de improvisação [...] (MENDONÇA, 1958, p. 159) Diante desse crescimento na rede escolar e a necessidade de titular o corpo docente, tornou-se indispensável à criação de uma faculdade que formasse professores para atuar no magistério sergipano, já que, até 1950 não havia nenhum curso superior com essa finalidade. Basta lembrar, que até o momento a formação dos docentes2 (em Sergipe) era concretizada nos cursos de magistério a nível médio. Nesse período, a grande referência na formação do magistério superior no Brasil era representada pelas Faculdades de Filosofia que, segundo Fernando de Azevedo, após a criação da USP, em 1934, passou a ser a “medula” do sistema universitário, tendo por objetivo a formação de professores para o magistério secundário, normal e superior. Na concepção de Cunha (2000): (...) A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, concebida como o coração da universidade, seria o lugar onde se desenvolveriam os estudos de cultura livre e desinteressada. Nela funcionaria uma espécie de curso básico, preparatório a todas as escolas profissionais, assim como para os seus próprios cursos. Lá os alunos estudariam as matérias fundamentais de todos os cursos (matemática, física, química, biologia, estatística, economia, e outras), após o que se encaminhariam para as faculdades propriamente profissionais. (CUNHA, 2000, p. 168) 4 Não se diferenciando do contexto nacional, a instituição responsável pela formação do magistério em Sergipe também foi designada a uma Faculdade de Filosofia. Essa unidade foi batizada com o nome de Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe (FAFI), devido a sua intima ligação com os clérigos da Arquidiocese. A FAFI, como era conhecida, foi fundada em 20 de setembro de 1950, pela entidade mantenedora Sociedade Sergipana de Cultura mediante os decretos nº. 29.311, de 28/02/1951; 30.697, de 01/04/1952; 34.961, de 19/01/1954, publicados no Diário Oficial da República. Junto a essa Faculdade da rede privada nasceu o primeiro curso de Pedagogia no Estado de Sergipe. Já em 1951, é concedida a autorização para o funcionamento e concretizado o processo de sua instalação. A instituição superior começou a funcionar provisoriamente em março de 1951 no prédio emprestado do colégio Nossa Senhora de Lourdes, localizado na capital sob a licença da Ordem Sacramentina3, só passando a ter sede própria em 30 de março de 1959. Nesse momento, além do curso de Pedagogia, a Faculdade possuía outros quatro cursos (Geografia e História, Filosofia, Letras Anglo Germânicas e Matemática) habilitados para funcionar. Contudo, inicialmente só iriam funcionar os cursos de Geografia e História, Filosofia e Matemática, sendo que anos depois começaram a atuar os cursos de Letras Anglo Germânicas (1953), Letras Neo-latinas (1952) e Didática (1954). Infelizmente, não foi possível em 1951 efetivar o funcionamento do curso de Pedagogia, devido à falta de recursos financeiros da unidade de ensino e à baixa procura dos candidatos, que por motivos da precária remuneração do magistério não se sentiram extigados para ingressar nessa carreira. Como podemos verificar, mediante estudos de Nunes Mendonça (1966): [...] Quase nada se tem feito para atrair ao magistério candidatos interessados e portadores dos requisitos indispensáveis ao respectivo desempenho, bem como para facilitar a tôdas as camadas da população, principalmente aos jovens do interior, a formação pedagógica [...] O ideal das moças sergipanas, residentes na Capital ou proviniêntes da classe média nas cidades do interior, não é mais o magistério. As suas aspirações voltam-se para os cargos federais e autárquicos, hoje acessíveis a todos mediante habilitação em concurso, e para as profissões mais bem remuneradas. (MEDONÇA, 1958, p. 158) 5 Mesmo sem funcionar, o presente curso constava no Regimento4da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe, sendo caracterizado como um curso ordinário, devido a sua composição harmônica de disciplinas com conteúdos específicos para a obtenção de um diploma. O curso pertencia à Seção de Pedagogia, uma das quatro5seções fundamentais que compreendiam essa faculdade, e tinha como objetivo central formar licenciados e bacharéis, também conhecido como técnicos em educação. Essa formação de bacharel era realizada por meio de um currículo pleno, com “a duração de três anos, após os quais, adicionando-se um ano de curso de Didática, formar-se-iam os licenciados, num esquema que passou a ser conhecido como 3+16.” (SILVA, 2003, p. 11) Para adquirir o diploma de bacharel era necessário cursar durante três anos as seguintes disciplinas7: Complementos de Matemática, História da Filosofia, Sociologia, Fundamentos Biológicos da Educação, Psicologia educacional, Estatística Educacional, História da educação, Fundamentos Sociológicos da Educação, Administração Escolar, Educação Comparada e Filosofia da Educação. O curso de Didática era constituído pelas matérias de: Didática Geral, Fundamentos Biológicos da Educação, Didática Especial, Psicologia Educacional, Administração Escolar e Fundamentos Sociológicos da Educação. De acordo com CHAGAS (1976), essa estruturação do curso de Pedagogia, instituída pelo Decreto-lei 1190/39, criando a dicotomia do sistema 3+1 era uma situação artificial, visto que sua grade curricular representava um aprofundamento do próprio curso de Didática. Dessa forma, a inexistência de disciplinas específicas destinadas à formação do professor de ensino normal ou técnico em educação, representava uma distorção no curso de Pedagogia, interferindo negativamente na organização escolar. Em Sergipe, embora o curso não tenha funcionado até meados de 1967, seu reconhecimento pelo Governo Federal sucedeu em 1954 mediante o Decreto nº. 34.963, de 19/01/1954, publicado no Diário Oficial da República. Diante desse reconhecimento ficou autorizado a FAFI o conferimento de diplomas de Bacharel e Licenciado no curso de Pedagogia reconhecidos em todo território nacional. Já em 1960 iniciou a luta para que Sergipe tivesse uma universidade pública, que oferecesse um ensino gratuito de qualidade, aberta a todos as camadas sociais. Nesse processo a favor da criação, são notáveis os esforços do diretor da Faculdade Católica de Filosofia, monsenhor Luciano José Cabral Duarte8. 6 Por volta de 1967 novas propostas são ampliadas a favor do funcionamento da graduação em Pedagogia. Imediatamente, iniciou-se as atividades referente à reorganização do curso, possibilitando a construção de uma nova organização didática e disciplinar. Também teve início a elaboração dos programas para o primeiro concurso de habilitação em Pedagogia. Como podemos verificar mediante relatos, da professora Cacilda de Oliveira Barros: “Fui incumbida pelo Senhor Diretor da Faculdade Católica Dom Luciano, de organizar um curso de Pedagogia. Cheguei em dezembro e em dezembro mesmo a solicitação me foi feita. Quanto a sua organização, é claro que ele já possuía grupos, mas no tocante ao vestibular, quem organizou foi eu para editar programa para o 1º vestibular (...).” (FREITAS, et.al., 1999, p.181) Em 15 de janeiro de 1968, a secretaria da FAFI abriu as inscrições para os interessados na profissão de técnico e licenciado em Pedagogia. No ato da matrícula inicial, o candidato deveria apresentar os seguintes documentos: carteira de identidade; atestado de idoneidade moral; atestado de sanidade física e mental; certidão de nascimento; folha corrida fornecida pela Secretaria de Segurança Pública; certificado de conclusão do curso secundário; comprovante de pagamento da taxa de inscrição e para os candidatos do sexo masculinos, atestado que provasse estar em dias com as obrigações do Serviço Militar. A avaliação foi realizada no período de 16 a 24 de fevereiro por meio de provas escrita e oral, as quais exigiam noções de História geral, Pedagogia, Português, Francês ou Inglês. A apuração dos exames procedeu-se mediante a análise dos boletins das provas escritas e orais expedidos pela comissão examinadora, a qual era composta pelos professores da FAFI. Entre eles, destacam-se Juan José Rivas Pascua, João Costa, Cacilda de Oliveira Barros, Maria Thétis Nunes, Dom Luciano José Cabral Duarte e Maria Olga de Andrade. Nesse exame de seleção o número de candidatos inscritos no curso de Pedagogia conseguiu superar a concorrência dos demais cursos da faculdade. Enquanto este se apresentava na primeira posição, com 34 alunos competindo as 30 vagas oferecidas, o segundo mais concorrido, representado pelo curso de História, tinha apenas 17 candidatos, o que identificava o interesse da população pela graduação em Pedagogia, 7 em relação aos demais cursos9. Quanto ao número de alunos selecionados, somente 21 realizaram todas as provas, alcançando a aprovação. De acordo com o resultado, os candidatos aprovados no primeiro concurso de habilitação para Pedagogia, foram os seguintes: Angélica Vieira Donald, Ana Maria D. Soares, Ada Augusta C. Bezerra, Clara Angélica de O. Pôrto, Evanda Maria dos Santos, Ester Alves de Oliveira, Ione Pais, Gerson Vilas-Bôas, Janice de Oliveira Sales, Judite Oliveira Aragão, Lílian Leal do Lago, Luci Ferreira de Andrade, Luíza Nascimento Costa, Manoel Messias Pôrto, Maria José de Almeida Soares, Maria das Graças Tavares, Maria Ivanda B. Sant’anna, Maria Lúcia Souza Ramos, Nádia Fraga VilasBôas, Vera Lúcia Sobral, Vera Lúcia de A. Fontes. Como podemos observar, a primeira turma do curso de Pedagogia era composta por mais de 90% de alunos do sexo feminino. Algumas já possuíam diplomas do curso de magistério a nível médio, o que leva a crer que as professoras da época não se conformavam apenas com o curso do magistério a nível médio, realizado na Escola Normal. Com relação a esse curso, Almeida (2004) revela que a partir da década de 1950: (...) passou a dar direito de acesso ao ensino superior, descaracterizando-se assim como um curso profissionalizante para o magistério primário, equiparando-se ao outros cursos médios e proporcionando também uma educação de caráter preparatório, voltada às oportunidades que se abriam de continuação de estudos em nível superior aos normalistas, além a habilitação ao magistério. (ALMEIDA, 2004, p. 88) A primeira grade curricular do curso obedecia ao sistema de seriação, no qual dividia-se todas as disciplinas em quatro séries, e cada uma dessas séries e suas disciplinas tinham aproximadamente a duração de um ano10. Sua estrutura inicial, de acordo com o Parecer nº. 251/62 compreendia duas partes. A primeira envolvia todas as disciplinas básicas, comuns a todos os cursos do magistério; a segunda compreendia as disciplinas diversificadas e específicas para cada formação11. No primeiro ano do curso foram oferecidas cinco disciplinas, sendo que uma delas possuía a carga horária de 45 horas (Língua Portuguesa), com três créditos e as demais uma carga horária de 90 horas de aula, com seis créditos. As disciplinas da 1º série, lecionadas no período de março a novembro compreendiam: Língua Portuguesa, Sociologia Geral, Psicologia Geral, Introdução a Filosofia e História da Educação. 8 As aulas do curso iniciaram em março de 1968, o horário das disciplinas ficaram distribuídas de segunda a sexta no turno matutino das 8 às 12 horas, em virtude do espaço físico do prédio da FAFI, que não conseguia comportar todos os cursos e o Colégio de Aplicação que funcionavam no mesmo imóvel no período da tarde12. O corpo docente formado para o primeiro ano de funcionamento do curso era constituído pelos professores: Luciano José Cabral Duarte, José Stanikowski, Ovídio Valois Correia, Juan José Rivas Páscua, João Costa e João Augusto de Souza Leão de A. Bastos. Com a instalação da Universidade Federal de Sergipe em 30 de abril de 1968, (um mês após o início das aulas do curso) a FAFI, assim como as demais13 faculdades isoladas do estado, foi incorporada a recente instituição, desdobrando-a em três unidades: Faculdade de Educação, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e Instituto de Letras, Artes e Comunicação. Diante dessa afirmação, Santos (1999) destaca que: (...) Instituída pelo Decreto-Lei n° 269, de 28 de fevereiro de 1967, do então presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, sob a forma de Fundação, a Universidade Federal de Sergipe só veio a ser instalada em 30 de abril de 1968, incorporando os bens móveis e imóveis das Faculdades isoladas, além de seus alunos, professores e técnico-administrativos. (SANTOS, 1999, p. 13). Diante desse acontecimento, a primeira turma do Curso de Pedagogia em Sergipe (1968 a 1971) tendo iniciado a graduação na antiga FAFI, foi incorporada à nova universidade, concluindo a graduação na recente UFS. Essa nova proposta passou a vigorar com grande aceitação pelos estudantes de Pedagogia, proporcionando a expectativa de aperfeiçoamento do curso e germinando as esperanças de um futuro melhor para a docência no Estado. NOTAS 1 Informações registradas na obra: WYNNE, João Pires. História de Sergipe (1930 a 1972). Vol. 2, Rio de Janeiro: Pongetti, 1973. 2 Os cursos do magistério a nível médio eram realizados nas Escolas Normais e destinados unicamente, a formação do professor primário. 3 A congregação religiosa das Irmãs Sacramentina era responsável pelo Colégio Nossa Senhora de Lourdes. 4 Não foi encontrada data no Regimento da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe. 5 As quatro seções eram: seção de ciência, seção de letras, seção de filosofia e seção de pedagogia. 6 O sistema “3+1”, caracterizava os 3 anos do curso de Pedagogia que eram necessários para obter o diploma de bacharelado e 1 ano de curso de Didática que lhe dava acesso ao diploma de licenciatura. 9 7 Disciplinas pertencentes ao currículo mínimo para obtenção do diploma de bacharel em Pedagogia, de acordo com o Decreto-Lei 1.119/39, Cap. III, art. 20 de 4 de abril de 1939. 8 Informações registradas na obra: SANTOS, Lenalda; OLIVA, Terezinha. Para Conhecer a História de Sergipe. Aracaju/SE: Opção, 1998. 9 Dados apresentados pelo Relatório da Inspetoria Federal, referente ao concurso de habilitação da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe em 1968. 10 Nesse período o curso de Pedagogia tinha a duração de 4 anos, e cada ano compreendia uma série. 11 Havia disciplinas específicas para a formação em: Orientação Educacional, Supervisão Educacional, Inspeção Educacional, Magistério. 12 Como já foi citado anteriormente, a FAFI funcionava no prédio emprestado do colégio Nossa Senhora de Lourdes, localizado na capital. Em 30 de março de 1959 a instituição superior ganhou uma sede própria, situada na Rua de Campos. 13 Faculdade de Medicina, de Serviço Social, Escola de Química, Faculdade de Direito e Faculdade de Ciências Econômicas de Sergipe. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Jane Soares. Mulheres na Educação: Missão, Vocação e Destino? In. SAVIANI, Dermeval; ALMEIDA, Jane Soares de; SOUZA, Rosa Fátima de; VALDEMARIN, Vera Tereza. 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Documentos oficiais -Ofício nº. 068/68, o qual relata o desmembramento da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe em três unidades: Faculdade de Educação, Instituto de Letras e Artes e Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. 11 -Histórico da Faculdade de Filosofia, anexo ao documento que visa à incorporação da FAFI a UFS. -Livro de matrícula dos alunos de Pedagogia que ingressaram na UFS em 1968. - Relatório da Inspeção federal, referente ao Concurso de Habilitação da FAFI no ano de 1968. - Regimento da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe, sem data. - A grade curricular do curso de Pedagogia de 1968. - Ata de matrícula dos alunos do curso de Pedagogia de 1968.