UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS HOSPITAL DA MULHER “PROF. DR. JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI” CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER – CAISM COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH CI 013/16 Para: Diretoria Clínica De: CCIH/CAISM Data: 15 de abril de 2016 Assunto: Condutas nas Precauções por Contato e Gotículas na Unidade de Internação na Síndrome Respiratória Aguda Grave e Síndrome Gripal c/c: Diretoria Executiva do CAISM, Diretoria Associada, Diretoria da DAAP, Diretoria da Divisão de Enfermagem, Divisão de Neonatologia, Divisão de Obstetrícia, Divisão de Oncologia, Divisão de Ginecologia Aspectos Clínicos: O período de incubação da influenza dura de um a quatro dias. A transmissibilidade em adultos ocorre principalmente 24 horas antes do início dos sintomas e dura até três dias após o final da febre. Nas crianças pode durar em média dez dias, podendo se prolongar por mais tempo em pacientes imunossuprimidos. Com objetivo de reduzir o risco de transmissão do vírus influenza A (H1N1, H3N2, H7N9) no ambiente de assistência à saúde, recomendamos que para o atendimento dos casos suspeitos de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) sejam seguidas a seguintes orientações: Precaução padrão: A implementação da precaução padrão constitui a principal medida de prevenção da transmissão entre pacientes e profissionais de saúde e deve ser adotada no cuidado de todos os pacientes, independentemente dos fatores de risco ou doença de base. ORIGINAL ASSINADO NA CCIH UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS HOSPITAL DA MULHER “PROF. DR. JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI” CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER – CAISM COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH Precauções para gotículas Além da precaução padrão, devem ser implantadas as precauções para gotículas, que devem ser utilizadas para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por influenza. As gotículas respiratórias (> 5 μm de tamanho), provocadas por tosse, espirro ou fala, não se propagam por mais de 1 metro da fonte e relacionam-se à transmissão de contato da gotícula com mucosa ou conjuntiva da boca ou nariz de indivíduo susceptível. Para adultos internados manter as precauções por tempo mínimo de 7 dias e até 24 hs do desaparecimento de sintomas respiratórios e febre. Para RN com sintomas respiratórios com suspeita de síndrome gripal manter precauções até 14 dias do inicio de uso de oseltamivir e remissão dos sintomas. Para RN filho de mãe com síndrome gripal internado na unidade neonatal por outras causas sem sintoma respiratório, manter em precaução por tempo mínimo de 7 dias e se não desenvolver sintomas, suspender a precaução após este período Precauções por aerossóis: Indicado para realização de procedimentos que geram aerossóis (partículas < 5 μm) que podem ficar suspensas no ar por longos períodos; são exemplos: intubação, aspiração de tubo traqueal, nebulização), nesse caso recomenda-se: • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) – avental e luvas, óculos e máscara [respirador] tipo N95, N99, PFF2 ou PFF3 – pelo profissional de saúde durante o procedimento de assistência ao paciente. • Manter paciente preferencialmente em quarto privativo. ORIGINAL ASSINADO NA CCIH UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS HOSPITAL DA MULHER “PROF. DR. JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI” CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER – CAISM COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH • Uso de máscara (respirador) tipo N95, N99, PFF2 ou PFF3 pelo profissional de saúde ao entrar no quarto. Acomodação nas Unidades de Internação Adulto e Neonatal Fica autorizado o uso de um mesmo quarto para internação de duas pacientes com suspeita de Síndrome Gripal (coorte), desde que respeitada distância mínima entre leitos (1,0m) e ocorra adesão às precauções padrão e gotículas por profissionais da saúde. Transporte do Paciente com suspeita de Síndrome Gripal • Utilizar máscara cirúrgica no paciente durante todo transporte até o retorno no quarto. Manejo do Recém Nascido de Mãe Influenza ou Suspeita Clínica Mãe/puérpera com sintomas de influenza e RN clinicamente estável • Manter preferencialmente o binômio em quarto privativo. • Manter distância mínima do berço do RN e mãe de 1 metro. • Orientar a realizar etiqueta respiratória. • Orientar a higienização das mãos imediatamente após tocar nariz, boca e sempre antes do cuidado com o RN. • Orientar o uso de máscara cirúrgica durante o cuidado e a amamentação do RN • Profissional de saúde ao atender a puérpera e RN deve seguir as orientações de precaução padrão e gotículas. ORIGINAL ASSINADO NA CCIH UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS HOSPITAL DA MULHER “PROF. DR. JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI” CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER – CAISM COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH • Caso a puérpera precise circular em áreas comuns do hospital, utilizar máscara cirúrgica. RN/Criança hospitalizada com sintomas de influenza • Utilizar preferencialmente quarto privativo ou distância mínima entre leitos de 1 metro. • Em Unidade Neonatal o quarto privativo poderá ser substituído pelo uso de incubadora mantendo as demais orientações quanto à distância entre leitos e à adesão às precauções por gotículas e padrão por profissionais da saúde. • Orientar pais ou acompanhante a higienizar as mãos antes e após tocar na criança ou após tocar no espaço perileito. • Caso o acompanhante apresente sintomas respiratórios, orientar etiqueta respiratória, com higienização das mãos, utilizar máscara cirúrgica em áreas compartilhadas por outros pacientes ou profissionais da saúde. • Manter precauções por tempo mínimo de 14 dias; suspender as precauções após esse período nos casos com remissão dos sintomas respiratórios e tempo mínimo de 24 horas sem febre. Recomendações específicas para RN internados na Unidade de Internação Neonatal (UTI/UCI) filhos de Mãe com SRAG ou Síndrome Gripal: Precauções padrão e gotículas Para RN com sintomas respiratórios, filho de mãe com síndrome gripal ou SRAG, manter precauções por gotículas até 14 dias do inicio de ORIGINAL ASSINADO NA CCIH UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS HOSPITAL DA MULHER “PROF. DR. JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI” CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER – CAISM COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH uso de oseltamivir e remissão dos sintomas. Caso permaneça sintomas respiratórios e/ou febre, manter as precauções. Para RN filho de mãe com síndrome gripal internado na unidade neonatal por outras causas sem sintoma respiratório, manter em precaução por tempo mínimo de 7 dias e se não desenvolver sintomas, suspender a precaução após este período. Não tocar com a luva no ambiente externo ao berço durante a assistência ao RN. Materiais para o cuidado do RN devem ser separados previamente e dispostos em mesa auxiliar a qual deverá ser limpa e desinfetada com quaternário de amônio após o uso. A reposição de itens armazenados no armário/gaveta de berço poderá ser realizada sem o uso de luvas desde que o profissional garanta reposição individual por leito com higienização de mãos prévia e posteriormente ao toque no ambiente perileito. Informações adicionais consultar: Protocolo de Tratamento de Influenza 2015 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de tratamento de Influenza: 2015 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Modo de acesso: World Wide Web: <www.saude.gov.br/bvs>ISBN 978-85334-2341-1 1. Influenza humana – diagnóstico. 2. Influenza humana – prevenção & controle. 3. Influenza humana – epidemiologia. I. Título. CDU 616.98 Atenciosamente, ORIGINAL ASSINADO NA CCIH UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS HOSPITAL DA MULHER “PROF. DR. JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI” CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER – CAISM COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH Profª. Drª. Roseli Vanessa A. Vilas Vanessa F. S. Calil Boas Banhesse Presidente da Enfermeira Enfermeira CCIH/CAISM CCIH/CAISM CCIH/CAISM CRM 56694 / Matr. Coren-SP 120474 / Coren-SP 382084 / 239097 Matr. 296938 Matr. 306040 ORIGINAL ASSINADO NA CCIH