Contribuições Cemig Consulta Pública CP009 - Contribuições para análise dos impactos da aplicação do Decreto nº 97.280, de 16 de dezembro de 1988 (padronização das tensões). Belo Horizonte – 30 de Março/2012 1) Introdução: O art. 1º do Decreto no 97.280, de 16 de dezembro de 1988, alterou o inciso III e o § 2º do art. 47 do Decreto no 47.019, de 26 de fevereiro de 1957, estabelecendo as seguintes tensões nominais padronizadas: - transmissão e subtransmissão: 750; 500; 230; 138; 69; 34,5; 13,8 kV - distribuição primária em redes públicas: 34,5 e 13,8 kV - distribuição secundária em redes públicas: 380/220 e 220/127 volts, em redes trifásicas; 440/220 e 254/127 volts, em redes monofásicasA ANEEL através da Consulta Pública 009/2012, disponibilizou as constatações preliminares sobre os eventuais impactos da aplicação do Decreto nº 97.280, de 16 de dezembro de 1988, mostrando os possíveis cenários para padronização das tensões de distribuição de energia elétrica no Brasil, no sentido de buscar, por meio desta CP dados e contribuições dos agentes quanto aos impactos econômicos, sociais e técnicos da eventual uniformização das tensões. Entretanto, como a própria agência apresenta através da Nota Técnica 075/2011, não existem estudos conclusivos a respeito dos problemas com o uso de algumas tensões não padronizadas, bem como sobre as vantagens de uma padronização restrita às tensões estabelecidas pelo Decreto. A Cemig D entende que tendo em vista que o Sistema Elétrico já se encontra consolidado, e que a alocação de investimentos vultosos necessita de estudos mais consolidados além de prazo para a adequação do setor; apresenta como sugestão que sejam padronizadas também as tensões atualmente utilizadas, eliminando o conflito existente entre os níveis de tensão constantes no art. 47 do Decreto nº 41.019/57 e a realidade dos sistemas de distribuição do país. Adicionalmente, a eliminação de alguma tensão poderia ser motivada por interesse da distribuidora, buscando a otimização de seu sistema de forma a facilitar a padronização de equipamentos, materiais, operação do sistema, etc.; ou pela constatação da existência de problemas na no fornecimento e utilização da energia; 2) Dados da Cemig Em complementação às informações da Cemig D, apresentadas pela ANEEL no Anexo I da NT 075/2011, é importante mencionar outras instalações da Cemig em tensões diferentes das tensões padronizadas pelo Decreto. nº 97.280, de 16 de dezembro de 1988, quais sejam: LTs Ipatinga 1 – UHE Salto Grande e Ipatinga 1 – Ipatinga 2 161 kV que interligam instalações de Geração à Transmissão e Distribuição neste nível de tensão, instalações essas que possuem plano de modernização, contemplando a mudança do nível de tensão dos equipamentos correlatos para o nível de 138 kV, seja em G, T, e D, devido ao programa de modernização da Usina de Salto Grande. 1.967 Km de Linhas de Transmissão da Cemig GT em 345 kV, bem como instalações de Geração em 345, 300 e 289 kV (detalhados nas tabelas 1, 2, e 3). Tabela 1 Tensões citadas como não padronizadas pelo Decreto nº 97.280 de 16/12/1988 Resumo: Total de Linhas operando em 345 kV 22 LTs Extensão (km) 1967,783 39,48% da Transmissão Cemig (km) Quant. Trafos Transmissão 95 Quant. Trafos Tensão não padronizada 33 Quantidade (% ) 34,74% Potencia Total (MVA) 32441,9 Potencia Trafos Tensão não padronizada 5838,4 (MVA) % 18,00% Tabela 2 Sintese: Total de Linhas operando em 345 kV 22 LTs Extensão (km) 1967,783 39,48% da Transmissão Cemig (km) LTs DE 345 kV Nome Barbacena 2- Juiz de Fora 1 Extensão (km) 74,4 Barbacena 2- Lafaiete 1 62,48 Barbacena 2 - Pimenta 231,04 Barreiro - Neves 1 31,65 Barreiro - Taquaril 17,6 Jaguara – LC Barreto 23,971 Jaguara - Pimenta (LT1) 181,86 Jaguara - Pimenta (LT2) 182,05 Jaguara - Volta Grande 89,24 Jeceaba - Ouro Preto 2 58,161 Jeceaba – Conselheiro Lafaiete 1 27,571 LT1 Jaguara ab - Jaguara 500 kV 0,9 LT2 Jaguara ab - Jaguara 500 kV 0,7 LT3 Jaguara ab - Jaguara 500 kV 0,7 TOTAL =22 LTs 39,48% da Transmissão Cemig (km) Montes Claros 2 - Varzea da Palma 149,46 Neves 1 - Taquaril 43,43 Neves 1 - Três Marias 225,42 Ouro Preto 2 - Taquaril 53,65 Pimenta - Taquaril 216 Pirapora 2 - Varzea da Palma 1 35,14 São Gotardo 2 - Três Marias 166,05 Três Marias - Varzea da Palma 1 96,31 TOTAL 1967,783 . Sintese: Quant. Trafos 95 Quant. Trafos Tensão não padronizada 33 % 34,74% Potencia Total (MVA) 32441,9 Potencia Trafos Tensão não padronizada % (MVA) 5838,4 18,00% Tabela 3 TENSÃO RELAÇÃO DOS TRANSFORMADORES EM OPERAÇÃO DA TRANSMISSÃO RELAÇÃO DE LOCAL EQ. TENSÃO 138 Subtotal 161 Ipatinga 1 230 Subtotal Três Marias 300 18 T2 138 14 120,00 937,400 287,7 / 138 40,00 Três Marias T12 300 / 138 150,00 Três Marias T13 300 / 138 150,00 Subtotal 345 378,900 161 / T11 POTÊNCIA 3 340,000 Barbacena 2 T1 345 / 138 150,00 Barbacena 2 T2 345 / 138 150,00 Barreiro 1 T1 330 / 144,9 150,00 Barreiro 1 T2 330 / 144,9 150,00 Barreiro 1 T5 345 / 138 375,00 Itutinga (345kV) T1 345 / 138 225,00 Itutinga (345kV) T2 345 / 138 225,00 Jaguara T7 362,25 / 152 150,00 Jaguara T8 362,25 / 152 150,00 Juiz de Fora 1 T3 345 / 138 150,00 Juiz de Fora 1 T4 345 / 138 150,00 Juiz de Fora 1 T5 345 / 138 150,00 Lafaiete T3 345 / 138 150,00 Lafaiete T4 345 / 138 150,00 Lafaiete T6 345 / 138 150,00 Montes Claros 2 T3 345 / 138 150,00 500 Montes Claros 2 T4 345 / 138 150,00 Montes Claros 2 T5 345 / 138 150,00 Pimenta T1 345 / 138 150,00 Pimenta T2 345 / 138 150,00 Taquaril T1 345 / 230 225,00 Taquaril T2 345 / 230 225,00 Taquaril T3 345 / 138 225,00 Taquaril T4 345 / 138 225,00 Taquaril T5 345 / 230 225,00 Três Marias T10 362 / 303 428,40 Varzea Palma 1 T3 345 / 138 150,00 Varzea Palma 1 T4 345 / 138 150,00 Varzea Palma 1 T5 345 / 138 150,00 Subtotal Total Cemig 26 95 9000,000 30142,2 32441,9 2.1 – Níveis de tensão de distribuição primária em redes públicas A Cemig D possui uma extensa rede de distribuição em tensão de 22 kV na região de Juiz de Fora, envolvendo ativos de Geração, Transmissão e Distribuição, esses últimos em escala significativa. PCHs em média tensão: • • • • • • Anil – 34,5 kV; Joasal – 23 kV; Marmelos – 23 kV; Martins – 34,5 kV; Paciência – 23 kV; Salto de Moraes – 33 kV; 2.2 – Níveis de tensão de distribuição secundária em redes públicas A Cemig D possui 609.000 transformadores monofásicos em tensões de 240/120 V. 3) Comentários 1) A alteração das tensões de distribuições para adequação ao Decreto nº 97.280, de 16 de dezembro de 1988, implicará em investimentos na troca de ativos tanto em usinas hidrelétricas, como em subestações de transmissão e de distribuição, além de LTs e redes de distribuição em várias regiões do estado de Minas Gerais. Tais investimentos serão significativos e a forma de sua realização, bem como de sua remuneração deverão ser equacionadas satisfatoriamente antes de qualquer ação a ser tomada pela ANEEL; 2) 3) 4) 5) Observa-se que poderá ocorrer colapso no setor de energia durante a realização das substituições dos níveis de tensão, por falta de mão de obra e equipamentos e necessidade de aplicação de técnicas de engenharia adequadas ao grande volume de obras desta demanda – projeto, construção, operação e manutenção; Associado a isto, existem vários programas em andamento, tais como obras para copa do mundo, melhoria e modernização da transmissão, obras para o PDD, novas licitação e novos acessantes. Observa-se também a possibilidade de existência de instalações em níveis de tensão com dificuldades técnicas de operação e manutenção, segurança, qualidade, perdas e outros aspectos, onde seria interessante a análise e execução de ações pertinentes, de forma individual e que atenderiam à padronização da tensão ensejada. Não fica muito claro como tratar as tensões de Geração, ou seja, as tensões da bobina dos geradores, tais como 2,2 kV; 4,65 kV; 6,6 kV, 16,5 kV, etc. 4) Questões para Discussão – Nota Técnica 075/2011 1. Baixa Tensão 1.1. Quais níveis de tensão BT devem ser os padronizados? Cemig: este é um problema complexo e de difícil resposta, pois envolve análise sistêmica acurada e muitas vezes pontual, como é o caso da Cemig D, que possui Redes Monofásicas em 240/120 V, com cerca de 609.000 transformadores monofásicos. Vale ressaltar que não existe comprovação de que a possível troca/padronização deste nível de tensão acarretará melhorias visíveis no funcionamento da maioria dos aparelhos elétricos que possuem ótimo desempenho na faixa de tensão 240/120V. Portanto, devida à quantidade de transformadores monofásicos e equipamentos associados, entende-se que não é oportuna a eliminação desta tensão, sugerindo que a mesma seja oficialmente padronizada. 1.2. A tensão padronizada em BT deve ser a mesma em todo território nacional? Cemig: poder-se-ia afirmar que uma rede padronizada seria ideal, sob vários aspectos, inclusive alguns identificados e apontados na NT 075/2011. Porém, mais uma vez, tal medida deve ser cercada de cuidados devido aos impactos de sua implementação, incluindo entre outros, o mais significativo, qual seja, os custos envolvidos. 1.3. Quais os impactos da falta de padronização das tensões (principalmente em BT) para os consumidores? Há dados confiáveis acerca dos prejuízos relativos à redução da vida útil, queima de equipamentos, mau funcionamento e ineficiência energética oriundos da atual configuração de tensões no país? Cemig: não se tem conhecimento de causa e dados suficientes para fundamentar uma resposta interessante e eficaz para os temas. 1.4. Quais os ganhos com eliminação de barreiras técnicas ao livre comércio de equipamentos eletroeletrônicos com a padronização das tensões? Quais os valores de tensão padronizada (BT) apresentariam maiores ganhos dessa natureza? Cemig: não se tem conhecimento de causa e dados suficientes para fundamentar uma resposta eficaz para os temas. 1.5. Ainda no que tange à mensuração/quantificação, quais as melhores formas de avaliar os benefícios com: redução de perdas técnicas pela padronização em um nível de tensão mais elevado; aumento de capacidade da rede e consequente postergação de investimentos; e melhoria do nível de tensão? Cemig: não se tem conhecimento de causa e dados suficientes para fundamentar uma resposta eficaz para os temas. 1.6. Além dos benefícios já explicitados na presente Nota Técnica, que benefícios adicionais podem ser esperados com a padronização das tensões BT? Fl. 11 da Nota Técnica no 0075/2011–SRD/ANEEL, de 21/12/2011. Cemig: neste quesito, cabe ressaltar que a despeito dos benefícios apresentados, não se tem evidencias concretas quanto aos ganhos citados no item 31 na presente NT. Observa-se também, no caso da Cemig D, que embora tenham instalados transformadores em tensão não padronizadas de acordo com o Decreto 97.280, de 16 de dezembro de 1988, em 240/120 V, internamente o sistema é padronizado, com toda flexibilidade para trocas e substituições, etc. Quanto aos possíveis outros benefícios, é necessária uma análise profunda envolvendo os setores correlatos para identificar e quantificar estes novos benefícios. 1.7. Quais os custos decorrentes de interrupções para realização dos serviços de troca do nível de tensão? Quais as formas, monetárias ou não, de se quantificar esses problemas? Cemig: entre os custos identificados, podem ser citados por exemplo; o custo social da interrupção da energia para execução das obras, a não arrecadação da receita de energia pela concessionária, os impactos nos indicadores de continuidade e até mesmo, os investimentos vultosos com o custo das substituições das instalações. 1.8. Na análise dos eventuais impactos tarifários da padronização das tensões apresentada no ANEXO II não foram considerados os benefícios com postergação de investimentos. Tais benefícios seriam expressivos? Como mensurá-los? Cemig: em se executando as substituições em questão, entende-se que haveria a necessidade de antecipação dos investimentos. Além disto, tais recursos devem constar nos programas de investimentos das Distribuidoras para os próximos anos, ou ciclos tarifários. 1.9. Quais ações poderiam diminuir os custos envolvidos na padronização das tensões? Cemig: nesta primeira análise superficial pode-se afirmar que não existem ações para redução dos custos. Talvez a execução de obras em maior escala, poderia propiciar alguma redução de custos, entretanto, existirão problemas com disponibilização em quantidade de equipamentos e mão de obra, fato que poderá acirrar ainda mais os problemas de custos. 1.10. Quais ações poderiam majorar os benefícios envolvidos na padronização das tensões? Cemig: Não se tem conhecimento de causa e dados suficientes para fundamentar uma resposta eficaz para este quesito. 2. Média Tensão 2.1. Quais níveis de tensão AT e MT devem ser os padronizados? Favor justificar. Cemig: Levando em consideração aspectos tais como, áreas delimitadas e de complexidade impar para substituições de equipamentos, aumento de perdas no caso de redução da tensão do sistema, inviabilidade técnica, custos elevados, segurança, etc, é extremamente difícil apresentar uma resposta fundamentada diante da relevância do quesito. A Cemig entende que deverá ser padronizados também os níveis de tensão de 345kV; 34, kV; 23 kV; 33 kV e 240/120 V (vide justificativas apresentadas no item 2 da presente contribuição) 2.2. A padronização da AT e MT deve ser a mesma em todo território nacional? Cemig: poder-se-ia afirmar que uma rede padronizada seria ideal sob aspectos variados, inclusive alguns identificados e apontados na Nota Técnica da ANEEL, porém, mais uma vez, tal medida deve ser cercada de cuidados devido aos impactos de sua implementação, incluindo entre outros, o mais significativo que são os custos envolvidos. 2.3. Em que sentido a padronização da AT e MT aumentam a flexibilidade operativa das redes de distribuição? Quais os reais benefícios desse aumento? Como mensurálos? Cemig: Para as tensões em média tensão, o entendimento é que o sistema interno da empresa sendo padronizado já irá resultar em ganho de escala, independente se as tensões adotadas estão ou não dentro das tensões padronizadas conforme decreto. 2.4. Para MT, os impactos nas tarifas de energia elétrica de uma eventual padronização podem ser elevados. Além dos aspectos já abordados nesta Nota Técnica, há elementos que possam justificar a padronização de redes de MT somente em 13,8 ou 34,5 kV? Cemig: não se tem conhecimento de causa e dados suficientes para fundamentar uma resposta eficaz para este quesito. 3. Cenários 3.1. Como devem ser estabelecidos os cenários para comparação dos impactos da padronização das tensões? Cemig: Em relação aos cenários apresentados pela NT, verifica-se que existem também vários fatores a serem considerados, tais como: - depreciação; - disponibilidade de materiais, equipamentos, e mão de obra no mercado nos próximos anos; - necessidade de substituições de materiais e equipamentos associados aos equipamentos principais; - relação com as despesas operacionais; - relação com os consumidores; - a priorização dos cenários deverá levar em conta obras/programas em andamento; 3.2. No caso de se considerar quatro cenários, de acordo com as tensões a serem padronizadas, haveria a necessidade de inclusão de subcenários? Como eles deveriam ser formados? Cemig: além das colocações feitas no item anterior, no caso de se considerar um quarto cenário, poderiam ser consideradas as substituições de equipamentos com tempo de operação superior ao tempo de depreciação regulatório. 3.3. Qual ferramenta de análise dos critérios (relação custo-benefício, análise de multicritérios etc.) seria mais apropriada para a correta mensuração e comparação dos impactos positivos e negativos? Fl. 12 da Nota Técnica no 0075/2011–SRD/ANEEL, de 21/12/2011. Cemig: sem contribuições 4. Embasamento e formas de atuação 4.1. A realização de projetos piloto de padronização das tensões poderia ser uma ferramenta efetiva para avaliar a necessidade e modo de atuação? Como deveriam ser implementados? Cemig: sim. Uma possibilidade a se avaliar é a atuação conjunta da ANEEL e outras entidades comprometidas com o tema, para implementação em uma ou mais empresas que possuam uma quantidade suficiente de instalações a serem modificadas, para serem implementado(s) o(s) projeto(s) piloto(s) com caso(s) real(is). 4.2. A realização de ações de P&D poderia ser uma ferramenta efetiva para melhor conhecimento do assunto? Caso positivo, que tipo de ações deveriam ser desenvolvidas? Cemig: ações ligados à projetos de P&D devem ser considerados, pois se forem planejadas e acompanhadas de maneira eficaz pelos órgãos envolvidos, notadamente a ANEEL, podem produzir fundamentos sustentáveis para suportar os benefícios e impactos já vislumbrados na documentação disponibilizada, dirimir as dúvidas suscitadas, além da possibilidade de se encontrar outros aspectos positivos para implantação da padronização com o mínimo de riscos. As ações de P&D poderiam ser implantadas também, nas instalações e equipamentos de uso final – residencial, comercial e industrial – para identificação e sedimentação de benefícios e minimização de riscos com a padronização ensejada. 4.3. Há estudos realizados em outros países para avaliação da padronização das tensões? O que esses estudos concluem? Como podem ser aplicados à realidade brasileira? Cemig: não se tem conhecimento de causa e dados suficientes para fundamentar uma resposta eficaz para este quesito. 4.4. Como a ANEEL deve interagir com outras instituições (INMETRO, ABNT, Ministérios) para melhorar a adequação entre os equipamentos eletroeletrônicos comercializados no país e as tensões nominais de distribuição? Cemig: Sugere-se uma aproximação técnica através da criação de grupos de discussão e análise, para tornar o tema mais claro, sedimentado por forças dedicadas e talvez com experiência suficiente para propor formas de implantação, mudanças no decreto e até mesmo sua revogação. 5) Conclusão Diante do atual cenário nacional, fica cada vez mais evidente a inviabilidade da implantação de projetos em grande escala tais como seriam as obras para a padronização das tensões. A busca da eficiência deve prevalecer, e questões tais como segurança e confiabilidade devem estar atreladas às justificativas de tais investimentos. Além disto, é sabido que existem questões prementes a serem implementadas em médio e longo prazo no setor elétrico de distribuição, transmissão e geração. Neste contexto, verifica-se que o momento atual é de reformas estruturais para atender ao suprimento e à Copa de 2014, ensejando investimentos significativos para os próximos anos. Desta forma, a Cemig reitera sua posição para que sejam analisadas e padronizadas as tensões em uso no sistema elétrico nacional. Bem como, para sedimentar as discussões e fundamentar as mudanças propostas no decreto, sejam criados grupos técnicos de pesquisa, com o envolvimento de vários segmentos do setor elétrico.