Corte no sobreaviso gera mais riscos de acidentes e apagão

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07/04/2016
Corte no sobreaviso gera mais
riscos de acidentes e apagão
Com lucro líquido de R$ 2,5 bilhões em 2015, a
Cemig continua a realizar, ao longo deste ano, uma série de redução de custos que coloca em xeque a segurança dos eletricitários e da população, além de promover mais baixa na qualidade dos serviços.
O Sindieletro apurou que, em diversas áreas, o orçamento da empresa para os sobreavisos a partir de 2016 é
zero. Os trabalhadores já estão sentindo o drama: cortes
de 50% e até 100% em sobreavisos de eletricitários das
áreas meio e áreas fim.
Desumano - Conforme trabalhadores ouvidos pelo
Sindieletro, em alguns setores operacionais, a redução
chegou à metade das equipes, mas em outras o sobreaviso foi praticamente extinto.
Para quem continua sendo convocado, a sobrecarga de trabalho ficou maior. Na Região Metropolitana
de BH, por exemplo, há casos de trabalhadores que são
obrigados a atender mais cidades, chegando a viajar até
150 quilômetros. Um eletricista conta que “há mais sobrecarga e quando chove a situação é desumana”.
Risco de apagão no sistema - Na área de TI, a Cemig cortou geral o orçamento para os sobreavisos. O
setor é responsável por toda a área de Telecomunicação
e Informática da empresa em todo o Estado, incluindo
sistemas imprescindíveis para o bom funcionamento
dos serviços e a segurança dos trabalhadores, da popu-
lação e até dos equipamentos da rede elétrica.
Um exemplo: a Cemig usa o sistema operacional
Linux. Nele estão hospedados, entre outras aplicações,
o site do Sistema GDis, sistema responsável pelo despacho das equipes para atendimento às solicitações e/
ou reclamações dos consumidores no campo, execução
de manobras na rede elétrica e quaisquer atividades que
demandem a presença de uma equipe de eletricistas.
Da forma como está, se houver alguma falha no
Linux fora do horário comercial, o sistema GDis poderá ficar inacessível para o COD, CAC e empreiteiras,
impedindo o envio dos serviços e a troca de mensagens
com o campo. Essa falta de comunicação, além de gerar
prejuízos financeiros para a empresa, representa custos
maiores que os valores pagos aos sobreavisados. Podem, ainda, gerar sérios problemas no campo, colocando em risco a integridade física dos trabalhadores e da
população em geral.
Por todos esses motivos, o sobreaviso é essencial
para o bom funcionamento do sistema e segurança,
além de garantir que as perdas financeiras sejam minimizadas, quando houver problemas. Por isso, o sobreaviso não poderia ser negligenciado pela Cemig.
RH/RT - Procuramos a Gerência de Relações Sindicais e de Trabalho (RH/RT), por telefone e por e-mail,
para cobrar um posicionamento da empresa, mas não
houve resposta.
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