Diapositivo 1 - Secção de Neonatologia SPP

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O impacto da extrema
prematuridade na vigilância
europeia da paralisia cerebral
Daniel Virella – UCIN, Hospital Dona Estefânia, CHLC, EPE
Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral
Surveillance of Cerebral Palsy in Europe
Sumário
• Definição de paralisia cerebral
• SCPE – Surveillance of Cerebral Palsy in Europe
• O Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral
• A paralisia cerebral na extrema prematuridade em Portugal
• A paralisia cerebral na extrema prematuridade na Europa
• A paralisia cerebral na extrema prematuridade em registos
não europeus
• Alguns aspectos sobre predição da paralisia cerebral
• Conclusões
Definição de Paralisia Cerebral
• A paralisia cerebral (PC) é um grupo de perturbações do
desenvolvimento do movimento e da postura, causando
limitação
da
actividade,
alteração/lesão/anomalia
não
atribuídas
a
uma
progressiva
do
desenvolvimento do cérebro imaturo e em desenvolvimento
do feto ou da criança. As alterações motoras são
frequentemente acompanhadas de défices sensoriais, da
cognição, comunicação, percepção e/ou do comportamento
e de epilepsia. (Developmental Medicine & Child Neurology
2005, 47: 571–576)
Definição de Paralisia Cerebral
• A paralisia cerebral (PC) é um grupo de perturbações do
desenvolvimento do movimento e da postura, causando
limitação
da
actividade,
alteração/lesão/anomalia
não
atribuídas
a
uma
progressiva
do
desenvolvimento do cérebro imaturo e em desenvolvimento
do feto ou da criança. As alterações motoras são
frequentemente acompanhadas de défices sensoriais, da
cognição, comunicação, percepção e/ou do comportamento
e de epilepsia. (Developmental Medicine & Child Neurology
2005, 47: 571–576)
SCPE
Criada em 1998 para monitorizar as tendências das taxas de
prevalência da paralisia cerebral específicas para as idades
gestacionais. O seu âmbito de acção tem-se expandido.
O Programa de Vigilância Nacional
da Paralisia Cerebral
• Surgiu em 2005, no seio da SCPE.
• Patrocinado pela SPP (através da UVP-SPP/PPSU) e as
secções de Neonatologia e de Neurodesenvolvimento,
pela SP Neuropediatria, pela Secção de Reabilitação
Pediátrica da SPMFR e pela Federação das
Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral.
• Visa:
– monitorizar a incidência e a prevalência da paralisia cerebral aos
5 anos de idade e as suas formas clínicas,
– determinar factores de risco de paralisia cerebral,
– fornecer dados que permitam planificar melhor os cuidados
específicos às crianças com paralisia cerebral.
• Primeira coorte completa: 214 crianças nascidas em 2001 e
avaliadas aos 5 anos de idade em 2006-2007.
Para a população de 113.246 residentes em 2006 com 5 anos de
idade, a taxa de prevalência da PC aos 5 anos de idade estimase em 1,78‰ indivíduos (IC95% 1,55‰ - 2,05‰).
Em Portugal, a grande prematuridade (idade gestacional < 32 semanas) é a
principal causa de PC entre crianças de 5 anos de idade.
Em Portugal, nascer antes das 37 semanas de gestação, em 2001,
comportava um risco 12,5 vezes maior de vir a ter PC aos 5 anos de idade do
que nascendo de termo.
Em Portugal, nascer com 29 a 32 semanas de gestação, em 2001,
comportava um risco 50 vezes maior de vir a ter PC aos 5 anos de idade do
que nascendo de termo.
O risco foi 80 vezes maior para os nascidos antes das 28 semanas de
gestação.
Em Portugal, sobreviver após nascer com <1000g, em 2001,
comportava um risco 75 vezes maior de vir a ter PC aos 5 anos de
idade do que nascendo de termo e 1,5 maior do que nascendo
entre 1000 e 1500g.
O acréscimo de risco de paralisia cerebral associado à gestação múltipla é,
em parte, atribuível à prematuridade, mas o risco associado à gemelaridade
diminui com a maior prematuridade:
• termo =1
• prematuros: OR 13,17 (IC95% 2,91 – 120,30)
• grandes prematuros: OR 6,39 (IC95% 2,04 – 21,86)
• extremos prematuros: OR 4,88 (IC95% 1,30 –16,32)
44).
~
~
18
≠
44).
≠
≠
≠
≠
≠
<1000g
1000-1490g
O impacto da extrema
prematuridade na paralisia cerebral
• Actualmente, a lesão da substância branca devida a
perturbações do desenvolvimento do cérebro imaturo é a
principal causa de PC.
• O aumento da sobrevivência na extrema prematuridade nos
anos de 1990 levou a um grande aumento do risco de PC
nestas crianças, que tem vindo a diminuir desde 2001.
• As causas parecem ser o fim da epidemia de
multigemelaridade iatrogénica e a melhoria gobal dos
cuidados perinatais.
• No entanto, o risco de PC na extrema prematuridade é ainda
75-100 superior ao dos nascidos a termo.
O impacto da extrema
prematuridade na paralisia cerebral
• A PC do extremo prematuro tem uma fisiopatologia
específica, a lesão da substância branca no cérebro imaturo
em desenvolvimento,
• o que condiciona os subtipos clínicos da PC encontrados.
• No entanto, comparando os mesmos subtipos clínicos de PC
nos extremos prematuros e nas crianças nascidas a termo,
as suas capacidades funcionais são melhores, em termos
motores e cognitivos.
• Isto
pode
dever-se
aos
diferentes
mecanismos
fisiopatológicos e/ou à maior plasticidade do cérebro na
altura na lesão.
O impacto da extrema
prematuridade na paralisia cerebral
• A extrema prematuridade não é, em si mesma, um factor de
risco major de PC, mas sim as complicações neurológicas
que lhe podem estar associadas.
• Os avanços na neuroimagiologia (ecografia transfontanelar e
ressonância magnética) permitem estimar com bastante
precisão o prognóstico do neurodesenvolvimento dos
grandes prematuros.
• No entanto, é importante a proporção de grandes prematuros
que desenvolve PC sem lesão cerebral identificável.
O impacto da extrema
prematuridade na paralisia cerebral
• É necessário melhorar as estratégias de neuroprotecção na
grande prematuridade e, especialmente, na extrema
prematuridade,
evitando
agressões
iatrogénicas
e
promovendo
a
estabilidade
hemodinâmica
e
o
neurodesenvolvimento .
• A neuroimagiologia neonatal (ecografia transfontanelar e
ressonância magnética) carece ainda de consensos na
realização, interpretação e relato dos exames.
• A SCPE está a desenvolver um programa que visa a
armonização da neuroimagiologia neonatal na Europa.
Vigilância da Paralisia Cerebral
aos 5 anos de Idade em Portugal
participe notificando através da UVP-SPP
Federação das
Associações Portuguesas
de Paralisia Cerebral
Sociedade de Pediatria
do Neurodesenvolvimento
da SPP
MUITO
OBRIGADO!
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