“Revisão da anatomia e definição dos volumes de tratamento

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“Revisão da anatomia e
definição dos volumes de
tratamento: Câncer de
estômago.”
Mariana Morsch Beier
R2 Radioterapia - Hospital Santa Rita
EPIDEMIOLOGIA
A estimativa do biênio 2012-2013
para o Brasil é de 20.090 casos novos de
câncer de estômago.
Para os Estados Unidos, são
estimados 21.600 novos diagnósticos em
2013 e 10.990 óbitos pela doença.
(INCA, 2013)
(SEER, 2013)
Mais de 70% dos casos ocorrem em
países em desenvolvimento.
O câncer de estômago não possui um
bom
prognóstico,
sendo
a
razão
mortalidade / incidência considerada
mundialmente alta.
(INCA, 2013)
INTERGROUP STUDY/ US
SOUTHWEST ONCOLOGY
GROUP
Estudo
INT-0116/SWOG
9008
estabeleceu o tratamento combinado de
radioterapia e quimioterapia adjuvantes
como padrão em pacientes com carcinoma
gástrico completamente ressecado.
(Macdonald et al.; 2001, 2004, 2009)
Definiu o uso de 5-fluoracil +
leucovorin e radioterapia na dose de 45
Gy (1,8 Gy/dia).
A terapia combinada evidenciou
melhor sobrevida livre de doença,
sobrevida global e sobrevida mediana.
(Macdonald et al.; 2001, 2004, 2009)
REVISÃO
DE ANATOMIA
ANATOMIA
RADIOLÓGICA
(A Guide for Delineation of Lymph Nodal Clinical
Target Volume in Radiation Therapy, 2008)
LINFONODOS
PARAESOFÁGICOS
AORTA
DESCENDENTE
FÍGADO
ESÔFAGO
(A Guide for Delineation of Lymph Nodal Clinical
Target Volume in Radiation Therapy, 2008)
VEIA CAVA
INFERIOR
LINFONODOS PEQUENA
CURVATURA E GÁSTRICOS
ESTÔMAGO
ESQUERDO
LINFONODOS
GRANDE
CURVATURA
PILAR DIAFRAGMÁTICO ESQUERDO
BAÇO
(A Guide for Delineation of Lymph Nodal Clinical
Target Volume in Radiation Therapy, 2008)
CÁRDIA
LINFONODOS
PARACÁRDICOS
DIREITO
LINFONODOS PARACÁRDICOS
ESQUERDO
10ª VÉRTEBRA
TORÁCICA
(A Guide for Delineation of Lymph Nodal Clinical
Target Volume in Radiation Therapy, 2008)
LINFONODOS
HILO ESPLÊNICO
VASOS HILO
ESPLÊNICO
TRONCO CELÍACO
LINFONODOS
TRONCO CELÍACO
LINFONODOS
HEPÁTICOS
LINFONODOS AORTA
ABDOMINAL
(A Guide for Delineation of Lymph Nodal Clinical Target
Volume in Radiation Therapy, 2008)
(A Guide for Delineation of Lymph Nodal Clinical
Target Volume in Radiation Therapy, 2008)
REGIÃO PILÓRICA
LINFONODOS
SUPRAPILÓRICOS
PÂNCREAS
LINFONODOS
MARGEM
INFERIOR DO
PÂNCREAS
LINFONODOS
ARTÉRIA
ESPLÊNICA
11ª VÉRTEBRA
TORÁCICA
ARTÉRIA ESPLÊNICA
LINFONODOS
PANCREATODUODENAIS
ANTERIORES
VESÍCULA BILIAR
LINFONODOS
INFRAPILÓRICOS
CABEÇA DO PÂNCREAS
ARTÉRIA
MESENTÉRICA
SUPERIOR
LINFONODOS
ARTÉRIA
MESENTÉRICA
SUPERIOR
CAUDA DO PÂNCREAS
DUODENO
(A Guide for Delineation of Lymph Nodal Clinical
Target Volume in Radiation Therapy, 2008)
LINFONODOS
PANCREATODUODENAIS
POSTERIORES
(A Guide for Delineation of Lymph Nodal Clinical
Target Volume in Radiation Therapy, 2008)
VOLUMES DE
TRATAMENTO
O leito gástrico, a anastomose, o
estômago residual e as cadeias linfáticas
regionais (pequena e grande curvatura,
celíacos, pancreatoduodenais, esplênicos,
suprapancreáticos e hepaticoportais) são
áreas de risco para recidivas locoregionais pós-operatórias que devem ser
incluídas no campo de tratamento.
(Principles and Practice of Radiation
Oncology, 2007)
ESTADIAMENTO
T2-3N0
T4N0
T1-4N+
ESTÔMAGO
REMANESCENTE
Variável
Preferível
Preferível
VOLUME DO LEITO
TUMORAL
VOLUME
LINFONODAL
Hemicúpula
diafragmática
esquerda + Corpo
adjacente do
pâncreas
Nenhum ou
Perigástrico e
Paraesofágico.
Se T3, incluir
Mediastino e
Tronco Celíaco
Acima + Sítio de
aderência com 35cm de margem
Linfonodos
relacionados ao
sítio de aderência ±
os acima
Todos os acima
(exceto T1)
Todos os acima
(Seminars in Radiation Oncology, 2002)
ESTADIAMENTO
T2-3N0
T4N0
T1-4N+
ESTÔMAGO
REMANESCENTE
Variável
Variável
Preferível
VOLUME DO LEITO
TUMORAL
VOLUME
LINFONODAL
Hemicúpula
diafragmática
esquerda + Corpo
adjacente do pâncreas
(± cauda)
Nenhum ou
Perigástrico.
Se T3, opcional:
Paraesofágico,
Mediastino e Tronco
Celíaco
Acima + Sítio de
aderência com 3-5cm
de margem
Linfonodos
relacionados ao sítio
de aderência ± os
acima
Todos os acima
(exceto T1)
Perigástrico, Tronco
Celíaco, Esplênico,
Suprapancreático, ±
Paraesofágico,
Mediastino,
Pancreatoduodenal e
Porta-hepático
(Seminars in Radiation Oncology, 2002)
CORPO E TERÇO MÉDIO
ESTADIAMENTO
T2-3N0
T4N0
T1-4N+
ESTÔMAGO
REMANESCENTE
VOLUME DO LEITO
TUMORAL
VOLUME
LINFONODAL
Sim
Corpo do pâncreas
(± cauda)
Nenhum ou
Perigástrico.
Opcional: Tronco
Celíaco, Esplênico,
Suprapancreático,
Pancreatoduodenal
e Porta-hepático
Acima + Sítio de
aderência com 35cm de margem
Linfonodos
relacionados ao
sítio de aderência ±
os acima
Todos os acima
(exceto T1)
Todos os acima
Sim
Sim
(Seminars in Radiation Oncology, 2002)
ANTRO, PILORO E TERÇO DISTAL
ESTADIAMENTO
T2-3N0
T4N0
T1-4N+
ESTÔMAGO
REMANESCENTE
VOLUME DO LEITO
TUMORAL
VOLUME
LINFONODAL
Variável
Cabeça do pâncreas
(± corpo) + 1ª e 2ª
porção do duodeno
Nenhum ou
Perigástrico.
Opcional: Tronco
Celíaco,
Suprapancreático,
Pancreatoduodenal
e Porta-hepático
Preferível
Acima + Sítio de
aderência com 35cm de margem
Linfonodos
relacionados ao
sítio de aderência ±
os acima
Todos os acima
(exceto T1)
Todos os acima.
Opcional: Hilo
Esplênico
Preferível
(Seminars in Radiation Oncology, 2002)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudo do Instituto do Câncer
Holandês e do Departamento Sueco de
Oncologia evidenciou significativa variação
interobservador para o delineamento dos
volumes de tratamento.
Variação média:
CTV= 392 cm³ (240-821)
PTV= 915 cm³ (634-1677)
(Int. J. Radiation Oncology, 2010)
Visão ântero-posterior e póstero-anterior do volume de planejamento.
(Int. J. Radiation Oncology, 2010)
Variação volumes sobrepostos:
CTV= 376 cm³
PTV= 890 cm³
Conclui-se que a dificuldade para a
definição do volume de tratamento pósoperatório para câncer de estômago devese a ausência de um delineamento
padrão-ouro disponível.
(Int. J. Radiation Oncology, 2010)
REFERÊNCIAS
- Willett CG, Gunderson LL. Stomach. In: Halperin EC, Perez CA, Brady LW,
et al., editors.Principles and Practice of Radiation Oncology. 5th ed:
Philadelphia: Lippincott Williams &Wilkins; 2007. pp. 1318-1335.
- Tepper, JE, Gunderson, LL. Radiation treatment parameters in the adjuvant
postoperative therapy of gastric cancer. Semin Radiat Oncol 2002;12:187-195.
- Macdonald JS, Smalley SR, Benedetti J, et al. Chemoradiotherapy after
surgery compared with surgery alone for adenocarcinoma of the stomach or
gastroesophageal junction. N Engl J Med 2001;345:725-730.
-Macdonald JS, Smalley SR, Benedetti J, et al. Postoperative combined
radiation and chemotherapy improves disease-free survival (DFS) and overall
survival (OS) in resected adenocarcinoma of the stomach and gastroesophageal
junction: Update of the results of Intergroup Study INT-0116 (SWOG 9008).
American Society of Clinical Oncology Gastrointestinal Cancers Symposium,
Abstract no. 6, 2004.
REFERÊNCIAS
- Macdonald JS, Benedetti J, Smalley S, et al. Chemoradiation of resected
gastric cancer: A 10-year follow-up of the phase III trial INT0116(SWOG 9008).
2009 American Society of Clinical Oncology Annual Meeting, Abstract no. 4515,
2009.
-Netter F; Atlas de Anatomia Humana, 5ª ed: Elsevier, 2011.
-Cefaro GA , Perez CA, Genovesi D, Vinciguerra A, editors. A Guide for
Delineation of Lymph Nodal Clinical Target Volume in Radiation Therapy. 2th
ed: Springer, 2008. pp. 115-135.
- Tepper, JE, Gunderson, LL. Clinical Radiation Oncology. 3rd ed: Elsevier,
2012. pp. 942-972.
- Jansen EPM, Nijkamp J, Verheij M, et al. Interobserver variation of clinical
target volume delineation in gastric cancer. Int J Radiat oncol Biol Phys
2010;77:1166-1170.
- www.inca.gov.br
- globocan.iarc.fr
- seer.cancer.gov
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