ÁCIDO ABSCÍSICO – “Hormônio sinalizador para a maturação de

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ÁCIDO ABSCÍSICO – “Hormônio sinalizador
para a maturação de sementes e antiestresse”
(Taiz & Zeiger)
ÁCIDO ABSCÍSICO – “Hormônio sinalizador
para a maturação de sementes e antiestresse”
(Taiz & Zeiger)
• Não induz diretamente à abscisão, mas leva à produção
de etileno que provoca a abscisão
• Ocorrência: todos os órgãos
• Transporte: xilema e floema
B-caroteno
Acetil CoA
zeaxantina
violaxantina
neoxantina
xantoxina
aldeído-ABA
ABA
ÁCIDO ABSCÍSICO
Efeitos fisiológicos
• Indução e manutenção da dormência de sementes
Promove acúmulo de reservas nas sementes
Promove a tolerância à dessecação no embrião
Inibe produção de enzimas induzidas pela giberelina
• Indução e manutenção da dormência de gemas
• Promove o fechamento estomático em resposta ao estresse
hídrico
• Promove a abscisão de folhas e frutos ao estimular a
produção de etileno
• Em baixos potenciais hídrico promove o crescimento da raiz
e inibe do caule
Ácido abscísico - Inibição da Brotação
Controle
ABA 0,1 mg L-1
ABA 1,0 mg L-1
ABA 10 mg L-1
Ácido abscísico – causa fechamento estomático
em resposta ao estresse hídrico
Abertura estomática
ABA
ABA
Receptor
Receptor
K+
K+
K+
K+
K+
K+
K+
K+
Sob estresse hídrico, mesmo em condições
favoráveis de luz, o ABA se liga ao seu receptor
na célula-guarda e sinaliza para abrir os canais de
K+, que por sua vez são transportados à célula
anexa que fica com potencial osmótico menor do
que a célula-guarda. Com a saída da água por
diferença de potencial, o ostíolo se fecha
Inibidores e Retardadores de
crescimento
Inibidores e Retardadores de
crescimento
• Inibidores
– Evita totalmente o crescimento
– Age no meristema apical
• Retardadores
– Retarda do crescimento
– Usado em plantas ornamentais, deixa a
planta mais compacta
– Evita acamamento em arroz e trigo
Inibidores de crescimento
– Hidrazida maleica
– Glifosato
– Dikegulac
Inibidores de crescimento
– Hidrazida maleica
• É um inibidor sintético de crescimento
• Nomes comerciais: Slo-Gro, MH-30
• Inibe a divisão celular
Inibição da brotação de batata com MH-30
(hidrazida maleica)
100 mg L-1
controle
500 mg L-1
HIdrazida maleica em cebola: Inibição da brotação
controle
500 mg L-1
2500 mg L-1
Não tratadas, só podadas
Tratadas com HM, 20 dias após a poda
Cerca viva (ligustro) tratada com HM, 20 dias após a poda
Planta de tabaco tratada com inibidor de
crescimento (HM) após a poda apical
Controle
Inibidores de crescimento
– Glifosato
• Nome comercial: Roundup
• Bloqueia a via do ácido chiquímico
– Inibe a enzima 5-enolpiruvilshiquimato-3-fosfato sintase
(EPSPS)
– Não forma triptofano, precursor de auxina
Inibidores de crescimento
– Dikegulac
• Nome comercial: Atrimmec
• Efeito: inibe dominância apical, favorecendo
brotações laterais
Retardadores de crescimento
– Daminozide (ácido succínico 2,2 dimetilhidrazida)
• Nomes comerciais: Alar; SADH; B-nine
– Chlormequat (Cloreto 2-cloroetiltrimetilamônio)
• Nomes comerciais: Tuval; CCC; Cycocel
– Paclobutrazol
• Nomes comerciais: Bonzi, Paczol
– A maioria deles reduzem a biossíntese de giberelina
Bloqueadores
Biossíntese de giberelina
geranil geranil-PP
ent-copalil-PP
ent-caureno
plastídeo
GA53
GA12
GA12-aldeído
ent-caureno
retículo endoplasmático
chlormequat
Cl-mepiquat
AMO-1618
phosphon-D
tetacyclacis
ancymidol
paclobutrazol
uniconazole
Prohexadione-Ca
GA44
GA19
GA20
GA1
Etil-trinexapac
daminozide
GA29
citosol
GA8
Retardadores em Crisântemo
Controle
Chlormequat
Phosfon D
Daminozide
Alar – 85 (daminozide) em Bryophyllum
Controle
Daminozide
(30 mg L-1)
Daminozide
(300 mg L-1)
Daminozide
(30000 mg L-1)
Tuval (chlormequat) e Acamamento de Trigo
Acamado
Ereto
Paclobutrazol
controle
1x (8 mg L-1)
2x (8 mg L-1)
Paclobutrazol
Menor dose
Maior dose
Tratamento de lírio (imersão do bulbo antes do plantio)
Outros Hormônios Vegetais
• Jasmonatos
– Ácido jasmônico e metil jasmonato
– Sintetizados a partir do ácido linolênico, em
sementes imaturas, folhas adultas e frutos
Jasmonatos: biossíntese
JASMONATOS: efeitos
• Inibidor do crescimento e da germinação de sementes;
• Promove a senescência
• Sua aplicação reduz a fotossíntese – interfere na
atividade de genes e no teor de clorofila;
• Sua aplicação estimula a formação de tubérculos e
induz maturação de frutos
• Atua na defesa da planta
JASMONATOS: efeitos
• Jasmonatos pode induzir o amadurecimento de frutos
– aumenta atividade da ACC oxidase – enzima formadora de etileno
• Frutos que sofrem estresses (injúrias mecânicas, ataque
de fungos) acumulam jasmonatos que aumentam a
expressão de enzimas do metabolismo secundário
(chalcona sintase e fenilalanina amônia-liase)
– Com isso aumenta a produção de fitoalexinas, proteínas antifúngicas (Osmotina e Tionina), e outras substâncias
cicatrizantes
Estresse biótico e abiótico
- Dano mecânico
- Dano de frio
- Patógenos
Lipoxigenase
Danos em membranas
Jasmonatos
Chalcona sintase
Fenilalanina amônia-liase
Aceleração do metabolismo
secundário
Fitoalexinas, Osmotina,
Tionina, Traumatina
Etileno
JASMONATOS: Efeitos
• Aplicação do metil jasmonato aumenta a tolerância de
frutos (banana e lima Tahiti) ao frio
– Ativação de sistemas antioxidantes
Sestari (2010)
Outros Hormônios Vegetais
• Salicilatos
–
–
–
–
Estimula florescimento
Promovem resistência à doenças
São inibidores da síntese de etileno
Biossíntese a partir do ácido cinâmico
(Metabolismo secundário)
SALICILATOS
• Salicilatos endógenos
– Ácido salicílico; Metil salicilato
• Salicilatos sintéticos
– Ácido acetilsalicílico; Metil salicilato
• Transporte: via floema
fenilalanina
Fenilalanina amônia-liase (PAL)
ácido cinâmico
Cinamoil-coA
benzaldeído
Hidroxifenilpropionil-coA
benzil álcool
ácido cumárico
ácido benzóico
oxo-fenilpropionilcoA
benzoil-coA
ácido salicílico
Salicilatos promovem resistência à doenças
Infecção de uma
folha
Acúmulo de ácido
salicílico
Transmissão do sinal à
outras partes da planta,
via sistema vascular,
resultando em aumento
da resistência adquirida à
patógenos.
Síntese e liberação
de metil salicilato
volátil
Transmissão de
sinal pelo ar à
outras partes da
planta e plantas
vizinhas.
ESTRIGOLACTONA
• Descoberto em 2008
• São lactonas terpenóides derivadas dos
carotenóides
• Inibidor de ramificações laterais
Outros Hormônios Vegetais
• Poliaminas
– Putrescina, espermidina e espermina
– Proteção contra estresses
– Sinalizadoras de senescência
– Efeitos antagônicos ao etileno
– Estão envolvidas na prevenção da degradação da
membrana (controle de injúrias pelo frio)
– Poliaminas e etileno possuem um precursor em
comum: SAM
Metionina
Arginina
Ornitina
SAM
Poliaminas
ACC
Etileno
Metionina
Arginina
Ornitina
SAM
AVG (Retain)
Poliaminas
ACC
Etileno
?
Inter-relações entre os hormônios
vegetais e os processos
fisiológicos
DORMÊNCIA DE FRUTEIRAS CADUCIFÓLIAS
Dormência da macieira e
videira
Dormência de gemas
final verão  ToC e encurtamento do dia

síntese GA e síntese ABA
outono/inverno  ToC e DC  [GA] e [ABA]

dormência das gemas
Quebra de dormência
• Quebra natural da dormência
– Acúmulo de horas de frio para diminuir os
inibidores de crescimento e para ativar os
promotores de crescimento
Quebra de dormência
• Quebra natural da dormência
– Acúmulo de horas de frio para diminuir os
inibidores de crescimento e para ativar os
promotores de crescimento
• Quebra forçada da dormência
– Em locais onde faz menos frio ou ocorre
“veranicos” no inverno
– Produtos utilizados: calciocianamida;
cianamida hidrogenada
Dormex = cianamida hidrogenada
Maçã
- aumenta respiração das gemas
- altera balanço hormonal, antecipando
o aumento de citocinina e auxinas
Dormex na Brotação de Videira
Sem Dormex
Com Dormex
Aplicação de Dormex
(solução 30%)
Brotação
Dominância Apical
Quebra da Dominância Apical
REMOÇÃO DO ÁPICE
Remoção fonte de auxina (IAA)
Quebra da inibição das brotações laterais
Alocação de citocininas para as brotações
laterais via xilema
Multiplicação celular nas gemas laterais
Crescimento das brotações laterais
RAMIFICAÇÕES LATERAIS
ABSCISÃO FOLIAR
Abscisão: desprendimento de órgãos da planta em
locais chamados zonas de abscisão
Tipos de abscisão
- Idade da folha
- Estresse ambiental:
- estresse abiótico: estresse hídrico
- estresse biótico: ataque de insetos e patógenos
Idade da folha
“Abscisão incompleta”
Abscisão ambiental
ABSCISÃO FOLIAR
Razões práticas para estudar abscisão
Perdas de produção
Incompleta abscisão causa maior incidência
de patógenos
ABSCISÃO FOLIAR
Razões práticas para estudar abscisão
Perdas de produção
Incompleta abscisão causa maior incidência
de patógenos
Razões acadêmicas para estudar abscisão
Excelente modelo para estudar a interação
entre hormônios vegetais
HORMÔNIOS QUE REGULAM A
ABSCISÃO
• Reguladores diretos
– Etileno: promove abscisão
– Auxina: inibe abscisão, mas em alta
concentração causa abscisão (efeito
herbicida)
HORMÔNIOS QUE REGULAM A
ABSCISÃO
• Reguladores indiretos
– Ácido abscísico (ABA)
– Aplicação de ABA estimula a produção de
etileno
Biologia da Abscisão Foliar
Fase da manutenção foliar
Fase de indução da abscisão
Fase da abscisão
Separação da camada
de abscisão
amarelecimento
etileno
Alta [Ax] foliar reduz a
sensibilidade das células
da camada de abscisão
ao etileno
Redução na [Ax] foliar
aumenta a produção de
etileno e a sensibilidade das
células da camada de
abscisão ao etileno
Região de Abscisão
Transporte de
auxinas
ZA
Sensitividade ao etileno
inibida na zona de
abscisão
Antes da abscisão
ZA = zona de abscisão
Aumenta síntese de etileno
Diminui transporte de auxina
Aumento sensitividade
ao etileno na ZA
Durante a abscisão
Etileno aumenta a expressão de enzimas de degradam parede celular na
zona de abscisão (celulase e poligalacturonase)
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