geologia é

Propaganda
87
Vulnerabilidade ambiental de uma área piloto na Amazônia ...
VULNERABILIDADE AMBIENTAL DE UMA ÁREA PILOTO NA
AMAZÔNIA OCIDENTAL: TRECHO DA BR-364 ENTRE FEIJÓ
MÂNCIO LIMA, ESTADO DO ACRE1
E
Environmental Vulnerability of a Pilot Area in Western Amazonia:BR-364
Highway, Between Feijo and Mancio Lima, Acre
Eufran Ferreira do Amaral2, João Luiz Lani3, Nilson Gomes Bardales4 e Henrique de Oliveira5
1
Trabalho convidado.
Embrapa Acre, Pós-graduando em Solos e Nutrição de Plantas, Universidade Federal de Viçosa – UFV, 36570-000 ViçosaMG, <[email protected]>; 3 Prof. do Departamento de Solos – UFV, <[email protected]>; 4 Pós-graduando em Solos
e Nutrição de Plantas – UFV, <[email protected]>. Embrapa Pantanal, Pós-graduando em Solos e Nutrição de Plantas – UFV,
<[email protected]>.
2
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a vulnerabilidade ambiental de um trecho da BR-364 entre
Feijó e Mâncio Lima, no Estado do Acre. Para avaliação da vulnerabilidade adotou-se como metologia a
proposta de Crepani et al. (1998) e INPE (1999), com algumas modificações. Na definição dos índices de
vulnerabilidade considerou-se a suscetibilidade a diversos temas, como os aspectos geológicos e
geomorfológicos (intensidade de dissecação, amplitude altimétrica e declividade), os solos (classes de
solos), o tipo de vegetação e o clima. Com pesos diferentes, segundo os critérios adotados, chegou-se ao
mapa de fragilidade ambiental. Conclui-se que há vários ambientes com vulnerabilidades diferenciadas, o
que pode impactar em diferentes graus. O trecho entre Feijó e Tarauacá deve ser mantido com a cobertura
vegetal original e uso sustentável exclusivamente florestal (manejo florestal). O trecho entre Tarauacá e as
proximidades de Cruzeiro do Sul suporta um uso mais intensivo, com predominância de cultivos
agroflorestais, porém as várzeas do rio Juruá devem ser mais bem avaliadas para o uso mais sustentável.
Palavras-chave:
Sustentabilidade ambiental, Amazônia, fragilidade ambiental e rio Juruá.
Abstract: This work aimed to evaluate the environmental vulnerability along BR-364 highway, between
Feijó and Mancio Lima, in the state of Acre. The methodology recommended by Crepani et al. (1998) and
INPE (1998) was adopted, with some modifications. For the definition of the vulnerability indices, the
geological and geo-morphological aspects (dissection intensity, relief and slopes), soil classes, vegetation
types, and climate were considered. In agreement with the adopted criteria, an environmental fragility
map was obtained. It was concluded that different environments present differentiated vulnerabilities,
causing impacts of different degrees. The area between Feijó and Tarauacá should be maintained with its
natural vegetation and exclusively forest sustainable use (forest management). The area between Tarauacá
and Cruzeiro do Sul can undertake a more intensive use, with the predominance of agro-forest systems.
The Juruá river low lands should be better appraised for a more sustainable use.
Key words:
Environmental sustainability, Amazon region, environmental vulnerability, and Jurua River.
1 INTRODUÇÃO
As questões ambientais extrapolam as
áreas de atuação de várias ciências, uma
vez que a compreensão das relações do
meio ambiente e sua dinâmica requer
uma visão integrada dos aspectos físicos
e ecológicos de sistemas naturais e de
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
88
AMARAL, E.F. et al.
suas interações com os fatores socioeconômicos e políticos (Figura 1). Dessa visão
holística surgiu uma nova disciplina, a
Ecologia de Paisagem (HAINES-YOUNG
et al., 1993).
que se conheçam algumas características
climáticas da região onde se localiza a
unidade de paisagem, a fim de que se
anteveja o seu comportamento em face das
alterações impostas pela ocupação.
As unidades de paisagem natural,
como unidades territoriais básicas passíveis de georreferenciamento, contêm uma
porção do terreno onde está registrada
uma combinação de eventos e interações,
que imprimem a condição ambiental atual,
representando um elo entre a geografia e
a ecologia.
A análise morfodinâmica das unidades de paisagem natural pode ser feita
a partir dos princípios da ecodinâmica
(TRICART, 1977), que estabelecem diferentes categorias morfodinâmicas resultantes dos processos de morfogênese ou
pedogênese. Quando predomina a morfogênese prevalecem os processos erosivos,
modificadores das formas de relevo, e
quando predomina a pedogênese prevalecem os processos formadores de solos.
Para analisar uma unidade de paisagem natural é necessário conhecer sua
gênese, sua constituição física, sua forma
e seu estádio de evolução, bem como o tipo
da cobertura vegetal que sobre ela se
desenvolve. Estas informações são fornecidas pela geologia, geomorfologia,
pedologia e fitogeografia e precisam ser
integradas para que se tenha uma visão
real do comportamento de cada unidade
diante de sua exploração. Finalmente, é
necessário o auxílio da climatologia para
O objetivo principal deste trabalho foi
avaliar a vulnerabilidade ambiental de
uma área piloto na Amazônia ocidental,
trecho da BR 364 entre Feijó e Mâncio
Lima, Estado do Acre, como uma ferramenta para o processo de ocupação dessa
área.
2 METODOLOGIA
Para definição da vulnerabilidade da
área prioritária adotou-se a proposta de
Crepani et al. (1998) e INPE (1998) , com
algumas modificações, uma vez que neste
caso o mapa de unidades de paisagem
natural foi obtido preliminarmente pela
integração dos cinco produtos temáticos
prioritários.
A partir dessa base preliminar, cada
tema foi estratificado em classes de vulnerabilidade, de forma macro (Quadro 1).
Figura 1 - Fatores formadores da paisagem, seus atributos
e relacionamentos. (Factors forming the landscape,
its attributes and relationships).
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
A partir da primeira aproximação,
estruturou-se uma escala de vulnerabilidade para situações que ocorram naturalmente. Desenvolveu-se então o modelo
definido (Quadro 2), que estabelece 21
classes de vulnerabilidade à erosão, distribuídas entre situações onde há o predomínio de processos de pedogênese (às
89
Vulnerabilidade ambiental de uma área piloto na Amazônia ...
quais se atribuem valores próximos de 1,0),
passando por situações intermediárias (às
quais se atribuem valores próximos de 2,0)
e situações de predomínio dos processos
de morfogênese (as quais se atribuem
valores próximos de 3,0).
Quadro 1 - Avaliação da estabilidade das categorias morfodinâmicas (Evaluation of the stability of the
morphodynamic categories)
Categoria Morfodinâmica
Relação Pedogênese/Morfogênese
Estável
Valor
Prevalece a pedogênese
1,0
Intermediária
Equilíbrio pedogênese/morfogênese
2,0
Instável
Prevalece a morfogênese
3,0
Quadro 2 - Representação da vulnerabilidade e, ou, estabilidade das unidades de paisagem natural (Representation of
the vulnerability and, or stability of the natural landscape units)
Média
U1
3,0
U2
2,9
U3
2,8
U4
2,7
U5
2,6
U8
U9
U10
U11
U12
U13
U15
U16
U17
Vulnerável
2,5
2,4
2,3
2,2
2,1
2,0
1,9
1,8
1,7
1,6
1,5
à
U14
Grau de Vulnerabilidade
ESTABILIDADE
U7
VULNERABILIDADE
U6
à
Unidade de Paisagem
Moderadamente vulnerável
Medianamente estável/vulnerável
Moderadamente estável
1,4
U18
1,3
U19
1,2
U20
1,1
U21
1,0
Estável
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
90
O modelo foi aplicado individualmente
aos temas (geologia, geomorfologia, solos,
vegetação e clima) que compõem cada unidade de paisagem natural (Figura 2), que
recebe posteriormente um valor final,
resultante da média aritmética dos valores
individuais segundo uma equação matemática, que busca representar uma estimativa da posição desta unidade dentro da
escala de vulnerabilidade natural à erosão:
AMARAL, E.F. et al.
Vu =
(G + R + S + V + C )
5
em que Vu = vulnerabilidade da unidade
de paisagem; G = vulnerabilidade para o
tema geologia; R = vulnerabilidade para o
tema geomorfologia; S = vulnerabilidade
para o tema solos; V = vulnerabilidade para
o tema vegetação; e C = vulnerabilidade
para o tema clima.
Figura 2 - Fluxograma metodológico para definição de áreas ambientais frágeis e sensíveis ao uso dos recursos naturais.
(Methodological fluxogram for definition of environmental areas vulnerable and sensitive to natural use).
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
91
Vulnerabilidade ambiental de uma área piloto na Amazônia ...
Em razão dos resultados obtidos para
a vulnerabilidade foi realizada uma estratificação, considerando os valores máximos
e mínimos obtidos, de modo a definir cinco
classes de fragilidade ambiental. O mapa
resultante permite a visualização regional
de graus de sensibilidade a alterações
antrópicas dentro da área prioritária.
Para elaboração das cartas na escala
de 1:100.000, o fator clima não foi inserido no cruzamento entre os mapas temáticos, pois, em razão de sua variabilidade,
decorrente da baixa densidade de estações, não permitiu isolar sua influência
e condicionava a criação de polígonos
irregulares, dando um aspecto irreal ao
mapa final.
3 RESULTADOS
3.1 Geologia
A contribuição da geologia para a
análise e definição da categoria morfodinâmica das unidades de paisagem natural
compreende as informações relativas à
história da evolução do ambiente geológico
e as informações relativas ao grau de coesão das rochas que a compõem. O grau de
coesão das rochas é a informação básica
da geologia a ser integrada a partir da
ecodinâmica, uma vez que em rochas
pouco coesas prevalecem os processos
modificadores de formas de relevo, enquanto nas rochas bastante coesas prevalecem os processos de formação de solos
(Figura 3).
Por ser toda a área prioritária coberta
por rochas sedimentares, a geologia é
vulnerável e representa grande instabilidade ambiental, se exposta às condições
climáticas atuais. Conforme pode ser
constatado, no setor noroeste há uma
mancha de maior vulnerabilidade que
corresponde aos arenitos inconsolidados
da Formação Cruzeiro do Sul.
3.2 Geomorfologia
A geomorfologia oferece as informações relativas à morfometria, que influencia de maneira marcante os processos
ecodinâmicos. As informações morfométricas utilizadas são a amplitude de relevo,
a declividade e o grau de dissecação da unidade de paisagem. Essas informações
caracterizam a forma de relevo da unidade
de paisagem natural e permitem que
se quantifique empiricamente a energia potencial disponível para o runoff
(MORISAWA, 1968), isto é, a transformação de energia potencial em energia
cinética, responsável pelo transporte de
materiais que esculpem as formas de
relevo. Desta maneira, pode-se concluir
que em unidades de paisagem natural que
apresentam valores altos de amplitude de
relevo, declividade e grau de dissecação
prevalecem os processos morfogenéticos,
enquanto em situações de baixos valores
para as características morfométricas
predominam os processos pedogenéticos
(Figura 4, Quadro 2).
Na área prioritária, a geomormologia
apresenta-se de medianamente estável
a estável, uma vez que as amplitudes
altimétricas são pequenas, ocorre baixa
declividade e a intensidade de dissecação
é muito pequena, condicionando uma superfície muito estável, do ponto de vista
geomorfológico (Quadro 3).
Ressalta-se aqui que o detalhamento
do mapa temático, com a inclusão de unidades homogêneas menores, vai resultar
em melhor estratificação na segunda fase
do ZEE e permitirá a geração de mapas de
vulnerabilidade mais detalhados.
3.3 Pedologia
Os solos participam da caracterização
morfodinâmica das unidades de paisagem
natural, fornecendo um indicador básico
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
92
AMARAL, E.F. et al.
Figura 3 - Vulnerabilidade do tema geologia da área prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Vulnerability
of the geology of the pilot area (BR-364, between Feijó and Mâncio Lima, Acre).
Figura 4 - Vulnerabilidade do tema geomorfologia da área prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre).
(Geomorphology vulnerability in the pilot area (BR-364 highway, between Feijó and Mâncio Lima, Acre).
da posição ocupada pela unidade dentro da
escala gradativa da ecodinâmica: a maturidade dos solos. A maturidade dos solos,
produto direto da morfogênese/pedogênese, indica claramente se prevalecem os
processos erosivos da morfogênese que
geram solos jovens, pouco desenvolvidos,
ou se, no outro extremo, as condições de
estabilidade permitem o predomínio dos
processos de pedogênese, gerando solos
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
maduros, lixiviados e bem desenvolvidos
(Figura 5, Quadro 4).
Por se tratar de um mapa de reconhecimento, o mapa de solos apresenta-se
com unidades de mapeamento em associações de duas ou três classes de solos, o
que demanda que o cálculo da vulnerabilidade seja realizado com média ponderada.
93
Vulnerabilidade ambiental de uma área piloto na Amazônia ...
Quadro 3 - Definição da vulnerabilidade do tema geomorfologia na área prioritária (BR-364, entre Feijó e
Mâncio Lima, Acre) (Definition of the geomorphology vulnerability in the pilot area (BR-364, between Feijó
and Mâncio Lima, Acre)
Polígono
1
2
3
4
Intensidade de
Dissecação
1,0
1,4
2,3
1,0
Amplitude
Altimétrica
1,0
1,2
1,9
1,0
Declividade
1,0
1,1
1,6
1,0
Vulnerabilidade
Geomorfologia
1,0
1,2
1,9
1,0
Figura 5 - Vulnerabilidade do tema pedologia da área prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Pedology
vulnerability in the pilot area (BR-364, between Feijó and Mâncio Lima, Acre).
Os solos mais vulneráveis são os
Neossolos Flúvicos, por serem mais jovens
e estarem em equilíbrio muito instável em
condições naturais, pelo seu caráter deposicional sazonal e situação na paisagem,
acompanhando os grandes rios e igarapés.
Os Cambissolos, por se tratarem de
solos muito jovens, estão em uma escala
de vulnerabilidade alta e representam o
segundo grupo de maior vulnerabilidade,
estando expressos nas manchas amareladas no sudeste da área prioritária.
As áreas tabulares onde ocorrem os
Latossolos Amarelos apresentam-se com
um grau de estabilidade elevado e estão
representadas pelas manchas em verdeescuro no noroeste da área prioritária.
Enfim, os solos, de modo geral, são
mais jovens ou estão em equilíbrio da
morfogênese/pedogênese, o que explica a
presença de solos rasos e com baixa idade
relativa.
3.4 Vegetação
A cobertura vegetal representa a defesa da unidade de paisagem contra os
efeitos dos processos modificadores das
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
94
AMARAL, E.F. et al.
formas de relevo (erosão). A ação da cobertura vegetal na proteção da paisagem se
dá de diversas maneiras:
a) Evita o impacto direto das gotas de
chuva contra o terreno, o que promove a
desagregação das partículas.
Quadro 4 - Determinação da vulnerabilidade das unidades de mapeamento que ocorrem na área prioritária
(BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre) (Determination of the vulnerability of the mapping units in the
pilot area (BR-364 highway, between Feijó and Mâncio Lima, Acre)
1
Vulnerabilidade
Componente
2
3
Vulnerabilidade
(Unidade de
Mapeamento)(1)
1,7
1,9
-
1,8
1,7
2,0
-
1,8
1,9
2,1
1,9
1,9
2,0
2,0
2,0
-
2,0
2,0
2,0
1,0
-
1,7
1,8
1,0
3,0
1,9
1,8
2,0
2,5
2,0
2,0
1,0
2,0
1,8
2,0
2,0
25
2,1
2,0
2,0
2,1
2,0
2,0
2,2
2,0
2,0
1,9
2,0
-
1,9
2,0
2,0
-
2,0
2,0
2,0
-
2,0
2,0
2,5
2,5
1,9
3,0
2,3
3,0
3,0
3,0
3,0
3,0
3,0
3,0
3,0
3,0
3,0
Unidade de Mapeamento
ARGISSOLO VERMELHO Distrófico latossólico + ARGISSOLO
VERMELHO Distrófico abrúptico
ARGISSOLO VERMELHO Distrófico latossólico + ALISSOLO
CRÔMICO argilúvico típico
ARGISSOLO VERMELHO Distrófico típico + LUVISSOLO
HIPOCRÔMICO Órtico típico + ARGISSOLO VERMELHO Amarelo
alumínico alissólico
ARGISSOLO AMARELO distrófico
ARGISSOLO AMARELO distrófico + Alissolo Crômico argilúvico
ARGISSOLO AMARELO distrófico + Latossolo Vermelho-Amarelo
distrófico argissólico
ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico + LATOSSOLO
AMARELO distrófico típico+NEOSSOLO QUARTZARÊNICO órtico
típico
ARGISSOLO AMARELO Distrófico latossólico + ARGISSOLO
AMARELO distrófico + CAMBISSOLO HÁPLICO alumínico
ARGISSOLO AMARELO distrófico + LATOSSOLO AMARELO
distrófico típico + ARGISSOLO AMARELO distrófico
ARGISSOLO AMARELO eutrófico plíntico + ALISSOLO CRÔMICO
argilúvico + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico
ARGISSOLO AMARELO eutrófico plíntico + ARGISSOLO
VERMELHO Amarelo eutrófico + CHERNOSSOLO ARGILÚVICO
Órtico saprolítico
ARGISSOLO AMARELO eutrófico típico + NITOSSOLO VERMELHO
Eutrófico típico + ARGISSOLO AMARELO distrófico
LUVISSOLO HIPOCRÔMICO Ortico Típico + ALISSOLO CRÔMICO
Órtico típico
ALISSOLO CRÔMICO argilúvico + ARGISSOLO AMARELO
distrófico
ALISSOLO CRÔMICO argilúvico típico + ARGISSOLO AMARELO
Eutrófico
ALISSOLO HIPOPOCRÔMICO Argiluvico Típico + CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Eutrófico Gleico
CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Eutrofico vértico + LUVISSOLO
HIPOCRÔMICO Órtico típico + CAMBISSOLO HAPLICO Ta
Eutrófico tipico
GLEISSOLO HÁPLICO Ta eutrófico + ARGISSOLO AMARELO
Distrófico plíntico
GLEISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico típico + GLEISSOLO HÁPLICO
Ta alumínico
GLEISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico típico + GLEISSOLO HÁPLICO
Ta alumínico + NEOSSOLO FLÚVICO Ta Eutrófico
GLEISSOLO HÁPLICO Ta Eutrófico típico + NEOSSOLO FLÚVICO
Ta Eutrófico
(1)
Média ponderada.
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
2,2
2,5
2,4
2,8
3,0
95
Vulnerabilidade ambiental de uma área piloto na Amazônia ...
b) Impede a compactação do solo, o que
diminui a capacidade de absorção de
água.
c) Aumenta a capacidade de infiltração
do solo, pela difusão do fluxo de água da
chuva.
d) Suporta a vida silvestre, que pela
presença de estruturas biológicas como
raízes de plantas, perfurações de vermes
e buracos de animais aumenta a porosidade e a permeabilidade do solo.
Em última análise, compete à cobertura vegetal um papel importante no
trabalho de retardar o ingresso das águas
provenientes das precipitações pluviais
nas correntes de drenagem, pelo aumento
da capacidade de infiltração, pois o ingresso imediato provoca o incremento do
runoff (massas de água em movimento),
com o conseqüente aumento na capacidade de erosão pela transformação de
energia potencial em energia cinética.
Dessa forma, a participação da cobertura vegetal na caracterização morfodinâmica das unidades de paisagem natural
está diretamente ligada à sua capacidade
de proteção. Assim, os processos morfogenéticos relacionam-se às coberturas
vegetais de densidade (cobertura do terreno) mais baixa, enquanto os processos
pedogenéticos ocorrem em situações
onde a cobertura mais densa permite o
desenvolvimento e a maturação do solo
(Figura 6).
Em função das tipologias florestais
predominantes, as áreas sem ação antrópica possuem de moderada a alta estabilidade, uma vez que conferem ao solo uma
excelente proteção aos efeitos erosivos da
precipitação. No entanto, no Acre, em função dos sedimentos, ocorre uma condição
muito peculiar, onde a floresta avançou
sobre solos jovens de baixa permeabilidade, que quando expostos sofrem degradação muito rápida, principalmente em
função de sua mineralogia, o que lhes
conferem alta capacidade de expansão e
contração (Quadro 5).
3.5 Clima
As informações climatológicas necessárias à caracterização morfodinâmica
das unidades de paisagem natural representam o contraponto ao papel de defesa
desempenhado pela cobertura vegetal.
Estas informações, relativas à pluviosidade
Quadro 5 - Determinação da vulnerabilidade das unidades de mapeamento de vegetação que ocorrem na área
prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre) (Determination of the vulnerability of the vegetation
mapping units in the pilot area (BR-364 highway, between Feijó and Mâncio Lima, Acre)
Tipologia
Vulnerabilidade
Tipologia 1
Tipologia 2
Vulnerabilidade da Unidade
de Mapeamento
1,2
Floresta aberta com bambu dominante
1,2
-
Floresta aberta com bambu + Floresta aberta com palmeira
1,2
1,2
1,2
Floresta aberta com palmeira em área aluvial
1,2
-
1,2
Floresta aberta com palmeira
1,2
-
1,2
Floresta aberta com palmeira + Floresta densa
1,2
1,0
1,1
Floresta densa + Floresta aberta com palmeira
1,0
1,2
1,1
Floresta aberta com palmeira + Floresta aberta com bambu
1,2
1,2
1,2
Floresta aberta com bambu aluvial
1,2
-
1,2
Área antrópica
2,9
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
96
anual e à duração do período chuvoso, que
definem a intensidade pluviométrica,
permitem a quantificação empírica do
grau de risco a que está submetida uma
unidade de paisagem, pois situações de
intensidade pluviométrica elevada, isto é,
alta pluviosidade anual e curta duração do
período chuvoso, podem ser traduzidas
como situações em que a quantidade de
água disponível para o runoff é muito
grande e, portanto, é maior a capacidade
de erosão. Essas situações reúnem as
melhores condições para o desenvolvimento dos processos morfogenéticos cujo
vetor principal é o runoff. De forma inversa, a baixa pluviosidade anual distribuída
em um maior período de tempo, caracterizando intensidade pluviométrica reduzida,
leva a situações de menor risco para a
integridade da unidade de paisagem, pois
é menor a disponibilidade de água no
sistema para o runoff.
A baixa densidade da rede de estações
meteorológicas no Estado do Acre contribui para a baixa resolução das isolinhas
de intensidade pluviométrica, porém permite perceber que as áreas situadas no
extremo leste da área prioritária estão
mais vulneráveis que as áreas situadas
a oeste, indicando ser este atributo, mesmo em uma pequena extensão, um bom
parâmetro para estratificar os ambientes
(Figura 7).
3.6 Vulnerabilidade ambiental
Para a representação cartográfica da
vulnerabilidade das unidades de paisagem
foram selecionadas 21 categorias de cores,
obtidas a partir da combinação das três
cores primárias aditivas (azul, verde e
vermelho), de modo que se associasse a
cada classe de vulnerabilidade sempre a
mesma cor, obedecendo ao critério de que
o valor de menor vulnerabilidade (1,0) se
associa à cor azul, o valor de vulnerabilidade intermediária (2,0) se associa à cor
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
AMARAL, E.F. et al.
verde e o valor de maior vulnerabilidade
(3,0) à cor vermelha.
Na definição dessas cores procurouse obedecer aos critérios de comunicação
visual que buscam associar cores “quentes” e seus matizes (vermelho, amarelo e
laranja) a situações de emergência, e as
cores “frias” e seus matizes (azul, verde)
a situações de tranqüilidade.
Analisando o histograma de
freqüência de pixels, observa-se que o
mapa de vulnerabilidade possui a maior
parte dos pixels no grau de vulnerabilidade
1,86 a 1,84, o que lhes confere a classe de
medianamente vulnerável.
Em 84% dos pixels encontra-se a
classe 2 de vulnerabilidade e apenas 2%
dos pixels estão enquadrados como moderadamente vulnerável. Estes valores
revelam uma realidade de relativa estabilidade, que é imposta pela vegetação que
reveste o solo e o material de origem, dando
proteção para a dissecação do relevo, uma
vez que dimunui a erosividade das chuvas
(Figura 8).
O mapa resultante revela que as áreas
mais vulneráveis estão associadas aos
terraços aluviais dos grandes rios, nas
áreas de solos jovens e relevo mais movimentado, como as dos Cambissolos e nas
áreas antrópicas (Figura 9).
Uma vez que a vegetação representa
o tema que está condicionando maior
estabilidade ao sistema, pode-se retirar o
tema vegetação e fazer uma simulação
drástica na qual ocorra uma ação antrópica
em toda a extensão da área prioritária
(Figura 10).
Na simulação, o histograma revela
que 100% dos pixels ficaram com graus
de vulnerabilidade superior a 2,1 e mais
de 20% da área se enquadra como moderadamente vulnerável, de forma que uma
ocupação desordenada dessa área pode
Vulnerabilidade ambiental de uma área piloto na Amazônia ...
97
comprometer o ambiente de maneira
significativa e em graus diferenciados,
de acordo com a resiliência do sistema
(Figura 11).
correlação com os limites de graus de vulnerabilidade com uma escala de classes
de fragilidade, de modo a se ter uma visão
macro das condições de resiliência da
área prioritária (Quadro 6).
3.7 Fragilidade ambiental
A partir dessa correlação foi gerado um
mapa com cinco categorias de fragilidade,
de acordo com as condições ambientais
específicas da área de estudo (Figuras 12 e
13).
Partindo-se dos dados de vulnerabilidade, e para estratificar de forma mais
simplificada, foi construída uma tabela de
Figura 6 - Vulnerabilidade do tema vegetação da área prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Vegetation
vulnerability in the pilot area (BR-364 highway, entre Feijó and Mâncio Lima, Acre).
Figura 7 - Vulnerabilidade do tema clima da área prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Climate
vulnerability in the pilot area (BR-364 highway, between Feijó and Mâncio Lima, Acre).
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
98
AMARAL, E.F. et al.
1600000
1400000
Número de pixels
1200000
1000000
800000
600000
400000
200000
0
2.56
2.52
2.48
2.44
2.4
2.36
2.32
2.28
2.24
2.2
2.16
2.12
2.08
2.04
2
1.96
1.92
1.88
1.84
1.8
1.76
1.72
Vulnerabilidade (lim. superior)
Figura 8 - Distribuição de freqüência dos pixels do mapa de vulnerabilidade natural da área prioritária (BR-364, entre
Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Pixels frequency distribution of the natural vulnerability map in the pilot area (BR-364
highway, between Feijó and Mâncio Lima, Acre).
Figura 9 - Mapa de vulnerabilidade natural da área prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Natural
vulnerability map in the pilot area (BR-364 highway, between Feijó and Mâncio Lima, Acre).
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
99
Vulnerabilidade ambiental de uma área piloto na Amazônia ...
Figura 10 - Mapa de vulnerabilidade natural da área prioritária, considerando a retirada da vegetação natural (BR-364,
entre Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Natural vulnerability map in the pilot area, considering the removal of the
natural vegetation (BR-364 highway, betwen Feijó and Mâncio Lima, Acre).
2500000
Número de pixels
2000000
1500000
1000000
500000
0
1.76 1.79 1.82 1.85 1.88 1.91 1.94 1.97
2
2.03 2.06 2.1 2.13 2.16 2.19 2.22 2.25 2.28 2.31 2.34 2.37 2.41 2.44 2.47 2.5 2.53 2.56
Graus de vulnerabilidade (lim. superior)
Figura 11 - Distribuição de freqüência dos pixels do mapa de vulnerabilidade natural com a retirada da cobertura vegetal
da área prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Distribution of pixel frequency in the natural
vulnerability map with the removal of vegetal cover in the pilot area (BR-364 highway, between Feijó and Mâncio
Lima, Acre).
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
100
AMARAL, E.F. et al.
Quadro 6 - Classes de fragilidade ambiental para a área
prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima,
Acre) (Environmental vulnerability classes for the
pilot area (BR-364 highway, between Feijó and
Mâncio Lima, Acre)
Graus de Vulnerabilidade
Classe de Fragilidade
Min.
Max.
Excessivamente frágil
2,090
2,184
Fortemente frágil
2,184
2,278
Acentuadamente frágil
2,278
2,372
Frágil
2,372
2,466
Moderadamente frágil
2,466
2,560
Fonte: Zonneveld (1972).
7%
1%
15%
43%
34%
Ambientes moderadamente frágeis
Ambientes frágeis
Ambientes acentuadamente frágeis
Ambientes fortemente frágeis
Ambientes excessivamente frágeis
Figura 12 - Quantificação das classes de fragilidade ambiental
da área de estudo (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima,
Acre). (Quantification of the environmental vulnerability
classes in the study area (BR-364 highway, between Feijó
and Mâncio Lima, Acre).
Os meios excessivamente frágeis são
aqueles nos quais a morfogênese comanda a intensidade e a natureza dos processos morfogenéticos e o sentido da evolução.
A estabilidade estrutural dos solos é
decisiva nos fenômenos de escoamento
superficial e a constituição do material
sedimentar no qual está assentado o conjunto solo-floresta é extremamente instável. A granulometria comanda o modelado
de acumulação. Nessas áreas o uso agronômico é marginal, portanto o critério de
escolha deve ser mais de conservar para
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
proteger, principalmente, as áreas situadas a jusante dos cursos d’água.
Os meios mais frágeis são aqueles nos
quais a pedogênese é incipiente e os fenômenos de evolução da paisagem são
controlados prioritariamente pela morfogênese. São áreas constituídas por meios
de elevada sensibilidade, onde o equilíbrio
natural é rapidamente alterado, a resiliência do ecossistema é baixa. Representam, principalmente, as grandes áreas
aluviais que estão distribuídas na área
prioritária. Nestas áreas o uso agronômico é restrito, a agricultura ribeirinha
existente e as atividades extrativistas
devem ser o maior grau de alteração e deveriam ser priorizadas para conservação,
principalmente, naquelas áreas situadas
a jusante dos centros urbanos.
Os meios acentuadamente frágeis são
aqueles nos quais a pedogênese é de incipiente a moderada e os processos de
modelagem da paisagem são intensos. São
áreas constituídas por meios de alta
sensibilidade, onde o equilíbrio natural é
mantido, principalmente, pela cobertura
vegetal. Se a cobertura vegetal é degradada, há rápida liquidação dos solos, através
de processos de erosão acelerada e petroplintização, fenômenos resultantes da
precipitação pluviométrica elevada, material de origem de caráter pelítico e solos
com argila de atividade alta. Nessas áreas,
a geomorfologia atua como condicionador
da intensidade dos processos de alteração
e como fator de transformação dos demais
fatores. Sua atividade agronômica é restrita e estas áreas deveriam ser priorizadas para uso controlado e, ou, conservação,
principalmente aquelas situadas em
áreas de influência direta da rede hidrográfica.
Os meios frágeis são aqueles nos
quais há um balanço relativamente estável da morfogênese e pedogênese. Nesses
101
Vulnerabilidade ambiental de uma área piloto na Amazônia ...
Figura 13 - Mapa de fragilidade ambiental da área prioritária (BR-364, entre Feijó e Mâncio Lima, Acre). (Environmental
vulnerability map in the pilot area (BR-364 highway, between Feijó and Mâncio Lima, Acre).
meios a intensidade de dissecação fraca
a moderada condiciona a complexidade da
modelagem da paisagem e as características dos solos. São comuns o caráter
vértico e plíntico, nos quais há uma restrição severa de drenagem, onde a cobertura
vegetal permite manter o equilíbrio. Os
argilitos e siltitos condicionam uma
camada de restrição natural ao processo
evolutivo. Nessas áreas o uso agronômico
intensivo é restrito e as práticas agroflorestais devem ser adotadas em pequenas
áreas, de forma a manter a cobertura do
solo e evitar a degradação irreversível.
Os meios moderadamente frágeis são
aqueles nos quais há ligeira predominância dos processos de pedogênese. Nessas
áreas a pedogênese é moderada e os processos e fatores de formação já condicionaram solos mais desenvolvidos. São áreas
de solos mais profundos, com dissecação
fraca à moderada e com uma resiliência
do ecossistema moderada. Nestas áreas o
uso agronômico é regular; o uso mais
intensivo deve ser precedido de uma avaliação em escala local.
4 CONCLUSÕES
A região, devido ao isolamento e às
dificuldades de acesso, teve sua ocupação
direcionada em razão da abertura da
BR-364, o que fez com que fossem utilizadas áreas com distintos graus de vulnerabilidade.
A variação da vulnerabilidade condiciona diferentes impactos ambientais e
graus de resiliência dos ecossistemas.
O trecho entre Feijó e Tarauacá deveria ser mantido com a cobertura vegetal
original e o uso sustentável, exclusivamente florestal (manejo florestal).
No trecho entre Tarauacá e as proximidades de Cruzeiro do Sul prevê-se um
uso mais intensivo, devendo predominar
práticas agroflorestais.
As áreas de várzeas do rio Juruá devem ser mais bem estudadas, para que
se tenha definido o seu verdadeiro potencial e um planejamento de ocupação
ordenada e sustentável.
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
102
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa
Estadual de Zoneamento EcológicoEconômico do Estado do Acre. Zoneamento
Ecológico-Econômico: indicativos para a gestão
territorial do Acre. Documento final – 2a fase.
Rio Branco: SECTMA, 2000a. v.1., 116 p.
ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa
Estadual de Zoneamento EcológicoEconômico do Estado do Acre. Aspectos sócioeconômicos e ocupação territorial. Estrutura
fundiária do Estado do Acre. Rio Branco:
SECTMA, 2000b. v.2., p. 31-56.
ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa
Estadual de Zoneamento EcológicoEconômico do Estado do Acre. Zoneamento
Ecológico-Econômico: indicativos para a gestão
territorial do Acre. Documento final. Rio
Branco: SECTMA, 2000c. v.3.
CREPANI, E. et al. Sensoriamento remoto e
geoprocessamento aplicados ao zoneamento
ecológico-econômico. São José dos Campos:
INPE, 1998. 65 p.
Natureza & Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 87-102, 2005
AMARAL, E.F. et al.
HAINES-YOUNG, R.; GREEN, D. R.;
COUSINS, S. Landscape ecology and spatial
information systems. In: HAINES-YOUNG, R.;
GREEN, D. R.; COUSINS, S. Landscape
ecology and spatial information systems.
Bristol: Taylor and Francis, 1993. cap. 1,
p. 3-8.
INSTITUTO DE PESQUISAS ESPACIAIS - INPE.
Projeto de estimativa do desforestamento bruto
da Amazônia. Relatório 1999-2000. Disponível
em: <http://www.inpe.br/
informações_escritas/amz1999_2000/Prodes.
2002>. 17 fev. 2005.
MORISAWA, M. Streams: their dynamics and
morphology. New York: McGraw-Hill Book,
1968. 175 p.
TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de Janeiro:
IBGE-SUPREN, 1977. 91 p. (Recursos Naturais
e Meio Ambiente)
ZONNEVELD, I. S. Land evaluation and land
(scape) science. ITC Textbook of
photointerpretation. Enschede: ITC 106.
1972. v. 7.
Download