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XXIII Seminário de Iniciação Ciéntifica da UFOP
Detecção sorológica e molecular de Rickettsia spp. em pequenos roedores capturados no
município de Caratinga, MG.
Thiago De Faria Galvao (Autor), Marcio Antonio Moreira Galvao (Orientador), Amanda de Freitas Padilha
(Co-Autor)
As riquétsias patogênicas constituem um grupo de bactérias gram-negativas, intracelulares obrigatórias
que, através da picada de artrópodes hematófagos como carrapatos, pulgas, piolhos e ácaros, promovem
doenças ao homem conhecidas como riquetsioses. Pequenos roedores são incriminados nos Estados
Unidos e Europa como hospedeiros amplificadores de Rickettsia, entretanto, o papel desses animais no
ciclo epidemiológico das riquetsioses ainda não foi bem determinado no Brasil. Em estudos experimentais,
os pequenos roedores mostraram ser susceptíveis à infecção por organismos riquetsiais, desenvolvendo
riquetsemia temporária em um nível suficiente para contaminar ectoparasitos que deles se alimentassem.
Este trabalho visa investigar a ocorrência de bactérias do gênero Rickettsia através de técnicas
sorológicas e moleculares. As espécies de pequenos roedores, bem como de seus ectoparasitos foram
identificadas e amostras de soro foram analisadas pela Reação de Imunofluorescência Indireta usando
antígenos de diferentes espécies de Rickettsia (R. rickettsii e R. akari). Técnicas de biologia molecular
também foram utilizadas neste estudo, na tentativa de amplificar fragmentos gênero-específicos de
Rickettsia em amostras de tecidos (fígado e baço) dos pequenos roedores. Foram capturados, entre abril e
outubro de 2013, 102 pequenos roedores. Destes, 89 pertenciam à espécie Rattus rattus, 6 Akodon sp., 3
Bolomys lasiurus, 1Calomys callosus e 3 Nectomys squamipes. Do total de pequenos roedores amostrados,
70 (71,4%) estavam infestados por artrópodes (carrapatos, ácaros, piolhos e pulgas). Foi encontrada
sororreatividade de 37,21% e 25,25% para R. rickettsii e R. akari, respectivamente. Em relação ao
diagnóstico molecular, nenhuma das amostras de tecidos (fígado e baço) foi positiva à PCR. Embora não
tenha sido confirmada a circulação de riquétsias por técnicas moleculares, os achados sorológicos indicam
exposição de pequenos roedores à riquétsias do grupo da febre maculosa.
Instituição de Ensino: UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto
ISSN: 21763410
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