Chagas

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Chagas
Tripanossomíase
Americana
DESCRIÇÃO DA DOENÇA
A Doença de Chagas (ou Tripanossomíase Americana) é
a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
Apresenta uma fase aguda que pode ser identificada
ou não (doença de Chagas aguda – DCA) e tendência à
evolução para as formas crônicas, caso não seja tratada
precocemente com medicamento específico. Superada
a fase aguda, aproximadamente 60% – 70% dos infec-
tados evoluirão para uma forma indeterminada, sem
nenhuma manifestação clínica da doença de Chagas. O
restante, entre 30 % a 40 %, desenvolverá formas clínicas crônicas, divididas em três tipos de acordo com as
complicações apresentadas: cardíaca, digestiva ou mista
(com complicações cardíacas e digestivas).
CASO SUSPEITO
Paciente com quadro febril prolongado (mais de 7 dias)
e que apresente esplenomegalia ou acometimento
cardíaco agudo, residente ou visitante de área onde haja
ocorrência de triatomíneos, que tenha recebido transfusão de hemoderivados ou transplante de órgãos, ou que
tenha ingerido alimento suspeito de contaminação
CASO CONGÊNITA
Recém-nascido de mãe com exame sorológico ou parasitológico positivo para T. cruzi, que apresente exame
parasitológico positivo para T. cruzi, a partir do nascimento, ou exame sorológico positivo a partir do sexto
mês de nascimento, e que não apresente evidencia de
infecção por qualquer outra forma de transmissão.
CASO CONFIRMADO
Paciente que apresente T. cruzi circulante no sangue
periférico, identificado por meio de exame parasitológico
direto, com ou sem presença de sinais e sintomas; ou
paciente com sorologia positiva para anticorpos IgManti-T. cruzi na presença de evidencias clinicas e epidemiológicas indicativas de DCA
CASO CRÔNICA
Individuo com pelo menos dois exames sorológicos, ou
com hemocultivo, ou xenodiagnostico positivos para T.
cruzi e que presente: Forma indeterminada, Forma cardíaca, Forma digestiva y Forma associada .
VETORES E RESERVATÓRIOS
Os vetores são os triatomíneos (família Reduviidae),
insetos hematófagos popularmente conhecidos como
barbeiros ou bicudos. Qualquer mamífero pode albergar o
parasito, enquanto aves e répteis são refratários à infecção.
Os principais reservatórios no ciclo silvestre são gambás,
tatus, cães, gatos, ratos, etc. No ciclo doméstico, em função
da proximidade das habitações do homem com o ambiente
silvestre, os reservatórios são seres humanos e mamíferos
domésticos ou sinantrópicos como cães, gatos, ratos e porcos. Das 141 espécies de triatomíneos conhecidas atualmente, 63 foram identificadas no Brasil e são encontradas
em vários estratos florestais, de todos os biomas.
Com a interrupção da transmissão vetorial por Triatoma
infestans no país, quatro outras espécies de triatomíneos
têm especial importância na transmissão da doença ao
homem: T. brasiliensis, Panstrongylus megistus, T. pseudomaculata e T. sordida.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
• Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias.
• Transmissão transfusional – de 30 a 40 dias ou mais.
• Transmissão vertical – pode ser transmitida em qualquer período da gestação ou durante o parto.
• Transmissão oral – de 3 a 22 dias.
• Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias.
ASPECTOS LABORATORIAIS
Método diagnóstico: Exame parasitológico direto de
sangue (a fresco, gota espessa, Strout, micro-hematócrito,
creme leucocitário). Imunofluorescência Indireta para anticorpos IgM anti-T. cruzi específicos pode ser útil associado
à situação clínico-epidemiológica. Exames parasitológicos
diretos positivos são confirmatórios para a fase aguda da
doença, independente da ocorrência de sintomas.
PREVENÇÃO
Uma das formas de prevenção da doença de Chagas é evitar que o inseto“barbeiro”forme colônias dentro das residências. Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas
voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. Recomenda-se usar medidas de
proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas,
etc) durante a realização de atividades noturnas (caçadas,
pesca ou pernoite) em áreas de mata. Para a prevenção da
transmissão oral é importante seguir todas as recomendações de boas práticas de higiene e manipulação de alimentos, em especial aqueles consumidos in natura.
VIAJANTE
É considerado caso suspeito de DCA o viajante que
tenha ingerido alimento suspeito de contaminação por
T. cruzi ou visitado área de ocorrência de triatomíneos e
apresente febre prolongada (superior a 7 dias), acompanhado de pelo menos um do seguintes sinais: edema de
face ou de membros, exantema, adenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, cardiopatia aguda (taquicardia,
sinais de insuficiência cardíaca), manifestações hemorrágicas, sinal de Romaña ou chagoma de inoculação
Unidade Técnica de Vigilância das Doenças deTransmissão Vetorial - UVTV/CGDT SCS
Quadra 04 Bloco A Edifício Principal - 3º andar Brasília/DF - Cep. 70304-000
Gerente: Renato Vieira Alves
Telefone: (61) 3213 – 8095
E-mail: renato.alves @saude.gov.br
Doencas infecciosas e parasitárias. Guía de bolso/ www.saude.gov.br/bvs/
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10905&Itemid=640
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/vigilancia-de-a-a-z
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