Dia eUroPeU Do DoeNTe CoroNÁrio

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Dia EUROPEU
dO DOENTE
CORONÁRIO
14 de Fevereiro
Doença
Coronária
A doença coronária (DC) consiste no desenvolvimento de placas ateroscleróticas no interior
das artérias coronárias. Estas placas são formadas por depósitos de gorduras e de outras
substâncias na parede das artérias coronárias,
que estreitam a entrada dos vasos impedindo
a normal circulação sanguínea no seu interior e
a correcta irrigação dos tecidos do coração. As
placas de aterosclerose causam estreitamento
nas artérias e podem mesmo bloquear a passagem do sangue. Geralmente, não causam
sintomas até estreitar gravemente a artéria ou
causar uma obstrução súbita.1-6 A aterosclerose
é a principal causa da DC, responsável por cerca de 95% dos casos.4,7
Trata-se de um processo lento e progressivo,
que passa despercebido durante muitos anos,
mas que ao atingir um determinado ponto provoca o défice de irrigação do miocárdio, com
manifestações típicas e, muitas vezes, com consequências mais graves.2,7
O estreitamento das artérias coronárias pode
manifestar-se por uma dor passageira no peito, braço e que pode irradiar para o pescoço e
queixo, denominada de angina de peito, que
resulta de um défice transitório na irrigação do
miocárdio. Geralmente surge com os esforços
ou as emoções e desaparece com o repouso.
Numa situação mais grave, de obstrução total
da artéria, pode causar um enfarte do miocárdio agudo, cujo principal sintoma é o aparecimento de dor de características similares às de
angina de peito, mas de maior duração. Neste
caso, o défice de irrigação é mais prolongado,
resultando daí a necrose ou morte de células
musculares cardíacas da região afectada. Por
vezes, as lesões provocadas são de tal maneira
graves que delas resulta a morte súbita, a terceira forma mais comum de aparecimento da
doença coronária.2,7
Factores de risco
Para a formação de placas de aterosclerose nas artérias coronárias contribuem um conjunto de factores
de risco, essencialmente relacionados com o estilo de vida.2,6,8,9 É possível influir e modificar alguns factores de risco. Contudo, existem outros que não são modificáveis mas que também podem contribuir
significativamente para o desenvolvimento da DC.6,8,9
Factores de risco
modificáveis
Factores de risco
não-modificáveis
• Tabagismo
• Sedentarismo
• Stress
• Obesidade e excesso de peso
• Hipertensão arterial
• Hipercolesterolemia
• Diabetes mellitus
•Idade avançada
•Género masculino
•História familiar
ARTÉRIAS CORONÁRIAS
1
O coração é um músculo cuja função é impulsionar o sangue a todos os pontos do organismo através das artérias. As artérias coronárias
estão situadas na superfície do coração para
alimentar o músculo cardíaco (miocárdio).
As duas principais são a artéria coronária
direita e a artéria coronária esquerda. Esta
última, por sua vez, compreende duas artérias secundárias muito importantes: a artéria
descendente anterior e a artéria circunflexa.
Cada uma destas artérias leva sangue a uma
determinada zona do coração.2,7
As artérias coronárias saudáveis têm um interior liso flexível, que deixa passar livremente
o sangue. Quando existem obstáculos à
passagem de sangue no interior das artérias,
existirão zonas no coração que não vão ser
devidamente irrigadas. Esta disfunção é designada por DC.2,7
A parceria da APIFARMA com as Associações de Doentes iniciou-se em 1999. Conta actualmente com 40 Associações.
Através dela, pretendemos contribuir para uma crescente intervenção dos doentes na sociedade e sua contribuição na área
da Saúde. Para mais informações contactar [email protected].
2
4
3
5
1
2
3
4
5
Artéria Aorta
Artéria coronária Esquerda
Artéria Coronária Direita
Artéria Circunflexa
Artéria Descendente Anterior
Dia NACIONAL DO DOENTE CORONÁRIO
14 de Fevereiro
Dimensão do problema
A DC é a mais prevalente das patologias cardiovasculares, sendo uma doença
progressiva e a principal causa de morte prematura, provocando limitações
físicas e perda da qualidade de vida da pessoa, nos países mais desenvolvidos.2,10 Nos países mais desenvolvidos assumiua partir da última metade do
século passado, proporções epidémicas nas sociedades desenvolvidas.1,11
Principais causas de morte
em ambos os sexos13
15
10
8%
26 de sETEMbRO
Doença Cardiovascular
5
As doenças cardiovasculares (DCV) são o conjunto de doenças que afectam o coração e/ou o sistema sanguíneo (artérias, veias e vasos capilares),
que constituem o aparelho cardiovascular.1,2
A aterogénese é o processo que conduz ao aparecimento e desenvolvimento progressivo das
lesões de aterosclerose (placa aterosclerótica)
nas paredes dos vasos, constituindo a principal
razão para o aparecimento das DCV. Traduz-se no
espessamento e perda de elasticidade da parede
arterial e afecta predominantemente as artérias do
cérebro, do coração, dos rins, de outros órgãos
vitais e dos braços e pernas.3
0
15%
31%
DIA MunDIAl DO
CORAÇÃO
Doenças
Respiratórias
21%
4%
20
Ferimentos e
Envenamento
10%
25
Cancro
Outras Causas
Ouitras DCV
Doenças Respiratórias
Ferimentos e Envenenamento
Enfarte
Cancro
Enfarte
Outras DCV
Doença cardíaca
coronária
Doença cardíaca coronária
Número Total de mortes (%)
Principais causas de morte em Portugal13
Em Portugal a DC, comparativamente a outros países da Europa, apresenta uma taxa de mortalidade mais baixa.12 No entanto, as consequências da
DC são de marcada preponderância, pelo que foi considerada pela Direcção
Geral da Saúde (DGS) uma doença social, com génese e com repercussão
social.2
A formação da placa aterosclerótica é um proces-so inflamatório, no qual as células e elementos
envolvidos na resposta imunitária estão directamente relacionados, decorrente de pequenos
depósitos de cálcio, lípidos e células nos vasos.
Estes endurecem, formando uma placa, sobretudo nas ramificações ou nas bifurcações das
artérias afectadas. Com o passar do tempo, esta
placa aumenta, estreitando o vaso, chegando
mesmo a obstruí-lo totalmente.2 A aterogénese
pode ser interrompida em qualquer momento
por um evento agudo (enfarte do miocárdio), capaz de provocar ruptura da
placa, trombose e interrupção súbita
do fluxo sanguíneo. Geralmente, a
aterosclerose não produz sintomas
até estreitar gravemente a artéria ou
causar uma obstrução súbita.3,4
A DCV pode assumir várias formas, dependendo das artérias afectadas: a
angina de peito, o enfarte do miocárdio, a morte súbita, o acidente
isquémico transitório (trombose
cerebral fugaz), o acidente vascular cerebral (a trombose cerebral) ou a doença vascular dos
membros inferiores (claudicação intermitente ou gangrena)
ou dos rins (hipertensão arterial de causa vascular renal
ou insuficiência renal).3
Doenças Cardiovasculares 2,5
Doença Cardíaca Coronária
Doença dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco.
Doença Cerebrovascular
Doença dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.
Doença Arterial Periférica
Doença dos vasos sanguíneos que irrigam as extremidades
do corpo (mãos e pernas).
Doença Reumática Cardíaca
Danos no músculo cardíaco e válvulas cardíacas por febre
reumática, causada por Streptococcus sp.
Doença Cardíaca congénita
Malformações cardíacas existentes desde o nascimento.
Tromboses venosas profundas
e Embolismo Pulmonar
Coágulos sanguíneos nas veias das pernas, que se podem deslocar
até ao coração e/ou pulmões.
Dos factores de risco à DCV
As DCV estão associadas a um conjunto de factores de risco cardiovascular. É possível influir e modificar alguns factores individuais de risco cardiovascular.2,6 Contudo, existem outros que não são
modificáveis mas que também podem contribuir
significativamente para o desenvolvimento de
DCV.1,2,6
ciação de mais do que um destes factores de risco
leva a um agravamento exponencial da situação.
Para prevenir a aterosclerose, devem eliminar-se
os factores de risco controláveis.2,4,7
A combinação de parte destes factores
de risco tem um efeito exponencial sobre o risco cardiovascular.2,6 Quanto
mais precoce é o diagnóstico, maiores
são as possibilidades de impedir o aparecimento ou o agravamento de
doença cardiovascular.6
A hipertensão arterial, valores elevados de colesterol,
o tabagismo, a diabetes
mellitus, a obesidade, a falta de exercício e a idade
avançada, que constituem
factores de risco cardiovascular, aumentam o
risco de desenvolver
aterosclerose.2,4 A asso-
Factores de risco
modificáveis
Tabagismo
Sedentarismo
Stress
Obesidade e Excesso de Peso
Hipertensão Arterial
Hipercolesterolemia
Diabetes Mellitus
Factores de risco
não-modificáveis
Idade Avançada
Género Masculino
História Familiar
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Através dela, pretendemos contribuir para uma crescente intervenção dos doentes na sociedade e sua contribuição na área
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11%
Europa
Portugal
Para mais informação
adicional consultar a
Factsheet do Dia
Mundial do Coração.
Bibliografia: 1. Portal da Saúde. Doenças Cardiovasculares. [acedido a 19 de Novembro de 2010]. Disponível na internet: http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/
doencas/doencas+do+aparelho+circulatorio/doencascardiovasculares.htm. 2. CHAVES, Ana Paula; ANDRÉ, Carlos André – A Percepção da Qualidade de Vida da Pessoa com Doença Coronária referenciada à Consulta de Cardiologia do Hospital Distrital de Santarém, EPE. HDSInForma nº 24 (2008). [acedido a 19 de Novembro de 2010]. Disponível na internet: http://www.hds.
min-saude.pt/NR/rdonlyres/069D9731-43F1-455D-B82D-CA65AF82C3D7/13696/Destacavel_cientifico_N24.pdf. 3. Roche Portugal. Doenças Metabólicas. [acedido a 19 de Novembro de 2010].
Disponível na internet: http://www.roche.pt/portugal/index.cfm/produtos/equipamentos-de-diagnostico/informacao-diagnostico/metabolicas/. 4. MARQUES DA SILVA, Pedro – Compreender a
Aterosclerose para prevenir. Revista Clube Rei Coração Nº7,2008. [acedido a 20 de Julho de 2010]. Disponível na internet: http://www.fpcardiologia.pt/docs/N7.pdf. 5. Manual Merck. Aterosclerose. [acedido a 20 de Julho de 2010]. Disponível na internet: http://www.manualmerck.net/?id=52. 9. Fundação Portuguesa de Cardiologia. 6. Roche Portugal. Doenças cardiovasculares. [acedido
a 20 de Julho de 2010]. Disponível na internet: http://www.roche.pt/portugal/index.cfm/produtos/equipamentos-de-diagnostico/informacao-diagnostico/siscardiovascular/. 7. Enfarte.com. Doença
coronária. [acedido a 19 de Novembro de 2010]. Disponível na internet: http://www.enfarte.com/enfarte-descricao-da-doenca-coronaria.html. 8. Portal da Saúde. Doenças cardiovasculares. [acedido a 20 de Julho de 2010]. Disponível na internet: http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+do+aparelho+circulatorio/doencascardiovasculares.htm.
9. Fundação Portuguesa de Cardiologia. Atlas do Coração. [acedido a 20 de Julho de 2010]. Disponível na internet: http://www.fpcardiologia.pt/atla.html. 10. QUINN, T.; WEBSTER, R.; HATCHETT,
R. – Doença Coronária: angina e enfarte agudo do miocárdio. In: HATCHETT, R.; THOMPSON, D. – Enfermagem cardíaca: um guia polivalente. Loures: Lusociência, 2006. ISBN 972-8930-12-7.
p.163-204. 11. ALBUQUERQUE, A. – Formas de apresentação da doença coronária aguda. In: MORAIS, J. – Síndrome coronário agudo sem supra desnivelamento de ST: da investigaçãoà prática
clínica. Leiria: João Morais, 2003. Deposito legal 195811. p. 17-34. 12. Alto Comissariado da Saúde – Recomendações clínicas para o enfarte agudo do miocárdio (EAM) e o acidente vascular
cerebral (AVC). Lisboa: Coordenação Nacional para as Doenças Cardiovasculares, 2007. 60 p.ISBN 978-989-95146-2-1. 13. British Heart Foundation Statistics Website. European cardiovascular
disease statistics 2008. [acedido a 20 de Julho de 2010]. Disponível na internet: http://www.heartstats.org/datapage.asp?id=7683.
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todas as pessoas que têm ou já tiveram problemas do foro cardiovascular. Por
outro lado, pretende também consciencializar a Comunidade para o facto de
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simples, a adoptar no nosso dia a dia, e informar sobre os progressos conseguidos na prevenção e tratamento destas doenças e na sua reabilitação.
A filiação no Clube Rei Coração é livre e destina-se a todos os que se interessam pelas doenças do foro cardiovascular, em saber como as prevenir e
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O dia Europeu do Doente Coronário celebra-se todos os anos a 14 de Fevereiro,
sob a égide da Fundação Portuguesa de Cardiologia, à responsabilidade do:
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