Ensino Médio 1. PASSAGEM DO MITO À FILOSÓFIA: Milagre grego. Períodos da história da GRÉCIA ANTIGA: 1. Civilização mítica (Séc. XX a XXI a.C) Cidades de micenas. 1250 a.C Conquista de Tróia. (Agamenon, Aquiles e Ulisses. 2. Tempos homéricos ( Séc. XII a VIII a.C) Formação do mundo rural grego e enriquecimentos de senhores e aristocracia proprietária de torras. Surgimento de Homero. 3. Período arcaico ( Séc. VIII a VI a.C) Formação das cidades Estados – póleis. Alterações sociais e políticas. Desenvolvimento do comércio e expansão da colonização grega. Surgimento de Hesíodo. Séc. VII e VI a.C – surgimento dos primeiros filósofos nas colônias gregas. 4. Período Clássico (Séc. V e IV a.C) Auge da civilização grega. POLÍTICA. Apogeu da democracia grega ateniense. Desenvolvimento da arte, literatura e filosofia. Sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles. 5. Período helenístico (Séc. III e II a.C) Domínio macedônio. Conquista da Grécia pelos romanos. Influência da civilização oriental. Filosofia dos estóicos e epicureus. Sábios do oriente. (Séc. VI a.C) China: Confúcio, Lao Tsé, Índia: Buda, Pérsia: Zaratustra. 2. FATOS QUE INFLUENCIARAM O MILAGRE GREGO. 1. A invenção da escrita: Até o momento havia a tradição oral – mito. Os sacerdotes e reis usavam o caráter mágico da escrita denominada hieróglifo – sinal divino. Na Grécia os micênicos utilizavam a pré-escrita para funções administrativas e aristocráticas. Com a invasão dórica a escrita desapareceu. Ressurgiu com os Fenícios no Séc. IX – VIII a.C Utilização da escrita: poder e democracia. Utilizada em praças públicas, sujeitas à discussão e à crítica. Ensino Médio Dessacralização da escrita – desligamento do sagrado. Postura de quem escreve é diferente de quem fala. Exisge rigor, clareza, espírito crítico e transcendência. Estrutura o pensamento. 2. Moeda: A aristocracia rural grega baseada em terras e rebanhos. Séc. VIII a.C desenvolvimento do comércio marítimo grego, ocasionando a colonização e enriquecimento comercial. Transformou-se em mercadoria de troca. É uma convenção humana. 3. Lei escrita: Legisladores – Sólon e Clístenes (Séc. VII – VI a.C) A legislação divina dá lugar à legislação de reis e às normas racionais. Fundação da polis e organização administrativa ideal denominada democracia, abolindo com a aristocracia e oligarquia. Isonomia – igualdade de todos perante a lei. Isegoria – igualdade em falar em público. 4. Função da Polís: Promoveu alterações na vida social e relações humanas. A polis centra-se na ágora – lugar para debates de assuntos de interesse público e comuns. Novo ideal de justiça, de direito e de poder, de caráter político e moral, no âmbito do indivíduo e social. O debate originou o senso político e a cidadania. Consolidação da democracia. 3. OS PRIMEIROS FILÓSOFOS: Os primeiros filósofos surgiram nas colônias gregas: Jônia e Magna Grécia – Comércio. 3.1 Pré-Socrático Séc. VII e VI a.C Iniciaram a separação entre o pensamento mítico e a filosofia. Ocupavam-se com questões cosmológicas – da natureza – da racionalidade constitutiva do universo. Preocupavam-se com a origem da vida e por que as coisas mudavam – com o devir. Como do caos – confusão geral – surge o universo, beleza e harmonia? Buscavam o fundamento do ser, o elemento constitutivo de todas as coisas, chamado arkhé. Tales – água. Pitágoras – o número é a essência de todas as coisas. Anaximandro – matéria indeterminada –ápeiron. Anaxímenes – ar. Parmênides – o ser real é imóvel, imutável e o movimento é uma ilusão. Heráclito tudo flui. “Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”. Ensino Médio Anaxágoras – princípio inteligente é o nous. Empédocles – os elementos terra, água, ar e fogo. Demócrito – princípio atomista. 3.2 Socrático ou Clássico Séc. V e IV a.C Ênfase nas questões antropológicas e maior sistematização do pensamento. Pensadores: Sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles. 3.3 Pós-Socrático Séc. III e II a.C Surgimento do helenismo. Interesses pela física e ética. Correntes filosóficas: estoicismo, hedonismo, ceticismo. Diferenças entre mito e filosofia: Enquanto o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona, a filosofia problematiza e convida à discussão. No mito a inteligibilidade é dada, na filosofia ela é procurada. A filosofia rejeita o sobrenatural, a interferência de agentes divinos na explicação de fenômenos. A filosofia busca a coerência interna, a definição rigorosa dos conceitos, surgindo como pensamento abstrato. Livro FILOSOFANDO páginas 36 a 41. Professor: Edson Schirmer. Ensino Médio