viii seminário de comunicação banco do brasil

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VIII SEMINÁRIO DE COMUNICAÇÃO BANCO DO BRASIL
"Um mundo em mudanças: o espelho da mídia"
Organização:
Diretoria de Marketing e Comunicação
Realização:
ProJor
Local:
Auditório do Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 (esq. Pres. Vargas)
Apoio:
BB Turismo e Internews
Programa do VIII Seminário de Comunicação
Primeiro dia - Abertura 20/11/2002
19horas
Conferência, Prof. Luis Carlos Bresser Pereira:
MUDANÇAS POSSÍVEIS
A recessão econômica mundial facilitou uma sucessão de fraudes em
poderosos conglomerados empresariais e ambos juntaram-se para fabricar
o cenário onde, aparentemente, transcorrerá a primeira década do novo
século.
Neste ambiente desenvolvem-se vários
movimentos concêntricos.
Deles, dois nortearão este seminário: o atual sistema econômico terá que ser
aperfeiçoado e submetido a algum tipo de controle. Neste caso, o Estado
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tende a ampliar o seu papel regulador. O processo de globalização abriu o
caminho para associações regionais com participação de Estados mais
atuantes.
Mesmo os valores da ética protestante sobre o qual assentou-se o
processo capitalista foi confrontado pelas consideráveis perdas ocorridas
nos mercados de capitais e pelas insolvências morais que dele retiraram
parte da confiabilidade. Responsabilidade social e transparência deixaram a
esfera alternativa para converterem-se em desafios estratégicos e prioritários.
Tudo está sendo questionado: o papel do Estado, a liberdade dos
agentes econômicos, a ordem internacional, a organização da sociedade e das
empresas, seus valores humanos, as hegemonias e subordinações. Também
o extraordinário desenvolvimento científico e tecnológico,
incapaz
de
produzir e distribuir o bem-estar com a velocidade necessária -- o progresso
resumiu-se a uma bolha.
A Mídia incorporou-se a este sistema aceitando as regras do
gigantismo e nesta escala perdeu parte de sua capacidade de apresentar-se
como contra-poder. Trocou quantidades pela qualidade e subordinou-se ao
clima de espetáculo. O Espelho continua fiel mas mostra a necessidade de
ajustes contínuos de modo que sendo parte da realidade seja também sua
contestação.
20h às 20h30 - Debate
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Segundo dia - quinta-feira, 21/11/2002
Manhã
09h30 – 10h30 Painel 1: Globalização e Regionalismo
José Augusto Guilhon de Albuquerque (economista, professor, USP)
William Waack (Jornalista, Rede Globo)
Um jornalista com larga experiência internacional e vivência européia
ao lado de um especialista em América Latina oferecem as perspectivas para
a inserção brasileira no cenário global. Para que isso aconteça a mídia
precisa alimentar a sociedade com as percepções necessárias. A estratégia de
um Estado democrático deve ser conseqüência da vontade coletiva e esta,
fruto da informação que recebe.
10h30 – 11h00 debate
11h00 – 11h15 coffee break
11h15 às 12h15 -- Painel 2: A economia além do mercado financeiro
Nildo Masini (Diretor da FIESP)
Alberto Duque Portugal (Presidente da Embrapa) --
A mídia vem concentrando sua atenção no placar das cotações e
rankings. A dramatização dos números secundariza a cobertura de novos
fatos e a exposição de situações crônicas. O setor produtivo — sobretudo a
indústria e a agricultura – ganham relevância quando produzem cifras
capazes de merecer títulos e manchetes. A sociedade fica a reboque das
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emoções especulativas e prejudicada na sua capacidade para mobilizar-se
para grandes empreitadas.
12h15 às 12h45 - debate
Almoço
15h – 16h Painel 3: A crise na economia vista pela indústria da
comunicação
A opinião pública é despertada pelas novidades e problemas que
envolvem todos os setores da economia. Os meios de comunicação fazem
parte do mesmo sistema econômico cujos fundamentos, nos últimos tempos,
vem sofrendo considerável desgaste. Na condição de parte está conseguindo
levar ao seu público as verdadeiras dimensões do que está acontecendo ?
Rolf Kuntz (Jornalista, O Estado de S.Paulo, Professor, USP)
Carlos Eduardo Lins e Silva (jornalista, “Valor” e “Folha”, SP)
16h – 16h30 debate
16h30 – 16h45 - coffee break
16h45 às 17h45 Painel 4: Jornalismo Político e Políticas Públicas
Lúcia Hipólito (Cientista política, comentarista CBN, Rio)
Villas Boas Corrêa (Articulista. Jornal do Brasil),
A mídia acostumou-se a cobrir a praça dos Três Poderes e a esquecer
Esplanada dos Ministérios. Mesmo no Congresso as ênfases relacionam-se
com a movimentação nos altos escalões partidários enquanto a cobertura dos
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plenários e, sobretudo comissões, é relegada. O destaque vai para o governo
e, não, para a governabilidade, para as denúncias e não para as ações
afirmativas. Sob a ótica do escândalo a
política e os
políticos são
desvalorizados e, com isso, sua capacidade de operar mudanças e aprimorar
o processo democrático.
17h45 às 18h15 debate
Terceiro dia - sexta-feira, 22/11/2002
Manhã
9h30 – 10h30
Painel 5: Governança Corporativa e Comunicação
Lélio Lauretti (consultor, professor, USP)
Arão Shapiro (Inst. de Estudos de Competitividade, presidente,
professor, FGV
10h30 – 11h debate
11h – 11h15 coffee break
11h15 –12h15 Painel 6: Responsabilidade Social ou Marketing Social
Márcio Pochman (professor, Unicamp)
Paulo Nassar (ABERJE, doutorando, USP)
12h15 às 12h45 – debate
Almoço
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Tarde
15h às 16h Painel 7: Crise de Confiança ou Abalo no sistema ?
A sucessão de falências e fraudes em grandes empresas americanas
produziram questionamentos que afetam as práticas do mercado, a confiança
dos investidores e a credibilidade do sistema como um todo. Evidencia-se a
necessidade de reparos urgentes sem, contudo, interromper seu movimento. A
confiança antecede uma reversão nos resultados ou estes acontecerão quando
for restabelecida a confiança ? A questão envolve novos parâmetros de
transparência e ética ou depende apenas do esforço de comunicação para
mudar imagens ou expectativas ?
Luiz Gonzaga Belluzzo (Professor, Unicamp)
Eduardo Gianetti da Fonseca (Professor, USP)
16h às 16h30 - debate
16h30 às 16h45 – coffe break
16h45 às 17h45
Painel 8: Transparência e controles sociais, inclusive na
mídia.
A democracia repousa num sistema múltiplo de poderes e contrapoderes. A ética não pode ser convertida em moda ou mesmo palavra de
ordem mas obtida através da ação efetiva de contra-poderes ou controles
sociais. A mídia como veículo das exigências da sociedade pode manter-se
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incontestável, imune ao clamor público sem comprometer todo processo de
busca de transparência ?
Alberto Dines (Observatório da Imprensa)
Cláudio Weber Abramo (Transparência Internacional)
17h45 –18h00 debate
18h00 – Encerramento
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