37 Ventilação não invasiva no tratamento de insuficiência respiratória aguda, em paciente com Leucemia Fernando L. M. Marchiori Márcio Arbex 2 Niki Faria Secchi 1 Isaias Rodrigo da Silva 1 1 Palavras-chaves: Resumo Ventilação não Invasiva O relato de caso exposto, visa mostrar a eficácia da ventilação não invasiva (CPAP) no tratamento de distúrbios respiratórios de uma paciente internada em CTI, com grave doença de base. A paciente em questão apresenta Leucemia Mielóide Aguda, anemia importante e pneumonia. No exame físico, era claro seu esforço respiratório, assim como também a presença de cianose. Dentre as modalidades para tratamento dessa insuficiência respiratória, tentou-se em um primeiro momento optar pela ventilação não invasiva, obtendo excelente resultado no que tange ao quadro respiratório da paciente, não sendo necessária a intubação orotraqueal em nenhum momento da evolução do quadro Insuficiência Respiratória Leucemia 1 2 Acadêmicos - Ciências da Saúde – UniFOA Especialista - Ciências da Saúde – UniFOA 35.000 , hemáceas:2.200.000, hematócrito:20, hemoglobina:6,9, plaquetas: 57000, sódio sérico: 139, potássio sérico: 4,8, uréia: 42 e creatinina: 1,1. Como hipótese diagnóstica o médico plantonista aventou a possibilidade de leucemia, transferindo a paciente para a enfermaria de clínica médica. No dia seguinte pela manhã paciente queixava-se de aumento da dispnéia, quando foi solicitado R-X de tórax, sendo observado uma condensação lobar em base de pulmão direito. A prescrição medicamentosa na enfermaria era: A prescrição na enfermaria de CM, era: Levofloxacino, Hidralazina, Solucortef, Digoxina.Havia pedido de concentrado de hemáceas. Na mesma tarde ocorreu uma intercorrência, tendo sido chamadoo plantonista do CTI para avaliação da paciente, que apresentava intensa dispnéia, que descreveu o seguinte quadro clínico: murmúrio vesicular diminuído, broncoespasmo, roncos difusos, tosse produtiva e cianose de extremidades. Transferida ao CTI, onde foi colocada em ventilação com CPAP, além de realizado Cadernos UniFOA R.A.A., 78 anos, branca, sexo feminino, natural de Carangola- MG, deu entrada no dia 07/05/08 no PS-HMR com a seguinte queixa: “Dispnéia aos grandes esforços e sudorese noturna há 10 dias” Ao exame físico apresentava-se em bom estado geral, verbalizando, desidratada +/4+, hipocorada +/4+, anictérica, afebril. Havia a presença de equimoses por todo o corpo. Estava lúcida e orientada no tempo e espaço, sem déficits motores aparentes.Ausculta cardíaca com bulhas normofonéticas,regulares e em 2 tempos, sem sopros ou extra-sístoles. A freqüência cardíaca era de 104 batimentos por minuto. Em relação ao aparelho respiratório, era observado murmúrio vesicular presente, bilateralemente, sem ruídos adventícios, com freqüência respiratória de 22 incursões por minuto. O abdome estava globoso, flácido, indolor à palpação, sem vísceromegalias. Foi solicitado hemograma completo, sódio e potássio séricos, uréia e creatinina, com os seguintes resultados: Leucócitos: Edição Especial Prefeitura Municipal de Volta Redonda - outubro 2008 1. Relato de caso protocolo para edema aguda de pulmão. No 2º DI-CTI, pcte apresentando melhora do quadro geral, com a seguinte gasometria: PH:7.29, PaO2:133, PaCO2: 58.3, HCO3:27.7 BE:1.8 FiO2:40%.Continuava em ventilação positiva, mas com melhora da cianose e do desconforto respiratório. Pcte evoluiu com melhora do quadro geral, todavia no 4º dia de CTI começou a apresentar picos febris. Foi decidido pela equipe do CTI, substituir o Levofloxacino por Meropenem. Após 7 dias decorridos com uso de Meropenem, paciente apresentava-se afebril, em regular estado geral, sem distúrbios respiratórios clínicos e gasométricos, sendo transferida a enfermaria de CM. 38 Cadernos UniFOA Edição Especial Prefeitura Municipal de Volta Redonda - outubro 2008 2. Conclusão Como exposto no relato acima, o “ mito” de que a ventilação invasiva é condição essencial para resolução de insuficiência respiratória aguda e tratamento de embolia pulmonar aguda não se confirma. Asoma de uma equipe multidisciplinar ( médicos, enfermeiros e fisioterapeuta) pode trazer uma resolubilidade de problemas de ordem respiratória com sucesso de forma não invasiva, beneficiando sobremaneira o paciente, evitando complicações como pneumonias relacionadas com a ventilação invasiva. 3. Referências bibliográficas Zago, Marco Antonio, Tratado de Hematologia, 2005 MARTINEZ JAB & PADUA AI. Modos de assistência ventilatória. Medicina, Ribeirão Preto 34:133-142, 2002 WEST JB. Fisiologia respiratória moderna. 3a ed, Manole , São Paulo, 1990 Informações bibliográficas: Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto científico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: MARCHIORI, F. L. M.; ARBEX, M.; SECCHI, N. F.; SILVA, I. R.. Ventilação não invasiva no tratamento de insuficiência respiratória aguda, em paciente com Leucemia. Volta Redonda, ano III, edição especial, outubro. 2008. Disponível em: <http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/especiais/pmvr/37.pdf>