Economia Circular Implicações ao setor do aço

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Economia Circular e o Aço
Economia Circular
Economia Circular
• Modelo linear: abundância de reservas naturais a baixo custo, poucos limites regulatórios e sociais
Média aritmética de preço de comida, itens não agrícolas não alimentícios, metais e energia
•
Limites regulatórios: Tratados internacionais / Demanda por métodos produtivos mais refinados
•
Limites naturais: Escassez de recursos
Economia Circular
• Limites do modelo linear  pressões ambientais
•
Setor produtivo  percebido como o principal
responsável pela crise ambiental
–
1972  Relatório Meadows (MIT): “dilema da
humanidade”
–
1980  O Capitalismo Ecológico
–
1986  Ecodesenvolvimento
–
1987  Relatório de Brundtland: Desenvolvimento
Sustentável
–
2005  Avaliação ecossistêmica do milênio (ONU) :
60% dos serviços ecossistêmicos em estado de
degradação
–
2009  Limites Planetários: padrão da economia atual
já transgrediu alguns limites planetários
Limites planetários
Economia Circular
• Setor Produtivo: PNUMA / WBCSD
Incorporação do
discurso ambiental
Visão científica
Noção da
Ecoeficiência
Prevenção da
Poluição
Mitigação de Impactos
Ambientais
Eliminar riscos no início
do processo produtivo
Economia Circular
• Apesar das ações realizadas, as críticas permanecem
– As ações não dissociam o progresso econômico do uso dos recursos naturais
– A valoração dos “serviços ecossistêmicos” como uma ferramenta internalizar
custos não é aplicada
– Discurso difere da prática (fragmentado)
– Empresas continuam a ver criação de valor de forma restritiva, otimizando o
desempenho financeiro de curto prazo
– A ecoeficiência surge para sustentar a base material do desenvolvimento 
olhar apenas sobre os meios produtivos, sem questionar os fins para os quais estes
meios são mobilizados
Ideia-chave
Mais do que a indústria, os debates questionam o modelo
econômico linear
Economia Circular
•
Resumindo os debates:
–
Economia linear  modelo de “extração-transformação-descarte”
Extração de
Materiais
Fabricação de
produtos
Venda a
consumidores
Descarte
Noção de progresso fortemente atrelada ao consumo material
Geração de resíduos
Geração de valor
atrelada à
maximização de
gerar bens de
consumo
• Obsolescência prematura dos
produtos gerando mais consumo
e, portanto, descarte de bens
inutilizados
Uso intensivo de
materiais
• Estreita correlação entre o
crescimento econômico das
nações (medido pelo PIB) e o
uso de recursos naturais para a
obtenção de progresso
Fim de vida útil
Perdas de energia incutida em
materiais
Ineficiências e perdas nos
ecossistemas
Economia Circular
Apoio à simbiose
industrial ou a
ecossistemas
industriais
Extensão da
durabilidade de
produtos
Eliminação de
materiais tóxicos
substituindo por outros
não tóxicos
Incentivos e otimização de
custos de reciclagem e
reúso
Consumo colaborativo e intersetorial
Geração de valor por serviço
em oposição à venda de
volume
Consumidores passam a ser
“usuários” e não “donos” dos
produtos
Reúso como estratégia de
geração de valor das
empresas
Separação de alta
qualidade dos materiais
em fim de vida útil por
parte dos consumidores;
Desenvolvimento de
ecodesign na
concepção dos
produtos
Redução da
geração de
resíduos
Criação e
fortalecimento de
mercados de
materiais
reciclados
Economia Circular
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Economia Circular
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Economia Circular
Em 20 anos  turbina eólica de 3MW
pode produzir 80 vezes a energia
utilizada para sua fabricação e
manutenção
Economia Circular
Economia Circular e o Aço
“Estamos na era da economia
da reputação em que a marca
torna-se um ativo ainda mais
importante para qualquer
empresa. E a sustentabilidade é
exigida como valor.”
Jefferson de Paula
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Economia Circular e o Aço
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Economia Circular e o Aço
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Economia Circular e o Aço
“Como material
permanente, que pode
ser reciclado
infinitamente e sem
perda de qualidade, o
aço é fundamental para
a economia circular”
WSA
Linhas de atuação
Redução
Redução na quantidade de material, energia e outros recursos utilizados para criação do aço e redução do peso
utilizado nos produtos.
Nos últimos 50 anos, redução de aproximadamente 25 a 40% no peso para uma mesma aplicação
Linhas de atuação
Uso e Reúso
Utilizar o material e objeto novamente, seja para seu propósito original ou para um propósito similar, sem alterar
significativamente a forma física do objeto ou material.
Foco em novos modelos (ex: infraestrutura) e coprodutos (agregado, pó, gases etc.)
Linhas de atuação
Uso e Reúso
Utilizar o material e objeto novamente, seja para seu propósito original ou para um propósito similar, sem alterar
significativamente a forma física do objeto ou material.
Foco em novos modelos (ex: infraestrutura) e coprodutos (agregado, pó, gases etc.)
Linhas de atuação
Remanufatura
Diferente de conserto, o objetivo é criar aplicação com igual ou melhor qualidade que o produto original.
Linhas de atuação
Reciclagem
Considerações importantes sobre temporalidade e quantidade necessária
650 milhões de toneladas recicladas por ano
Economia Circular e a ArcelorMittal
“O mundo enfrenta muitos desafios à medida
que se adapta para lidar com uma população
crescente, com a expectativa de um estilo de
vida melhor para todos e com a necessidade de
fazer uma transição para uma economia com
menor emissão de carbono.
O aço tem o potencial de dar suporte a muitos
destes desafios – é barato, mais versátil e mais
ambientalmente correto que outros materiais - e
é o material perfeito para uma economia
circular. ”
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Economia Circular e ArcelorMittal
• Biomimética
•
Encontro com equipe de P&D Mazières (90 profissionais).
•
Utilização do banco de dados AskNature para emular
estratégias da natureza.
•
Controle de Umidade no Alto-Forno  Radiação vs. E. Coli.
•
Embalagens inspiradas em plantas  formato cilíndrico vs.
ortotetradecaedro.
•
Sprays de resfriamento inspirados em moluscos  formato
rígido vs. flexível.
• Ecodesign
•
Construção inteiramente modular  100% reutilizável,
reciclável, remanufaturável.
•
Simbiose industrial  Arup (design), BAM (construção),
Frener & Reifer (Arquitetura).
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Economia Circular e ArcelorMittal Brasil
CE Design, New BMs, Reverse Cycles, Enablers and favourable
system conditions
Consumo de água: altos índices de
recirculação
C
Emissão de GEE / Eficiência
energética
C
Logística reversa: rede de sucata
metálica
C
Valor adicionado ao agregado
siderúrgico
C
Recuperação de Zn no pó de Forno
Elétrico
M
Uso do carvão vegetal sustentável
como biofuel
M
Produtos de aço mais resistentes e
mais leves
M
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Desafios
• Oferta e Demanda
“O Superciclo dos metais só perdeu força, não acabou”
• Apesar da recente baixa os preços dos metais os níveis permanecem
historicamente altos
• Crescimento do poder aquisitivo  2,5 a 3 bilhões de consumidores
adicionais na classe média em 2030
• Urbanização  em 2050 66% da população será urbana (hoje é
54%)  BRICs
•
•
•
•
“Escassez de reservas e restrições sócio-ambientais”
Cobranças acerca do impactos ambientais da produção de metais
Alterações climáticas  redução de 50% a 80% de GEE em relação
aos níveis atuais
Complexidade na composição dos bens de consumo  dificuldades
em reciclar
Dependendo do metal, 3x mais materiais precisam ser movidos para
a extração em relação a um 1 século atrás
Desafios
• A noção de gestão de estoques
– Uso de metais ao longo do século XX e início do XXI  transferência de estoques
de metais desde o subsolo até a superfície em diversas aplicações na sociedade
– A gestão sustentável dos estoques de metais deve não ser centrada na
reciclagem de materiais, mas sim de produtos, o que depende de toda uma
reformulação das cadeias de valor, desde os operadores da produção dos metais
primários e dos produtos que contém metais até o consumidor e as cadeias reversas
de coleta e, para garantir a correta valoração desses estoques
– A demanda global por metais é crescente e os estoques nem sempre se
disponibilizam para a recuperação de materiais secundários  mesmo com a
ampliação da circularidade nos metais, seguirá havendo a necessidade de
extração primária nos estoques naturais
Economia Circular e o Aço
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Considerações Finais
• O caminho para uma economia verdadeiramente circular não será
alcançado em uma etapa
• Governança, regulações e modelos de negócio >>> design e engenharia
• A aplicação no setor não é óbvia  princípios e filosofia ok, mas como?
• Intersetorial, colaborativo, cadeia de valor  CE100 Brasil
• Novos consumidores  alugar, compartilhar
• Aço Brasileiro  rota do carvão vegetal
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