UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS PATO BRANCO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LABORATORIAIS
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS LABORATORIAIS
Pato Branco, 2014
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LABORATORIAIS
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
A implantação de estratégias do Programa Gerenciamento de Resíduos Laboratoriais
(PGRL) na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Campus Pato Branco tem o
propósito relacionado à preservação ambiental e é resultante de uma conscientização humana
qualquer que seja a atividade exercida.
Os resíduos perigosos gerados em uma Universidade necessitam de tratamento a partir de
mecanismos seguros para a sua passivação ou disposição final, já que requerem um
procedimento de descarte muito distinto daquele dado ao lixo doméstico. É, portanto,
imprescindível buscar mecanismos claros que permitam equacionar de maneira definitiva essa
questão.
Independentemente de qual das atividades geradoras de resíduo (ensino, pesquisa ou
prestação de serviços) forem abordadas, um programa de gerenciamento deve sempre adotar a
regra da responsabilidade objetiva - quem gerou o resíduo é responsável pelo mesmo.
O programa de gerenciamento de resíduos é algo que exige, antes de tudo, mudança de
atitudes, e por isto, é uma atividade que traz resultados a médio e longo prazo, além de requerer
realimentação contínua.
O funcionamento do programa de gerenciamento de resíduos UFPR – Campus Pato
Branco prioriza a gestão eficiente dos resíduos gerados e visa um trabalho pleno em conjunto com
os laboratórios e seus responsáveis, bem como técnicos, discentes e docentes, despertando-os
para a necessidade de se desenvolver as pesquisas e rotinas dos laboratórios com a
responsabilidade de se destinar corretamente os resíduos perigosos gerados, seja na
minimização efetuada na própria atividade geradora, seja na segregação e encaminhamento
destes resíduos ao laboratório de gestão de resíduos, para devido tratamento, armazenamento e
destinação final.
As normas orientam a todos quanto aos procedimentos adequados para segregação,
identificação, transporte e coleta de resíduos laboratoriais. Sua aplicação visa apoiar a gestão dos
resíduos e aumentar a sua eficácia no manejo desses resíduos.
2. LABORATÓRIOS ENGLOBADOS NO PROGRAMA
2.1 O programa de gerenciamento engloba:
2.1.1 Laboratório de ensino: Química geral, Preparação e Armazenamento de
2
Reagentes,
Química Analítica, Análise
Instrumental, Análises
físico-químicas,
microbiológicas de alimentos e Tecnologia de alimentos, Laboratório de Análise de
Tecido Vegetal e resíduos Orgânicos, Laboratório de Entomologia, Zoologia e
Apicultura, Laboratório de Pesticidas e Plantas Daninhas, Laboratório de Química e
Fertilidade do Solo, Laboratório de Botânica e Biologia, Laboratório de Fitopatologia,
Laboratório de Bioquímica e Fisiologia Vegetal, Laboratório de Usinagem, Laboratório
de Hidráulica.
2.1.2 Laboratório de apoio: pesquisa e extensão;
2.1.3 Laboratórios de prestação de serviços: Análise de Qualidade Agroindustrial
(LAQUA), Análise de solos e Central de Análises;
2.1.4 Laboratório de Radiofrequência;
2.2 Os laboratórios de ensino acima citados atendem ao ensino médio (geomensura) e aos
cursos de graduação (agronomia, bacharelado em química, engenharia civil, engenharia
da computação, engenharia elétrica e engenharia mecânica).
3. PREMISSAS
3.1 Por ser um programa que terá atuação perene dentro da unidade geradora de resíduo,
o mesmo deverá ser equacionado, discutido e assimilado por todos aqueles que serão
os responsáveis pela manutenção e sucesso do mesmo, cita-se: docentes, discentes,
técnicos e estagiários.
3.2 As premissas (e condições) básicas para sustentar um programa desta natureza são:
3.2.1.
O apoio institucional irrestrito: instituir e sustentar o programa de
gerenciamento de resíduos laboratoriais.
3.2.2.
Priorizar o lado humano do Programa frente ao tecnológico: mudança de
atitude de todos da unidade geradora (docentes, discentes, técnicos e estagiários).
3.2.3.
Divulgar as metas estipuladas dentro das várias fases do Programa:
divulgação interna e externa do Plano de Gestão de Resíduos para a
conscientização e difusão das ideias e atitudes.
3.2.4.
Reavaliar continuamente os resultados obtidos e as metas estipuladas:
metas reais e reavaliação de êxitos ou insucessos.
4. OBJETIVO GERAL
4.1 Possibilitar a passivação e a disposição final de resíduos dos Laboratórios da UTFPR –
Campus Pato Branco, oriundos das atividades de ensino, pesquisa e prestação de
serviço, que possam impactar negativamente a qualidade e a disponibilidade dos
3
recursos naturais.
5. OBJETIVO ESPECÍFICOS
5.1 Sensibilizar a comunidade Universitária da importância do Gerenciamento de Resíduos
Laboratoriais.
5.2 Compor equipes de trabalho e definir áreas técnicas.
5.3 Identificar os laboratórios de ensino, pesquisa e prestação de serviços avaliando os
riscos ambientais.
5.4 Propor a minimização da geração de resíduos nos laboratórios.
5.5 Realizar a segregação e a estocagem do resíduo na unidade geradora.
5.6 Propor tratamento ou recuperação do resíduo na unidade tecnicamente competente.
5.7 Elaborar uma rotina de procedimentos para a separação, o tratamento e a destinação
de resíduos perigosos baseada na experiência e na legislação vigente.
5.8 Responsabilidade na liberação dos resíduos por empresas terceirizadas a partir da
licença ambiental.
6. NORMATIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO
O plano de gerenciamento de resíduo laboratoriais da UTFPR – Campus Pato Branco foi
fundamentado nas normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e da legislação
vigente.
6.1 Normatização
6.1.1.
NBR 10004 - Resíduos sólidos – Classificação. Classifica os resíduos
sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao ambiente e à saúde pública, para que
estes resíduos possam ter manuseio e destinação adequada.
6.1.2.
NBR 10005 – Lixiviação de Resíduos. Procedimento.
6.1.3.
NBR 10006 – Solubilização de Resíduos. Procedimento.
6.1.4.
NBR 10007 – Amostragem de Resíduos. Procedimento.
6.1.5.
NBR 12235 – Armazenamento de Resíduos sólidos Perigosos. Fixa
condições exigíveis para armazenamento de resíduos sólidos perigosos, de forma
a proteger a saúde pública e o ambiente.
6.1.6.
NBR 11174/NBR 1264 – Armazenamento de Resíduos Classes II – não
inertes e III - inertes. Procedimentos.
6.1.7.
NBR 14725 – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos –
FISPQ. Fornece informações sobre vários aspectos desses produtos químicos
4
(substâncias ou preparos) quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio
ambiente. Em alguns países, essa ficha é chamada de "Material Safety Data Sheet
- MSDS.
6.2 Legislação
Para orientação, quanto à legislação federal que dispõe sobre a contaminação do meio
ambiente, deve se consultar:
6.2.1.
CONAMA no 357 de 17/03/2005: Classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o eu enquadramento, bem como estabelece as condições de
padrões de lançamento de efluentes e dá outras providências.
6.2.2.
CONAMA no 314 de 29/10/2002: Dispõe sobre o registro de produtos
destinados à remediação e dá outras providências.
6.2.3.
CONAMA no 316 de 29/10/2002: Dispõe sobre procedimentos e critérios
para o funcionamento de sistemas de tratamento térmicos de resíduos.
6.2.4.
CONAMA no 06 de 15/06/1988: Disciplina que no processo de licenciamento
ambiental de atividades industriais, os resíduos gerados ou existentes deverão ser
objeto de controle específicos.
7. DESENVOLVIMENTO
DO
PESSOAL
RESPONSÁVEL
PELO
PROGRAMA
DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
7.1 A comissão responsável terá como tarefa principal estabelecer os objetivos gerais do
programa de gerenciamento, desenvolver o plano e direcionar sua implementação.
Essa comissão deve ser oficializada através de uma Portaria pela Instituição.
7.2 Cada laboratório deverá ter, no mínimo, um responsável pelo processo de gestão dos
resíduos ali gerados. Esse responsável deverá ser designado pela chefia e trabalhar
em consonância com a comissão.
7.3 Cabe ao gerador a responsabilidade de conhecer e seguir as normas e diretrizes do
programa de gerenciamento de resíduos. Deve procurar atuar de maneira pró-ativa,
sempre que houver um novo caso, condição não prevista ou nova rotina, informando à
comissão as práticas necessárias ao tratamento do resíduo.
7.4 O responsável pelo gerenciamento dos resíduos no laboratório fica encarregado de
disponibilizar as folhas de dados de segurança, de providenciar o tratamento dos
resíduos, quando possível e de buscar formas de minimizar sua geração.
7.5 O trabalho desta comissão não exime o gerador de sua responsabilidade para com o
correto armazenamento, tratamento e disposição do resíduo.
5
7.6 O programa de gerenciamento de resíduos deverá ter a participação efetiva de um
profissional com formação em química, levando-se em conta a necessidade de
conhecimento técnico que o assunto demanda.
8. ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA
8.1 Identificação do passivo:
8.1.1.
Os responsáveis pelos laboratórios, os docentes responsáveis por
pesquisas e por disciplinas ofertadas com aulas práticas deverão fornecer um
inventário com todos os resíduos gerados (composição e quantidade).
8.1.2.
Os inventários designados no item 8.1.1 deverão ser compatibilizados entre
todos os laboratórios para que se possa fazer o inventário comum à instituição.
8.2 Estratégias de ação no laboratório gerador de resíduos:
O programa de gerenciamento de resíduos laboratoriais utiliza o princípio da
responsabilidade objetiva, onde o gerador do resíduo deve ser o responsável pelo seu correto
tratamento e descarte (individual ou coletivo) e algumas premissas devem ser seguidas:
8.2.1.
Prevenção na geração de resíduo: minimização da geração de resíduos nos
laboratórios.
8.2.2.
Segregar sempre que necessário: aumento da segurança sob o ponto de
vista químico e facilidade do gerenciamento e tratamento.
8.2.3.
Identificar os resíduos (rotulagem): facilidade de gerenciamento e redução
do tempo e custo para tomada de decisão.
8.2.4.
Reciclagem e reutilização interna e externa: minimização de custos com
compra de reagente e redução do volume do resíduo.
8.2.5.
Tratar o resíduo na fonte geradora: redução na infra-estrutura necessária
para seu tratamento coletivo.
8.2.6.
Armazenamento e disposição: diminuição dos riscos químicos associados
ao processo de gerenciamento de resíduos.
6
9. FLUXOGRAMA GERAL DO PROJETO DE PGRL
ENSINO, PESQUISA E
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
QUÍMICO E MICROBIOLÓGICOS
LABORATÓRIO GERADOR: SEPARAÇÃO,
ACONDICIONAMENTO E IDENTIFICAÇÃO
REPROCESSAMENTO
RE-USO
USO
INTERNO
LGRL
TRATAMENTO E
ACONDICIONAMENTO
LABORATÓRIO GERADOR:
TRATAMENTO
ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE
EFLUENTES (ETE)
DISPOSIÇÃO FINAL
TRATAMENTO
EXTERNO
EMPRESA
ESPECIALIZADA
10. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LABORATORIAIS
10.1
Definições
10.1.1.
Resíduos: materiais (substância ou mistura de substância) com potencial de
causar danos a organismos vivos, materiais, estruturas ou ao meio ambiente; ou
ainda, que pode tornar-se perigoso por interação com outros materiais.
10.1.2.
Resíduos
potencialmente
perigosos:
são
aqueles
que
apresentam
toxicidade, reatividade, corrosividade, inflamabilidade, explosividade, radiatividade,
patogenicidade e outras características que possam colocar em risco à saúde
humana e o meio ambiente. Encontra-se nesta categoria de resíduos aqueles que
podem ser enquadrados como Classe I, segundo a legislação e normas ambientais
vigentes (NBR 10004).
7
10.2
Segregação de resíduos
Com base na presente norma, deverão ser definidas categorias de resíduos considerandose, além das peculiaridades da ficha de caracterização, as características físico-químicas,
periculosidade, compatibilidade e destinação final dos resíduos.
10.2.1.
A segregação dos resíduos químicos deve ser uma atividade diária dos
laboratórios, sendo preferencialmente, realizada imediatamente após o término de
um experimento ou procedimento de rotina.
10.2.2.
Substâncias que não se enquadram nas categorias propostas devem ser
avaliadas quanto à compatibilidade química e adicionadas a uma delas, ou
armazenadas em separado.
10.2.3.
Informações sobre toxicidade, reatividade e compatibilidade de inúmeras
substâncias químicas podem ser encontradas em MSDS (Material Safety Data
Sheets), disponíveis em sites da internet (Listagem de exemplos – Anexo I).
10.2.4.
Separar os resíduos não perigosos daqueles considerados perigosos ou que
devam ser encaminhados ao Laboratório de Gerenciamento de Resíduos
Laboratoriais (LGRL) para a recuperação ou destinação adequada (Anexo V).
10.2.5.
Avaliar se os resíduos não perigosos poderão ser reutilizados, reciclados ou
doados. Se a única opção for o descarte em pia ou lixo comum, este PGRL poderá
ser consultado para realizar este procedimento de forma segura e correta.
10.2.6.
Para resíduos perigosos, verificar também a possibilidade de reutilização,
reciclagem ou doação. Se a única opção for o descarte verificar a possibilidade de
submetê-lo a algum tratamento químico para minimização ou eliminação completa
de sua periculosidade.
10.2.7.
Evitar combinações químicas. Se misturar for inevitável, ser prudente e
consultar a TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA (Anexo II). Resíduos
incompatíveis podem gerar gases tóxicos, calor excessivo, explosões ou reações
violentas.
10.2.8.
A segregação dos resíduos deverá ser realizada em consideração aos
seguintes grupos:
10.2.8.1.
Solventes não halogenados: todos os solventes que possam ser
utilizados ou recuperados e também misturas destes solventes tais como:
álcoois e cetonas (etanol, metanol, acetona, butanol, etc), acetonitrila (pura ou
mistura com água ou com outros solventes não halogenados), hidrocarbonetos
(pentano, hexano, tolueno e derivados, etc), ésteres e éteres (acetato de etila,
éter etílico, etc).
10.2.8.2.
Solventes Halogenados: todos os solventes e misturas contendo
8
solventes halogenados (clorofórmio, diclorometano, tetracloreto de carbono,
triclorometano, bromofórmio etc). Se durante o processo de segregação ocorrer
qualquer contaminação dos solventes não halogenados com algum solvente
halogenado, essa mistura deverá, então, ser considerada halogenada.
10.2.8.3.
Fenol.
10.2.8.4.
Resíduos de pesticidas e herbicidas.
10.2.8.5.
Soluções aquosas sem metais pesados.
10.2.8.6.
Soluções aquosas contaminadas com solventes orgânicos.
10.2.8.7.
Soluções aquosas com metais pesados.
10.2.8.8.
Soluções contendo mercúrio.
10.2.8.9.
Soluções contendo prata.
10.2.8.10.
Sólidos: com metais pesados (tálio e cádmio).
10.2.8.11.
Sólidos: com os demais pesados.
10.2.8.12.
Peróxidos orgânicos.
10.2.8.13.
Outros sais.
10.2.8.14.
Aminas.
10.2.8.15.
Ácidos e bases.
10.2.8.16.
Oxidantes.
10.2.8.17.
Redutores.
10.2.8.18.
Óleos especiais: todos os óleos utilizados em equipamentos elétricos
que estejam contaminados deverão ser segregados, identificados, estocados e
mantidos em local adequado.
10.2.8.19.
Misturas: as contaminações que não foram classificadas nos itens
acima descritos deverão ser segregadas e identificadas para tratamento e/ou
disposição final.
10.2.8.20.
Outros: materiais diversos tais como tintas, vernizes, resinas, óleos
de bomba a vácuo, fluidos hidráulicos etc, também devem ser segregados e
identificados para tratamento e/ou disposição final. São resíduos que não
devem ser queimados, pois os seus processos de destruição geram gases
tóxicos (dioxinas).
10.2.8.21.
Materiais contaminados durante e após a realização de experimentos
(luvas, vidrarias quebradas, papéis de filtro e outros) também devem se
segregados para que a contaminação não se estenda no lixo comum, e devem
ser enviados à LGRL para disposição final adequada.
10.2.9.
Caberá ao laboratório gerador segregar os resíduos em compostos binários
ou no máximo ternários.
9
10.3
Rotulagem e identificação das embalagens receptoras dos resíduos
Deverão ser seguidas as orientações do PGRL de modo que todas as
identificações estejam padronizadas para melhor execução dos trabalhos de recuperação e
disposição. O rótulo padrão para identificação, fichas de caracterização e solicitação de coleta e o
apoio técnico para classificação dos resíduos será fornecido pelo PGRL.
10.3.1.
Todo o resíduo deve estar corretamente identificado e padronizado na
unidade.
10.3.2.
É imprescindível que todas as informações no rótulo estejam preenchidas.
10.3.3.
Os resíduos biológicos e radioativos deverão ser rotulados e embalados
segundo a legislação específica.
10.3.4.
Para resíduos químicos deve ser utilizado o processo de identificação e
rotulagem das bombonas, de acordo com a simbologia de risco NFPA (National Fire
Protection Association) – Diagrama de Hommel.
10.3.5.
No diagrama de Hommel, cada um dos losangos expressa um tipo de risco,
aos quais serão atribuídos graus de riscos variando entre 0 e 4.
10.3.5.1.
Na rotulagem dos resíduos deverão ser utilizados os códigos das
substâncias com características de: reatividade (amarelo), danos à saúde
(azul), inflamabilidade (vermelho) e riscos específicos (branco).
Figura 01 - Representação do diagrama de Hommel
10
Reatividade
4 – Perigo: Material explosivo em temperatura ambiente.
3 – Perigo: Pode ser explosivo em caso de choque, em aquecimento sobre confinamento ou se
misturado com água.
2 – Cuidado: Instável ou pode reagir violentamente se misturado com água.
1 – Cautela: Pode reagir sobre aquecimento ou misturado com água, mas não violentamente.
0 – Estável: Não reativo quando misturado com água.
Danos à Saúde
4 – Letal: Pode ser fatal em pequena exposição. Usar EPI's necessários.
3 – Perigoso: Corrosivo ou tóxico. Evitar contato com a pele ou inalação.
2 – Cuidado: Pode ser prejudicial ou nocivo se inalado ou absorvido.
1 – Cautela: Risco Leve
0 – Estável: Material normal
Inflamabilidade
4 – Perigo: Gás inflamável ou líquido extremamente inflamável, abaixo de 23oC.
3 – Perigo: Líquido inflamável com pressão de vapor abaixo de 38oC.
2 – Cuidado: Líquido inflamável com pressão de vapor entre 38oC e 93oC.
1 – Cautela: Combustíveis se aquecido, acima de 93oC
0 – Estável: Não combustíveis
Risco Específico
OX – oxidante
ACID – ácido
ALK - alcalino
COR – corrosivo
W – reativo em água
RAD - radioativo
10.3.6.
Rotulagem padrão
10.3.6.1.
Além do Diagrama de Hommel, o rótulo deve estar totalmente
preenchido. Deve-se completar a etiqueta com a composição do resíduo gerado
(produto/resíduos principal e secundário).
10.3.6.2.
Deve-se descrever todas as substâncias presentes, mesmo as que
apresentam concentrações muito baixas (traços de elementos) e inclusive água.
10.3.6.3.
Informações como o nome do responsável, procedência do material
e data são de grande importância para uma precisa caracterização do material.
10.3.6.4.
Exemplo de etiqueta:
11
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LABORATORIAIS
UTFPR – CAMPUS PATO BRANCO
Laboratório gerador:
Responsável:
Ramal:
E-mail:
Controle Ficha:
Controle PGRL:
Composição do Resíduo:
Período de coleta: ___/___/____ à ___/____/_____
Quantidade estimada:
(
(
(
(
(
Data de coleta: ___/___/____
) Solvente Orgânico Halogenado
) Solvente Orgânico não Halogenado
) Composto inorgânicos
) Solução contendo metais
) Outros compostos _____________________________
10.3.7.
Para resíduo com mistura, utilizar o código/número do que for mais perigoso
ou o que estiver em maior proporção.
10.3.8.
Frascos com informações fora das especificações ou sem rótulo, não serão
aceitos para o gerenciamento coletivo dos resíduos.
10.3.9.
Além do rótulo, os frascos deverão apresentar, no momento de coleta, uma
ficha de caracterização que será arquivada no LGRL; caso o resíduo seja tratado
no laboratório gerador, essa ficha deverá estar arquivada para controle do PGRL.
10.3.10.
A etiqueta deve ser colocada no frasco antes de se inserir o resíduo químico
para evitar erros.
10.3.11.
Fórmulas e abreviações não serão permitidas.
10.3.12.
O diagrama de Hommel deverá ter preenchimento dos 3 itens: risco à
saúde, inflamabilidade e reatividade – consultar fichas MSDS;
10.3.13.
10.4
Não omita nenhuma informação, pois pode haver graves acidentes;
Armazenamento de resíduos
10.4.1.
A coleta dos resíduos armazenados nos laboratórios geradores será
realizada em data determinada pela LGRL, mediante solicitação contendo a
composição e a quantidade dos resíduos.
10.4.2.
Os frascos de resíduos identificados deverão ser mantidos em caixas
apropriadas e identificadas, de acordo com a incompatibilidade, com o objetivo de
evitar acidentes durante o transporte para o LGRL.
10.4.3.
Aceitabilidade dos resíduos:
12
10.4.3.1.
Em frascos ou bombonas apropriadamente rotuladas;
10.4.3.2.
Destinados à incineração ou aterro industrial Classe I;
10.4.3.3.
Destinados a tratamento ou recuperação;
10.4.4.
Inaceitabilidade dos resíduos:
10.4.4.1.
Frascos com identificação incompleta ou inexistente;
10.4.4.2.
Frascos inadequados para o tipo de resíduo;
10.4.4.3.
Frascos que não estejam adequadamente tampados;
10.4.5.
Embalagens apropriadas:
10.4.5.1.
Cada espécie de resíduo deve ser acondicionado em recipiente
adequado às suas características, com tipo e tamanho adequado (Anexo III);
10.4.5.2.
Os
recipientes
coletores
deverão
ter
alta
vedação
e
ser
confeccionados de material estável;
10.4.5.3.
As embalagens plásticas resistentes ao rompimento (PEAD –
polietileno de alta densidade) são preferíveis, exceto quando houver
incompatibilidade com o resíduo;
10.4.5.4.
Na falta de embalagens de PEAD, os frascos vazios de
reagentes/solventes também poderão ser utilizado após tríplice lavagem com
água e solvente apropriado (atenção às incompatibilidades com os resíduos
que se pretende armazenar no frasco); Deve-se retirar completamente a
etiqueta antiga, para evitar confusões na identificação precisa do seu conteúdo;
10.4.6.
Armazenamento no laboratório gerador de resíduos:
10.4.6.1.
Não deverá ter acúmulo de grandes quantidades de resíduos. Em
cada laboratório deverá existir apenas um frasco em uso para cada tipo de
resíduo (conforme classificação dos resíduos). Nenhum frasco cheio deve ficar
esperando ser tratado ou levado ao sistema de gerenciamento e tratamento de
resíduo coletivo (LGRL) por um grande período.
10.4.6.2.
Deverão ser armazenados nos laboratórios os resíduos de metais
para recuperação e os resíduos passíveis de tratamento e destruição.
10.4.6.3.
Os frascos devem permanecer sempre tampados e preenchidos até
o máximo de 2/3 e seu volume para evitar problemas com gases que
eventualmente se desprendem do resíduo.
10.4.6.4.
Se possível, os frascos de ácidos, bases e orgânicos deverão
apresentar cores diferenciadas para evitar confusões no descarte.
10.4.6.5.
Não armazenar frascos de resíduos na capela e/ou próximos de calor
13
e água.
10.4.6.6.
Deve-se
colocar
em
local
ventilado
principalmente
quando
contiverem solventes.
10.4.6.7.
Frascos vazios deverão ser descontaminados para serem destinados
a reciclagem ou retornarem para armazenamento de resíduos.
10.4.7.
Armazenamento no LGRL:
10.4.7.1.
Os resíduos entregues no LGRL devem ser armazenados em
prateleiras adequadas, aguardando uma triagem inicial (observando as
incompatibilidades dos compostos químicos).
10.4.7.2.
Após triagem, os resíduos devem ser tratados, rotulados e
armazenados, aguardando disposição final.
10.4.7.3.
Os resíduos não passíveis de tratamento devem seguir o mesmo
procedimento de armazenagem e rotulagem.
10.4.7.4.
Os resíduos de óxidos ((B, Mg, Ca, Sr, Al, Si, Ti, Mn, Fe, Co, Cu, Zn)
deverão serem entregues no LGRL em frascos rotulados conforme resolução.
10.4.8.
Setor de armazenamento de resíduo:
10.4.8.1.
De acordo com a normativa NBR 12235, o armazenamento deve ser
a “Contenção temporária de resíduos perigosos, em área autorizada pelo órgão
de controle ambiental, à espera de reciclagem, recuperação, tratamento ou
disposição final adequada, desde que atenda às condições básicas de
segurança”.
10.4.8.2.
A localização do setor deverá ser próximo aos laboratórios, porém
não no mesmo edifício e ser edificado em um só cômodo, com uma única
abertura com porta de veneziana de alumínio, abrindo para fora.
10.4.8.3.
A construção deve ser em alvenaria, sem forro, com elemento
vazado na parte superior e inferior das paredes para propiciar ventilação
natural.
10.4.8.4.
O piso deve ser cimento queimado, com inclinação para o centro e
em direção à porta.
10.4.8.5.
Deve haver extintor de incêndio, chuveiro e lava olhos próximos à
saída, do lado de fora. Se houver instalação elétrica, deverão ser previstos
equipamentos à prova de explosão.
10.5
Banco de Reagentes
10.5.1.
Encaminhar ao LGRL os reagentes, com prazos de validade vencidos ou
14
que não sejam mais úteis, de modo a serem disponibilizados a outros laboratórios,
dentro e fora da instituição.
10.6
Coleta dos resíduos
10.6.1.
Com base na regra de Responsabilidade Objetiva (Lei 6938/81 da Política
Nacional do Meio Ambiente), o gerador do resíduo será responsável pela
segregação, identificação e armazenamento e/ou encaminhamento do mesmo.
10.6.2.
Os laboratórios poderão solicitar orientação do PGRL pela Comissão
responsável.
10.6.3.
Não serão recolhidos os resíduos que estiverem além daqueles descritos na
solicitação.
10.6.4.
A coleta será feita por pessoal tecnicamente treinado e capacitado para tal
função.
10.6.5.
Para que a coleta seja realizada, o laboratório gerador deverá preencher e
enviar o formulário de solicitação de recolhimento de resíduos (indicando
características/composição, quantidade e resíduos).
10.6.6.
Caso seja constatada durante a coleta a ausência de algum dado sobre o
resíduo, o mesmo será devolvido para a fonte geradora, de modo a ser feita a
adequação do rótulo ou da embalagem.
10.7
Tratamento
10.7.1.
Na medida do possível sempre tratar o resíduo na origem, sugere-se que
sejam adotados procedimentos operacionais padrão (POPs), contendo informações
sobre o tratamento dos resíduos.
10.7.2.
Sugere-se que os procedimentos sejam anexados aos POPs das análises,
no sentido de fazer com que o pessoal responsável pelas rotinas de laboratório
tenham o entendimento de que a destruição do resíduo faz parte do procedimento
de análise.
10.7.3.
Tratamento no laboratório gerador:
10.7.3.1.
Os resíduos que são passíveis de destruição/neutralização no
próprio laboratório gerador, para posterior descarte em esgoto, não deverão ser
acumulados.
O
tratamento
destes
resíduos
deverá
ser
feito
a
responsabilidade do gerador.
10.7.3.2.
Deve-se realizar procedimentos básicos descritos no anexo IV.
10.7.3.3.
Procurar seguir as possibilidades de aplicação da política dos 3R's
(recuperar, reutilizar, reciclar) às misturas ou contaminações passíveis de
separação ou descontaminação.
15
10.7.4.
Tratamento no LGRL:
10.7.4.1.
Adoção de procedimentos que possam diminuir o volume do resíduo
final a ser encaminhado para disposição ou tratamento fora da instituição.
10.7.4.2.
Deve-se conhecer os custos para transporte e destino final dos
resíduos.
10.7.4.3.
Deve-se introduzir procedimentos como recuperação de solventes,
oxidação química ou fotoquímica de resíduos dentro da própria instituição.
10.8
Resíduos que podem ser descartados diretamente na pia ou lixo
10.8.1.
O resíduo que não for classificado como perigoso pode ser descartado como
resíduo comum. Entretanto, no caso de resíduos químicos, toda a atenção e
cuidado devem ser tomados.
10.8.2.
Em caso de dúvidas a melhor opção é nunca descartar em lixo ou rede de
esgoto (consulte o LGRL).
10.8.3.
Alguns compostos que podem ser descartados no lixo e na pia:
10.8.3.1.
Orgânicos: açúcares, amido, aminoácidos e sais de ocorrência
natural, ácido cítrico e seus sais (Na, K, Mg, Ca, NH4), ácido lático e seus sais
(Na, K, Mg, Ca, NH4).
10.8.3.2.
Inorgânicos: sulfatos e carbonatos (Na, K, Mg, Ca, Sr, NH4), cloretos
(Na, K, Mg) e boratos (Na, K, Mg, Ca)
10.8.4.
Alguns compostos que NÃO podem ser descartados no lixo e na pia:
10.8.4.1.
Hidrocarboneto halogenado
10.8.4.2.
Compostos inflamáveis em água
10.8.4.3.
Explosivos como azidas e peróxidos
10.8.4.4.
Polímeros que se solubilizam e água formando gel
10.8.4.5.
Materiais que possuem reatividade com a água
10.8.4.6.
Produtos químicos malcheirosos
10.8.4.7.
Nitrocompostos
10.8.4.8.
Brometo de etídio
10.8.4.9.
Formol, e
10.8.4.10.
Materiais
contaminados
com
produtos
químicos
perigosos:
absorventes cromatográficos, vidros quebrados, papel de filtro e luvas e outros
materiais descartáveis
10.8.4.11.
Resíduos de pesticidas ou agrotóxicos em qualquer concentração ou
dicluíção.
10.9
Solicitação de recolhimento
16
10.9.1.
Serão realizados coletas somente após solicitação do responsável pelo
laboratório gerador, por meio de um formulário de solicitação de recolhimento de
resíduos.
10.9.2.
O LGRL somente efetuará o recolhimento daqueles resíduos que estiverem
devidamente segregados e acompanhados dos respectivos rótulos e fichas de
caracterização.
10.10 Disposição final
10.10.1.
dentro
Somente após esgotamento de alternativas de tratamento dos resíduos
da
instituição,
ações
devem
ser
tomadas
no
sentido
de
seu
encaminhamento para tratamento ou disposição final.
10.10.2.
Os resíduos deverão ser transportados para fora da instituição somente
posterior a liberação da aprovação para destinação de resíduos (Agência Ambiental
Estadual) e seguindo caracterização estabelecida pelas Normas ABNT.
10.10.3.
O transporte deverá ser feito por uma empresa especializada devidamente
autorizada pelo órgão ambiental.
10.10.4.
A empresa que ficará encarregada da destinação final deverá estar
cadastrada na agência ambiental estadual.
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O gerenciamento dos resíduos laboratoriais implica primeiramente em uma mudança de
comportamento, no sentido de que se entenda a importância desta prática, dessa forma, devem
ser práticas corriqueiras nos laboratórios da instituição.
É indispensável o comprometimento, inclusive financeiro, das chefias, dos membros da
comissão e principalmente dos geradores dos resíduos, para que o programa tenha chance de
sucesso.
A implantação e a manutenção do projeto de gerenciamento de resíduos laboratoriais
demanda muito trabalho, no entanto a possibilidade de se ver o sistema funcionando é
extremamente animador e permitirá que a UTFPR – Campus Pato Branco contribua para a
preservação ambiental e para a divulgação dessa consciência para a sociedade.
Todos os laboratórios devem ter um programa de gerenciamento e tratamento de resíduos,
que funcione efetivamente, pois o instituto ambiental do Paraná (IAP) exige o cumprimento das
normas legais, caso àqueles que não as respeitarem poderão incorrer em descumprimento e por
conseqüência sofreram as punições cabíveis.
17
12. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ALBERGUINI, L. B.; SILVA, L. C.; REZENDE, M. O., Laboratório de Resíduos Químicos do
Campus USP –São Carlos – Resultados da Experiência Pioneira em Gestão e
Gerenciamento de Resíduos Químicos em um Campus Universitário. Química Nova, vol.
26, n.º 2, p. 291-295, 2003.
 CUNHA, C. J. O Programa de Gerenciamento dos Resíduos Laboratoriais do
Departamento de Química da UFPR. Química Nova, vol. 24, n.º 3, p. 424-427, 2001.
 DEMAMAN, A. S.; FUNK, S.; HEPP, L. U.; ADÁRIO, A. M. S.; PERGHER, S. B. C.
Programa de gerenciamento de resíduos dos laboratórios de graduação da Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus Erechim. Química Nova,
vol.27, n.º 4, 2004.
 EMBRAPA AVES E SUÍNOS. Estratégia para implementação de um programa de
gerenciamento de resíduos químicos de laboratório na Embrapa. Disponível em:
<http://www.cnpsa.embrapa.br/residuos/menu.html>. Acesso em: 10 abril de 2010.
 ESTADOS
UNIDOS.
Material
safety
data
sheets.
Disponível
em:
<http://www.mallbaker.com/americas/catalog/default.asp?searchbrd=b&sku=&>.
Acesso em: 10 abril de 2010.
 JARDIM, W. F. Gerenciamento de Resíduos em Laboratório de Ensino e Pesquisa.
Química Nova, vol. 21, n.º 5 , p. 671-673, 1998.
 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Normas para
recolhimento dos resíduos químicos do campus de Dracena. Disponível em:
<http://www.dracena.unesp.br/instituicao/comissoes/comissoes_arq/apostila_residu
os.pdf> Acesso em 15 de abril de 2010
18
ANEXO I
Fichas MSDS (ou fichas de informação de segurança de produto químico)
Endereços e Bibliografia de fácil acesso:
http://www.hazard.com/msds/
http://ull.chemistry.uakron.edu/erd/
http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/produtos/msds.html
http://www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/produto_consulta.asp
http://www.mallbaker.com/americas/catalog/default.asp?searchbrd=b&sku=&
19
ANEXO II
INCOMPATIBILIDADE DE SUBSTÂNCIAS
SUBSTÂNCIAS
INCOMPATÍVEL COM
Acetileno
Cloro, bromo, flúor, cobre, prata, mercúrio
Ácido Acético
Óxido de cromo IV, ácido nítrico, ácido
perclórico, peróxidos, permanganato, anilina,
etilenoglicol, líquidos e gases combustíveis.
Acetona
Misturas de ácidos sulfúrico e nítrico
concentrados, peróxido de hidrogênio
Ácido crômico
Ácido acético, naftaleno, cânfora, glicerol,
turpentine, álcool, outros líquidos inflamáveis
Ácido hidrociânico
Ácido nítrico, álcalis
Ácido fluorídrico anidro, fluoreto de hidrogênio
Amônia (aquosa ou anidra)
Ácido Nítrico
Ácido acético, anilina, líquido e gases
combustíveis
Ácido Oxálico
Prata, sais de mercúrio
Ácido Perclórico
Anidrido acético, álcoois, papel, madeira,
clorato de potássio, perclorato de potássio
Ácido Sulfúrico
Cloratos, percloratos, permanganatos e água
Alquil Alumínio
Água
Amoníaco
Mercúrio, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo
Amônio Nitrato
Ácidos, metais em pó, substâncias orgânicas
ou combustíveis finamente divididos
Anilina
Ácido nítrico, peróxido de hidrogênio
Carvão Ativo
Hipoclorito de cálcio, oxidantes
Cloro
Amônia, acetileno, butadieno, butano,
hidrogênio, carbeto de sódio, benzeno
Cianetos
Ácidos e álcalis
Cloratos, percloratos
Sais de amônio, ácidos, metais em pó, enxofre
20
Cobre
Acetileno, peróxido de hidrogênio
Cromo IV Óxido
Ácido acético, naftaleno, glicerina, líquidos
combustíveis.
Dióxido de cloro
Amônia, metano, fósforo, sulfeto de hidrogênio
Flúor
Isolado de tudo
Fósforo
Enxofre, compostos oxigenados, cloratos,
percloratos, nitratos e permanganatos
Halogênios (Flúor, cloro, Bromo e Iodo)
Amoníaco, acetileno e hidrocarbonetos
Hidrazina
Peróxido de hidrogênio, ácido nítrico e outros
oxidantes
Hidrocarbonetos
Flúor, cloro, bromo, peróxidos e ácido crômico
Iodo
Acetileno, Hidróxido de amônio, hidrogênio
Líquidos inflamáveis
Nitrato de amônio, peróxido de hidrogênio,
ácido nítrico, peróxido de sódio, halogênios
Mercúrio
Acetileno, amoníaco
Metais Alcalinos
Água, tetracloreto de carbono, halogênios
Nitrato de amônio
Ácidos, pós metálicos, líquidos inflamáveis,
cloretos, enxofre, compostos orgânicos em pó
Nitrato de sódio
Nitrato de amônio e outros sais de amônio
Óxido de Cálcio
Água
Oxigênio
Óleos, graxas, hidrogênio, líquidos, sólidos e
gases inflamáveis
Perclorato de potássio
Ácidos
Permanganato de Potássio
Glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico
Peróxido de hidrogênio
Cobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas,
substâncias combustíveis
Peróxido de sódio
Ácido acético, anidrido acético, benzaldeído,
etanol, metanol, etilenoglicoll, acetatos de
metila e etila, furfural
Prata e sais de prata
Acetileno, Ácido tartárico, ácido oxálico,
21
compostos de amônio.
Sódio
Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono,
outros hidrocarbonetos clorados
Sulfeto de hidrogênio
Ácido nítrico fumegante, gases oxidantes
Fonte: KUNZ et al., 2004
22
ANEXO III
EMBALAGENS E RECIPIENTES
Tipo de coletor
Embalagens e recipientes
A
Utilizar recipientes de vidro de 1 ou 4 L
B
Utilizar recipientes de plásticos (bombonas) de 5 ou 10 L
C
Utilizar recipientes de plásticos (bombonas) de 10 ou 20 L, com cinta e
vedação de rosca
D
Utilizar recipientes resistentes à rompimento, de preferência de plástico e
fechado firmemente.
E
Utilizar recipientes resistentes ao rompimento com alta vedação e indicação
clara de seu conteúdo.
F
Utilizar recipientes de vidro com alta vedação, evitando a emanação de
vapores para o ambiente
G
Resíduos de sais metálicos regeneráveis, cada metal deve ser recolhido
separadamente. Utilizar recipientes de vidro com alta vedação
H
Recipientes plásticos resistentes ao rompimento
I
Material radioativo. Utilizar recipientes adequados de acordo com a emissão
das partículas alfa, beta ou gama, seguir corretamente a legislação do IPEN
e normas do CNEN.
COMPATIBILIDADE DE RECIPIENTES E REAGENTES
Substâncias Orgânicas
Especificações
Tipo
Solventes orgânicos isentos de halogênios
A/B
Solventes orgânicos contendo halogênios
A/B
Reagentes orgânicos relativamente inertes, do ponto de vista químico
A/B
Reagentes orgânicos relativamente inertes, do ponto de vista químico, se
contiver halogênios
A/B
Reagentes orgânicos relativamente inertes, do ponto de vista químico, se
resíduos sólidos
C
Resíduos sólidos de produto orgânicos
C
Soluções aquosas de ácidos orgânicos
A/B
Bases orgânicas e aminas na forma associada
Nitrilos e mercaptanas
Nitrilos e mercaptanas – fase aquosa e orgânica
Aldeídos hidrossolúveis e derivados
G
A/B
F
A/B
Compostos organometálicos – fase aquosa
A
Compostos organometálicos – fase orgânica
A/D
23
Produtos carcinogênicos e compostos combustíveis classificados como “muito
tóxicos” ou “tóxicos”
F
Peróxidos orgânicos identificáveis em soluções aquosas – resíduos orgânicos
A/B
Peróxidos orgânicos identificáveis em soluções aquosas – soluções aquosas
D
Halogênios de ácido
B
Compostos combustíveis tóxicos
F
Substâncias inorgânicas
Ácidos inorgânicos
A/B
Bases inorgânicas
A/B
Sais inorgânicos
Solução contendo sais inorgânicos
C
A/B
Soluções e sólidos que contenha metais pesados
D
Compostos inorgânicos de selênio/fase aquosa
E
Berílio e seus sais
D
Compostos de urânio e tório (legislação IPEN e CNEN)
I
Resíduos inorgânicos de mercúrio
F
Cianetos
E
Peróxidos inorgânicos oxidantes como o Bromo e Iodo
D
Ácido fluorídrico e as soluções de fluoretos inorgânicos – fase sólida
H
Ácido fluorídrico e as soluções de fluoretos inorgânicos – fase líquida
D
Resíduos de halogênios inorgânicos líquidos e reativos,sensíveis a hidrólise
E
Fósforo e seus compostos
H
Metais alcalinos e amidos de metais alcalinos
A/B
Resíduos inorgânicos tóxicos, ex. Sais de metais pesados e suas soluções
A/B
Resíduos que contenham metais preciosos - sólidos
C
Resíduos que contenham metais preciosos - solução
D
Alquilos de alumínio (sensíveis à hidrólise)
Fonte: KUNZ et al., 2004
F
24
ANEXO IV
TRATAMENTOS DE RESÍDUOS LABORATORIAIS*
Existem diversos tipos de tratamentos que podem ser adotados para que um resíduo deixe
de ser perigoso ou ainda tenha sua periculosidade diminuída. Os tratamentos também permitem a
reutilização de substâncias químicas. Alguns destes tratamentos podem ser realizados no próprio
laboratório gerador ou ainda por um laboratório, instalação ou empresa especializada. Os
tratamentos que podem ser realizados em um laboratório envolvem os seguintes processos:
i) Neutralização: Usado em resíduos ácidos ou básicos, principalmente inorgânicos, como
soluções de ácido clorídrico, sulfúrico, nítrico, ou de hidróxido de sódio, potássio, etc.
ii) Redução: Usado no tratamento de resíduos oxidantes, como peróxidos e hipocloritos.
iii) Oxidação: Usado no tratamento de resíduos redutores, como sulfitos e bissulfitos.
iv) Precipitação: Usado principalmente para a remoção de cátions e de ânions de soluções
aquosas, como por exemplo, na remoção de mercúrio pela adição de sulfeto.
v) Destilação: Usada principalmente para a recuperação de solventes orgânicos, como
acetona, etanol, hexanos, entre outros.
vi) Degradação química: Usado para destruir uma sub stância química. É o que ocorre, por
exemplo, quando se faz reagir acetato de etila com hidróxido de sódio.
vii) Biodegradação: Processo que faz uso de agentes biológicos para a destruição de uma
substância química.
ÁCIDOS E BASES

Soluções concentradas - diluir até obtenção de solução com 50% de H2O e ajustar o pH
entre 6 e 8.

Soluções diluídas - Ajustar o pH.

Sólidos ou pastas - Misturar com o mesmo volume de água. Ajustar o pH entre 6 e 8.

Para soluções extremamente ácidas utilizar cal na neutralização.
CHUMBO

Adicionar solução 0,1% de metasilicato de sódio, sob agitação em solução. Ajustar pH 7,0
com H2SO4 concentração de 2 mol.L-1, deixar em repouso por 24 horas. Filtra-se em
capela e coleta-se o material sólido, testando o sobrenadante. Disposição final.
Pb2+ + Na2SiO3 → PbSiO3 (s) + 2 Na+
*
Os tratamentos para os resíduos na Instituição serão implantados conforme a geração dos mesmos.
25
CÁDMIO

Adicionar solução 0,1% de metasilicato de sódio, sob agitação em solução. Ajustar pH 7,0
com H2SO4 concentração de 2 mol.L-1, aquecer a 80oC por 15 minutos, deixar em repouso
por 24 horas. Filtra-se em capela e coleta-se o material sólido, testando o sobrenadante.
Disposição final.
Cd2+ + Na2SiO3 → CdSiO3 (s) + 2 Na+
ANTIMÔNIO

Adicionar solução 0,1% de metasilicato de sódio, sob agitação em solução. Ajustar pH 7,0
com H2SO4 concentração de 2 mol.L-1, aquecer a 80oC por 15 minutos, deixar em repouso
por 24 horas. Filtra-se em capela e coleta-se o material sólido, testando o sobrenadante.
Disposição final.
Sb3+ + 3 Na2SiO3 → Sb2(SiO3)3 (s) + 6 Na+
BÁRIO

Sob agitação, adicionar solução de 10% (m/v) de sulfato de sódio, deixar em repouso por
24 horas; verificar se houve precipitação quantitativa. Filtra-se em capela. O sobrenadante
dever ser diluído em 50 vezes para descarte em pia.
Ba2+ + Na2SO4 → BaSO4 (s) + 2 Na+
MERCÚRIO - SAIS SOLÚVEIS

Ajustar pH em 10 com solução 10% de NaOH. Adicionar solução 20% de sulfeto de sódio,
sob agitação, até não observar precipitação. Testar o sobrenadante. Filtrar e dispor do
precipitado em depósito adequado.
Hg2+ + Na2S → HgS + 2Na+
ARSÊNIO

Adicionar solução de HCl na solução contendo arsênio, aquecer a ebulição. Adicionar
solução 1% de tioacetamida (sob agitação e ebulição por 20 minutos). Testar no líquido
sobrenadante. Neutralizar com solução de NaOH, filtrar o precipitado. O descarte do
sobrenadante deverá ter fator diluição 50. Disposição do sólido em aterro.
26
CH3CSNH2 + HCl + 2H2O
2 As+3 + 3 H2S
CH3COOH + H2S + NH4Cl
As2S3 + 6 H+
CROMO
Cr(OH)6 é solúvel e Cr(OH)3 é insolúvel
reduzir Cr+6 a Cr+3 com Na2S2O3 ou Sulfato
ferroso/Sulfeto de sódio, tratamentos a seguir:

Tiosulfato de Sódio (Na2S2O3): Reduzir o pH para abaixo de 3 com solução de 3 mol.L-1 de
H2SO4 . Adicionar Na2S2O3 sob agitação e deixar reagir por algum tempo. Elevar pH à 9,5
com NaOH ou Ca(OH)2. Deixar repousar por 1 semana e realizar decantação. Testar o
líquido sobrenadante. Neutralizar o sobrenadante e descartar sólido em depósito
adequado.

Sulfato ferroso e Sulfeto de sódio: pH na faixa de 7,5 a 8,5 com adição de sulfato ferroso e
sulfeto de sódio sob agitação e deixar reagir por um período. Ajustar pH a 9,5 com NaOH
e deixar em repouso por 24 horas. Filtrar e testar o sobrenadante. Neutralizar o
sobrenadante e descartar sólido em depósito adequado.
NÍQUEL

Precipitar com hidróxido na faixa de pH de 7 – 8. Testar o sobrenadante com solução 1%
de dimetilglioxima em 1-propanol, cor vermelha indica presença de Ni.
Ni2+ + 2 NaOH → Ni(OH)2 + 2 Na+
SELÊNIO

Ajustar o pH do resíduo contendo sais de Se(II) ou Se (IV) em 7, com adição de solução de
sulfeto de sódio 1 mol.L-1. Separar o precipitado com filtração ou decantação. Testar uma
alíquota do sobrenadante com algumas gotas de Na2S.
BROMETO DE ETÍDIO
A- Diluir a solução, para que a concentração de brometo de etídio não ultrapasse 0,5
-1.
mg.mL Para cada 100 mL de brometo de etídio em água adicionar 20 mL de solução 5% (m/v)
de ácido hipofosforoso e 12 mL de solução 0,5 mol.L-1 de NaNO2, agitar por 20 horas. Neutralizar
com NaHCO3 e descartar.
B- Diluir a solução em água, se necessário, até que a concentração de brometo de etídio
não exceda 0,4 mg.mL-1
H2O2 até que a concentração de H2O2 na solução a ser descontaminada atinja 1% (m/v).
Passar ar contendo 300-400 mg.mL-1 de O3 (gerador de O3), com uma taxa de 2L.min-1. A solução
27
vermelha se tornará amarela, tempo de 2 horas de reação. Destruir O3 residual com NaOH.
HIDROPERÓXIDOS

100 mL de amostra + 20 mL solução Na2S2O3 a 50% em funil de separação por 5 minutos.
PERÓXIDOS (H2O2, Na2O2, (CH3)3COOH)

5 mL de 30% H2O2 para 100 mL de 10% (m/v) Na2S2O3 com agitação a temperatura
ambiente (testar destruição com KI/HCl).
ÁCIDO OXÁLICO, OXALATO DE SÓDIO E CLORETO DE OXALILA

5 g de amostra + 25 mL de ácido concentrado em balão de fundo redondo (100 mL),
aquecer a 80-100 ºC por 30 minutos.
HOOC-COOH + H2SO4 → H2O + CO2 + CO + H2SO4

Cloreto de oxalila pode ser convertido a ácido oxálico: 1 mL do sal + 3 mL de água gelada.
Aguardar 1 hora.
PERMANGANATO DE POTÁSSIO

Na capela, adicionar 5 g de KMnO4 em 200 mL de solução 1 mol.L-1 de NaOH e adicionar
10 g de Na2S2O3. A cor púrpura da mistura deve desaparecer, se não, adicionar mais Na2S2O3.
Após agitação por 30 minutos, diluir com 200 mL de água, filtrar e descartar.
HIPOCLORITOS (NaOCl; Ca(OCl)2; (CH3)3COCl)

Adicionar 5 mL ou 5 g de hipoclorito para 100 mL de 10% (m/v) de Na2S2O3 e agitar a
mistura. Quando todo hipoclorito dissolver na solução, teste a completa destruição do
oxidante (KI/HCl/amido).
HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS POLICÍCLICOS (PAH)

Para cada 5 mg de PAH adicione 2 mL de acetona e assegure-se que o PAH foi
completamente dissolvido, incluindo algum PAH que possa ter ficado aderido na parede do
reservatório.

Para cada 5 mg de PAH adicione 10 mL de solução 0,3 mol.L-1 de KMnO4 em solução 3
mol.L-1 de H2SO4 (recentemente preparado) e agite a mistura por cerca de 60 minutos. A
cor púrpura deve ser mantida durante este tempo de reação, se isso não ocorrer adicione
mais KMnO4 até que a cor púrpura permaneça por 1 hora. Ao final da reação descolorir
com NaHSO3 adicionando base forte (KOH 10M), diluir com água, filtrar e remover MnO2.
28
AMIDA SÓDICA

Adicione 5 g de NaNH2 em 25 mL de tolueno e vagarosamente e cautelosamente adicione
30 mL de etanol absoluto com agitação. A NaNH2 é convertida em NH3 e C2H5NaO. Quando a
reação se completa, dilui-se a mistura com 50 mL de H2O, separa o precipitado e descarta o
restante. Lava-se os aparatos contaminados com etanol.
DIMETILSULFATO E DIETILSULFATO

100 mL de amostra + 500 mL de NaOH 20% em um balão de fundo redondo de 1 L, deixar
em refluxo em banho maria por 4 horas sob agitação, resfriar, neutralizar o produto e
descartar na pia.
(CH3)2SO4 + 2 NaOH → 2CH3OH + Na2SO4
(CH3CH2)2SO4
+ 2 NaOH → 2CH3CH2OH + Na2SO4
ÁCIDO PÍCRICO
Atenção! Ácido pícrico é explosivo na forma sólida.
O tratamento deve ser feito atrás de um escudo.

1 g de amostra em balão de 3 bocas (fundo redondo), com gotejador e condensador, em
banho de gelo, lavar a vidraria para retirar traços de ácido. Adicionar 4 g de Sn à solução,
agitar e através do funil adicionar 15 mL (gota a gota) de HCl concentrado. Após adição de
todo o ácido, aquecer até o refluxo e deixar por 1 hora. Filtrar o Sn restante, que deve ser
tratado com 10 mL de HCl 2 mol.L-1. O filtrado é neutralizado. O triaminofenol pode ser
incinerado ou tratado quimicamente, conforme instruções abaixo:
2,4,6-Triaminofenol: Adicionar uma solução contendo 50 mL de ácido sulfúrico 3 mol.L-1 e 12 g
de KmnO4. Aguardar 24 horas, adicionar bissulfito de sódio sólido até a obtenção de uma solução
clara. O líquido resultante é neutralizado com NaOH 10% e pode ser descartado na pia.
O método pode ser utilizado para decompor até 8,5 g de ácido pícrico.
RESÍDUOS AQUOSOS: ÁGUA + ACETONITRILA E NITRILAS ORGÂNICAS
A . Hidrólise básica:

1 g de amostra é deixado em refluxo por 6 horas em 30 mL de KOH alcoólico a 10%. A
solução resultante é neutralizada com HCl e pode ser descartada na pia.
CH3CN
CH3CONH2 → CH3COOH + NH3 (g)
29
C6H5CN + KOH (etanol) → C6H5COOH

Excesso de base (refluxo por 6 horas) que ao reagir gera amônia e ácido acético, que
pode ser descartado após neutralização.
B. Reagente de Fenton ou Ferrioxalato
Fe (II) + H2O2 ou Fe (III) + H2O2 + ácido oxálico.

A oxidação do composto orgânico gera CO2, CO e H2O.
AZIDAS ORGÂNICAS

Adicionar lentamente a azida (1 g) a uma solução contendo 6 g de Sn em 100 mL de HCl
concentrado (sob agitação). Continuar agitando por 30 minutos.
Cuidadosamente, transferir a solução para um balde com água gelada. Remover e lavar o
Sn residual com água. Adicionar ao balde 10 g de KMnO4 até a dissolução deste. Aguardar a
decomposição da anilina durante 24 horas. Adicionar metabissulfito de sódio para reduzir o
excesso de permanganato e o dióxido de manganês. Neutralizar o resíduo com NaOH ou cal.
FÓSFORO E SEUS COMPOSTOS

Adicionar 100 ml de solução de Hipoclorito de sódio à 5%, que contenha 5 ml de uma
solução de Hidróxido de Sódio à 50%, gota a gota em um banho de gelo, precipitando os
produtos da oxidação e separando por sucção.
IODO

Adicionar 5 g de iodo a uma solução aquosa (300 mL) contendo tiossulfato de sódio (1 g).
Agitar a mistura até a dissolução de todo o iodo e descoloração da solução. Neutralizar o
resíduo com carbonato de sódio e descartar na pia.
I2 + Na2S2O3 + Na2CO3 → 2NaI + Na2SO4 + S + CO2
BROMO

Na capela, adicionar 5 g de bromo a 1 L de água. Em seguida, adicionar cerca de 120 mL
de uma solução de bissulfito de sódio recém-preparada, até o desaparecimento de toda a
coloração. Neutralizar a solução com carbonato de sódio e descartar na pia.
Br2 + NaHSO3 → 2NaBr + H2SO4 + SO2
30
RESÍDUOS CONTENDO CIANETOS

Reações com solução contendo no máximo 2% de cianeto (m/v)
◦
Utilizar solução de Ca(OCl)2 65% em meio básico (solução 100 g.L-1 de NaOH) evitar
HCN. Testar com solução recém-preparada de sulfato ferroso 5% (2 gotas) fervendo-se durante 30
segundos (alíquota de 1 mL). Precipitado azul escuro indica CN.
2KCN + Ca(OCl)2 → 2KOCN + CaCl2
2KOCN + H2O → K2CO3 + N2 (24 horas)
COMPOSTOS DE ENXOFRE (R-SH, Na2S, C2H6S2, C2H6S, C6H6S)

Adicionar 600 mL de uma solução 5,25% (m/v) e 200 mL de solução 1 mol.L-1 de NaOH a
temperatura ambiente e adicione 0,05 mol de C2H6S2 (4,7 g; 4,5 mL) ou dissulfeto de
carbono (CS2) (3,8 g; 3mL) ou 0,1 mol de tiofenol (11 g; 10,25 mL) ou sulfito de sódio (7,8
g) em tempo acima de 1 hora. Cheque a completa destruição e descartar.
RESÍDUOS DE HALOGÊNEOS INORGÂNICOS LÍQUIDOS E REATIVOS, SENSÍVEIS A
HIDRÓLISE

Agita-se em capela com água contendo ferro durante 24 horas, neutralizar com Hidróxido
de Sódio.
ÁCIDO FLUORÍDRICO E AS SOLUÇÕES DE FLUORETOS INORGÂNICOS

Precipita-se com Carbonato de Cálcio, separando o precipitado.
NITRILOS E MERCAPTANAS

Oxidar por agitação durante 24 horas, com solução de Hipoclorito de Sódio.
COMPOSTOS ORGANOMETÁLICOS – FASE AQUOSA

Dispersos geralmente em solventes orgânicos sensíveis à hidrólise, são gotejados
cuidadosamente sob agitação em n-butanol na capela. Agita-se durante 24 horas,
adicionando um excesso de água.
ALDEÍDOS HIDROSSOLÚVEIS E DERIVADOS

Transformar em seus derivados de bissulfito utilizando solução concentrada de
Hidrogenosulfito de Sódio.
31
HALOGÊNEOS DE ÁCIDO

transformá-los em ésteres metílicos. Usar excesso de metanol para acelerar a reação e
algumas gotas de Ácido Clorídrico, neutralizando logo em seguida com solução de
Hidróxido de Potássio.
COMPOSTOS INORGÂNICOS DE SELÊNIO / FASE AQUOSA

recupera-se o Selênio elementar oxidando seus sais primeiramente com Ácido Nítrico
concentrado, adiciona-se em seguida Hidrogenosulfito de sódio, precipitando o Selênio
elementar.
CIANETOS

oxida-se os produtos derivados isentos de perigo em solução de Hipoclorito de Sódio,
durante 24 horas, destruindo o excesso de oxidantes com Tiossulfato de Sódio
SAIS DE TÁLIO E SUAS SOLUÇÕES

deve-se tomar cuidados especiais. A partir de soluções salinas de Tálio, pode-se precipitar
o Óxido de Tálio (III) com Hidróxido de Sódio, mantendo o pH na faixa de 6 e 7.
PESTICIDAS

O descarte de soluções aquosas contendo resíduos de Pesticidas e Herbicidas em baixas
concentrações (ordem de ppm ou ppb) devem ser descartadas após consulta à legislação
ou normas técnicas. Algumas dessas normas técnicas ou legislações podem ser obtidas
com o fabricante do pesticida ou herbicida. O mesmo cuidado deve ser tomado para o
descarte de embalagens que contenham ou contiveram pesticidas ou herbicidas. O
fabricante pode fornecer informações sobre o descarte mais adequado.
32
ANEXO V
ESPECIFICAÇÕES PARA LABORATÓRIO DE GESTÃO DE RESÍDUOS
De acordo com a NBR 12235, que trata de Armazenamento de resíduos perigosos, o
armazenamento deve ser a “Contenção temporária de resíduos” em área autorizada pelo órgão de
controle ambiental, à espera de reciclagem recuperação, tratamento ou disposição final adequada,
desde que atenda às condições básicas de segurança, e deve ser feito de modo a não alterar a
quantidade/qualidade do resíduo. Deve ser construído próximo aos prédios de laboratórios, mas
não no mesmo edifício e ser edificado com porta de veneziana de alumínio, abrindo para fora.
Deve ser em alvenaria, sem forro, com elemento vazado na parte superior e inferior das paredes
para propiciar uma boa ventilação natural, coberto com telha do local. O piso deve ser de cimento
queimado, com inclinação para o centro e em direção à porta. Deve ter prateleiras em todas as
paredes em concreto polido. As distâncias entre as prateleiras deve ser definida de acordo com o
tamanho dos recipientes a serem estocados. Deve ter extintor de incêndio, chuveiro e lava olhos
próximo a saída, do lado de fora.
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Planta Baixa do Laboratório de Gerenciamento de Resíduos.
Parte superior: área de recuperação, reciclagem e tratamento de resíduos
Parte inferior: Área de Armazenagem e oficina de vidraria
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