1ª Série do Ensino Médio 01. Sobre a Guarda Nacional, é correto afirmar que ela foi criada: (A) pelo imperador, D. Pedro II, e era por ele diretamente comandada, razão pela qual tornou-se a principal força durante a Guerra do Paraguai; para atuar unicamente no Sul, a fim de assegurar a dominação do Império na Província Cisplatina; segundo o modelo da Guarda Nacional Francesa, o que fez dela o braço armado de diversas rebeliões no Período Regencial e início do Segundo Reinado; para substituir o exército extinto durante a menoridade, o qual era composto, em sua maioria, por portugueses e ameaçava restaurar os laços coloniais; no Período Regencial como instrumento dos setores conservadores destinado a manter e restabelecer a ordem e a tranqüilidade públicas. (B) (C) (D) (E) (D) (E) extinguiu as Assembléias Legislativas Provinciais; eliminou a vitaliciedade do Senado. 06. Simon Bolívar escreveu na conhecida Carta da Jamaica de 1815: "Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América [Latina] a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória." Sobre esta afirmação, podemos dizer: (A) (B) (C) 02. O resultado da discussão política e a aprovação da antecipação da maioridade de D. Pedro II representou: (D) (A) (B) (C) (D) (E) o pleno congraçamento de todas as forças políticas da época; a vitória parlamentar do bloco partidário liberal; a trama bem-sucedida do grupo conservador que fundara a Sociedade Promotora da Maioridade; a anulação da ordem escravista que prevalecia sobre os interesses particulares; a debandada do grupo político liderado por um proprietário rural republicano. (E) 07. O processo de independência na América Latina deve ser compreendido no contexto da conjuntura internacional, marcada pelo ideário liberal iluminista, a expansão industrial inglesa, as guerras napoleônicas, além das crises inerentes ao sistema colonial. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o processo de independência na América Espanhola: 03. Assinale a alternativa incorreta: (A) O Clube da Maioridade tinha como objetivo lutar, junto à Assembléia Nacional, pela antecipação da maioridade de Pedro de Alcântara. Os principais representantes do Clube da Maioridade eram os irmãos Martin Francisco e Antônio Carlos de Andrada e Silva. O Clube da Maioridade teve o apoio das classes dominantes e uniu políticos progressistas e parte dos regressistas. Em 1840, a Assembléia Nacional aprovou a tese da Maioridade e Pedro Alcântara, apesar de seus 15 anos incompletos, foi considerado apto para assumir a chefia do Estado Brasileiro. O Clube da Maioridade permitiu que D. Pedro assumisse o poder no dia 20 de dezembro de 1840, marcando o início do Primeiro Reinado. (D) 04. Do ponto de vista político, podemos considerar o Período Regencial como: (E) (A) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país; um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política foram amplamente atendidas; uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840; uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições das elites, classe média e camadas populares; uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na Regência. (B) (C) (D) (E) (B) (C) (D) (E) 05. O Período Regencial foi politicamente marcado pela aprovação do Ato Adicional que: (A) (B) (C) criou o Conselho de Estado; implantou a Guarda Nacional; transformou a Regência Trina em Regência Una; Tal utopia da unidade, compartilhada por outros líderes da independência, como San Martin e O'Higgins, não vingou por ineficiência de Bolívar. Inspirou a união entre Bolívia, Colômbia e Equador, que formaram, por mais de uma década, uma única nação, fragmentada, em 1839, por problemas políticos. Bolívar foi o primeiro a pensar na possibilidade da unidade, idéia posteriormente retomada por muitos políticos e intelectuais latinoamericanos. Essa idéia, de grande repercussão entre as lideranças dos movimentos pela independência, foi responsável pela estabilidade da unidade centro-americana. Bolívar foi uma voz solitária, nestes quase 200 anos de independência latino-americana, ausentando-se tal idéia dos debates políticos contemporâneos. (A) (B) (C) conflito social que não teve relação com a desigualdade entre os nascidos na terra e na metrópole; ruptura Colônia/Metrópole mais relacionada com a Guerra dos Sete Anos e sem relação alguma com as campanhas de Napoleão na Península Ibérica; abertura dos portos à livre concorrência dos produtos manufaturados europeus para garantir a sobrevivência interna da pequena indústria têxtil latino-americana; movimento de libertação fundamentado na identidade profunda entre a independência política e a independência econômica; movimento emancipador conduzido principalmente pelos crioulos. 08. Na América Espanhola, os movimentos de independência foram estimulados pela: (A) (B) (C) (D) (E) transferência do poder político dos criollos para os chapetones, eliminando os vínculos que uniam as colônias espanholas da América à Metrópole; desarticulação do poder monárquico na Espanha com as guerras napoleônicas; manutenção do Pacto Colonial, elemento principal da prática do livre-comércio; ausência de reforma administrativa de caráter mercantilista; ação da população mestiça, que liderava os movimentos emancipacionistas. 09. Na independência de países da América Latina, da Bélgica, da Grécia e da Bulgária, e nas unificações italiana e alemã, esteve presente o: (A) marxismo, que se constituiu em elemento aglutinador dos partidários das revoluções; (B) (C) (D) (E) nacionalismo, que figurou como força revolucionária no século XIX; iluminismo, que representou a base ideológica dos movimentos reacionários de restauração; liberalismo, que serviu de sustentação para o retorno à velha ordem econômica do século XVIII; bonapartismo, que representou o apoio dos setores militares às lideranças locais. 10. Sobre o processo de independência política da América Espanhola, é possível afirmar: (A) (B) (C) (D) (E) Diferentemente do Brasil, a longa guerra, que teve importante participação popular, fez emergir interesses sociais conflitantes. A Espanha, sob domínio francês, ficou de mãos atadas, sem poder intervir no combate aos rebeldes. A participação maciça de escravos ao lado dos rebeldes contrastou com a apatia das massas indígenas. A Igreja Católica e os comerciantes abastados assumiram posições idênticas, a favor da Coroa espanhola. Os acordos políticos, levados à frente pelas elites, garantiram aos menos privilegiados as reformas sociais pelas quais tinham lutado. 11. Entre as décadas de 30 e 70 do século XIX, eclodiram diversos movimentos revolucionários que provocaram diversas transformações nas nações da Europa Ocidental. Marque a opção que apresenta corretamente um desses movimentos: (A) (B) (C) (D) (E) A Revolução de 1830, na França, foi motivada por idéias liberais e nacionalistas que se opunham aos objetivos restauradores do Congresso de Viena. A Revolução de 1848, na Itália, foi um movimento que pregava a descentralização republicana, provocando a queda da monarquia italiana. A Revolução de 1848, na Confederação Germânica, foi provocada pelos ideais da restauração monárquica, propondo a unificação alemã sob a Casa Real austríaca. A Revolução de 1848, na França, proclamou o Segundo Império, instituindo uma política de nacionalidades ligada ao Congresso de Viena. A Comuna de Paris, em 1871, caracterizou-se por ser um movimento liberal e burguês que criou a primeira experiência de autogestão democrática, apoiada pelo governo da Terceira República francesa recém-instalada. 12. Analisando-se o Movimento Revolucionário ocorrido na França, em 1848, verifica-se que apresenta uma significativa diferença em relação às demais Revoluções Liberais européias do período de 1815 a 1850. Indique a alternativa que diz respeito a essa diferença. O Movimento Revolucionário: (A) (B) (C) (D) (E) foi nitidamente liberal, provocando a queda de Carlos X e o início da chamada "Monarquia de Julho"; teve o duplo caráter: nacional e liberal, representando um momento decisivo contra o estatuto político-territorial estabelecido pelo Congresso de Viena; adquiriu um caráter bonapartista, anti-republicano e antilegitimista; assumindo uma conotação socialista, dividiu as forças revolucionárias, atemorizando a burguesia; colaborou para a vitória de uma experiência socialista através da organização das "Oficinas Nacionais". 13. A história política da Europa, durante o século XIX, foi marcada por uma sucessão de "ondas" revolucionárias caracterizadas especificamente numa das opções a seguir. Assinale-a: (A) O Congresso de Viena representou a consolidação da obra revolucionária na implantação da sociedade burguesa. (B) Os movimentos revolucionários de 1830 marcaram o processo de Restauração, liderados pela aristocracia. (C) (D) (E) As "ondas" revolucionárias corresponderam ao avanço dos cercamentos dos campos – os enclousures – que liberaram a população camponesa para as cidades. Os movimentos de 1848 contaram com a participação das camadas populares e com a forte influência das idéias socialistas. Os movimentos de 1870, na Itália e na Alemanha, deixaram a questão nacional em segundo plano, priorizando a conquista da ordem democrática. 14. A unificação política da Itália, ocorrida na segunda metade do século XIX, foi um processo tardio, considerando o contexto histórico europeu. Sobre esta unificação, é correto afirmar que ela: (A) (B) (C) (D) (E) possibilitou a sua participação na corrida colonial, envolvendo-a no domínio do mercado internacional juntamente com a Inglaterra e a França; contribuiu em parte para romper o equilíbrio político-militar que, a partir do Congresso de Viena, foi estabelecido entre as nações européias; acarretou o desenvolvimento do capitalismo a partir de um intenso surto de industrialização que se estendeu por todo o seu território; permitiu o reatamento das relações político-diplomáticas com o Vaticano e a garantia do direito de liberdade religiosa aos cidadãos; impediu o surgimento de fluxos de emigração de camponeses para o continente americano, através da implantação de uma política de fechamento das suas fronteiras. 15. Na base do processo das unificações italiana e alemã, que alteraram o quadro político da Europa no século XIX, estavam os movimentos: (A) (B) (C) (D) (E) sociais, acentuadamente comunistas; liberais, acentuadamente nacionalistas; iluministas, acentuadamente burgueses; reformistas, acentuadamente religiosos; renascentistas, acentuadamente mercantis.