AU TO RA L UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES TO PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E A GESTÃO DE QUALIDADE EM EDUCAÇÃO DO CU M EN TO PR OT EG ID O PE LA LE I DE DI R EI PROJETO “A VEZ DO MESTRE” POR: FILOMENA ROSA DA SILVA BRITO PROF. DR. ANTONIO FERNANDO VIEIRA NEY Vila Boa - GO 2010 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO “A VEZ DO MESTRE” A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E A GESTÃO DE QUALIDADE EM EDUCAÇÃO Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Administração Escolar. Por: FILOMENA ROSA DA SILVA BRITO 2 AGRADECIMENTOS A DEUS que me fortalece e me ampara, aos professores do Curso de Pós - Graduação, em especial ao Professora Tutora e Orientadora Teresa Cristina Magalhães do Vale e a todos que contribuíram para esta vitória. 3 DEDICATÓRIA Dedico este à minhas filhas e ao amado esposo, pessoas lindas que DEUS os colocou na minha vida. 4 RESUMO Analisar qualidade em ensino é preciso ter a consciência de que antes deve-se conhecer os fundamentos e a missão da escola tanto contexto político pedagógico como no aspecto social, como o, pois cada sociedade tem seu sistema educativo, e cada prática educativa atende o que é próprio, e o que precisa a sociedade a qual está inserida. É importante também, citar dois conceitos mínimos criados entre profissionais da área sobre padrão de qualidade. São dois padrões, que se um necessita da outro, qualidade na administração para um ensino de qualidade e o perfil do bom administrador. A qualidade na administração visa-se uma gestão eficaz, valorizando os resultados dos bons índices das escolas, os estímulos e as buscas da qualidade nas instituições. E preciso que qualidade social, torne mais acreditada na educação, isso traz a promoção a todos; o desenvolvimento integral do indivíduo; das capacidades cognitivas, operativas e sociais, preparando o aluno para ser um cidadão para o mundo. Provas, questionários, pesquisas, entre outros métodos, criadas pelo governo e até mesmo por instituições privadas, auxiliam na prática de mensurar a qualidade da educação no processo ensino aprendizagem das escolas. Além de verificar eventuais falhas no processo de ensino, deve-se também repensar o método de gestão utilizada em cada instituição. Deve ter consciência de que só com uma boa organização e um bom planejamento de suas estratégias, poderá atingir suas metas e objetivos, para alcançar a excelência de ensino e a qualidade prevista em nossa Legislação Educacional. Palavras Chaves: Gestão de qualidade educação, administração escolar 5 METODOLOGIA Para atingir os objetivos da presente pesquisa cientifica, o estudo foi desenvolvido através da modalidade qualitativa; assim, foi elaborada uma reformulação dos conceitos acerca a administração escolar, utilizando-se uma pesquisa bibliográfica pertinente ao assunto com leitura de livros, periódicos, pesquisa na rede mundial de computadores. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................... CAPÍTULO I – A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E 8 A CONTEXTUALIDADE EDUCACIONAL................................................ 10 CAPÍTULO II – QUALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PARA UM ENSINO DE QUALIDADE.................................................................... CAPÍTULO III – O PERFIL DE UM ADMINISTRADOR ESCOLAR..... CONCLUSÃO......................................................................................... BIBLIOGRAFIA BÁSICA........................................................................ WEBEGRAFIA ...................................................................................... 18 27 37 39 41 7 INTRODUÇÃO A Administração Escolar e a Gestão de Qualidade em Educação tem como principal objetivo em auxiliar o Administrador Escolar em busca de uma Gestão de Qualidade em Educação. Tendo em vista a realidade vivenciada, as atuações dos administradores de escolas municipais em busca de melhores índices educacionais do ensino público. Hoje a instituição de ensino seja publica ou privada tem como principal produto a oferecer a educação, como qualquer outro é exigido padrões mínimo de qualidade, que tem como meio e fins de produção fundamental mão de obra humana. Assim todas as condições de crescimento e desenvolvimento da qualidade educacional e pautada no controle e na organização; coordenação pedagógica, corpo docente e discente, e equipe administrativa, ou seja, toda a escola é envolvida. Nesse meio surge o papel de fundamental importância, o papel do administrador fundamentado em uma filosofia de trabalho, comprometido com a qualidade do trabalho de todas as equipes, objetivado na gestão escolar que lhe propõe meios medir os índices de desenvolvimento, podendo aplicar novos princípios e ações de uma administração escolar de qualidade. A gestão da Qualidade do ensino e a Administração Escolar; Identificar na diversidade de estilos de administrações nas instituições de ensino municipais e assim conceituá-los coerentemente na administração escolar, apresentar os diversos papéis e funções/papeis do administrador escolar no espaço escolar: Discutir e apresentar dentro da contextualidade educacional, a Gestão da Qualidade Total e sua evolução, discutir a problemática e apresentar meios para conceituar a qualidade, assim envolver toda a equipe escolar para que possam buscar os melhores índices educacionais no sistema municipal de ensino de Vila Boa – GO. O Administrador Escolar precisa atuar junto ao corpo pedagógico, prover se de meios estratégicos para mensurar a qualidade e a eficácia do 8 ensino oferecido, e assim buscar meios para a sua melhoria nas Instituições de ensino pertence ao ensino de Vila Boa – GO Para atingir os objetivos da presente pesquisa cientifica, o estudo será desenvolvido através da modalidade observacional; assim, esta sendo colocados em práticas os conceitos acerca a administração escolar, utilizandose uma pesquisa bibliográfica relacionada os principais autores José Carlos Libaneo, Idalberto Chiavenato, Paulo Freire, Paulo Mezomo, Demerval Saviani José Manuel Moran, Vitor Henrique Paro, Frederik Winslow Taylor e demais autores pertinente ao assunto, através de livros e periódicos apoiado com pesquisas na rede mundial de computadores. 9 CAPÍTULO I ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E A CONTEXTUALIDADE EDUCACIONAL Quando nos referimos à administração, esta deve estar vinculada a um contexto, não só de ordem política, mas também econômica e social. Assim sendo podemos dizer que: A administração é uma atividade generalizada e essencial a todo esforço humano coletivo, seja na empresa industrial, na empresa de serviços, no exército, nos hospitais, na igreja, etc. O homem cada vez mais necessita cooperar com outros homens, para atingir seus objetivos, neste sentido, a administração é basicamente a coordenação de atividades grupais..” (Martins, 1999, p 24) Assim compreendemos que, a administração deve ser entendida e analisada dentro de um contexto, onde as relações econômicas e principalmente as relações humanas, devem ser o ponto principal da discussão sobre educação no ambiente escolar. No entanto, ao longo da história da educação, a prática administrativa escolar foi realizada de forma centralizada, detentora de poder, estimulando a competição, a intimidação e a segregação no ambiente escolar. Hoje, o que vemos na prática na escola pública estadual é uma tentativa de descentralização e uma maior preocupação com a manutenção de uma unidade grupal forte. Dentro desta concepção, a Administração Escolar deve estar voltada para a coletividade; onde o papel do administrador deve ser o de facilitador, e articulador das idéias do grupo, alinhavando-as, questionando, inferindo, traduzindo posições e sintetizando uma política de ação com o objetivo de 10 coordenar o processo educativo. Podemos dizer então, como ilustra o texto que: A administração escolar é um conjunto complexo de atividades que criam condições para a integração e o bom funcionamento de grupos que operam em divisão do trabalho. Aí está explícito que a unidade total de tarefas é subdividida em unidades menores e confiadas a pessoas ou grupos que possuem certa autonomia para executá-las. Portanto, quanto mais poderes os indivíduos ou grupos tem para realizar tarefas, mais descentralizado e democrático é a administração escolar. “Não é, pois recomendável a centralização que caracteriza a administração autoritária, ainda mais quando o conceito atual é que administração tem função de zelar pelo funcionamento harmonioso e orgânico dos grupos.” (Martins, 199: 34) Em pleno século XXI, a escola continua sendo o centro, foco do sistema escolar e das políticas educacionais; bem como o papel do administrador escolar como base principal do desenvolvimento, da articulação e integração dos vários setores: administrativo, pedagógico, secretaria, serviços gerais, relacionamento com a comunidade, entre outras. Além disto, o Administrador Escolar precisa ter em mente que as tarefas como dirigir e coordenar necessita da canalização de um esforço coletivo das pessoas envolvidas no processo escolar, para que os objetivos e metas traçadas sejam alcançados. Portanto, podemos afirmar que o mais difícil em todo processo de administração escolar é o fator humano e suas inter-relações. Segundo SAVIANI a gestão escolar deve ser caracterizada por um processo democrático, articulada com a comunidade local, com os seguintes objetivos: 11 • Descrever e analisar as práticas administrativas em uma escola que tem relação articulada com a comunidade; • Identificar, ante as determinações do Sistema Oficial de Ensino, a postura adotada por uma escola que acata a participação da comunidade em seu processo de gestão; • Verificar as contribuições que a relação escola-comunidade oferece à gestão do processo educacional. • Identificar os compromissos que uma postura democrática com a participação comunitária exige do diretor; • Identificar os resultados qualitativos e quantitativos apresentados no ensino, produzidos pela gestão democrática de uma unidade escolar; • Identificar, através de um estudo micro, as contribuições concretas ao desenvolvimento de uma administração escolar democrática. • A necessidade de promover a articulação entre a escola e a comunidade a que serve é fundamental. O entendimento de que a escola não é um órgão isolado do contexto global de que faz parte, deve estar presente no processo de organização de modo que as ações a serem desenvolvidas estejam voltadas às necessidades comunitárias. Na concepção de CHIAVENATO (1999) a administração é caracterizada pelo reconhecimento da importância da participação consciente e esclarecida das pessoas nas decisões sobre a orientação do processo pedagógico, participação responsável de todos nas decisões necessárias. Por isso, o diretor é cada vez mais obrigado a levar em consideração a evolução da idéia de democracia, que conduz o conjunto de professores e a comunidade local, à maior participação, à maior implicação nas tomadas de decisão. Logo, os antigos fundamentos de administração educacional, embora importantes, são insuficientes para reorientar os novos caminhos da educação. Hoje é fundamental uma participação mais coletiva, mais abrangente, a longo prazo, para ajudar no desenvolvimento da qualidade do ensino. Decisões isoladas são meros paliativos que demandam trabalho e despesas sem muita eficiência. 12 A administração escolar nas escolas públicas vem sofrendo diversas mudanças. Conhecer a comunidade e traçar o seu perfil sócio-econômico, cultural educacional, como forma de determinar sua pauta de valores, para que conste no plano da escola, no plano de aula e no modo de administrar a escola são tarefas indispensáveis ao administrador escolar. A partir desta reciprocidade, via educação, escola pode oferecer atividades educacionais e culturais voltadas à realidade do meio, para alunos e comunidade. Esse modelo capacita o administrador a estabelecer a aproximação e a integração escola-comunidade, culminando em uma gestão participativa. O sistema educacional se organiza segundo linhas estruturais da sociedade, por essa sociedade é determinada tipo de escola que temos. Não é a escola que determina o tipo de sociedade e sim a sociedade que determina o tipo de escola. Para isso se faz necessário o conhecimento do tipo de sociedade em que a escola existe. Qualquer esforço sem aprofundamento suficiente sobre os problemas da sociedade, não surtirá os efeitos desejados de ver essa mesma sociedade transformada, podendo a escola inclusive estar a serviço da reprodução do tipo de sociedade que deveria estar sendo transformada. Não é possível fazer uma proposta educacional consistente em referi-la a um projeto social; assim para alcançar em educação será necessária uma proposta social, melhor dizendo, será necessário incluir nelas um cunho social. (GANDIN, 2001, p.8) Muito se tem estudado sobre a estreita relação existente entre a prática escolar e as estruturas sociais, políticas e econômica na qual a escola está inserida. Entende-se que os problemas internos da escola não tem sido gerados por ela mesma. A escola é o reflexo da sociedade que há contém. 13 A atividade escolar está impregnada de ponta a ponta aspecto político. A escola tem se configurado como um espaço em interesses contraditórios entre as classes tem se evidenciado na disputa pela apropriação do conhecimento. Há de se ver no fracasso escolar uma reação da classe mais pobre ao tipo de modelo educacional que a mesma tem se submetido e do outro lado, interesses da classe dominante que sempre estarão a serviço do modelo capitalista. Precisamos contribuir para criar a escola que é aventurada, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida. (PAULO FREIRE,1998,P.31) Para exercer sua função, os administradores das escolas públicas vêm buscando uma integração maior com toda comunidade que faz parte da escola. E para que este tipo de gestão funcione, todos os problemas e sugestões devem ser conhecidos. As necessidades de uma determinada comunidade que precisam ser identificados. Sem conhecimento dos problemas de uma determinada comunidade não há como traçar metas e objetivos e sem os objetivos a serem alcançadas não há como planejar as ações, e se não há ações a escolas não poderá contribuir para a transformação da sociedade. Conhecer a sociedade na qual a escola faz parte é de grande importância, assim também como é importante o papel a ser desenvolvido pela escola nesta sociedade. Na prática educativa não há lugar para a naturalidade. Ou a escola se posiciona frente aos problemas enfrentados pela sociedade ou ela estará comprometida com a continuidade e reprodução deles. A escola assim como os sindicatos, os partidos, as comunidades de base, é também um espaço social. Nela devem ser discutida os problemas sociais e atuar como instrumento de mudanças. A escola não pode se eximir 14 dessa responsabilidade. Confinar a escola a aspectos técnicos da prática docente e na formulação de métodos de transmissão de conhecimento e a problemática da aprendizagem é nega-lhe seu papel principal que é de formação do cidadão crítico que inclusive a de agente de transformação dessa sociedade. 1.1- A estrutura organizacional e função da escola Ao tratar de estrutura e função de uma instituição educacional, é necessário destacar a relevância de se considerar a organização de ensino como cultura, tendo a visão em que a escola é vinculada ao contexto cultural em que é inserida, com o lugar, e também, com o que seus integrantes podem instituir em sua cultura, conforme seus interesses e objetivos. A cultura de uma escola reflete a intenção que ele tem em oferecer melhor qualidade de ensino. A escola tem sua autonomia em organizar sua própria estrutura de ordenamento e disposição das funções que asseguram o funcionamento da instituição, que será prevista no Regimento Escolar ou numa legislação específica estadual ou municipal, com base em sua concepção de organização e gestão. Libâneo (2008) apresenta uma estrutura básica das funções que expressam a organização do trabalho de uma escola. • Conselho da escola – Possui atribuições consultivas, deliberativas e fiscais. • Direção – Coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais componentes do corpo de especialistas da escola. • Setor técnico administrativo – Responde ao atendimento de pessoas. • A secretária escolar cuida da documentação, escrituração e correspondência da escola, dos docentes, demais funcionários e dos alunos. 15 • A zeladoria é responsável pela manutenção e limpeza do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos da organização e distribuição de merenda, da execução de pequenos consertos e outros serviços rotineiros. • A vigilância acompanha os alunos em todas as dependências do edifício, orientando quanto às normas disciplinares, atendendo em caso de acidentes ou enfermidades, como também ao atendimento às solicitações dos professores quanto a material escolar, assistência e acompanhamento de aluno. • Setor Pedagógico – O coordenador pedagógico ou professor coordenador supervisiona, acompanha, assessora, apóia, avalia as atividades pedagógicas curriculares. Presta assistência pedagógicodidática aos professores e mantêm um relacionamento direto com os pais de alunos e a comunidade, no que se refere a comunicação e interpretação da avaliação dos alunos. • Corpo docente – Um conjunto de professores, cuja função básica consiste em realizar o objetivo prioritário da escola, o processo de ensino aprendizagem. Também têm a responsabilidade de participar na elaboração do plano escolar ou projeto pedagógico curricular. • Corpo discente – Constitui-se do grupo de alunos e associações respectivas. ....o potencial de realização de todas as instituições escolares é sempre muito grande. Porém, todo potencial é sempre contrabalanceado por fatores restritivos, como recursos financeiros, nível de formação e experiência dos professores, materiais didáticos, disponíveis, integração entre as funções administrativas e pedagógicas da escola, evolução organizacional da escola, tecnologia administrativa e pedagógica acessíveis, dentre outros. (Vieira 2003, p. 50) 16 Só quando os profissionais de uma escola estão dispostos e são capazes de produzir adaptações em sua cultura profissional, poderão promover melhorias e mudanças relacionadas ao aperfeiçoamento de suas funções e assim enfrentar os fatores restritivos citados por Vieira. Formar o cidadão, participante, ativo, consciente do social; formar um “ser humanizado”, o seu lado cognitivo, afetivo, social e moral, capaz de conviver com a diversidade (em todos os sentidos); propiciar o desenvolvimento de habilidades cognitivas para pesquisar, escolher, selecionar informações, criar, desenvolver idéias próprias, participar etc.; propiciar habilidades e o desenvolvimento atitudes, oferecendo de capacidades, ambientes de aprendizagem e oportunidades de vivência; preparar o aluno para ingressar no mundo do trabalho, propiciando o desenvolvimento de habilidades gerais, de competências amplas, compatíveis com a versatilidade, capacidade de ajuste a novas situações de trabalho. ( Vieira 2003, p.33) A escola deve estar preparada para sofrer alterações estruturais e organizacionais, de forma ganhar maior flexibilidade e coerência com a proposta educacional requerida e almejada, se quiser realmente, cumprir essa missão e assumir a função que se propõe. Contudo, para atingir as metas, objetivos estabelecidos na missão de cada escola, para alcançar a qualidade educacional idealizada, a instituição de ensino deve estar bem estruturada fisicamente, legalmente e profissionalmente, Pois a educação é baseada num sistema encadeado, onde todos os membros que fazem parte de seu funcionamento precisam estar devidamente comprometidos com o seu andamento para que se possa promover enfim, a excelência de ensino. 17 CAPÍTULO II QUALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PARA UM ENSINO DE QUALIDADE Qualidade da escola pode referir-se tanto a atributos ou características da sua organização e funcionamento quanto ao grau de excelência baseado numa escala valorativa (a qualidade desta escola é ruim, medíocre, boa, excelente) (Libâneo, 2008, p.65). Outrora á falar em qualidade, torna-se inevitável a necessidade de atribuímos a este termo. É indispensável deixar claro que não se trata de simples fato de atribuir conceitos às palavras, porque a “qualidade” representa uma filosofia de ação e um compromisso institucional que vão além de uma teoria ainda que sólida e claramente construída. Dos conceitos de qualidade pode-se citar: “O conceito de Qualidade Total, fundamentado na melhoria contínua da qualidade, estava, a princípio, restrito à indústria, para a qual foi elaborado. Mas tal conceito era grande demais para ficar confinado na rotina administrativa das empresas e acabou sendo assimilado por outras áreas como a educação, por exemplo” (MEZOMO, 1997, p. 45). “Qualidade é uma propriedade (ou um conjunto de propriedades) de um produto (serviço) que o torna adequado à missão de uma organização comprometida com o pleno atendimento das necessidades de seus clientes” (MEZOMO, 1997, p.46). “Qualidade define-se como o horizonte da participação política, o que nos permite sair da simples delimitação 18 negativa. Qualidade não pode ser apenas aquilo que não é quantidade, aquela fumaça para além da chaminé, aquela coisa vaga que se pressente não sei como e não sei por quê... Se qualidade é dimensão essencial da realidade social, deve aparecer de alguma forma. E mais: deve ser algo, cujas importância e presença estejam no cotidiano, na vida real (DEMO, 2000, p.38). Para MEZOMO (1997) a gestão da qualidade total fundamenta-se na prática dos seguintes valores: a) respeito – valor, qualidade, diversidade e importância recíproca (pessoas e instituição); b) integridade, honestidade, retidão e obtenção dos mais elevados padrões éticos; c) compaixão, ou seja: cuidar dos outros e respeitar seus sentimentos; d) eficiência – atender às expectativas da sociedade com responsabilidade; e) excelência – trabalhar para ser o melhor em tudo o que se faz. Enfim, para avaliar a qualidade escolar não basta apenas a aferição do desempenho intelectual dos alunos por meios de provas e exames, mas também as dimensões afetivas, estéticas, éticas e físicas. “o foco de referência dos critérios e estratégias de busca da qualidade é, o que os estudantes aprendem, como aprendem e em que grau são capazes de aprender e atuar com o que aprendem”. Segundo Libâneo (2008, p. 68). 2.1 – Indicadores para a qualidade da educação Celso Antunes, (2008), através de uma longa pesquisa descreve alguns fatores fundamentais que acredita levar uma escola a qualidade da educação: 19 • Ambiente Educativo: Um ambiente de acolhimento tanto para os alunos, quanto aos pais dos alunos, numa prática de respeito e solidariedade, e com uma consciência ética sobre valores, regras e condutas disciplinares. • Prática Pedagógica: Uma escola onde desde a proposta pedagógica da escola, o planejamento até o trabalho coletivo dos professores e alunos favoreça o reforço permanente à solidariedade. • Sistema de Avaliação: Que faça do desempenho dos alunos em provas e outras formas de avaliação, processos de autoavaliação por participação dos alunos levando a sua dedicação à sua aprendizagem como um instrumento de convívio e cuidado ambiental. • Gestão Escolar Democrática: Que haja estímulo à plena participação de todos que envolvem a comunidade escolar, compartilhando decisões e informações com professores, funcionários, pais e alunos. • Formação e Condições de Trabalho dos Professores da Escola: • Profissionais habilitados, qualificados, preocupados com sua formação continuada e sua permanente atualização. • Ambiente Físico Escolar: Ambiente com recursos e materiais colocados sempre a disposição de alunos e professores. Com instalações apropriadas para o desenvolvimento de aulas práticas, espaço para leitura e pesquisa, salas de aulas que favoreçam a aprendizagem. • Acesso, sucesso e Permanência na Escola: O acompanhamento do desempenho da escola, comparando sempre que possível, com outras redes de ensino, quanto o permanência e ao abandono escolar dos alunos, a evasão e a defasagem escolar. O autor atenta para o desempenho de algumas escolas através dos resultados recentes da Prova Brasil e do Enem localizou diversas coincidências no perfil de seus gestores. A grande maioria apresentava indicadores que influenciavam na qualidade do ensino da instituição. 20 Antunes, (2008), discute a grande importância do curso de formação Superior em Pedagogia, que os gestores analisados possuíam. Para ele, não basta o acumulo de experiência ou boa vontade para desempenhar a função de gestor, é necessário competências específicas e atributos de empatia e relações interpessoais, é preciso capacidade de construir um sistema educacional que atenda as necessidades de seus professores e alunos; e de elaborar o planejamento estratégico que permite implementar a atualização permanente dos educadores e demais profissionais de educação, que só numa formação acadêmica pode-se desenvolver, através de leituras, debates, reflexões e constantes cursos de formação continuada. Cita ainda, a necessidade da atualização, os gestores se tornarem leitores críticos conscientes. Pois percebeu que os diretores que se destacavam entre as escolas observadas, se debruçavam voluntariamente, sempre que possível, em leituras sistemáticas sobre temas educacionais, participavam de cursos, palestras, seminários, simpósios e jornadas pedagógicas. Preocupavam-se constantemente com a permanente atualização de sua prática profissional. Outro fato que coincidia entre os gestores, era a permanência no cargo, a no mínimo, três anos. Pois somente o tempo pode garantir o amplo conhecimento a respeito da equipe pedagógica, funcionários, alunos, família, em suma, toda comunidade escolar, garantindo pleno envolvimento com a realidade e a clareza das metas a serem alcançadas. Em todos os líderes pedagógicos, também se percebia o habito de intervenção direta no processo de aprendizagem dos alunos e no processo de ensino e aprendizagem estabelecido pelos professores. Os gestores acreditavam na necessidade de submeter os educandos a avaliações externas. Assim, os alunos poderiam demonstrar o que estavam aprendendo, respondendo questões formuladas por professores diferentes do seu. 21 Mostrou-se marcante na amostras obtidas entre as escolas de alta qualidade, a intervenção direta no ensino aprendizagem. Gestores assistiam às aulas que queriam, com objetivo de acompanhar as estratégias elaboradas pelos educadores e à participação dos alunos. E a partir daí, obtinham segurança de propor, sugerir, intervir, desafiar e auxiliar o processo de ensino, promovendo assim o crescimento de seus profissionais de educação. Muitos gestores, de escolas consideradas excelentes, dispunham de recursos para avaliar, com critérios democráticos, o desempenho de cada um dos profissionais com os quais atuavam, levando em conta diferentes itens. Desenvolviam premiações por mérito ou não hesitavam em assumir posições firmes e coerentes contra maus profissionais. Viu-se então, a importância da utilização de um instrumento de aferição da qualidade de sua equipe. E por fim, constatou-se que a grande diferença para fazer uma escola de alta qualidade é o compartilhamento das decisões ou ter uma gestão verdadeiramente democrática, em que decisões e críticas são além de compartilhadas; são progressivamente avaliadas por todos da equipe. Pensando ainda sobre a questão de qualidade em educação, gestores educacionais adaptaram algumas ferramentas de sistemas gerenciais de gestão de qualidade utilizadas por diversas empresas ajustando ao sistema educacional, a fim de aferir a excelência das instituições de ensino. A transposição de conceitos oriundos da área empresarial vem para fornecer aos líderes educacionais um novo ângulo de visão de seu trabalho numa perspectiva mais sintonizada com as tendências contemporâneas, buscando mudar antigos paradigmas. 2.2 – Conceito da Administração Escolar 22 O novo conceito de gestão escolar associa-se, pois, à democratização e à participação consciente e responsável de toda a comunidade escolar no processo decisório, em ações articulada e conjuntas, visando a um ensino de qualidade. (ANDRADE, 2004, p.12) Pode-se afirmar, desta maneira, que a eficácia e a eficiência no gerenciamento da instituição educacional estão diretamente relacionadas com a capacidade que o administrador tem para liderar a comunidade escolar de uma forma democrática. O ato de administrar envolve qualquer tipo de trabalho que seja realizado por duas ou mais pessoas. A administração no modo geral é praticada não só entre aqueles que possuam formação acadêmica específica, como também é possível encontrar em diversas organizações administradores que não são formados e contam somente com a prática (Chiavenato, 2000). Busca-se o alcance de determinados objetivos com eficiência e eficácia. De acordo com Chiavenato (2000), a eficiência está relacionada com os meios para se alcançar um objetivo e a eficácia preocupam-se com os resultados. Entre os vários exemplos que o autor dá, relativamente à distinção entre os dois conceitos, diz que ser eficiente “é jogar bola com arte”, enquanto a eficácia reside em “ganhar a partida”. Desta forma, administrar é a condução racional das atividades de uma organização seja ela qual for. A vida das pessoas depende das organizações e estas dependem do trabalho daquelas. Neste contexto entendemos por organização uma entidade social composta de pessoas e de recursos, deliberadamente estruturada e orientada para alcançar um objetivo comum. As instituições de ensino seja ela pública ou privada são constituídas de recursos humanos, físicos e materiais, financeiros, tecnológicos e mercadológicos. Apresenta-se pela produção de bens ou prestação de serviços com ou sem fins lucrativos. Pelo tamanho e complexidade de suas operações, 23 as escolas publicas precisam ser bem administradas e a sua administração requer todo um aparato de pessoas colocadas em diversos níveis hierárquicos que se ocupam de tarefas diferentes: do planejamento, da organização, da direção e do controle. De todas as tarefas diferenciadas pela divisão do trabalho, e conseqüentemente divisão das tarefas que ocorram dentro de uma organização, sem a administração, as organizações jamais teria condições de existirem e crescerem. Nos tempos atuais, a sociedade típica dos países desenvolvidos é uma sociedade pluralista de organizações, na qual a maior parte das obrigações sociais (como a produção de bens e serviços) é confiada às organizações que são administradas por dirigentes para se tornar mais eficientes e eficazes. 2.3 – Estilos de Administração/Gestão Os estilos de direção podem ser assim resumidos: - Gestão autocrática (ou ditatorial): Neste estilo, encontra-se um diretor que não se importa em saber o que seus funcionários pensam. Recusa qualquer discussão, toma isoladamente suas decisões e trata seus subordinados como lacaios, dando-lhes ordens, que devem ser cumpridas exatamente como ele mandou. Em geral é uma pessoa irritável, brutal e egoísta, sendo incapaz de compreender os outros. Os resultados de uma administração autocrática se encontram nas palavras de Weil: O dirigente autocrático provoca, em geral, revolta nas pessoas que ele dirige, ou então, uma passividade completa que se pode resumir da seguinte maneira: “é melhor fazer o que ele quer, mesmo se eu achar que ele vai levar o empreendimento ao fracasso; não adianta discutir; a culpa será dele e não minha; também não vou fazer um pingo a mais do que ele me ordenar.”(WEIL, 1959, p.63) 24 - Administração “laissez-faire”: Neste estilo de administração, que pode ser descrita pela expressão “dar carta branca”, o diretor, ao contrário do autocrático, não dá nenhuma instrução aos seus funcionários, que podem fazer o que bem entenderem. Não há divisão de trabalho e a desorganização gera atritos entre seus funcionários. O papel desse gestor consiste, nas palavras de Dias (2002, p.82), “em ocupar-se com os problemas administrativos e em tentar resolver as dificuldades inesperadas.” - Administração democrática: Nesse estilo, o administrador se enquadra no papel de moderador, que utiliza no seu trabalho as idéias e contribuições dos professores. Isto implica acordo, discussão e participação dos professores na seleção da política a seguir e nas decisões a tomar. Segundo Weil (1959, p. 65) o gestor democrático “considera o grupo mais capacitado em resolver os problemas do que ele sozinho” e “sabe obter o máximo de produtividade através do máximo de boa vontade”. Em uma prática escolar que tenha como objetivo abrir espaço para uma relação de troca e parceria com a família e com a sociedade, transcendendo a idéia de ensino depositário e entendendo que conteúdo não é fim último do processo ensino-aprendizagem, pode-se dizer que a administração deve ter como base o estilo democrático, onde o diretor exerce sua autoridade, mobilizando a equipe de forma a que todos os profissionais se engajem na busca pela qualidade, com autonomia e responsabilidade. De acordo com Colombo (2004), Talvez seja o ponto central da nova gestão escolar: valorizar e investir no capital humano, conferir autonomia e responsabilidade aos profissionais envolvidos e conferir autoridade ao líder que atue como organizador, articulador e mobilizador dos diversos processos que se desenvolvem na escola. (COLOMBO, 2004, p.242) O diretor democrático, portanto, deve refletir constantemente sobre sua prática e estar sempre atento para identificar os fatores que, possivelmente 25 possam estar prejudicando o desenvolvimento profissional, tanto do professor como também da equipe escolar. Mioch (1997) aponta alguns desses fatores: • os docentes experimentam reduzido apoio e reconhecimento; • não há trabalho coletivo; • não existe clima para falar sobre os próprios erros; • diretor e professor têm diferentes domínios e um procura não interferir no terreno do outro. • a escola não tem uma imagem do futuro que pretende construir; não tem identidade própria. Estes e outros problemas podem ser evitados se o diretor tornar-se visível e acessível a toda comunidade escolar. Para que os alunos aprendam efetivamente e para as dúvidas dos professores e funcionários sejam eliminadas, é preciso que o diretor tenha conhecimento e gosto pelo relacionamento humano, que não tenha medo de atritos e que veja nos embates oportunidades de aprimoramento. Só assim será vivenciada a verdadeira gestão democrática dentro da escola. 26 CAPÍTULO III PERFIL IDEAL DE UM ADMINISTRADOR ESCOLAR Um gestor educacional deve ser a alma da equipe, deixar de ser chefe e se tornar um líder capaz de inspirar os professores e fazer a diferença na vida de sua escola. Um gestor capaz de exercer liderança educacional pode determinar a diferença entre uma escola estagnada e uma escola em movimento. São raros os diretores que atuam como professores de professores e agentes dinâmicos de mudança. Liderança educacional não é um dom, é uma habilidade que pode ser desenvolvida e exercitada a cada dia. Um bom gestor vai além do gerenciamento e coloca as pessoas em primeiro plano. Administrar é, sem dívida, uma dimensão essencial da liderança. Envolve gerenciar recursos financeiros; desenhar, implementar, acompanhar e avaliar planos; organizar, prover, facilitar; criar condições favoráveis ao aproveitamento dos alunos. Boa administração garante manter a casa em ordem, mas não basta fazer com que uma escola se aperfeiçoe e mude. Administradores intervêm apenas de maneira indireta no trabalho dos professores para que transformações na qualidade do ensino ocorram; é preciso que o diretor vá além. O diretor deve atuar como líder educacional e influenciar, diretamente, o comportamento profissional dos educadores. “Desse modo, o legislador sábio, animado do desejo exclusivo de servir não os seus interesses pessoais, mas os do público: de trabalhar não em favor dos próprios herdeiros, mas da pátria comum, não poupará esforços para reter em sua mão toda autoridade.” (MAQUIAVEL, 1982:49) 27 3.1 – Liderança com o foco ao grupo. Um gestor deve estar em contato permanente com os professores, fazer com que cada profissional, aluno e pai, sintam que a escola lhes pertence. Deve ser fonte de inspiração, incentivo e apoio técnico, estimulando a criatividade, mas ao mesmo tempo estabelecendo padrões,confrontando, corrigindo e capacitando. “Os líderes são os responsáveis pela sobrevivência e pelo sucesso de suas organizações. Chamamos de liderança a dedicação, a visão, os valores e a integridade que inspira os outros a trabalharem conjuntamente para atingirem metas coletivas. A liderança eficaz é identificada como a capacidade de influenciar positivamente os grupos e de ibaneo-los a se unirem em ações comuns coordenadas. Os líderes reduzem as nossas incertezas e nos ajudam a cooperar e trabalhar em conjunto para tomarmos decisões acertadas” (Luck et alii apud CHIAVENATO, 2001,p.35) O bom gestor valoriza o desempenho dos educadores sabendo que receber reconhecimento os motiva a fazer cada vez melhor o seu trabalho. Por isso, é capaz de extrair o máximo de sua equipe de profissionais. O gestor educacional constrói um sonho e faz com que sua equipe embarque nele; ele é capaz de sonhar, com nitidez, a escola como ela deve ser. Compartilha com os outros esta visão, que se traduz em imagens apaixonantes, energizantes, sobre o papel e a importância da educação. Consegue fazer com que a equipe sinta que está embarcando em um projeto vital, até mesmo sagrado, que exigirá sacrifícios, mas também realizará algo muito importante, digno do melhor que existe em cada um. Uma visão suficientemente poderosa pode impulsionar o processo de planejamento e estimular a comunidade escolar a projetar, programar, elaborar roteiros para concretizar o futuro desejado. O bom administrador não se limita a registrar, no Plano da Escola, as decisões tomadas pela equipe, ele a convida a criar sua declaração de missão: uma fórmula que sintetiza o que a escola faz, com que propósito, de que forma, com que pessoas e entidades. Divulgada em cartazes, a declaração tem como 28 missão ajudar a manter o foco no que é essencial e fazer com que os alunos aprendam cada vez mais. A missão expressa, em poucas linhas, a identidade da escola e comunica a razão de sua existência de forma clara e motivadora, a alunos, professores, funcionários e comunidade. Uma gestão de qualidade faz com que sua equipe sinta que tem poder para realizar e transformar. Em vez de se lastimar e culpar uns e outros ou mesmo o mundo pelos problemas da escola, transmitindo uma atitude de dependência e desamparo, o gestor incentiva a equipe a descobrir o que é possível fazer para dar um passo adiante. Auxiliar os profissionais a melhor compreender a realidade educacional em que atuam, a tomar decisões sobre prioridades baseando-se nesta compreensão, e a empreender, em conjunto, ações para ibane-las em prática. Ao resolver, passo a passo, problemas específicos, a comunidade escolar adquire consciência de seu poder de mudar a realidade, com os recursos disponíveis. O gestor transforma a escola em oficina de trabalho, onde profissionais aprendem uns com outros, cooperando para solucionar problemas pedagógicos. Se o diretor é um líder, ele não deixa os professores abandonados à própria sorte, isolados em suas salas de aula. Organiza a jornada escolar, abrindo espaço para reuniões semanais ou pelo menos quinzenais dos docentes, por disciplina ou por série. Estimula-os a debater, em grupo, problema pedagógico como dificuldade em motivar a classe ou em estabelecer relações entre os conteúdos e a vida dos alunos. É no momento em que os professores refletem sobre sua prática que experimentam novas possibilidades. Em um clima descontraído, não ameaçador, de cooperação, vão sentir-se à vontade até para falar sobre seus próprios erros, discuti-los e aprender com estes. O gestor educacional deve ser visto, diariamente, pelos professores, alunos e pais. Deve percorrer todas as dependências da escola, não ficar preso à cadeira da direção. Assim, comunica à equipe, aos alunos e aos pais que se importa com eles. Ao mesmo tempo, monitora como as atividades estão se desenvolvendo e identifica itens que poderão ser discutidos nas reuniões com os professores e outros funcionários. 29 O gestor deve saber fazer alianças, buscando promover mais e melhor a aprendizagem na escola. Ele deve ser um grande comunicador, capaz de mobilizar e articular os mais diferentes setores em torno da missão da escola. Deve convencer e orientar os pais, por exemplo, a desenvolver sistematicamente os hábitos de estudo de seus filhos ou a trabalhar como voluntários em projetos de recuperação. Mapear as organizações sociais e culturais da comunidade que possam desenvolver ações complementares junto aos alunos. Solicitar estagiários às universidades e ajuda no desenho de estratégias de capacitação em serviço para os professores. 3.2- A Relação com a equipe escolar: O gestor deve tornar-se a alma da sua equipe e para isto, precisa primeiramente ter consciência que a liderança, não é um dom e sim uma habilidade que pode ser desenvolvida a cada dia. A busca do aperfeiçoamento contínuo, uma atuação firme e persistente, a convicção dos seus ideais, dedicação e força de vontade para encorajar as pessoas do grupo, são fatores integradores de um trabalho em equipe. O gestor/líder deve influenciar diretamente o comportamento de toda sua equipe e estimulá-la constantemente, para que se desenvolvam habilidades. Considerar o vice ou adjunto, por exemplo, num universo escolar como um elemento a mais na soma, respeito e na opinião, desencadeará um processo de discussão das ações e decisões em conjunto, assim como uma troca de sugestões, essencial aos demais da equipe de direção, unindo o grupo com vistas ao bem comum. Os objetivos e metas devem ser traçados com a participação de todo o grupo, fazendo-se assim um planejamento participativo. Depois desta etapa é necessário que se faça um acompanhamento dos mesmos e conseqüentemente uma revisão para que sejam atingidos de fato os reais objetivos traçados. As regras do certo e do errado precisam ser estabelecidas e discutidas para que, verdadeiramente, a mensagem seja transmitida com 30 sucesso. Há de se ficar atento a todos os aspectos importantes para que as distorções não ocorram. Neste momento, o ideal é que se utilizem os elementos facilitadores da comunicação, cujos objetivos permitem: Clareza e objetividade; • Utilização de uma linguagem adequada ao tipo de ouvinte; • Checagem do que está sendo comunicado, e do que está sendo realmente entendido; • Repetição da mensagem de várias formas, quando necessário; • Comunicação sincera com o outro evitando ruídos (na comunicação), que prejudiquem outrem. Em todo processo de busca de qualidade nas relações humanas, é importante também que se aprenda a ler as entrelinhas, com sensibilidade, além de cumprimentar as pessoas, percebendo se existe algum problema que o gestor, com uma palavra amiga não consiga resolver ou ajudar a amenizar. A referência é valida para uma sincera, uma real preocupação com o próximo e isto acontece naturalmente; é uma questão de exercício, pois como Drummond já dizia “Amar se aprende amando”. Sendo assim é bom lembrar que a amizade conquistada pela compra e não pela grandeza de espírito, não é segura, e não tem valia. Não esquecendo que o gestor está ocupando um cargo, mas não é o cargo em si, podemos observar que o “ser” deve funcionar com o “estar” em excelência. O ideal é que se procure sempre manter três básicas virtudes: • Humildade, para ser usada nos momentos de sucesso; • Coragem, nos momentos em que o fracasso aconteça; • Ética, em todos os momentos. Seria louvável se um líder possuísse todas as boas qualidades e virtudes, mas isto não é possível diante da condição humana a que pertence o 31 homem. Também a prudência e o equilíbrio entre razão e emoção são importantíssimos. É válida a reflexão sobre certas qualidades, como verdade, bondade, humildade, etc, que parecem virtudes mas podem levar o homem à ruína. Existem outras tantas como, perfeccionismo, autoridade, etc, que parecem vícios e acabam trazendo como resultado, o aumento de segurança e bem estar para todo o grupo se usadas com discernimento e boa vontade pois o excesso no uso de quaisquer destas qualidades pode levar ao insucesso e ao fracasso. Manter um padrão de qualidade tem seu preço, pois o trabalho é árduo. Os gestores deveriam lembrar da necessidade que as pessoas têm de buscar satisfação no trabalho e através dele. Por isto é preciso tornar a estrutura da empresa mais dinâmica e flexível. No seu papel de líder, o diretor gestor deverá estimular seu grupo, empenhando-se em: • Harmonizar e compatibilizar interesses diversos; • Garantir a busca de objetivos comuns; • Avaliar o que de fato é prioridade; • Servir como fator de união; • Detectar pontos fracos e buscar soluções rápidas e eficazes. Desenvolver a paciência e aprender a ver a realidade de maneira objetiva ajuda no processo de busca de qualidade no trabalho e nas relações. Amadurece quem deixa de ver seus próprios problemas como sendo causados por alguém ou alguma coisa, para compreender que eles são causados por seus próprios atos, que alcançarão o universo da estrutura gerenciada. Isto ajuda ao gestor a repensar sua administração e a desenvolver um bom trabalho. “Em suma, relacionamentos com clientes, empregados, fornecedores, asseguram uma gestão saudável. O tratamento digno e respeitoso, a capacidade de contribuir para o sucesso da organização, o sentimento de participação sempre aparecem acima de qualquer sucesso material”.(HUNTER, página 36) 32 Uma gerência eficiente deve primar pela excelência nas ações, atitudes, hábitos e relacionamentos mais que pela produtividade. A produtividade é algo natural quando líder e liderados comungam dos mesmos interesses e estão dispostos a atingir objetivos comuns e benéficos para a organização. A organização será produtiva se os frutos forem advindos do grupo de maneira válida, real e digna para os propósitos, inicialmente relacionados como primordiais, e para o alcance dos objetivos sejam eles financeiros, pedagógicos, sociais ou outros. 3.3 - A Relação do Administrador com os professores Os exímios da qualidade só poderão tornar-se realidade, nas salas de aula, se forem implantados, previamente, no ambiente escolar como um todo, sendo o administrador a engrenagem para a reforma educacional. A relação e bom convívio do gestor com os professores incidem, diretamente, nos níveis de qualidade do ensino da instituição. Para que isto aconteça, é necessário valorizar o desempenho dos professores e o esforço dos mesmos ao executar seu trabalho uma vez que, em muitos casos, como o dos professores de escolas públicas, os parcos recursos materiais fazem com que façam prodigiosos trabalhos, utilizando muito boa vontade e criatividade nas propostas pedagógicas em vigor. A valorização do corpo docente de uma instituição educacional precisa ser feita de maneira sincera, sabendo-se que o reconhecimento profissional motiva-os a fazerem cada vez melhor a sua parte. O elogio deve surgir a partir de uma real avaliação de trabalho desenvolvido pelo profissional, provocando uma melhora na auto-estima do professor. Muitos professores têm tido exaustão emocional e se desanimam com a escola; assim o aluno acaba sofrendo os efeitos colaterais de uma ação pedagógica prejudicada por fatores externos ao ambiente escolar. E de costumes ouvir muitas comparações entre a função do professor e a função do médico, que de fato é uma realidade: ”salvar vidas”. Quando o 33 médico comete um erro, ele pode levar à morte o paciente e quando um professor não cumpre sua função pedagógica pode sepultar sonhos e instalar fracassos que nem sempre poderão ser reparados. Sendo assim, o gestor também deveria se preocupar com as relações estabelecidas entre o professor e o alunado. O trabalho administrativo e as burocracias não devem absorver totalmente o tempo do gestor, em detrimento do aspecto pedagógico. O Administrador escolar precisa sair do seu espaço limitado, a sua sala, repleta de papéis e andar pela escola para: conversar diretamente com o professor; conhecer as salas de aula e o trabalho que está sendo desenvolvido nela e se existe ligação entre atividades elaboradas pelo professor e o projeto político pedagógico, dando sugestões; observar com críticidade e questionador se o espaço está adequado ao desenvolvimento de um trabalho de qualidade, buscando criar um ambiente físico bem estruturado, limpo e organizado; saber se faltam materiais e a melhor maneira de implementar o que faltou ou substituir o que não atingirá bons resultados. Enfim, mudar o que precisa e incentivar o grupo a descobrir o que é possível fazer para mudar e crescer. De fato na maioria das vezes esta responsabilidade fica ao encargo do coordenador pedagógico e o gestor não toma ciência dos acontecimentos. Só se manifesta no dia do conselho de classe, quando o resultado das avaliações não atinge o coeficiente ideal ou não se manifesta preferindo uma reflexão interior a respeito do fato. Assim, aceita o resultado obtido, conformando-se com a deficiência da clientela, caso seja este o caso. Em determinados casos acaba colocando a culpa no sistema, absorvendo os valores de poder e autoridade que gerenciam diversos setores da Educação. Ouvir os professores individualmente e criar um horário especial para ouvi-los em grupo, também é uma boa estratégia para obter o sucesso almejado. Lembrando que ouvir por ouvir não basta, apesar de alguns gestores utilizarem este método. Ter a intenção de ouvir e fazer mudanças para melhorar a qualidade do ensino, acreditando que todas as pessoas têm algo a ensinar e podem contribuir é muito saudável para o grupo. Aproveitar bem o tempo com 34 assuntos sérios, discutidos de forma clara e eficaz, também é necessário e primordial, para que seu trabalho, enquanto gestor tenha credibilidade. Permitir que as pessoas possuam suas próprias idéias e que as exponham, mesmo que sejam diferentes das suas é aceitar as diferenças como sinal de multiplicação de experiências e novidades pedagógicas a serem analisadas. Dar abertura ou espaço para discussão deveria servir também para o aperfeiçoamento da equipe, com estudo de diversos autores, que se preocupam com a Educação, buscando respaldo em alguns teóricos para práticas administrativas e pedagógicas satisfatórias. Assim como o professor pode traçar alguns passos para obter sucesso com sua turma no setor pedagógico, o gestor pode utilizar estes mesmos passos focando-os para o administrativo, a fim de tornar sua caminhada mais prazerosa. Delegar poderes e responsabilidades: para que se aproveite melhor o tempo cuidando das relações humanas da instituição onde se é líder; Dar bons exemplos. Sendo pontual para que as pessoas respeitem o horário, observando-o como exemplo; Influenciar seu grupo no pensamento e na ação para o sucesso real; Facilitar o trabalho. Colaborando no que puder e no que não puder, indicando quem o possa fazer; Negociar sempre: tendo como base o diálogo. 3.4 – O público; a clientela da escola; os alunos Este público é a razão de ser da escola, e a essência da viva da instituição. Sem ele a escola não existiria. O motivo para a escola se redefina na sua missão e centrando seu esforço e seus recursos neles, muitas vezes precisando rever sua estrutura e seus métodos. A constante valorização da identidade e a auto-estima deste grupo deve ser o objetivo principal do Projeto Político Pedagógico da escola. Trabalho este que não é realizado em curto prazo demora-se um tempo e precisa do envolvimento de toda comunidade escolar, além de muito diálogo. 35 As características e perfil do aluno atual, assim como o mundo, está mudado, onde na sua maioria e fruto da internet. O aluno de hoje está mais propenso a uma cultura visual do que escrita; vive num contexto pós-moderno onde a alta tecnologia é a grande novidade, utilizando games, computadores e DVDs com muita facilidade; está mais participativo e questionador; busca fortes emoções e sensações novas constantemente; tem dificuldade de perceber o papel e a importância da escola, entre outras coisas mais. Os aspectos neste novo perfil do aluno precisam ser moldados e direcionados para que a aprendizagem deste aluno seja um sucesso. Não se pode falar de aprendizagem propriamente dita, se não houver resposta ou mudança de conduta e, neste momento, a comunicação é de suma importância. E para que haja uma sintonia na comunicação entre este aluno atual e o professor, é necessário que o perfil deste professor também seja mudado. A renomada psicologia nos mostra que as pessoas aprendem de maneiras diversas e que elas têm motivação em níveis diferentes. A motivação dos alunos, que provém de fatores internos (pessoais) ou externos, também deve ser trabalhada (e entendida), porque já se sabe que não adianta forçar a aprendizagem. Os professores precisam saber trabalhar com a motivação interna dos alunos, que é aquela que mais aumenta sua auto-estima e valoriza sua dignidade. Mais do que ameaças, os alunos precisam (e esperam) de atenção, respeito e valorização, lembrando que muitos deles só receberão isto na escola, por serem discriminados na sociedade. Os professores precisam ser mais flexíveis, mais amigos dos alunos e se deixar questionar mais por eles. Serem receptivos ao pensamento crítico dos mesmos, estimulando a comunicação e o debate para que todos possam interagir na interpretação do quadro social atual, incluindo seus problemas. Só assim eles conseguirão a atenção dos alunos e os motivarão para aprendizagem e para o desenvolvimento de suas habilidades. 36 CONCLUSÃO O primeiro capitulo é abordado a Administração escolar e a contextualidade educacional com Martins, Saviani, Chiavenato, Gandin, Paulo Freire. Através a das obras do imensurável Libâneo e com ajuda de Viera conceituam A estrutura Organizacional e função da escola. No Segundo Capitulo é exposto A qualidade na Administração para um ensino de qualidade, amparado pelos escritores Andrade, Mezomo, Libâneo, Antunes, Weil, Colombo, Dias. Mioch, onde ressaltam para a importância de indicadores para a qualidade da educação, e ainda é demonstrado que o conceito da administração escolar, que expõe que o ao de administrar pode ser feita por uma ou mais pessoas, necessariamente na sua maioria não tem formação acadêmica, como expõe Chiavenato que a eficácia está relacionados, aos meios que se alcançam os resultados; é administrar com a arte ou seja ser qualificado ou contrario; os que administram sem qualificação, tendo como bases as experiências e conceitos adquirido no dia-a-dia. Finalizando com o terceiro capítulo; O Perfil Ideal de um Administrador Escolar; Liderança com o foco ao grupo com as considerações novamente de Chiavenato; A relação com a Equipe Escolar com as contribuição de Hunter; a relação do Administrador com os professores, onde é dado a importância do bom convívio do gestor com o grupo de professores que notavelmente incidem na qualidade do ensino da instituição e encerrando com: O público, a clientela da escola ou seja os alunos o que é a razão de ser da escola. O grande desafio da educação brasileira, principalmente a pública, é lidar com toda complexidade e envolvimento que a educação exige. Só buscando o envolvimento de todos é que se poderá realizar um trabalho de qualidade e fazer a diferença. É preciso ter muito mais que responsabilidade social para enfrentar os problemas que afligem a educação (carência alimentar e afetiva, dificuldades cognitivas e financeiras...); é preciso amor ao que se faz, dedicação e engajamento, independente da função que se exerce. 37 Enquanto gestor educacional é preciso ser mais que um administrador, é necessário ser um líder. A qualidade da educação começa no gestor, que detecta, com sensibilidade, onde se precisa efetuar mudanças. O gestor educacional deve ter, fundamentalmente, as características de um líder, adaptando as características fundamentais de um administrador, para que estas não interfiram no êxito da unidade escolar gerenciada. Sabe-se que a vida organizacional é movida por seres humanos. As máquinas produzem mercadorias para negociação, mas são os homens que controlam todo o processo. Da compra da matéria-prima até o valor de venda do produto final, vários homens atuam e fazem a sua contribuição. É interessante observar como, em alguns casos, apenas um produto mobiliza milhares de pessoas. Com efeito, é evidente a influência que as relações do gestor exercem dentro de uma organização e faz-se necessário a todos os setores da instituição, administrar com meios estratégicos, ter conhecimento aprofundado de como e por que eles interferem para o aumento da produtividade, ou melhor, da qualidade. 38 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ALONSO, M. O papel do diretor na administração escolar. São Paulo: Difel ANTUNES, Celso. Uma escola de excelente qualidade. São Paulo: Editora Ciranda Cultural, 2008. (Um olhar para educação) Educ, 1976 BASTOS, J. B. Gestão Democrática. RJ: DP e A, 2002 CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. São Paulo, Makron Books do Brasil, 1994. GADOTTI, Moacir. Escola cidadã. São Paulo, Cortez Editora: Autores Associados, 1992. Hora. Dinair Leal da. Gestão democrática na escola, Campinas, SP, 14ª ed. Papirus , 1994 HUNTER. James. O monge e o executivo – uma história sobre a essência da liderança. 7º ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2004 LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola; teoria e prática. Go: Alternativa, 2004. LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: A pedagogia crítico social dos conteúdos. 9ª ed., São Paulo, Edições Loyola, 1990 MAQUIAVEL. O príncipe. São Paulo: Centauro, 2005. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe e as dez cartas. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1989. MEZOMO, João Catarim. Educação e qualidade total. 2º ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1999 39 SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 36º ed. São Paulo: Autores Associados, 2003. VIEIRA, Alexandre Thomaz, ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de, ALONSO, Myrtes (orgs.). Gestão Educacional e Tecnológica. São Paulo: Avercamp, 2003. WEIL, Pierre. Relações humanas na família e no trabalho. 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AGRADECIMENTOS............................................................................ 02 03 DEDICATÓRIA...................................................................................... 04 RESUMO.............................................................................................. 05 METODOLOGIA................................................................................... 06 INTRODUÇÃO....................................................................................... 08 CAPÍTULO I A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E A CONTEXTUALIDADE EDUCACIONAL................................................ 10 1.1 – A ESTRUTURA Organizacional e Função da Escola.. 15 CAPÍTULO II – QUALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PARA UM ENSINO DE QUALIDADE.................................................................... 2.1 – Indicadores para a qualidade da educação............... 18 19 2.2 – Conceito da Administração Escolar.......................... 22 2.3 - Estilos de Administração/Gestão................................ 24 CAPÍTULO III – O PERFIL DE UM ADMINISTRADOR ESCOLAR..... 3.1 – Liderança com o foco ao grupo.................................. 27 3.2 – A Relação com a equipe escolar............................... 28 30 3.3 - A Relação do Administrador com os professores....... 33 3.4 – O público; a clientela da escola; os alunos................ BIBLIOGRAFIA BÁSICA........................................................................ WEBEGRAFIA ...................................................................................... 37 39 41 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: 43