Reino Monera Também chamados de bactérias, os seres que pertencem ao Reino Monera possuem algumas características em comum: Unicelulares e Procariontes (não possuem membrana que delimita o núcleo) ou seja o material genético fica espalhado pelo citoplasma, DNA circular, apesar de possuírem ribossomos para síntese proteica, não possuem nenhuma organela membranosa. Importância: O grupo é de importância médica, ecológica e industrial. Ecológica pois compõe o grupo dos decompositores em uma cadeia alimentar, decompondo a matéria orgânica e devolvendo os nutrientes para o ambiente. Médica pois algumas bactérias podem ser patogênicas, sendo metade das doenças humanas conhecidas causadas por bactérias. Industrial pois através dos processos de fermentação láctica e alcóolica bactérias são utilizadas na produção de algumas bebidas e produtos de laticínio. Divisão do Grupo: Podemos dividir o Reino Monera em dois grupos: Archaebacteria: Mais conhecidas como “arqueobacterias”, são bactérias primitivas de estrutura simples, representam 3% das conhecidas atualmente, conseguem sobreviver em condições extremas, próximas aquelas encontradas durante a formação do nosso planeta. Também chamadas de extremófilas pois podem sobreviver próximo a bordas de vulcões, embaixo do gelo em temperaturas abaixo de zero, ou em locais com PH extremamente ácido. Até o momento não foram encontradas nenhuma arqueobacteria patogênica. Eubacteria: Representam 97% das bactérias que conhecemos atualmente, além de conter o grupo daquelas que podem causar doenças em seres humanos. Nem toda eubactéria é patogênica, mas toda bactéria patogênica é uma eubactéria. Classificação de Gram Uma segunda classificação se refere aos componentes da parede celular, chamada classificação de Gram; Gram Positivas: Bactérias com parede celular simples de peptidoglicanas. Se cora de roxo, raramente patogênicas. Gram Negativas: Bactérias com parede celular complexa de lipopolissacarideo. Não se cora, são patogênicas. Experimento de Griffith: Em 1928 Griffith realizou uma série de experimentos onde conseguiu comprovar que bactérias não patogênicas (sem capsula) conseguiam adquirir capsulas do meio (de bactérias capsuladas mortas) e se modificarem em bactérias patogênicas, tal experimento ficou conhecido como “Experimento de Griffith”. No quarto quadro percebe-se a morte do rato, pois a linhagem não virulenta foi capaz de adquirir as capsulas da linhagem virulenta morta, e assim provocar a morte do rato. Antibiótico: Em 1928 o médico Alexander Fleming acidentalmente descobre a penicilina como agente antibiótico a partir de cepas de estafilococos deixadas fora da estufa que foram contaminadas com o fungo Penicillium. A partir desta data doenças bacterianas passaram a ser tratadas com o uso de antibióticos. O uso descontrolado de antibióticos promove uma seleção artificial expondo linhagens resistentes. Tétano: Por se tratar de uma bactéria fermentadora (anaeróbica) o metabolismo da bactéria causadora do tétano é eficaz na ausência do oxigênio. Por este motivo ferimentos profundos possuem maior risco de desenvolver tétano do que ferimentos superficiais.