Cuidando do cliente com agravos metabólicos em Urgência e

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CUIDANDO DO CLIENTE COM AGRAVOS
METABÓLICOS EM URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
P R O F. º E N F. º D I Ó G E N E S T R E V I Z A N
ESPECIALIZAÇÃO EM URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES
MELLITUS
É uma doença metabólica que atinge indivíduos de todas as idades e se caracteriza
pela ausência ou produção inadequada dei insulina ou, ainda, pela destruição
das células beta pancreáticas produtoras desse hormônio.
Dentre as situações consideradas emergências metabólicas do diabetes destacamse a cetoacidose diabética (CAD), o estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH) e a
hipoglicemia severa, que pode levar ao coma hipoglicêmico.
Os fatores que desencadeiam os estados hiperglicêmicos são, entre outros, o uso
inadequado de insulina ou hipoglicemianteoral, presença de infecções, agravos
abdominais como pancreatite, trauma, gestação, diminuição de atividade física e
excesso de alimentos não permitidos.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
A CAD é caracterizada por alterações bioquímicas que incluem hiperglicemia (> 450
mg/dl), cetonemia e acidemia, atingindop rincipalmente os pacientes com
diabetes tipo I.
Para manutenção de nosso corpo necessitamos de energia, e a insulina tem papel
preponderante nesse processo. Ela é o hormônio responsável pela síntese e
armazenamento de carboidratos, proteínas e ácidos nucleicos, capaz de gerar
energia para o metabolismo muscular, células adiposas e hepáticas, entre outras
funções. Quando a insulina está em pequena quantidade no organismo, a
utilização da glicose é reduzida e a hiperglicemia se instala, levando o paciente a
apresentar poliúria, cuja intensidade poderá causar desidratação.
O quadro de cetoacidose diabética, pode desencadear complicações como choque,
distúrbios hidroeletrolíticos, insuficiência renal, síndrome de angústia respiratória
do adulto e edema cerebral em crianças.
HIPEROSMOLARIDADE
Outra situação de emergência metabólica do diabetes é o estado hiperosmolaridade
hiperglicêmico que, diferente da cetoacidose, acomete principalmente pacientes
portadores de diabetes tipo 2.
Nesse tipo de diabetes, o organismo do paciente acometido possui reserva de
insulina, que consegue suprir a ação dos hormônios contra reguladores evitando
o aparecimento de corpos cetônicos.
Caracteriza-se também pela hiperglicemia (acima de 600 mg/dl), diurese osmótica,
desidratação, ausência de cetoacidose e alterações do nível de consciência que
podem levar ao coma.
O objetivo principal do tratamento para ambas descompensações(CAD e EHH) é a
correção dos desequilíbrios que atingem o paciente. Ao atendê-lo no serviço de
urgência, é importante que você esteja atento às suas manifestações e inicie as
ações pertinentes para agilizar o diagnóstico e tratamento.
TRATAMENTO
Para a correção da hiperglicemia, administra-se insulina diluída em soro fisiológico e
infundida por via parenteral. É recomendado o uso de bomba de infusão, que
permite o controle mais seguro.
Outro aspecto importante é a identificação do fator precipitante da situação de
hiperglicemia. A desidratação é corrigida com a hidratação endovenosa em fase
rápida. É importante verificar o turgor da pele e manter sob controle a
administração de fluidos e o balanço hídrico. Para esse controle é indicado a
passagem de sonda nasogástrica e sonda vesical de demora.
Esse paciente pode apresentar perda excessiva de potássio pela diurese, sendo
necessária a dosagem sérica e a devida correção. A gasometria arterial indica
acidose e, se o nível do pH for muito baixo (≤ 7), pode ser corrigido com
administração de bicarbonato de sódio.
Nos pacientes que apresentam EHH poderá ser iniciado antibioticoterapia profilática
ou terapêutica quando houver uma infecção instalada
HIPOGLICEMIA
Outra situação considerada emergência metabólica do diabetes é a hipoglicemia
severa. O índice de glicose sanguínea com valores em torno ou inferior a 60 a
70mg/dl caracteriza a hipoglicemia. Ela ocorre quando o paciente utiliza
hipoglicemiantes de forma inadequada, pratica atividade física em excesso, usa
e abusa de bebidas alcoólicas ou tem períodos prolongados de jejum.
SINAIS E SINTOMAS
Geralmente é acompanhada de tontura, cefaleia, confusão mental, convulsão e
coma associada a manifestações advindas do sistema nervoso simpático como
sudorese, taquicardia e tremores.
TRATAMENTO
A confirmação da hipoglicemia ocorre com a melhora dos sintomas após a
administração de glicose por via endovenosa. A glicemia deve ser monitorada até
que atinja níveis aceitáveis.
FIM!!!
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