ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... ARTIGO REVISÃO INTEGRATIVA MANEJO DOS EFEITOS ADVERSOS DOS ANTINEOPLÁSICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM OSTEOSARCOMA: REVISÃO INTEGRATIVA MANAGEMENT OF ADVERSE EFFECTS OF ANTINEOPLASTIC AGENTS IN CHILDREN AND ADOLESCENTS WITH OSTEOSARCOMA: AN INTEGRATIVE REVIEW MANEJO DE LOS EFECTOS ADVERSOS DE AGENTES ANTINEOPLÁSICOS EN NIÑOS Y ADOLESCENTES CON OSTEOSARCOMA: REVISIÓN INTEGRADORA Mariana Bastos Ramos1, Poliana Cristina Soares2, Solange Cervinho Bicalho Godoy3, Selme Silqueira de Matos4, Giovana Paula Rezende Simino5 RESUMO Objetivo: identificar intervenções para efeitos adversos dos antineoplásicos em crianças e adolescentes com osteosarcoma. Método: revisão integrativa, com vistas a responder a pergunta norteadora << Quais são as intervenções para manejo de efeitos adversos dos antineoplásicos em crianças e adolescentes com osteosarcoma? >> A consulta foi nas bases de dados PubMed/MEDLINE, LILACS, CINAHL, IBECS e biblioteca virtual Cochrane. Os descritores foram: quimioterapia, criança, adolescente e osteosarcoma. Resultados: oito compuseram a amostra da pesquisa. As intervenções farmacológicas para prevenção e controle de toxicidades foram centradas nas diversas funções orgânicas. Conclusão: as evidências apresentam recomendações com forte nível de evidência para o controle de efeitos adversos no tratamento quimioterápico de crianças e adolescentes com diagnóstico de osteosarcoma e estão restritas à terapêutica medicamentosa. Descritores: Quimioterapia, Criança, Adolescente, Osteosarcoma. ABSTRACT Objective: identifying interventions for adverse effects of antineoplastic agents in children and adolescents with osteosarcoma. Method: an integrative review, with a view to answering the guiding question << What are the interventions for the management of adverse effects of antineoplastic agents in children and adolescents with osteosarcoma? >> The query was on PubMed/ MEDLINE, LILACS, CINAHL, and Cochrane IBECS virtual library data. The descriptors were: chemotherapy, child, and adolescent osteosarcoma. Results: the sample consisted of eight researchers. Pharmacological interventions for prevention and control of toxicities were centered on various bodily functions. Conclusion: the evidence presented recommendations with a strong level of evidence for the control of adverse effects of chemotherapy in children and adolescents diagnosed with osteosarcoma and are restricted to drug therapy. Descriptors: Chemotherapy, Child, Adolescent, Osteosarcoma. RESUMEN Objetivo: identificar las intervenciones para los efectos adversos de los agentes antineoplásicos en los niños y adolescentes con osteosarcoma. Método: una revisión integradora con el fin de responder a la pregunta guía << ¿Cuáles son las intervenciones para el manejo de los efectos adversos de los agentes antineoplásicos en los niños y adolescentes con osteosarcoma? >> La consulta ocurrió en PubMed/MEDLINE, LILACS, CINAHL y Cochrane IBECS datos de la biblioteca virtual. Los descriptores fueron: la quimioterapia, niño, adolescente y osteosarcoma. Resultados: La muestra estuvo constituida por ocho investigadores. Intervenciones farmacológicas para la prevención y control de las toxicidades se centraron en varias funciones corporales. Conclusión: la evidencia presentada recomendaciones con un fuerte nivel de evidencia para el control de los efectos adversos de la quimioterapia en los niños y adolescentes con diagnóstico de osteosarcoma y se limitan a la terapia con medicamentos. Descriptores: Quimioterapia, niño, adolescente, osteosarcoma. 1 Enfermeira Especialista em Oncologia, Hospital das Clínicas de Belo Horizonte / Setor de Clínica Médica Cirúrgica. Belo Horizonte (MG), Brasil. E-mail: [email protected]; 2Enfermeira, Laboratório de Práticas de Enfermagem, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. E-mail: [email protected]; 3Enfermeira, Professora Doutora, Departamento de Enfermagem Básica, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. E-mail: [email protected]; 4Enfermeira, Professora Doutora, Departamento de Enfermagem Básica, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. E-mail: E-mail: [email protected]; 5Enfermeira, Professora Especialista em Oncologia Clínica, Departamento de Enfermagem Básica, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil. E-mail: [email protected] Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 4150 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. INTRODUÇÃO O câncer é um problema de saúde pública, considerando o seu alto percentual de incidência, morbi-mortalidade e impacto social. Na América Latina, o câncer é a terceira causa de morte. No Brasil, o câncer é responsável por cerca de 15,5% das causas de morte, o que representa a segunda causa de mortalidade, atrás apenas das doenças cardiovasculares. É de fundamental importância o diagnóstico precoce das neoplasias malignas, nas quais são necessários o controle local e a conduta terapêutica que visam o aumento da taxa de sobrevida dos pacientes. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou a ocorrência de 518.510 casos novos de câncer no Brasil para 2012, sendo que esta estimativa também é válida para o ano de 2013.1-2 Dentre as neoplasias em geral, os tumores ósseos primários constituem 3% a 4%. O diagnóstico das neoplasias ósseas malignas ainda é tardio em nosso meio. O osteosarcoma (OS) é a neoplasia com maior prevalência da estrutura óssea humana. Este tumor ósseo, com matriz óssea maligna primária mais frequente, representa 0,2% das neoplasias malignas humanas. Descrito pela primeira vez em 1805 por Dupuytren apresenta como principal característica a produção de matriz osteóide pelas células neoplásicas.2 Anualmente, nos Estados Unidos da América, a incidência de OS chega a atingir 900 casos novos ou 6,5 casos por milhão de crianças. Estima-se que a incidência no Brasil atinge cerca de 350 casos/ano até 20 anos.3-4 O OS possui etiologia desconhecida e acomete principalmente crianças e adolescentes nas duas primeiras décadas de vida, principalmente na fase em que há o crescimento ósseo. O OS também é mais comumente visto em pessoas com mais de 60 anos de idade. O acometimento inicial em 75% dos casos ocorre na metáfise dos ossos longos, com progressão posterior para a epífise5. Os sítios acometidos com maior frequência são o fêmur distal e a tíbia proximal, seguido pelo úmero proximal e diáfise e pelve5. Na presença de metástase o sítio mais acometido é o pulmão. O início dos sintomas pode manifestar-se por antecedentes de traumatismo no membro afetado com relato de dor localizada, que perdura durante vários meses.6 Anterior a década de 70, pacientes com OS eram tratados exclusivamente com cirurgias, o que resultava em amputação do membro. O prognóstico em recidiva sistêmica, geralmente Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... ocorre em seis meses e o óbito em 90% dos casos.7 O prognóstico do paciente com osteosarcoma depende do tamanho do tumor, das margens cirúrgicas livres e a presença de metástases pulmonares. Compreende-se que o prognóstico de uma pessoa com osteosarcoma varia conforme o tempo de descoberta, idade, tamanho inicial, local do tumor primário, presença de metástase e principalmente, a resposta do paciente frente ao tratamento quimioterápico neoadjuvante.6-7 Os protocolos de tratamento atuais para o OS se baseiam na associação de quimioterapia antineoplásica adjuvante e neo-adjuvante, radioterapia e cirurgia8. Atualmente, diversos estudos clínicos enfatizam a eficácia do resultado quando o tratamento cirúrgico é associado à quimioterapia, o que contribui para a redução do tamanho do tumor e o aumento da possibilidade de cura da doença.67 A poliquimioterapia antineoplásica é uma modalidade de tratamento que possibilita maior taxa de sobrevida. As associações das drogas, que possuem ação nas diferentes fases do ciclo celular oferecem maior efetividade no combate às células cancerosas. As drogas utilizadas nos protocolos para tratamento e cuidados paliativos englobam essencialmente as classes, a saber: antimetabólitos (metotrexatoto e etoposídeo), alquilantes (cisplatina, carboplatina, ciclofosfamida e ifofosfamida) e antibióticos antitumorais (doxorrubicina, bleomicina e dactinomicina).9 Entende-se que a quimioterapia antineoplásica pode apresentar eficácia no tratamento para OS, mas existem casos que o paciente pode sofrer amputação do membro, considerando o grau de comprometimento e a localização do tumor. Em alguns casos é possível a realização da retirada do tumor, o que permite a preservação do membro.8 O tratamento quimioterápico é considerado eficaz. Entretanto, ao mesmo tempo apresenta-se como uma terapêutica agressiva para o organismo, devida sua alta toxicidade por sua inespecificidade de atuação celular, que desencadeia alterações estruturais, fisiológicas e bioquímicas.10 Dentre os efeitos adversos consequentes da toxicidade do quimioterápico antineoplásicos no tratamento do osteosarcoma, prevalecem às alterações hematológicas com um quadro de leucopenia, trombocitopenia e anemia. Outras alterações podem aparecer como as toxicidades gastrointestinais com sintomas de náuseas e vômitos, e sinais de mucosite, que podem sinalizar como uma resposta 4151 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... inflamatória de membranas mucosas. Associado a esta alteração existem sintomas de diarréia ou constipação dependendo de qual droga está sendo administrada ao paciente. O quimioterápico antineoplásico pode desencadear toxicidades cardíaca, hepática, pulmonar, neurológica, vesical, renal, metabólicas, dermatológica, reações alérgicas e fadiga.9 No que concerne à prática clínica, as intervenções para diminuição dos efeitos adversos relacionados aos quimioterápicos devem ser estudadas para minimizar as interferências no tratamento do paciente com câncer e possibilitar conforto a estes pacientes. A prática baseada em evidências está sendo amplamente discutida e difundida nas áreas de conhecimento relacionadas à assistência à saúde. Dessa forma pode-se reconhecer que o rigor metodológico e a seleção de evidências relacionadas aos efeitos adversos do tratamento antineoplásico para OS propiciará melhores condutas e práticas assistenciais aos pacientes11-12. Diante do exposto, este estudo objetivou identificar as intervenções para o controle dos sinais e sintomas decorrentes dos efeitos adversos em crianças e adolescentes com osteosarcoma, em tratamento com terapia antineoplásica. MÉTODO Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Esta é uma metodologia que propicia a recuperação de dados existentes para seleção e construção de prática baseada em evidências científicas.13 Utilizou-se a estratégia PICO (acrônimo para paciente, intervenção, comparação e desfecho)14 para a construção da pergunta norteadora: Quais são as intervenções para manejo de efeitos adversos dos quimioterápicos antineoplásicos em crianças e adolescentes com osteosarcoma? As bases de dados utilizadas Biblioteca Cochrane, base de foram dados Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 PubMed/MEDLINE (Sistema de Análise e Recuperação de Literatura Médica online), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), CINAHL (Índice Cumulativo da Enfermagem e Literatura da Saúde), IBECS (Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências de Saúde). Os descritores controlados utilizados para busca na língua portuguesa e inglesa foram (DeCS/MeSH): quimioterapia (“drug terapy”) e/and criança (child) e/and adolescente (adolescent) e/and osteosarcoma (osteosarcoma). Os estudos que participaram da seleção foram publicados em inglês, espanhol e português. Foram incluídos os artigos científicos que abordaram intervenções realizadas às crianças e adolescentes (0 a 18 anos) com diagnóstico de osteosarcoma em tratamento quimioterápico com a finalidade de controle dos efeitos adversos destes medicamentos. A proposta deste estudo foi identificar as intervenções farmacológicas e não farmacológicas, para os efeitos adversos nos sujeitos que estavam em tratamento isolado com quimioterapia ou em associação com radioterapia e cirurgia, desde que os resultados dos estudos fossem tratados de maneira isolada. Para leitura e interpretação dos estudos foi adaptado um instrumento para obtenção dos dados.15 Os artigos foram classificados segundo seu nível de evidência e grau de recomendação. Para tal foi utilizado tabela de Classificação elaborada pelo Centro de Medicina Baseado em Evidencias da 16 Universidade de Oxford. RESULTADOS Foram encontrados 1.687 artigos científicos. Após leitura completa, foram excluídos os estudos que estavam em duplicata e os que não contemplavam o critério de inclusão. Foram analisados 8 artigos, publicados no período de 1993 a 2013, sendo todos em língua inglesa. 4152 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... Número de estudos identificados através da pesquisa em banco de dados: Pubmed/Medline (n=1126) Lilacs, IBECS, Biblioteca Cochrane, Scielo (n=17), Cinahl (n=544) Total: 1.687 artigos científicos Número de artigos científicos de acordo com os critérios de inclusão por meio da leitura dos resumos (n=13) Número de artigos científicos incluídos na análise qualitativa após leitura do material completo (n=8) Figura 1. Fluxograma da recuperação de estudos na revisão integrativa. Belo Horizonte, 2014. As intervenções propostas abordaram a prevenção e a diminuição dos efeitos adversos provocados pelos quimioterápicos em pacientes com osteosarcoma. sistemáticas (com homogeneidade) de estudo caso-controle, para intervenção na toxicidade auditiva; 37,5% utilizaram como metodologia de pesquisa a observação de resultados terapêuticos, sendo que 12,5% enfocaram a intervenção na toxicidade renal, 12,5%, na intervenção para as toxicidades hepática e hematológica e 12,5% para toxicidade hepática e leucocitose; 50,0% são ensaios clínicos controlados e randomizados com intervalo de confiança estreito, sendo 12,5% para intervenção na toxicidade renal, auditiva e cardíaca, 37,5% para êmese, conforme Figura 1: As terapêuticas intervencionistas se propuseram nos estudos analisados, exclusivamente por meio da terapêutica farmacológica. As medicações estudadas focalizaram sua intervenção para prevenção e controle de toxicidades relacionadas à função renal, neurológica, cardíaca, gastrointestinal e hematológica. De acordo com o delineamento metodológico dos artigos, 12,5% são revisões Autor N° Ano Efeito Adverso Jaffe et al.17 1º 1993 Widemann et 2º al.18 Forni et al.19 3º 1997 Forni et al.20 4º 2003 Luisi et al. 21 5º 2006 Grosso et al. 6º 2006 Castorena et 7º al. 23 2007 Hepatotoxicidade e Observação de leucocitose terapêuticos Insuficiência renal Observação de resultados aguda terapêuticos Êmese aguda Ensaio clínico controlado e randomizado com intervalo de confiança estreito Êmese aguda Ensaio clínico controlado e randomizado com intervalo de confiança estreito Náusea e vômito Ensaio clínico controlado e randomizado com intervalo de confiança estreito Toxicidade hepática Observação de resultados e hematológica terapêuticos Toxicidade renal, Ensaio clínico controlado e auditiva e cardíaca randomizado com intervalo de confiança estreito Ototoxicidade Revisão sistemática (com homogeneidade) de estudos casocontrole 22 2000 Tipo de Estudo N.E. * resultados 2C G.R.** B 2C B 1B A 1B A 1B A 2C B 1B A Van As JW, 8º 2012 3A B van den Berg H, van Dalen EC²4 Figura 1. Distribuição dos artigos segundo autor, ano de publicação, efeito adverso observado, tipo de estudo, nível de evidência e grau de recomendação. Belo Horizonte, 2014. Legenda: N.E.*: Nível de Evidencia, G.R**: Grau de recomendação, N 0-Número do artigo. Após análise dos artigos científicos pode-se evidenciar intervenções para os comprometimentos nas funções Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 gastrointestinal, renal, neurológica, cardíaca e hematológica. 4153 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. Autor Jaffe et al. Efeitos adversos 17 Widemann et al. 18 Forni et al. Forni et al. 19 20 alterações na função hepática e leucocitos Nefrotoxicidade êmese aguda êmese aguda Luisi et al. 21 náuseas e vômitos Grosso et al. toxicidade hepática e hematológica toxicidade renal toxicidade cardíaca toxicidade auditiva toxicidade auditiva 22 Castorena al. 23 et Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... Faixa etária (anos) 4 a 16 Local do tumor QT Intervenções Não descrito metotrexato I-leucovorin versus d, Ileucovorin 12 a 47 Não descrito metotrexato carboxipeptidase G2, timidina, e leucovorin Extremidad e cisplatina e adriamicina ifosfamida cisplatina doxorrubicina ifofosfamida (2500 mg/m2) e epirrubicina (75 mg/m2) ou carboplatina (600 mg/m2), ou epirrubicina (75 mg/m2) e carboplatina (600 mg/m2) trabectedin® ondansetrona, granisetrona tropisetron tropisetron dexametasona ganisetron metoclopramia dimenidrinato Cisplatina e doxorrubicina amifostina 6 a 40 9 a 45 0 a 20 Não descrito Não descrito 16 a 70 Não descrito 7 a15 Não descrito e e versus e dexametasona Van As JW, 0 a 22 Não Platina amifostina Van den Berg anos descrito H, Van Dalen EC ²4 Figura 2. Distribuição dos estudos segundo autores, efeitos adversos, faixa etária, localização do tumor, quimioterápico e intervenções utilizadas. Belo Horizonte, 2014. ● Intervenções para o comprometimento da função gastrointestinal O quarto artigo científico apresentou uma amostra com 32 pacientes, com idade entre 9 e 45 anos com diagnóstico de osteosarcoma, tratados com infusão contínua de quimioterápicos. Os pacientes do estudo foram submetidos a dois ciclos de quimioterapia: o primeiro ciclo foi infundido cisplatina (CDDP) 120mg/m em 48 de infusão, seguido de doxorrubicina (DOXO) 75mg/m em 24 horas; no segundo ciclo foi administrado 15mg/m de ifofosfamida (IFO) em 120 horas. A administração de tropisetron e dexametasona nas doses de 5 mg e 8 mg respectivamente, com intervalos de 12 horas, apresentou uma eficácia anti-emética no controle dos vômitos para os diferentes ciclos de quimioterapia. Esta eficácia pode ser comprovada com uma resposta favorável em 81,2% para os pacientes em uso CDDP/DOXO e 79,3% para aqueles que receberam IFO. Essa proteção contra êmese não foi contínua, em ambos os ciclos a proteção completa diminuiu desde o primeiro até o último dia de tratamento (256 dias), de 100% para 62% durante o primeiro ciclo e de 100% para 63% durante o segundo ciclo. O terceiro estudo avaliou antiemética da ganisetrona a eficácia (2mg/m²), Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 ondansetrona (5,3mg/m²) e tropisetrona (3,3mg/m²) em um estudo com 90 pacientes com idade média de 16,9 anos. Todos os pacientes tinham diagnóstico de osteosarcoma de extremidade e estavam em tratamento com os seguintes quimioterápicos: combinação de Adriamicina (AD) 75mg/m² em 24 horas de infusão contínua e CDDP 120mg/m² em 48 horas de infusão contínua; e passado três semanas, foi administrado IFO 15mg/m² em 120 horas de infusão contínua A proteção completa (PC) de vômitos foi obtida em 59% dos 717 dias de tratamento, sem diferenças significativas entre a três drogas estudadas. A taxa significativamente maior de PC foi obtida durante a quimioterapia com IFO (69%) quando comparada com a CDDP/ AD (44%). A taxa de PC diminuiu desde o primeiro para o último dia de tratamento, tanto para o CDDP/AD (61% para 27%) quanto para IFO (95% para 43%). Quando CDDP/AD e IFO são administradas em vários dias por infusão contínua, granisetrona, ondansetrona e tropisetrona tem a mesma eficácia antiemética. Pode-se evidenciar que a resposta a intervenção antiemética aplicada ao longo do tratamento teve um declínio do efeito terapêutico com a evolução da quimioterapia. 4154 ISSN: 1981-8963 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. O quinto estudo foi realizado com 26 indivíduos, com idade média de 14 anos, diagnosticado com osteosarcoma metastático ou não, em tratamento de quimioterapia em um hospital-dia. Sendo tratados com os quimioterápicos: IFO 2,500 mg/m², Epirrubicina (EPI) 75 mg/m², carboplatina (CARBO) 600 mg/m², ou EPI 75mg/m² associado a CARBO 600 mg/m². Os pacientes receberam 50 mg/kg de granisetrona administrado em uma única dose, 2 mg/kg de metoclopramida associado a 5 mg/kg de dimenidrinato em infusão de 8 horas. Os pacientes submetidos à administração de granisetrona obtiveram 62,5% de resposta completa, com ausência de náusea e vômito, e 10% obtiveram uma resposta eficaz com metoclopramida mais dimenidrinato. O primeiro estudo identificou que altas doses de metotrexato (MTX) induz alterações na função hepática e objetivou-se avaliar a eficácia do I-leucovorin no resgate do metrotexato em substituição ao d, Ileucovorin. O estudo contou com 9 pacientes com idade entre 4 e 16 anos, com diagnóstico estabelecido de osteosarcoma de alto grau, com recaída, seguindo tratamento com MTX (12,5 g/m²). As doses escaladas foram 50mg Ileucovorin e 100mg de d,I-leucovorin, sendo administradas a cada três horas até a concentração sérica do MTX ficar abaixo de 0,3µmol/l. Identificou-se que a metade da dose do I-leucovorin foi efetiva para o resgate do metotrexato em relação d,I-leucovorin. No sexto artigo, foi analisada a infusão do corticóide dexametasona em pacientes em uso do quimioterápico trabectedin®. Participaram do estudo 54 pacientes submetidos a 202 ciclos de quimioterapia, com doença refratária a outros quimioterápicos. Os pacientes eram adultos e adolescentes, com faixa etária entre 18 e 70 anos de idade. O grupo experimental do estudo constituiu-se por 31 pacientes que receberam esteróides no dia anterior (dexametasona, 8-20 mg iv) à administração do quimioterápico associado à rotina de antieméticos (ondasetrona). A toxicidade hepática medida por meio das transaminases (AST e ALT) apresentou grau 3 e 4 de toxicidades em 70% dos pacientes do grupo controle e em somente 3% dos pacientes do grupo experimental. Este dado evidenciou a necessidade da prescrição da dexametasona ser administrada no dia anterior à infusão do quimioterápico para o controle da toxicidade hepática. ● Intervenções para o comprometimento da função neurológica O sétimo estudo foi realizado com 28 pacientes, com idade variando entre 6 a 15 Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... anos, que receberam quatro ciclos de CDDP 150mg/m² intra-arterial e dose de DOXO 75 mg/m² intravenoso. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente, sendo que 15 pacientes receberam amifostina 740 mg/m² em 15 minutos por infusão venosa, e 13, pertenceram ao grupo controle. Durante a infusão de amifostina, prevaleceram os sintomas como náusea, hipotensão, dor abdominal. Foi observado 100% de ototoxicidade grau 1 e 2 nos pacientes do grupo experimental e 85% do grupo controle. O resultado do estudo evidenciou que a amifostina não protege o paciente contra a ototoxicidade, que é desencadeada em pacientes em uso de CDDP em altas doses. O oitavo artigo foi uma revisão sistemática que buscou intervenções para perda auditiva induzida por quimioterápicos a base de platina (CDDP, CARBO, oxaliplatina). Os pacientes incluídos no estudo tinham idade entre 0 e 22 anos. O uso da amifostina apresentou resultados estatisticamente não significantes em três estudos clínicos. Dois estudos utilizaram amifostina na dose de 740 mg/m² em 15 minutos por infusão venosa imediatamente antes das doses de platina. O estudo 1 foi realizado com 39 pacientes, o estudo 2 com 82 pacientes. Um outro estudo empregou a mesma dose por infusão via intraarterial em 28 pacientes. Esta revisão concluiu que não há indicação para o uso da amifostina no controle da ototoxicidade auditiva desencadeada pelo quimioterápico. ● Intervenções para o comprometimento da função cardíaca O sétimo estudo pesquisou a relação da administração da amifostina 740 mg/m² em 15 minutos por infusão venosa para a redução de toxicidade cardíaca. Do total de 28 pacientes, foram elencados dois grupos, o grupo experimental com 15 pacientes e o grupo controle com 13 pacientes. No grupo controle apenas 2 pacientes apresentaram toxicidade cardíaca de grau 1, e no grupo experimental, não ocorreu comprometimento cardíaco em virtude do uso da amifostina. ● Intervenções para o comprometimento da função renal O sétimo artigo detectou que a administração da amifostina 740 mg/m² em 15 minutos por infusão venosa tem eficácia para a redução de nefrotoxicidade. Observouse que foi desenvolvida a toxicidade em 20% dos pacientes que receberam amifostina e 30% nos pacientes do grupo controle. Um paciente do grupo controle necessitou de realizar diálise e morreu de recaída. 4155 ISSN: 1981-8963 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. O segundo estudo avaliou a eficácia de três drogas na redução da toxicidade renal induzida por metotrexato. Após reconstituição de carboxipeptidase G2 em solução salina normal, três doses de 50U/Kg foram administrados IV, durante 5 minutos, em intervalos de 4 horas para os primeiros seis pacientes. A timidina foi administrada em 24 horas de infusão contínua, na dose de 8 g/m²/d. Por último, o leucovorin, foi administrado com base na concentração plasmática de metotrexato. A administração ocorreu em 20 pacientes com média de 16 anos de idade, com insuficiência renal aguda induzida por altas doses de metotrexato. Destes, 11 tinham diagnóstico de osteosarcoma, 8 de câncer linfóide e 1 de câncer gástrico. A Carboxipeptidase G2 e timidina foram bem tolerados resultando em uma rápida redução de 95,6% para 99,6% na concentração de metotrexato no plasma. A toxicidade relacionada com o uso do metotrexato foi de leve a moderada, o que leva a concluir que o emprego da carboxipeptidase G2, timidina e leucovorin diminuiu o risco de nefrotoxicidade nos pacientes do estudo. ● Intervenções para o comprometimento da função hematológica O sexto estudo recomenda a administração da dexametasona como pré-medicação para diminuição da leucopenia e trombocitopenia em pacientes submetidos ao tratamento com o trabectedin®. A leucopenia foi evidenciada em 24% dos pacientes do grupo controle e em 2% do grupo experimental (p < 0,0001). 25% dos pacientes do grupo controle apresentaram trombocitopenia, o que não foi evidenciado no grupo experimental. DISCUSSÃO Foi observado que para a redução dos efeitos adversos de náusea e vômito, a administração de tropisetron e dexametasona em pacientes que estão sendo tratados com ciclo de CDDP seguido de DOXO e ciclo de IFO, apresenta grande eficácia no início da administração, entretanto há um declínio do efeito terapêutico ao longo do tratamento – NE: 1B, GR:A. Estudos mencionam que as medicações granisetrona, ondansetrona e tropisetron são eficazes na redução de náuseas e vômitos, quando administrados em pacientes submetidos ao uso da combinação de quimioterápicos AD/CDDP e doses elevadas de IFO. Entretanto observa-se que no ciclo de IFO a eficácia da granisetrona, ondansetrona e tropisetron são significativas. Observa-se um Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... declínio da eficácia de ambos protocolos a partir do primeiro dia de tratamento – NE:1B, GR:A. A redução de náuseas e vômitos pode ser eficaz com a administração de granisetrona, em pacientes tratados com IFO, EPI, carboplatina, ou EPI seguido de carboplatina – NE: 1B, GR:A. Foi identificado que a metade da dose o Ileucovorin é mais efetiva no resgate do MTX quando comparado com ao d,I-leucovorin – NE:2C, GR:B. Observou-se que a administração do corticóide dexametasona nos pacientes em tratamento com o quimioterápico trabectedin® é recomendado, pois, contribui no controle da toxicidade hepática – NE:2C, GR:B. A administração de infusão de amifostina não é recomendada em pacientes em tratamento com os ciclos de CDDP intraarterial e DOXO intravenoso. Observa-se que os pacientes que receberam a amifostina apresentaram maior toxicidade auditiva quando comparado com pacientes que não receberam a medicação. Amifostina não protege contra toxicidade auditiva – NE: 1B, GR: A. Os dados do estudo são insuficientes para poder concluir a eficácia da amifostina em relação à redução de toxicidade cardíaca, considerando que a dose cumulativa de DOXO foi relativamente inferior a dose de 150 mg/m², considerada menor que a dose de referencia tóxica – NE: 1B,GR: A. Observou-se que não há redução significativa da toxicidade renal quando se utiliza a amifostina em pacientes sendo tratados com CDDP intra-arterial e DOXO intravenoso – NE: 1B, GR:A Recomenda-se a administração de dexametasona antes do inicio do tratamento com quimioterápico trabectedin®, para a redução de leucopenia e trombocitopenia – NE: 2C, GR:B. CONCLUSÃO Com este estudo, foi possível constatar que a utilização de medicações para os efeitos adversos relacionados à infusão de quimioterápicos destinadas à crianças e adolescentes com osteosarcoma, em tratamento quimioterápico, tem se mostrado eficaz É importante ressaltar que artigos identificados nesta revisão de literatura também mostraram que certas terapêuticas medicamentosas não apresentaram ser eficazes no manejo de sinais e sintomas. Torna-se relevante destacar que as 4156 ISSN: 1981-8963 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. intervenções para os efeitos adversos das medicações antineoplásicas administradas nas crianças e adolescentes não se apresentaram por meio de técnicas não farmacológicas, mostrando-se como uma lacuna na produção científica atual pesquisada. Diante do exposto, compreende-se que há necessidade de estudos abordando o tratamento não farmacológico, como uma opção para evitar as alterações induzidas com o emprego das drogas antineoplásicas nestes pacientes. REFERÊNCIAS 1. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2012: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA [Internet]. 2011 [cited 2013 Feb 05 ]. Available from: http://www.inca.gov.br/rbc/n_57/v04/pdf/1 3_resenha_estimativa2012_incidencia_de_can cer_no_brasil.pdf 2. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. Rio de Janeiro: INCA [Internet]. 2011 [cited 2013 Feb 08]; Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/i nca/ABC_do_cancer_2ed.pdf 3. Júnior RZB, Camargo OP. Existe diferença no prognóstico de pacientes com osteosarcoma primário com uma pobre resposta à quimioterapia neoadjuvante entre os graus I e II de huvos? Revista Bras Ortop [Internet]. 2011 [cited 2012 Dec 20];46(4):420-3. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rbort/v46n4/13.pd f 4. Martins GE, Perez SV. Acompanhamento do paciente tratado de osteosarcoma. Acta Ortop Bras [Internet]. 2012 [cited 2012 Dec 20];20(4):235-9. Available from: http://www.scielo.br/pdf/aob/v20n4/a09v20 n4.pdf 5. Mendonça SMH, Cassone AE, Brandalise SR. Avaliação funcional dos pacientes portadores de sarcomas ósseos submetidos à tratamento cirúrgico utilizando a endoprótese total ou parcial, na substituição da extremidade distal do fêmur. Acta Ortop Bras [Internet]. 2008 [cited 2013 Feb 08]; 16:(1)13-8. Available from: http://www.scielo.br/pdf/aob/v16n1/02.pdf 6. Camargo B, Lopes LF. Pediatria Oncológica. Noções fundamentais para o pediatra. São Paulo: Lemar, 2000. 7. Rech A, Júnior CGC, Mattei J, Gregianin L, Leone LD, David A et al. Características clínicas do osteosarcoma na infância e sua Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... influência no prognóstico. Jornal de Pediatria [Internet]. 2004 Sept[cited 2013 Feb 08];80(1):65-70. Available from: http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1 a13.pdf 8. Muscolo DL, Farfalli GL, Tinao LA, Ayerza MA. Actualización em osteosarcoma. Rev Asoc Argent Ortop Traumatol [Internet]. 2009 [cited 2013 Jan 10];74(1):85-101. Available from: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?pid=S185 274342009000100015&script=sci_arttext 9. Bonassa, EMA, Gato, MIR. Terapêutica oncológica para enfermeiros e farmacêuticos. 4 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2012. 10. Lacerda MA. Quimioterapia e Anestesia. Rev Bras Anestesiol [internet]. 2001 [cited 2013 Feb 08]; 51(3): 250-70. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ttext&pid=S0034-70942001000300009 11. Galvão CM, Sawada NO. Prática baseada em evidências: estratégias para sua implementação na enfermagem. Rev. bras. Enferm [Internet]. 2003 [cited 2013 Feb 08];56:(1) 57-60. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reben/v56n1/a12v 56n1.pdf 12. Gomes IP, Reis PED dos, Collet N. Management of nursing’s care in pediatric ambulatory chemotherapy unit. J Nurs UFPE on line [Internet]. 2010 Apr/June [cited 2013 Jan 10];4(2):510-16. Available from: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermage m/index.php/revista/article/viewArticle/646 13. Polit DF, Beck CT. Fundamentos da pesquisa em enfermagem. Avaliação de evidências para a prática de Enfermagem. 7th ed. São Paulo: Artmed; 2011. 14. Santos CMC, Pimenta CAM, Nobre MRC. A estratégia pico para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Rev Latinoam Enfermagem [Internet]. 2007 [cited 16 set. 2013] ;15(3):. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n3/pt_v15 n3a23.pdf 15. Ursi ES. Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura. [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto [Internet]. 2005 [cited 2013 Feb 08]. Available from: file:///C:/Documents%20and%20Settings/Supo rte/Meus%20documentos/Downloads/URSI_ES. pdf 16. Phillips B, Ball C, Sackett D, Badenoch D, Strauss S, Haynes B, et al. Levels of evidence and grades of recommendation [Internet]. Oxford: Centre for Evidence-Based Medicine; 4157 ISSN: 1981-8963 Ramos MB, Soares PC, Bicalho Godoy SC et al. 2010 [cited 2008 May 10]. Available from: http://www.cebm.net/?o=1025. 17. Jaffe N, Jorgensen K, Robertson R, George M, Letvak L, Barrett G. Substitution of lleucovorin in the rescue from high-dose methotrexae treatment in patients with osteosaroma. Anti-Cancer Drugs [Internet]. 1993 [cited 2013 Feb 08];4:(5)559-64. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/82928 13 18. Widemann BC, Balis FM, Murphy RF, Sorensen JM, Montello MJ, O´Brien M et al. Carboxypeptidase-G2, thymidine, and leucovorin rescue in cancer patients with methotrexate-induced renal dysfunction. J Clin Oncol [Internet]. 1997 [cited 2013 Feb 08];15(5):2125-34. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/91642 27 DOI: 10.5205/reuol.5353-44734-1-RV.0811supl201415 Manejo dos efeitos adversos dos antineoplásicos em... 23. Castorena SG, Avalos AM, Betancourt AM, Avendaño GG, Tarrés MZ, Sansón AM. Toxicity prevention with amifostina in pediatric osteosarcoma patients treated with cisplatin and doxorubicin. Pediatric Hematology and Oncology [Internet]. 2007 [cited 2013 Feb 08]; 24(6): 403-8. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17710 657 24. Van As JW, Van den Berg H, Van Dalen EC. Medical interventions for the prevention of platinum-induced hearing loss in children with cancer. Cochrane Database of Systematic Reviews In: The Cocchrane Library [cited 2013 Feb 08]. Issue 3, Art. N0 2012. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22592 737 19. Forni C, Ferrari S, Loro L, Mazzei T, Beghelli C, Biolchini A et al. Granisetron, tropisetron, and ondansetron in the prevention of acute emesis induced by a combination of cisplatin- Adriamycin and by high-dose ifosfamide delivered in multiple-day continuous infusions. Support care cancer [Internet]. 2000 [cited 2013 Feb 08];8(2):1313. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10739 360 20. Forni C, Loro L, Mazzei T, Beghelli C, Biolchini A, Tremosini M et al. Tropisetron and dexamethasone administered twice daily for the prevention of acute emesis inpatients treated with continuous infusion of cisplatindoxorubicin and high-dose ifosfamide over 48,24, and 120 hours. Cancer Nursing [Internet]. 2003 [cited 2013 Feb 08];26(4):331-4. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12886 124 21. Luisi FAV, Petrilli AS, Tanaka C, Caran EMM. Contribuition to the treatment of nausea and emesis induced by chemotherapy in children and adolescents with osteosarcoma. São Paulo med J [Internet]. 2006 [cited 2013 Feb 08];124(2):61-5. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16878 187 22. Grosso F, Dileo P, Sanfilipo R, Stacchiotti S, Bertulli R, Piovesan C et al. Steroid premedication markedly reduces liver and bone marrow toxicity of trabectedin in advanced sarcoma. European Journal of cancer [Internet]. 2006 [cited 2013 Feb 08];42:(10):1484-90. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16737 808 Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 3):4150-8, nov., 2014 Submissão: 18/06/2014 Aceito: 23/10/2014 Publicado: 15/11/2014 Correspondência Giovana Paula Rezende Simino Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Enfermagem Básica Avenida Alfredo Balena, 190 / Sala 204 Bairro Santa Efigênia CEP 30130-100 Belo Horizonte (MG), Brasil 4158