plantar células-tronco imediatamente depois de haver

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plantar células-tronco imediatamente
depois de haver ocorrido o infarto do
miocárdio. O objetivo é fazer com que
a área de necrose do músculo cardíaco
não seja tão extensa, a ponto de incapacitar o paciente.
Outra grande pesquisa feita no Brasil, coordenada pela doutora Mayana
Zatz na USP, utiliza células-tronco mesenquimais obtidas de tecido adiposo
para as doenças musculares. O objetivo
é transformar as células de gordura em
tecido muscular, capaz de restabelecer
a produção de proteínas, as quais estão ausentes ou anormais em doenças
musculares, como por exemplo, nas
distrofias musculares de Duchenne e
Becker. Os primeiros estudos foram desenvolvidos em ratos com bons resultados. O passo seguinte é desenvolver a
pesquisa em cães com distrofia muscular e, somente depois, testar a terapia
em seres humanos.
As células–tronco embrionárias
apresentam um potencial de transformação diferente das células adultas.
Elas podem ser totipotentes ou pluripotentes. São totipotentes quando o
embrião apresenta entre 8 e 16 células,
e qualquer uma delas, se inserida em
um útero, tem o potencial de formar
um ser humano completo. O embrião
continua se dividindo, e aí na fase de
64 a 100 células, que é mais ou menos
cinco dias após a fecundação, já existe o blastocisto,indicando o início da
diferenciação: as células externas vão
se transformar em placenta e membranas embrionárias, enquanto as células
internas são chamadas células-tronco
pluripotentes, pois elas têm o potencial
de formar todos os tecidos do corpo,
embora sem o potencial de formar um
embrião completo.
O grande desafio é entender como
isso ocorre quando essas células são
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REVISTA CREMESC
manipuladas. O que já se sabe é que
uma vez diferenciadas todas as células
filhas têm as mesmas características
da célula-mãe diferenciada. O que é
interessante no processo de diferenciação celular é que o DNA é o mesmo em
todas as células. No entanto, dependo
do tecido a ser formado, há genes que
estão ativos e outros que estão silenciados. É isso que faz com que cada tecido tenha suas próprias características
apesar de todas as células terem uma
mesma origem. O grande segredo da
manipulação de células embrionárias
é controlar esse processo de ativar e
silenciar genes. Atualmente, esta é a
fase das pesquisas nessa área. Estas
pesquisas pretendem evitar que as células-tronco gerem tecidos diferentes
daqueles pretendidos para o objetivo
do tratamento. Como exemplo poderemos citar a ocorrência de diferenciação
de tecido ósseo, quando o objetivo é a
obtenção de tecido muscular.
Assim, não restam dúvidas, de que
a utilização de células-tronco para fins
terapêuticos pode representar um
enorme avanço no tratamento de doenças crônicas e degenerativas. No
entanto, seu uso terapêutico só poderá
ser instituído quando houver o pleno
controle sobre o comportamento da
diferenciação destas células. Um erro
técnico na obtenção das mesmas pode
ser desastroso, inclusive, pelo risco do
desenvolvimento de tumores.
Membros da Câmara Técnica
de Genética médica
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