PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES – HNSC ORIENTAÇÕES PARA FUNCIONÁRIOS DO HNSC, NA SITUAÇÃO DE EPIDEMIA DO VÍRUS A (H1N1) Período de transmissão do vírus: − Adulto: um dia antes até o 7º dia de início dos sintomas. − Crianças (menores de 12 anos): um dia antes até o 14º dia de início dos sintomas. Período de incubação: − Até 7 dias. Tempo de sobrevivência do vírus: − 24 a 48 horas em superfícies duras e não porosas; − 8 a 12 horas em roupas, papeis e tecidos; − Inativação do vírus: álcool 70ºGL (através de fricção) e hipoclorito 0,5%. Quimioprofilaxia: o uso da medicação está indicado APENAS nas seguintes situações: − Os trabalhadores de saúde que estiveram envolvidos na realização de procedimentos invasivos (geradores de aerossóis) ou manipulação de secreções de um caso suspeito ou confirmado de infecção H1N1 SEM O USO DE EPI. − Deverá ser administrado o mais próximo possível da exposição, no máximo até 48/72hs. Indicação para tratamento: − Todos os indivíduos que apresentarem síndrome respiratória grave (febre >38ºC, tosse E dispnéia); − Indivíduos com fatores de risco para complicações por influenza: todos os indivíduos com síndrome gripal (febre, tosse ou dor de garganta com duração máxima de 5 dias) que apresentam fator de risco para as complicações de influenza podem receber oseltamivir, desde que sejam avaliados e monitorados pelo seu médico assistente, além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas indicadas. Fatores de risco para complicações por influenza: − Idade: inferior a 02 ou superior a 60 anos de idade; − Imunodepressão: por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso regular de medicação imunossupressora; − Condições crônicas: por exemplo, hemoglobinopatias, diabetes mellitus; cardiopatias (exceto hipertensão controlada), pneumopatias, doenças renais crônicas e obesidade (IMC > 30); − Gestação em qualquer idade gestacional: pelo risco acrescido que a gestação acarreta e ausência de relatos de teratogênese pelo oseltamivir. Medidas preventivas: − Freqüente higienização das mãos; − Evitar tocar mucosa de olhos, nariz e boca; − Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; − Evitar tocar as superfícies com luvas ou outro EPI contaminados ou com mãos contaminadas; − As superfícies deverão sofrer desinfecção com álcool 70ºGL duas vezes por turno durante o dia e quatro durante a noite; − Não circular dentro do hospital usando os EPIs; estes devem ser imediatamente removidos após a saída da área de isolamento; − Funcionário com síndrome gripal deverá ser encaminhado a saúde do trabalhador. Equipamentos de proteção individual – EPI: − Máscara cirúrgica: para funcionários que se aproximam de pacientes sintomáticos a uma distância inferior a 1 metro. − Máscara N95: Para realização de procedimentos que possam gerar aerossóis como intubação, aspiração de secreções orofaríngea, nasofaringea, nasotraqueal e traqueobrônquica, broscoscopias, nebulizações. A coleta deverá ser realizada através de secreção de nasofaringea mesmo que o paciente esteja intubado, o kit de coleta deverá ser solicitado ao laboratório. − Luvas: as luvas de procedimentos devem ser utilizadas quando houver risco de contato das mãos do profissional com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não integra e artigos ou equipamentos contaminados, de forma a reduzir a possibilidade do vírus para o profissional, assim como, de paciente para paciente por meio das mãos do profissional. − Óculos de proteção: deve ser utilizado quando houver risco de exposição do profissional a respingo de sangue, secreções corporais e excreções, devendo, após cada uso, sofrer processo de limpeza com água e sabão e desinfecção com álcool 70ºGL. − Gorro: o gorro deve ser utilizado apenas em situação de risco de geração de aerossol. − Roupa amarela: será fornecido para todos os profissionais que trabalharem na UTI de pacientes com suspeita de H1N1 (o profissional poderá utilizar roupas por baixo somente se a roupa amarela for de manga longa). − Avental: deverá ser usado durante procedimentos onde há risco de respingos de sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções, a fim de evitar a contaminação da pele e roupa do profissional. O avental deve ser removido após a realização do procedimento. Transporte dos pacientes: − Profissionais: adotar as medidas de precaução com gotículas; − Paciente: se não estiver intubado deverá ir de máscara comum. − Notificar previamente a unidade para onde o paciente será encaminhado. Coleta de exames: − O funcionário do laboratório deverá coletar os exames utilizando os EPIs apropriados. Coleta do aspirado nasofarigeana: − A coleta deverá ser realizada pelo enfermeiro (a) através de secreção nasofaringeans, o kit de coleta deverá ser solicitado ao laboratório. Higienização da Unidade: − Recomenda-se que a limpeza da área de isolamento seja a mesma adotada hoje para os germes panresistentes, ou seja, terminal. Nutrição: − Para facilitar e agilizar o fluxo entre nutrição e enfermagem estão sendo utilizados utensílios descartáveis, entregues ao paciente pela enfermagem. − A retirada será realizada pela enfermagem que fará o descarte destes utensílios em saco branco. Roupas dos pacientes: − Se as roupas estiverem molhadas deverá ser colocado um saco plástico dentro do saco do hamper. − Devido ao risco de promover partículas em suspensão e contaminação do trabalhador não é recomendada a manipulação, separação ou classificação de roupas sujas provenientes do isolamento. Resíduos: − Os resíduos sólidos provenientes da atenção a pacientes suspeitos ou confirmados de H1N1 devem ser acondicionados em saco branco leitoso. Funcionários: − Gestantes: os profissionais gestantes não deverão assistir pacientes com suspeita ou confirmação de H1N1. − Demais profissionais: evitar rotatividade com outras áreas do setor durante o surto. 11/08/09 CONROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - HNSC