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desafios de pesquisa, ensino e extensão
Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010
HIDROCINESIOTERAPIA NA AMIOTROFIA ESPINHAL PROGRESSIVA: UM RELATO DE CASO
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Tonetto, N.D. 2; Tassinari, C. C. 2; Steidl, E.M.S.2; Gerzson, L.R. 2; Vendrusculo, A.P.3
1
Trabalho desenvolvido no curso de Fisioterapia (UNIFRA), Santa Maria/RS.
2
Acadêmicos de Fisioterapia (UNIFRA)
3
Docente do curso de Fisioterapia (UNIFRA)
E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]
Introdução: A Amiotrofia Muscular Espinhal Progressiva (AME) é um distúrbio autossômico recessivo
no ramo longo do cromossomo V que resulta na degeneração das células do corno anterior da
medula espinhal e dos núcleos motores de alguns nervos cranianos, afetando ambos os sexos [1]. O
diagnóstico é realizado por meio de eletroneuromiografia e biópsia muscular e dosagem da enzima
creatina quinase [2]. O quadro clínico é composto principalmente por hipotonia, hiporreflexia,
incapacidade de permanecer na postura ortostática, dificuldade de locomoção e trocas de postura [3].
Metodologia: Relato de caso exploratório-descritivo, retrospectivo, de abordagem qualitativa. Foi
realizado um levantamento documental através do prontuário do paciente atendido na clínica escola
de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) e, na seqüência, foram elencadas as
intervenções de fisioterapia aquática mais adequadas para o restabelecimento funcional por meio da
literatura, objetivando divulgar conhecimentos acerca da abordagem fisioterapêutica nesta doença,
destacando a hidrocinesioterapia. Resultados: Paciente JMO, 19 anos, diagnosticado com AME aos
quatro anos de idade, com deformidades torácicas acentuadas e fraqueza generalizada. Atendido há
quatro anos na Clínica Escola de Fisioterapia da UNIFRA, tendo por tratamento a hidrocinesioterapia.
Dentre as condutas realizadas, estão às mobilizações passivas de membros superiores, membros
inferiores e de tronco. Também são realizados alongamentos globais, principalmente de membros
inferiores, pela permanência em período prolongado na cadeira de rodas, exercícios respiratórios,
estimulando a expansão torácica e técnicas de higiene brônquica. Em todas as abordagens, foram
utilizadas as propriedades físicas que a água oferece para o tratamento, como pressão hidrostática, a
tensão superficial, as diferenças de turbulência, a flutuação e o empuxo. Conclusão: A fisioterapia
tem papel fundamental no tratamento da AME diminuindo as limitações físicas impostas pela doença,
o qual é paliativo, dispondo de um arsenal de recursos para o tratamento, dentre eles a
hidrocinesioterapia.
Palavras-chave: Amiotrofia Espinhal Progressiva; cuidados paliativos; hidrocinesioterapia
REFERÊNCIAS
[1] VERMA, A.; BRADLEY, W.G. Atypical motor neuron disease and related motor syndromes. Semin
Neurol, v. 21, p. 177-187, 2001.
[2] ZANOTELI, E.; BETETA, J. T.; FIREMAN, M.A.T. et al. Clinical aspects of type I and II spinal
muscle atrophy patients with deletion on SMNt gene. Neuromusc Dis, v. 11, p. 647, 2001.
[3] TANGSRUD, S.E.; CARLSEN, K.C.; LUND-PETERSEN, I.; et al. Lung functions measurements in
young children with spinal muscle atrophy. Arch Dis Child, v. 84, n. 6, p. 521-524, 2001.
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