adaptação dos insetos às estratégias de defesa das - Esalq

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Programa de Pós-Graduação em Genética e
Melhoramento de Plantas
LGN 5799 - SEMINÁRIOS EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS
ÀS ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS
PLANTAS
LARISSA C.D. NADALINI
DANIEL SCHERER DE MOURA
Departamento de Genética
Avenida Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 83, CEP: 13400-970 - Piracicaba - São Paulo - Brasil
Telefone: (0xx19) 3429-4250 / 4125 / 4126 - Fax: (0xx19) 3433-6706 - http://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php
Tópicos Abordados
• Introdução
• Defesa das plantas
• Adaptação dos insetos
• Estudos avançados
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
INTRODUÇÃO
Introdução
• Adaptação
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
Introdução
• Adaptação
Seleção Natural
- século XIX
- Adaptação e especialização
dos organismos
Charles Robert Darwin
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
Introdução
?? Adaptação ??
“É
qualquer característica evoluída que torna
organismo capacitado a sobreviver em seu
habitat. Podem ser anatômicas, fisiológicas ou
comportamentais.”
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
Introdução
•
Adaptação dos insetos
Características ou comportamentos evoluídos que torna
inseto capacitado a sobreviver no seu habitat.
plantas
Insetos
herbívoros
vertebrados
Insetos
não-herbívoros
protozoa
Outros invertebrados
Schoonhoven et al., 2005
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
Introdução
•
Parasitoides
predadores
Adaptação dos insetos
PLANTA
GENE ATIVAÇÃO
Voláteis
provenientes da
planta atacada
INSETO
Inseto
elicitores
SINAL
voláteis
Repostas Indiretas
Respostas Diretas
Barreira Física
Metabólitos secundários
e Proteínas
Barreira Nutricional
Forma da folha
Arquitetura Planta
Metabólitos secundários
Voláteis
Inibidores
aumento da atividade
grupos heterogêneos
alta especificidade
bifuncionalidade
S
I
N
A
L
A
T
I
V
A
Ç
Ã
O
G
E
N
I
C
A
HERBIVORIA
Fuga
Novos metabólitos
Fuga temporal /espacial
Detoxificação
Sequestro de venenos
Aperfeiçoamento das enzimas
digestivas (spectrum modificado)
Proteinases para destruir as Proteínas
Inibidoras
Utilização de hospedeiros alternativos
Aumento da taxa de consumo
Modificação da qualidade nutritiva
do tecido da planta hospedeira
Estabelecimento de associações
com microorganismos
MELLO & SILVA-FILHO,2002
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
Introdução
•
Formas de adaptação do inseto
Inseto
elicitores
Fuga
Novos metabólitos
Fuga temporal /espacial
S
I
N
A
I
S
A
T
I
V
A
Ç
Ã
O
G
E
N
I
C
A
Detoxificação
Sequestro de venenos
Aperfeiçoamento das enzimas
digestivas (spectrum modificado)
Proteinases para destruir as proteínas
Inibidoras
Utilização de hospedeiros alternativos
Aumento da taxa de consumo
Modificação da qualidade nutritiva
do tecido da planta hospedeira
Estabelecimento de associações
com microorganismos
MELLO & SILVA-FILHO,2002
Introdução
• ? Benefícios da adaptação para insetos?
9 Fonte de Alimentação
9 Local de Reprodução (quimoreceptores)
9 Abrigo
9 Tornam pragas agrícolas
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
Introdução
• ? Benefícios da adaptação para insetos?
9 Adaptação a cultivar resistente introduzida por
melhoramento ou engenharia genética
Ex: Mosca (Mayetiola destructor) x trigo resistente
hessian (1955, 1964, 1971) RAUSHER,M.D. 2001
9 Pesquisas- mecanismos adaptativos insetos,
forma plantas se posicionam aos seus agressores
são interessantes e crescentes
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
DEFESA DAS PLANTA
ADAPTAÇ
ADAPTAÇÃO DOS INSETOS ÀS ESTRATÉ
ESTRATÉGIAS DE DEFESA DAS PLANTAS
Defesa das plantas
•
NICOTINA
9 Alcalóides piridina
9 Encontrado em Solanaceas
predominantemente em tabaco
9 Defesa direta da planta
9Primeiros inseticidas usado no controle
de pragas
Atua no sitema nervoso do inseto
(acetilcolina)
Nicotiana attenuata
Nicotiana sylvetris
Defesa das plantas
•
NICOTINA – Eficiente Inseticida
™ Steppuhn et al, 2004 Nicotine’s defensive function in Nature.
Pesquisa:
• Plantas transformadas de N. Attenuata- composto PMT foi inativado(IRpmt/108)
X
Nicotina
Defesa das plantas
•
NICOTINA – Eficiente Inseticida
™ Steppuhn et al, 2004 Nicotine’s defensive function in Nature.
Resultados:
nicotina
Danos na área foliar (%total)
Todos os herbívoros
Nicotina (normal)
Metade danos dos herbivoros
Dias depois de transplantadas
Defesa das plantas
•
NICOTINA – Eficiente Inseticida
™ Steppuhn et al, 2004 Nicotine’s defensive function in Nature.
Conclue:
Redução da quantidade de nicotina nas plantas
transgenicas demonstrou a forte pressão dos
herbivoros sobre N. attenuata
Nicotina é importante e eficiente químico de defesa das
plantas na natureza
Defesa das plantas
•
GLUCOSINOLATOS
™ Thioglucosideos, ‘Glicosideos óleo mostarda’
Família Brassicacea
¾ Composto orgânico que contém nitrogênio, enxofre, grupo
derivado da glucose e grupo lateral
Defesa das plantas
•
GLUCOSINOLATOS
( Thioglucosideos,
‘Glicosideos óleo Mostarda)
9 Intactos pouca toxidade , porém quando associados a enzimas
da planta é tóxicos, servindo de defesa.
glucosinolatos-mirosinase (b-thioglucosidase)
“bomba de óleo mostarda”
Dano
Corpos de
mirosina
GRUBB &ABEL, 2006 (modificado)
Defesa das plantas
•
•
INIBIDORES DE PROTEASES (IP)
São grande e complexo grupo de proteínas presente todas
formas de vida (plantas)
• Plantas
• Nas folhas a quantidade é baixa mas pode ser induzida quando
a planta é atacada por inseto ou sobre alguma de injuria.
•
INIBIDORES DE PROTEASES (IP)
Nas folhas a quantidade IP
™ Moura e Rayn, 2001 - Inibidores protease em folhas de pimenta
(PLPIs)
Indução de PLPIs em
folhas de pimenta
Controle
Folha apical
Inibidor
Folha inferior
Tempo (h)
Ferimento
Inibidor
Folha inferior
variedades
Folha apical
Defesa das plantas
•
INIBIDORES DE PROTEASES (IP)
(grande e complexo grupo de proteínas)
•
Como atuam?
• Essas proteínas formam complexos com proteases, essa
interação pode levar a perda de sua atividade (defesa).
Defesa das plantas
•
INIBIDORES DE PROTEASES (IP)
• Defesa contra inseto:
• inibibição das proteases intestinais
• super produção das enzimas digestivas
deficiência dos aa ou na sua disponibilidade para
produção outras proteínas
atraso no crescimento, desenvolvimento,
ou mesmo morte do inseto
• indiretamente prolongar tempo exposição ao predador
Defesa das plantas
•
INIBIDORES DE PROTEASES (IP)
• Defesa contra inseto: ∗ POMPERMAYER, 2001
Tratamento
larva
Peso
(mg±SE)
Controle a
SPI
Controle
20 DIAS APÓS ECLOSÃO
Duração
(dias ±SE)
Mortalidade
(%)
ADAPTAÇÃO DOS
INSETOS
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
ƒ Insetos codificam enzimas que atuam sobre
compostos potencialmente tóxicos gerados pela
planta, tornando possível o consumo desse alimento.
¾ Cytochrome P-450 , PSMOs ou MFOs
ƒ Todos os tecidos dos insetos
ƒ Genoma composto > 100 genes P450
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
¾ Cytochrome P-450 , PSMOs ou MFOs
Área de ataque da enzima
Cotinine-N-oxide
CH3
Nicotine-1-N-oxide
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
Glendinning, 2002
ƒ Atividade
Citocromo P-450
Manduca sexta
Dieta com nicotina
(46.2mM/kg dieta)
Dieta sem nicotina
ƒ Citocromo P-450
x Inibidor PB
(piperonil butoxide)
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
Glendinning, 2002
Dieta nicotina
mg ingerida h-1
Dieta controle
Atividade
alimentar
Duração de exposição à dieta (h)
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
Glendinning, 2002
Dieta controle
Dieta nicotina
Dieta nicotina
nicotina
Nicotina
+PB
Duração de exposição à dieta (h)
Atividade do Citocromo P-450
nos intestinos
ƒ Citocromo P-450
x Inibidor PB
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
¾ É sulfatase glucosinalato (GSS) presente
em Lepidoptera especialista – Plutella
xylostella ou “diamondback moth”(DMB)
desarmamento do complexo Glucosinalato-mirosinase
(bomba óleo mostarda)
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
Plutella xylostella
tóxicos
Desulfo-glucosinolatos
Não tóxicos
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
Ratza et al.,2002 Disarming the mustard oil bomb. PNAS
99,11223-28.
9Alimentaram lagartas Plutella xylostella em variedades de
A.thaliana
9 Ensaios enzimáticos de atividade da sulfatase glucosinalato (GSS)
partes do corpo da lagarta
extrato fecal
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
Atividade GSS
partes do corpo da lagarta
controle
corpo
sem intestino
tecido
intestino
conteúdo
intestinal
Ratza et al.,2002
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
A atividade da sulfatase glucosinalato (GSS)
desse inseto é específica para um determinado
tipo de glucosinalato/planta?
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
Folhas
PLANTA
(nome científico)
Peso Seco
GS
Fezes
Peso Seco
Desulfo-GS
Não tóxicos
Adaptação do inseto
9Desintoxicação através de atividade enzimática
Conclusão:
™ Os intestinos desses insetos produzem uma enzima (GSS)
que atua sobre o glucosinalato decompõe em desulfoglucosinolate (não tóxico)
glucosinalato-mirosinase
Plutella xylostella
Adaptação do inseto
9Alteração das proteases após IP
ƒ aumento da atividade de suas proteases (enzimas
digestivas)
ƒ síntese de proteases menos sensíveis aos inibidores
ƒ quebra do inibidor via proteinase intestinal
ƒ mudança
no padrão de expressão dos genes
que codificam as proteases presentes nos
intestinos da lagartas
Adaptação do inseto
ƒ mudança no padrão de expressão gênica
regulação proteases
HELICOVERPA
ARMIGERA
9Chougule et al, 2005 Gene expression patterns of Helicoverpa
armigera gut proteases Insect Bioch Mol.Biol. 35,p. 355–67
ƒ Verificou o padrão de expressão de diversas proteases
(tripsinas) em H.armigera submetidas a inibidores extraídos de
diferentes plantas.
Adaptação do inseto
ƒ mudança no padrão de expressão gênica
Tripsinas (proteases) H.armigera
HaTry2
HaTry5
Dieta controle
Dieta controle
Chougule et al, 2005
Adaptação do inseto
ƒ mudança no padrão de expressão gênica
9 Expressão de genes que codificam proteases
“de novo”
Dieta artificial
0% IPSoja
0,5% IPSoja
Spodoptera
frugiperda
0, 6,12, 24, 48horas
BRIOSCHI D., 2006
Adaptação do inseto
ƒ mudança no padrão de expressão gênica
12
12
Regulação gênica absoluta
Regulação gênica absoluta
9 Expressão de genes que codificam proteases “de novo”
Tripsinas
10
8
6
4
2
0
10
8
6
4
2
0
0
6
12
Horas
24
441F01
48
0
6
12
Horas
24
443D12.
48
Adaptação do inseto
9 Expressão de genes que codificam proteases “de novo”
Regulação gênica absoluta
8
6
4
2
0
6
12
Horas
Regulação gênica absoluta
5
4
3
2
1
0
0
0
24
10
8
6
4
2
0
6
12
Horas
12
Horas
RDAFB07
12
0
6
48
24
448G03
48
Regulação gênica absoluta
Regulação gênica absoluta
Quimotripsinas
24
48
450F05
4
3
2
1
0
0
6
12
Horas
24
450F08
48
ESTUDOS AVANÇADOS
Estudos Avançados
Complexos: ♦ Grau de especialização do inseto ao seu alimento
Especialista x Generalista
♦ Relação com outros organismos
Outros insetos, outros predadores,
bactérias, fungos
Sobrevivência na planta
Estudos Avançados
Grau de especialização do inseto ao seu alimento
Especialista
x
Generalista
ƒ 1 ou poucas espécies de plantas
relacionadas
ƒ Ampla variedade de espécies de
planta
ƒ Forma mais eficiente de
adaptação (similares fitoquímicos)
ƒ mecanismos adaptativos mais
complexo (diferentes fitoquímicos)
ƒ Escolha/reconhecimento da
planta hospedeira (facilitando a
colonização nicho aberto)
ƒ Escolha aleatória (maiores chances
enfrentar concentração elevada para um
determinado químico)
ƒ↓ fontes de nutritivas
ƒ ↑ fontes nutritivas
Estudos Avançados
Relação com outros organismos
• Fungos
Algumas espécies de besouros introduzem fungos do gênero
Ceratocistis e ophiostoma junto as árvores antes de sua
alimentação.
• Bactérias
Afídeos:
podem
utilizar
o
floema
nutricional
através de bactérias que auxiliam na metabolização
dessa fonte de alimento .
Obrigada !
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