PLANO DE ENSINO DE DISCIPLINA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO: DIREITO DISCIPLINA: CÓDIGO: DIR 300 Filosofia do Direito e Teorias da Justiça DURAÇÃO EM SEMANAS: 15 CARGA HORÁRIA SEMANAL: 02 HORAS CARGA HORÁRIA TOTAL: 30 HORAS PERÍODO: 8º SEMESTRE LETIVO: II PROFESSOR(A): Paulo César Pinto de Oliveira A disciplina se destina à apresentação e exposição da situação epistemológica do Direito, assim como o questionamento radical e decisivo sobre sua finalidade e razão de ser: a justiça. Nesse sentido, a finalidade da disciplina é questionar os fundamentos abstratos e estiolados da ordem jurídica positiva com o objetivo de se deixar em evidência as diversas teorias da justiça como espaço de rearticulação contínuo e inarredável do Direito posto, que, no dizer de Gustav Radbruch só tem sentido se a serviço de uma ideia de justiça. OBJETIVOS - Discutir a situação epistemológica do Direito e apontar a razão de ser de uma Filosofia do Direito; - Expor as principais imagens do justo na experiência filosófica ocidental; - Desenvolver criticamente o temário clássico de problemas jusfilosóficos; - Apresentar as principais tendências e teorias contemporâneas da Justiça. . CONTEÚDO PROGRAMÁTICO a) Filosofia e Filosofia do Direito. Direito como objeto da Filosofia. O papel da Filosofia do Direito; b) A História da Filosofia do Direito. Sua evolução e suas divisões didático-sistemáticas; c) Hegel e a Filosofia do Direito e do Estado – o surgimento autônomo da Filosofia do Direito; d) Falência do hegelianismo I: Historicismo alemão, Kierkergaard e Nietzsche; e) Falência do hegelianismo II: Neokantismo, Direito e Valor, Axiologia Jurídica; f) O Positivismo Jurídico e o seu anverso: Jusnaturalismo – a retomada nos Direitos Humanos como não-direitos; g) Filosofia do Estado e dos Direitos Fundamentais: Estado Liberal, Social e Democrático – liberdade, igualdade e universalidade – o projeto de planetarização da ideia de justiça; h) Pensamento Jusfilosófico brasileiro: prelúdio; i) Horizontes da Filosofia do Direito Contemporânea: Teorias da Justiça – Reconhecimento, Discursividade, Comunitarismo e Igualitarismo. METODOLOGIA DE ENSINO As aulas serão expositivas, necessitando da leitura diária dos textos por parte dos alunos. O material será disponibilizado sempre antes das aulas teóricas, justamente por o objetivo de se desenvolver uma leitura prévia. Salienta-se, desde já, que o não-cumprimento da carga leitura por parte dos estudantes acarretará em dificuldades de aprendizado. Adverte-se, ainda, que o curso é presencial, de forma que haverá controle rigoroso de presença dos alunos. RECURSOS AUXILIARES DE ENSINO Plataforma PVANet; Arquivos em nuvem e streaming de grandes debates; Debates; FORMAS DE AVALIAÇÃO TIPO DATA Apresentação de duas resenhas Ao longo semestre críticas sobre os Nº VALOR (%) 1 textos 30% disponibilizados aos alunos – a escolha do texto é realizada pelo próprio estudante Prova escrita intermediária Segunda quinzena de outubro 1 35% Prova Oral Conclusiva Última semana do semestre 1 35% 3 100% Total Final BIBLIOGRAFIA BÁSICA ADEODATO, João Maurício. Filosofia do Direito. Uma Crítica à Verdade na Ética e na Ciência. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. AFONSO, Elza Maria Miranda. O Direito e os Valores: reflexões inspiradas em Franz Brentano, Max Scheler e Hans Kelsen. Revista do CAAP. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, ano IV, n. 07, 1999. __________________________. O Positivismo na Epistemologia Jurídica de Hans Kelsen. Belo Horizonte: UFMG, 1984. BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no Pensamento de Emmanuel Kant. Trad. Nelson Coutinho. São Paulo: Ícone, 1991. ________________. O Positivismo Jurídico. Lições de Filosofia do Direito. Trad. Márcio Pugliase, Edson Bini, Carlos E. Rodrigues. São Paulo: Ícone, 1995. CABRAL DE MONCADA, Luís. Filosofia do Direito e do Estado. 2. ed. Coimbra: Arménio Amada Editor, 1955. SALGADO, Joaquim Carlos. A Idéia de Justiça em Hegel. São Paulo: Loyola, 1996. ______________________. A Idéia de Justiça em Kant. Seu Fundamento na Liberdade e na Igualdade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1986. _____________________. A Idéia de Justiça no Mundo Contemporâneo. Fundamentação e Aplicação do Direito como Maximum Ético. SALGADO, Joaquim Carlos; HORTA, José Luiz Borges. Hegel, Liberdade e Estado. Belo Horizonte: Fórum, 2010. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BITTAR, Eduardo C. B. Teorias Sobre a Justiça. Apontamentos para a História da Filosofia do Direito. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2000. BOSON, Gerson de Britto Mello. Filosofia do Direito. Interpretação Antropológica. Belo Horizonte: Del Rey, 1993. FASSÒ, Guido. Historia de la Filosofía del Derecho. v. 03 (Siglos XIX y XX). Trad. José F. Lorca Navarrete. Madrid: Ediciones Pirâmide, 1996. GARCÍA MÁYNEZ, Eduardo. Filosofía del Derecho. 15. ed. México: Editorial Porrúa, 2005. HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant. Trad. Christian Viktor Hamm e Valerio Rodehn. São Paulo: Martins Fontes, 2005. KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Trad. Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa: Fundação Caloute Gulbenkian, 1985. LEGAZ Y LACAMBRA, Luis. Filosofía del Derecho. Barcelona: Bosch, 1953. MATOS, Andityas Soares de Moura Costa. Filosofia do Direito e Justiça na Obra de Hans Kelsen. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006. MAYOS SOLSONA, Gonçal. Ilustración y Romanticismo. Introducción a la polémica entre Kant y Herder. Barcelona: Editorial Herder, 2004. MENEZES, Djacir. Tratado de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 1980. POUND, Roscoe. Introdução à Filosofia do Direito. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1965. RADBRUCH, Gustav. Filosofia do Direito. Trad. Luís Cabral de Moncada. 6. ed. Coimbra: Arménio Amado Editor, 1979. REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. SALGADO, Karine. A Paz Pérpetua de Kant. Belo Horizonte: Mandamentos, 2008. SICHES, Luis Recaséns. Tratado General de Filosofia del Derecho. México: Porrúa Editorial, 1959.