C 13 Quaresma 3º Domingo

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C 13 Quaresma 3º Domingo Ex 3,1-8a.13-15; 1 Cor 10,4-5; Lc 13,1-9
Com três impressionantes imagens, a Igreja nos introduz no mistério
mais profundo da Quaresma e da vida cristã em geral.
1) Ex 3,1-8a.13-15:
Em nossa vida, Deus não se mostra tão visivelmente como no caso
de Moisés; todavia, nossa vida é constantemente acompanhada por Deus.
Fala-nos a primeira leitura da vocação de Moisés. Mas descobrimos nela
traços eloqüentes de nossa vocação. Não se consumia o arbusto envolto em
chama viva. Deus ilumina, não destrói.
Sabendo que Deus é santo, santo, santo, Moisés “cobria o rosto, pois
temia olhar para Deus” (3,6). Deus faz mais ainda, revela-se a Moisés: “Eu
sou aquele que sou” (3,14). Moisés é dignificado com a recepção do
Nome divino. Nenhum predicado é capaz de dizer quem Deus é. “Rei”,
onipotente são predicados humanos. Deus é grande, santo demais. Nenhum
desses nomes é digno, nem capaz, de falar em Deus. Aquele que é,
eternamente, independente de tudo e de todos: Ele, só Ele, é por si mesmo e
eternamente. Deus é aquele que é. “Sou aquele que sou”.
Cada encontro com Deus confere-nos uma vocação, uma tarefa. O
encargo de Moisés é humanamente impossível: falar com Faraó que já lhe
tinha jurado a morte. Conduzir o povo tão imenso, do Egito para uma terra
prometida, desconhecida por Moisés.
Com tal inefável experiência de ter tido a presença de Deus, de ter
visto sua luz, seu fogo, de ter o nome de Deus, Moisés irá a Faraó, que o
odeia, enfrenta-o com indizível segurança, porque ele é portador do Nome
de Deus, em cuja autoridade libertará centenas de milhares de pessoas.
Queira Deus me dar sua presença de luz, o seu Nome, para que eu
possa ser no mundo a Sua inefável presença.
2) Jesus, a pedra espiritual que os acompanhava no deserto (1Cor 10,4-5)
“Todos beberam da mesma bebida espiritual; pois todos bebiam da
pedra espiritual que os seguia; e essa pedra era Cristo”. Que visão
maravilhosa! No tempo de Moisés, 1300 anos antes de Cristo, Jesus Cristo
estava no plano de Deus (cf. Ef 1,4; Col 1,16s), e, por este divino desígnio,
Jesus Cristo já acompanhava os Judeus na dramática saída do Egito.
Não é esta a mais bela definição da vida cristã? Seja a minha vida,
cada dia, um caminhar com Cristo Jesus. Seja ELE a fonte de água viva a
jorrar para a mim. Seja ELE o rochedo que está comigo, me protege e me
dá a maravilhosa água, da qual minha vida, meu caminhar para a eternidade
tem tanta necessidade
3) “Senhor, ó, deixa a figueira mais um ano!” (Lc 13,1-9)
Encontramos aqui o drama de nossa vida diante de Deus. Jesus cria a
parábola: O proprietário quer cortar a figueira que, já três anos, não dá
furto. “Mas o viticultor intercede: - Senhor, deixa a figueira ainda este
ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo. 9 Talvez depois disto dê
frutos. Caso contrário, cortá-la-ás” (13,8-9). – Queira o Senhor Deus me
dar, também a mim, mais um ano, mais uma grande oportunidade, para que
minha vida se torne rica, se Deus permitir mais rica em frutos eternos! Será
triste termos mais um ano, mais um mês, mais um dia de vida, se não
frutificarmos. A graça de Deus e a força de amizades verdadeiramente
alimentadas em Deus dar-nos-ão nova fidelidade, nova fecundidade.
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