taxonomia de criptógamas - Universidade Castelo Branco

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VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
TAXONOMIA DE CRIPTÓGAMAS
Rio de Janeiro / 2007
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
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Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por
quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo
Branco - UCB.
U n3p
Universidade Castelo Branco.
Taxonomia de Criptógamas. –
Rio de Janeiro: UCB, 2007.
40 p.
ISBN
1. Ensino a Distância. I. Título.
CDD – 371.39
Universidade Castelo Branco - UCB
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Rio de Janeiro - RJ
21710-250
Tel. (21) 2406-7700 Fax (21) 2401-9696
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Responsáveis Pela Produção do Material Instrucional
Coordenadora de Educação a Distância
Prof.ª Ziléa Baptista Nespoli
Coordenador do Curso de Graduação
Maurício Magalhães - Ciências Biológicas
Conteudista
Sônia Pantoja
Supervisor do Centro Editorial – CEDI
Joselmo Botelho
Apresentação
Prezado(a) Aluno(a):
É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação,
na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, conseqüentemente, propiciando
oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente
esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma
estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.
Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu
conhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica.
Seja bem-vindo(a)!
Paulo Alcantara Gomes
Reitor
Orientações para o Auto-Estudo
O presente instrucional está dividido em seis unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e
conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam
atingidos com êxito.
Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades
complementares.
As Unidades 1, 2 e 3 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1.
Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das seis unidades.
Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todos os
conteúdos das Unidades Programáticas 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
A carga horária do material instrucional para o auto-estudo que você está recebendo agora, juntamente com os
horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você
administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros
presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso.
Bons Estudos!
Dicas para o Auto-Estudo
1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja
disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo.
2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite
interrupções.
3 - Não deixe para estudar na última hora.
4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor.
5 - Não pule etapas.
6 - Faça todas as tarefas propostas.
7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento
da disciplina.
8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a auto-avaliação.
9 - Não hesite em começar de novo.
SUMÁRIO
Quadro-síntese do conteúdo programático.............................................................................................................. 11
Contextualização da disciplina..............................................................................................................................
12
UNIDADE I
SISTEMAS VEGETAIS
1.1 – Introdução...........................................................................................................................................................13
1.2 – Noções gerais dos sistemas vegetais ................................................................................................................13
1.3 – Nomenclatura botânica.................................................................................................................................16
1.4 – Técnicas de campo e herbário e herborização..............................................................................................18
UNIDADE II
ALGAS
2.1 – Posição sistemática e caracteres gerais............................................................................................................20
2.2 – Principais grupos de algas...........................................................................................................................20
UNIDADE III
FUNGOS E LIQUENS
3.1– Reino Fungi......................................................................................................................................................24
3.2– Liquens.............................................................................................................................................................25
UNIDADE IV
BRIÓFITAS
4.1–Posição sistemática e caracteres gerais.............................................................................................................27
4.2–Principais grupos ..............................................................................................................................................27
UNIDADE V
PTERIDÓFITAS
5.1–Posição sistemática e caracteres gerais............................................................................................................29
5.2–Principais grupos ..............................................................................................................................................29
UNIDADE VI
INTRODUÇÃO ÀS FANERÓGAMAS- GIMNOSPERMAS
6.1–Posição sistemática e caracteres gerais............................................................................................................31
6.2–Principais grupos ............................................................................................................................................31
Glossário ...........................................................................................................................................................................34
Gabarito .......................................................................................................................................................................35
Referências bibliográficas ............................................................................................................................................37
Quadro-síntese do conteúdo
programático
UNIDADES DO PROGRAMA
1 - SISTEMAS VEGETAIS
1.1 - Introdução
1.2 - Noções gerais dos sistemas vegetais
1.3 - Nomenclatura botânica
1.4 - Técnicas de campo e herbário e herborização
2 - ALGAS
2.1 - Posição sistemática, caracteres gerais
2.2 - Principais grupos de algas
3 - FUNGOS E LIQUENS
3.1 - Reino fungi
3.2 - Liquens
4 - BRIÓFITAS
4.1 - Posição sistemática, caracteres gerais
4.2 - Principais grupos
5 - PTERIDÓFITAS
5.1 - Posição sistemática, caracteres gerais
5.2 - Principais grupos
6 - INTRODUÇÃO ÀS FANERÓGAMASGIMNOSPERMAS
6.1 - Posição sistemática, caracteres gerais
6.2 - Principais grupos
OBJETIVOS
• Reconhecer as principais regras de nomenclatura
botânica;
• Identificar os principais grupos de: algas,
briófitas, pteridófitas;
• Compreender as formas de reprodução e os ciclos
de vida dos criptógamos;
Reconhecer a importância de cada grupo de
criptógamos e gimnospermas no contexto
econômico e ecológico e evolutivo.
11
12
Contextualização da Disciplina
Esta disciplina inicia o estudo da sistemática, com estudos sobre os vegetais inferiores, um dos mais interessantes
grupos de plantas, devido a suas peculiaridades. Tentamos proporcionar uma introdução clara e atraente para
cada assunto relacionado ao tema e, com referência atualizada dos tópicos, permitindo que possa ser estudado
com maior profundidade.
Neste instrucional, estaremos iniciando a sistemática vegetal, que é a primeira etapa da chamada botânica
especial. Até aqui (nos instrucionais anteriores), você conheceu a botânica básica e agora já está capacitado
para se aprofundar um pouco mais. Para tanto, é necessário que você conheça alguns conceitos básicos. Assim,
logo no primeiro capítulo teremos um esclarecimento quanto a conceitos básicos para um biólogo como taxon,
taxonomia etc.Também é necessário que você conheça um pouco da história dos sistemas de classificação, a
forma como começou, quais os tipos de sistemas que foram criados até hoje, além do objetivo de se classificar
cada ser vivente e a forma como ela é feita. Estes conhecimentos são imprescindíveis a qualquer biólogo.
Agora, para iniciar seus estudos, passe para a Unidade I do seu instrucional. Não se prenda a datas, mas tente
organizar uma sequência de acontecimentos e a sua importância. Leia com tranqüilidade e tente fazer os exercícios
e as atividades complementares que o ajudarão, com certeza, a adquirir maior conhecimento sobre o assunto.
Caso precise, leia novamente fazendo um pequeno resumo.
UNIDADE I
13
SISTEMAS VEGET
AIS
TA
1.1 - Introdução
• Do grego cripto = oculto, referindo-se aos órgãos
reprodutivos não aparentes e gamos = união sexuada
• É utilizado genericamente para algas, fungos,
briófitas e pteridófitas;
• Os criptógamos, de acordo com o seqüenciamento
de RNA ribossômico encontram-se representadas em:
A) procariontes: cianobactérias (algas azuis);
B)eucariontes unicelulares: algumas algas e fungos
unicelulares;
C)eucariontes multicelulares autótrofos fotossintetizantes: algumas algas, briófitas e pteridófitas
D) eucariontes multicelulares com nutrição
heterótrofa absortiva: fungos verdadeiros.
O estudo da Sistemática Vegetal tem o objetivo
principal de agrupar os vegetais dentro de um sistema
de classificação, considerando as características
morfológicas internas e externas, as relações
genéticas e sua afinidades. A sistemática compreende
a identificação, nomenclatura e classificação.
A Classificação é a ordenação de um vegetal ainda
não conhecido em um taxon.
Tipificação
Chamamos typus ao espécime conservado em
herbário, do qual se faz uma diagnose original, podendo
ser:
Holotypus - é o tipo usado na descrição original (o
autor escolhe e cita na descrição original);
Paratypus - é outro exemplar citado com o holótipo
na descrição original (nº do coletor é diferente);
Isotypus - é uma duplicata do holótipo;
Syntypus - quando o autor cita uma série de
exemplares, sem escolher o holótipo;
Lectotypus - quando se escolhe um síntipo para
substituir o holótipo (quando o autor deixou de
escolher o holótipo ou quando foi destruído).
A Taxonomia é a ciência que elabora as leis da
classificação. Muitos botânicos a consideram como
sinônimo de sistemática.
Identificação é a determinação de um vegetal dentro
de um taxon (família, gênero, espécie, etc.) idêntico ou
semelhante a outro já conhecido.
Nomenclatura é o uso correto do nome das plantas,
com princípios, regras e recomendações aprovados
em congressos de Botânica.
1.2 – Noções Gerais dos Sistemas Vegetais
O s s i s t e m a s d e c l a s s ificação vegetais representam-se por três tipos
principais: artificial,
natural e filogenético.
O artificial se baseava
em um único caráter da
planta, o tipo clássico é o
Sistema Sexual de Lineu,
fundamentado no número
e disposição de estames e pistilos. O sistema
natural se baseia na afinidade das plantas,
onde ela se situa ao lado da que mais se pareça,
o primeiro foi de Jussieu.
O filogenético baseia-se na variabilidade das
e s p é c i e s , c o m s u a s r e l a ç õ e s g e n é t i c a s dos
vegetais atuais e dos seus ancestrais. Segundo
Turril, a classificação taxonômica baseia-se nos
caracteres das plantas e a filogenética, na
mudança desses caracteres.
14
Histórico dos Sistemas de Classificação
Os gregos já formavam sistemas científicos nas
primeiras épocas da história européia. Podemos dividir
os sistemas de classificação em quatro períodos
distintos. O primeiro é baseado no “habitus” do
vegetal, o segundo é um sistema artificial baseado em
caracteres numéricos; o terceiro, baseado na forma
de relações entre as plantas e o quarto, em filogenia.
ARISTÓTELES - (aluno de Platão) - foi o primeiro a
organizar um compêndio com todos os conhecimentos
científicos, onde encontramos o mais antigo conjunto
de Botânica (Botané = pasto);
Primeiro Período: Classificações Baseadas no
Habitus
Veja nos quadros abaixo os principais trabalhos
publicados, com os respectivos autores e em que
cada um se baseava:
Período
Autor
Característica mais usada
Publicação importante
370 a.C
Theophrastus
Em: árvores, arbustos,
subarbustos e ervas
Historia Plantarum 500 plantas.
1193-1280
Albertus Magnus
Dico e mono pelo tipo de
caule.
Aceitou a Classificação de
Theophrastus
1464-1534
Otto Brunfels
Descreveu e ilustrou as
plantas conhecidas na época
(medicinais).
Herbarium
1519-1603
*Andrea
Caesalpino
Primeiro taxonomista. No
hábito e tipos de frutos e
sementes
1541-1631
Jean Bauhin
Textura e forma das
folhas( primeiro a dividir em
gênero e espécie)
1628-1705
John Ray
1656-1708 Joseph Pitton de
Tournefort
De Plantis (1583) negou a
existência de sexo nas flores.
Historia Plantarum Universalis
Reconheceu o embrião e
cotilédones, baseado na forma Manteve árvores, arbustos e ervas.
externa.
Forma das corolas.
Segundo Período: Classificações Baseadas em
Características Numéricas
* CARL LINNÉ ou CAROLUS LINNAEUS - foi o
pai da taxonomia vegetal e zoológica. Foi o sistema
artificial mais importante. Publicou diversos trabalhos
Primeiro a dar status de gênero e
descrever.
importantes, entre eles Hortus Uplandicus, Systema
naturae, Genera plantarum e Flora Laponica, Species
Plantarum, entre outros.
Mesmo depois de criar esse sistema artificial, Linné
apontou para a necessidade de se criar um sistema natural,
com base em todos os caracteres.
Por sua praticidade, foi usado até o fim do século passado.
Período
Autor
Característica mais usada
Publicação importante
1707-1775
C. de Linné
Sistema Sexual
Baseado na flor e no número de
estames e pistilos
Terceiro Período: Sistemas Baseados na
Forma de Relações entre as Plantas Sistemas Naturais
Na metade do século XVIII, com o aumento de
conhecimentos e o grande número de plantas
coletadas para serem identificadas, chegou-se à
Período
Autor
1727-1806
Michel Adanson
1744-1829
Jean de Lamarck
1686-1758
Antoine De Jussieu
1699-1776 Bernard De Jussieu
1704-1799
Joseph De Jussieu
conclusão que havia uma afinidade natural bem maior
entre as plantas do que o sistema Sexual de Lineu
indicara. Os sistemas que então surgiram foram
chamados naturais, onde as plantas eram
organizadas de acordo com as características em
comum.
Característica mais usada
Substituiu o sistema artificial
pelo natural; descrição de taxa
Families des Plantes
Alguns conceitos de sua
classificação natural
Flora Françoise
O mais jovem veio para
Bernard chamou o sobrinho para
América do Sul e os outros
trabalhar com ele, Antoine
dirigiram o Jardin des Plantes
Laurent de Jussieu.
*Antoine Laurent de
Jussieu
Dividiu em Acotyledonea,
Monocotyledonae e
Dicotyledonae.
1778-1841 Augustin Pyrame de
Candolle
Baseou-se em anatomia plantas vasculares e
avasculares.
1789
Publicação importante
Outros sistemas foram publicados e os mais
importantes foram:
1826 -1840
Stephan Endlicher
1835
Adolphe Brongniart
1864
Alexander Braun
Considerado introdutor dos sist.
naturais
Genera Plantarum
Théorie elementaire
Prodromus Systematicis Naturalis
Regni Vegetabilis
aceitaram as teorias de Darwin, que foi
rapidamente difundida. Assim os sistemas desse
período basearam-se nas Teorias da Evolução das
espécies. Esse sistema classifica os vegetais do
mais simples para o mais complexo, tentando
estabelecer as relações genéticas entre as
plantas.
Sistemas naturais
Quarto Período: Sistemas Baseados em
Filogenia
Insatisfeitos com os diversos sistemas de
classificação que existiam, os pesquisadores
A filogenia está nos seus primeiros estágios e
só atingirá seu objetivo quando conhecermos
melhor a origem e o desenvolvimento das plantas
atuais.
Os sistemas mais conhecidos desse período são:
15
16
Período
1839-1887
Autor
Característica mais usada
August Wilhelm Eichler Primeiras relações genéticas
Publicação importante
Dividiu em Phanerogamae e
Cryptogamae
1844-1930
Adolph Engler
Subclasse e ordem
Dividiu Dico em
Archychlamideae e
sympetalae
1845-1915
Charles Bessey
Vinte e dois princípios
para class.
Angiosp. em opositifólia e
alternifólia
1884-1972
John Hutchinson (Kew)
Duas linhas evolutivas
Uma predominantemente
lenhosa e outra
predominantemente herbácea
1966
Cronquist, Tahktajan
e Zimmermann
1. Rynophyta (Psilophyta);
2. Bryophyta; 3. Psilophyta;
Classificaram as cormófitas
4. Lycopodiophyta;
em oito divisões.
5.Equisetophyta;
6. Polypodiophyta; 7. Pinophyta;
8. Magnoliophyta.
1961
Armen Tahktajan
Dividiu as Magnoliophyta em
duas classes.
Magnoliatae e Liliatae
1968
*Arthur Cronquist
Fez pequenas modificações
no sistema de Tahktajan.
Considerou as
monocotiledôneas derivadas
das dicotil.
1975
Rolf Dahlgren
É representado graficamente
por uma “árvore” filética em
seção transversal.
O Brasil foi influenciado pelos grandes naturalistas
viajantes da primeira metade do século passado como
Martius, Saint-Hilaire e outros. A obra de Martius,
Flora Brasiliensis, é de alcance mundial.
O fixismo caiu com a teoria da descendência
(Evolucionismo) do inglês Charles Darwin (1809-1882),
onde todas as espécies provêm de outras preexistentes
e diferentes. Ele teve o grande mérito de introduzir, na
ciência, um novo modo de pensar.
Sua teoria foi confirmada por pesquisas de
Paleontologia e por experiências (novas variedades
de plantas cultivadas por seleção contínua ou
cruzamento de raças). Hoje, a finalidade é esclarecer
as relações de afinidades entre vegetais diferentes
provindos de uma descendência comum.
A Sistemática Moderna ou Filogenética estuda o
comportamento da plantam na natureza, fundamentando-se na morfologia, ecologia, genética,
distribuição geográfica e no estudo dos antepassados,
para compreender e estabelecer as afinidades e graus
de parentesco entre os grupos de plantas.
1.3 - Nomenclatura Botânica
A Nomenclatura está ligada à taxonomia, pois
determina a maneira correta de dar nomes. Desde 1753,
quando foi publicado, a obra Species Plantarum, de
Lineu, o latim tem sido uma norma para os
pesquisadores.
Os taxonomistas do mundo todo seguem o Código
Internacional de Nomenclatura Botânica, que trata das
unidades taxonômicas (taxa; singular = taxon), seus
termos e nomes científicos.
De acordo com o Código, as principais categorias de
classificação, em ordem decrescente, são: divisão,
classe, ordem, família, gênero e espécie.
Uma categoria pode subdividir-se em categorias
intermediarias, acrescentando-se o sufixo sub: divisão,
subdivisão; classe, subclasse; ordem, subordem;
família, subfamília; gênero, subgênero; secção,
subsecção; série, subsérie; espécie, subespécie;
variedade, subvariedade e forma e subforma.
Os nomes científicos dos taxa são escritos em latim
ou são latinizados. O latim é norma para os Botânicos
desde a publicação de Species Plantarum de Lineu,
em 1753.
Cada categoria possui um único nome, escrito com a
letra inicial maiúscula, exceto a espécie e suas
subdivisões.
A espécie é binominal (conforme Linneu, 1753). O
primeiro é o gênero com letra inicial maiúscula e o
segundo é o epíteto específico, escrito com a inicial
minúscula. As categorias abaixo de espécie são
trinominais.
Ex.:
Espécie
Nome Vulgar
Nome Genérico
Solanum
tuberosum L.
Batata-inglesa
Solanum
tuberosum
L. = Lineu
Lycopersicon
esculentum Mill.
Tomate
Lycopersicon
esculentum
Mill.= Miller
Variedade (trinominal)
Nome vulgar
Bassica oleracea L. var.
acephala DC
Couve
Brassica oleracea L.
var. capitata L.
Repolho
Nome especifico
Autor
A família é formada pela adição do sufixo aceae . Ex.:
Rosaceae, baseado no gênero Rosa. Há exceção para 8
famílias com terminações irregulares, como as
Gramineae e as Leguminosae. Neste caso, as regras
internacionais autorizam a substituição por outro nome
alternativo: Poaceae para as Gramineae e Fabaceae para
Leguminosae.
Outros sufixos:
Divisão
phyta
Spermatophyta
Classe
opsida
Cycadopsida
• Os nomes científicos são grafados em itálico ou
sublinhados;
Subclasse
idae
Rosidae
Subfamília
oideae
Mimosoideae
• O epíteto específico frequentemente é um adjetivo,
devendo concordar em gênero, número e caso com o
epíteto genérico. Ex.:
Ordem
ales
Malvales, Rosales
• A citação específica estará incompleta se não tiver
o nome do autor ou autores;
Raphanus sativus L. (rabanete)
Exemplo:
Reino: Vegetabilis
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermas)
Classe: Magnoliopsida (Magnoliatae ou
Masculino, plural
Dicotiledônea)
Subclasse: Rosidae
Brassica alba (L.) Boiss. (mostarda)
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Subfamília: Rosoideae
Feminino, singular
Quando o epíteto específico for um substantivo, não
concorda com o epíteto genérico, acrescenta-se i ou
ii, para homem, ou ae para mulher. Ex.:
Carex Davisii - acrescenta-se i ou ii (equivale a
Carex de Davis)
Carex Jonesae - acrescenta-se ae.
Gênero: Rosa
Espécie: Rosa gallica L.
Subespécie: Rosa gallica L. var. versicolor Thory
Obs.: a nomenclatura botânica é independente
da nomenclatura zoológica.
17
18
Princípios Taxonômicos
• Qualquer característica de um organismo é
importante taxonomicamente;
• Os sistemas taxonômicos têm se baseado
principalmente nas características obtidas da
morfologia externa e anatomia, mas características
fisiológicas também são importantes.
• Algumas características, por serem mais marcantes,
são mais importantes que outras;
1.4 - Técnicas de Campo e Herbário e Herborização
É freqüente a necessidade de se identificar as
espécies vegetais. Plantas com propriedades
medicinais, tóxicas, melíferas etc. carecem de
identificação graças a sua importância.
Para conhecer o nome científico de um vegetal, é
necessário que ele esteja fértil na hora da coleta, de
preferência com flor e fruto.
Alguns procedimentos de coleta são:
• Coletar plantas herbáceas inteiras;
• Plantas de pequeno porte deverão ser coletadas
com tesoura de poda, garantindo pelo menos três
exemplares;
• Plantas de médio porte devem ser coletadas com
auxílio de podão;
• Em árvores de grande porte, além de usar o podão,
devem ser usados cinto e esporas (há outras técnicas);
Podão
Tesoura de poda
• Durante as coletas, o coletor deverá anotar em
seu caderno de campo: o número da coleta, porte e
dimensões (erva), se possui alguma característica
diferente (látex, espinhos, pêlos, etc), as cores das
folhas, flores e frutos, habitat e sua posição
(umbrófila), local (estado, cidade e localidade) e
outros dados que souber como nome vulgar, utilidade
da planta etc.
• Os ramos devem ser cortados e distendidos no
jornal já dobrado ao meio, tomando-se o cuidado para
anotar no bordo do jornal o número da coleta
correspondente aquele vegetal.
• O material deve ser colocado em prensas de
madeira, intercalando as folhas de jornal, papel
absorvente e folhas de alumínio corrugado e amarrado
com fitas de algodão ou cintos de couro;
• Deverão secar em estufa de madeira por 48h ou ao
sol o quanto necessário, sendo o jornal trocado todos
os dias para que o material seque sem mofar;
• Após a herborização, prepara-se as exsicatas.
Existem diversas técnicas para se montar um exemplar.
Há algum tempo costumava-se colar o material na
cartolina com cola branca, depois usou-se colar com
fita adesiva. Porém, essas duas maneiras não são
adequadas, pois a primeira impede o pesquisador de
observar melhor o material e a segunda descola com
o passar do tempo. Atualmente, costuma-se costurar
com linha branca em diversos pontos do exemplar
mantendo este bem seguro;
• Na base deste exemplar, que recebe o nome de
exsicata, encontra-se uma etiqueta (conforme o
exemplo na figura abaixo), onde deverá conter
informações como nome da família, gênero e
espécie, nome vulgar, coletor e número da coleta,
localidade onde foi encontrado e dados complementares com todos os dados da caderneta de
campo, como cor de flores, frutos e folhas,
presença de pêlos, látex etc.;
Alta poda
• Após todo esse processo, as exsicatas deverão
ser depositadas em herbários já existentes, onde
serão mantidas em latas de metal fechadas ou em
armários de ferro com portas;
• Nos herbários, as exsicatas serão registradas com
a numeração daquele herbário e serão organizadas
em ordem alfabética de família, gênero e espécie.
Material Vegetal
Pliego de Papel Periódico
Etiqueta
Almohadillas o Bloques
de Papel de Periódicos
Prensagem do material
Armazenagem das
exsicatas
Exercícios de Fixação
1. Com o intuito exclusivamente de treinamento e fixação das regras estudadas, crie uma nova Ordem (fictícia).
A partir dela crie também uma família, subfamília, gênero e espécie, observando sempre as regras de nomenclatura
botânica estudadas.
2. Supondo que Andriana Peixoto estivesse no campo e tenha coletado uma nova espécie de Rosa, com
pétalas azuis, com um forte odor e endêmica de uma montanha e com os números: 1010, 1024, 1025 e 1029.
Sabendo que ela escolheu a coleta 1025 para a descrição original.
a) Crie um epíteto específico para esta nova espécie, observando as regras de Nomenclatura Botânica.
b) Indique o holótipo e parátipos.
3. Supondo que você tenha coletas números 12, 21 e 35 na descrição original de uma nova espécie vegetal,
sendo que a número 21 foi escolhida como holótipo, informe:
PARÁTIPOS:
ISÓTIPOS:
4. Defina a sistemática moderna ou filogenética.
5. Informe o que se deve fazer quando, em uma situação hipotética, se perde o holótipo, ou quando o autor
deixa de citá-lo.
6. Os sistemas de classificação estão divididos em três tipos principais. Informe estes tipos.
7. Qual foi o sistema artificial mais importante?
8. Qual a importância dos sistemas naturais?
9. Qual a influência da teoria da descendência do inglês Charles Darwin nos sistemas de classificação
científicos?
10. Por que o latim foi a língua escolhida para os nomes científicos?
Atividade Complementar
Vá ao campo e observe as características dos vegetais, tipo de folha, inflorescência, flores. Estabeleça as
diferenças e semelhanças entre elas.
Outra atividade que você deve fazer é tentar criar nomes científicos, como uma atividade puramente de fixação,
usando os sufixos específicos para ordem, família etc..
19
20
UNIDADE II
ALGAS
2.1 - Posição Sistemática e Caracteres Gerais
As algas são consideradas os vegetais mais
inferiores, ou seja, com maior número de caracteres
primitivos. Podemos defini-las por caracteres
negativos: não possuem vasos, faltam folhas, caules
e raízes. A abundância de tipos é muito grande, alguns
podem ter filóides, caulóides e rizóides bem
diferenciados.
Tudo indica sua organização primitiva e justifica
sua posição no princípio do sistema vegetal. Registros
fósseis mostram que organismos semelhantes a algas
azuis viveram há mais de 2 bilhões de anos.
Habitat
Água salgada e água doce, sobre ou dentro do solo,
sobre pedras, madeiras úmidas e associação com
fungos e certos animais.
Importância
* São a base do ciclo nutricional da vida animal
aquática;
* Realizam 90% da fotossíntese da Terra, oxigenando
o ambiente;
* Mais de 70 algas marinhas são utilizadas como
alimento;
* Algumas produzem hidrocolóides (substâncias
que embebem água), que são usadas em sorvetes e
doces. Usados para meios de cultura (ágar).
Perigos
* A concentração em reservatório de água pode
tornar águas potáveis em imprestáveis para o uso
* Grandes coberturas de algas flutuantes podem
resultar na morte de peixes pela falta de oxigênio;
* Maré vermelha (abundância de Gonyaulax sp) sua toxina pode envenenar, matando peixes.
Organização
* De unicelular até muito grandes e complexas;
* As unicelulares se movem por batimentos da água
com cílios ou flagelos.
Reprodução
*Assexuada (não envolvem união nuclear ou celular)
Colônias ou filamentos podem fragmentar-se, cada
fragmento se desenvolve em novo organismo. Podem
produzir zoósporos (células reprodutoras especializadas) móveis ou esporos (imóveis).
* Sexuada
Agrupamento de células que são atraídas
quimicamente umas pelas outras, surgindo pares de
indivíduos (gametas). A parede celular é dissolvida (no
encontro das duas) e o conteúdo das células se fundem
dando origem ao zigoto.
2.2 - Principais Grupos de Algas
Abaixo segue um quadro comparativo do sistema
de Engler (mais antigo) e do sistema utilizado por
Raven (mais moderno), o qual estaremos adotando
neste instrucional (verificar na sua Bibliografia):
ENGLER DIVISÕES
RAVEN DIVISÕES
REINO
CYANOPHYTA
CIANOBACTÉRIAS
REINO EUBACTERIA
MYXOPHYTA
DIV. MYXOMYCOTA
REINO PROTISTA
EUGLENOPHYTA
DIV. EUGLENOPHYTA
REINO PROTISTA
PYRROPHYTA
DIV. PYRROPHYTA
REINO PROTISTA
CHRYSOPHYTA
DIV. CHRYSOPHYTA
REINO PROTISTA
PHAEOPHYTA
DIV. PHAEOPHYTA
REINO PROTISTA
RHODOPHYTA
DIV. RHODOPHYTA
REINO PROTISTA
CLOROPHYTA
DIV. CLOROPHYTA
REINO PROTISTA
CHAROPHYTA
CL.CHAROPHYCEA e DIV.CLOROPHYTA
REINO PROTISTA
Divisão Cyanophyta = Cianobactérias
(Reino Eubacteria)
Nome vulgar: Algas azuis
Myxophyceae, Schizophyceae
Habitat: água doce e marinha, mais raramente em
solos.
Características: unicelulares, formando colônias;
pluricelulares filamentosos; células pequenas; falta a
membrana dos núcleos; parede celular - celulose.
Pigmentos: mistura de clorofila, caroteno, flavacina,
mixoxantina, ficoxantina, ficoeritrina-c e ficociana-c.
Esse conjunto recebe o nome de cianoficina.
Coloração: verde-azulada, verde-oliva, amarelada,
rosada ou até roxa, nunca verde, clorofila ou parda.
Reprodução: é assexuada por divisão binária,
formação de endósporos ou hormogônios
Ex.: Oscillatoria sp (Oscillatoriaceae), Dermocarpa
sp (Dermocarpaceae).
Divisão Mixophyta = Mixomycota
Habitat: sobre substâncias orgânicas em
decomposição.
Características: saprófitas e parasitas, sem clorofila,
são amebóides;
Alimenta-se por osmose;
Encontramos na natureza como plasmódios.
Ex.: Stemonitis sp (Stemonitaceae), Dianema sp
(Dianemaceae).
Divisão Euglenophyta
Habitat: água doce rica em matéria orgânica.
Nome vulgar: algas
Características: unicelulares, fotossintetizantes
A locomoção se dá através de um, dois ou três flagelos
Pigmentos: mistura de clorofila A e B, caroteno e
xantofila.
Reprodução: assexuada por divisão binária
(longitudinal);
Sexuada por isogametas.
Sistemática: Apenas uma ordem e seis famílias.
Ex.: Euglena sp, Phacus sp (Euglenacaea).
Divisão Pyrrophyta
Oscillatoria sp
Divisão Glaucophyta
Importante: organismos pouco conhecidos
Habitat: interior de algas incolores
Características: fazem o papel de cloroplastos
dendro de algas incolores
EX.:Cyanotyche sp (Glaucophaeraceae),
Glaucocystis sp (Glaucocystaceae)
Glaucocystaciou sp (Glaucocystaceae)
Habitat: marinho
Nome vulgar: algas pardas, dinoflagelados
Características: unicelulares. Formam o fitoplancton;
raro em colônias. Geralmente apresentam dois flagelos.
Pigmentos: Mistura de clorofila A e B , caroteno e
xantofila;
Reprodução: assexuada por divisão binária
(longitudinal) raramente há reprodução sexuada.
EX.: Gonyaulax sp (Gonyaulaceae), Ceratium sp
(Ceratiaceae).
Gonyaulax sp (Gonyaulaceae)
21
22
Divisão Chrysophyta
Divisão Phaeophyta
Habitat: marinho ou água doce.
Características: unicelulares. Coloniais ou
filamentosas. São sésseis ou móveis por flagelos
Geralmente apresentam sílica na parede.
Pigmentos: mistura de clorofila, caroteno, ficoxantina
e xantofilas.
Reprodução: assexuada por divisãobinária
(longitudinal);
Sexuada por isogamia, anisogamia ou oogamia.
Ex.: Uroglena sp (Ochromonadaceae), Cyrtophora
sp (Cyrtophoraceae).
Habitat: marinho.
Nome vulgar: algas pardas.
Características: pluricelulares, macroscópicas.
Geralmente vivem em zona de rebentação, presas as
rochas por rizóides ou ventosas. A parede celular tem
celulose e ácido algínico.
Pigmentos: mistura de clorofila, caroteno B e xantofila.
Reprodução: assexuada por zoósporos e
aplasnóforos, com alternância de gerações;
Fragmentação de talos ou esporos.
Sexuada por isogamia, anisogamia ou oogamia.
Ex.: Halothrix sp (Elachistaceae), Nercia sp
(Sporochnaceae), Sargassum sp (Sargassaceae).
Cymbella sp (Cymbellaceae) - Reino Protista
Fonte: http://www.plant_pictures.de
Divisão Chlorophyta
Habitat: aquático (água doce, salgada e salobra) e
solo.
Nome vulgar: algas verdes.
Características: unicelulares em colônias, filamentos
ou constituem talos macroscópicos membranosos, com
ou sem movimento.
Parede com celulose e material péctico.
Pigmentos: mistura de clorofila A e B , caroteno e
xantofila.
Reprodução: Assexuada por zoósporos formados em
zoosporângios ou divisão celular; frag-mentação de
talos ou esporos.
Sexuada por isogamia, heterogamia ou oogamia.
EX.: Vouvox sp ( Vouvocaceae), Ulva sp (Ulvaceae),
Vaucheria sp (Vaucheriaceae).
Spirogyra sp
Divisão Rodophyta
Habitat: marinho.
Nome vulgar: algas vermelhas.
Características: pluricelulares, macroscópicas.
Gametas e esporos carecem de flagelos;
Varia de vermelho-claro a escuro, roxas.
Pigmentos: mistura de ficobilina, ficoeritrina,
ficocianina (vermelha).
Reprodução: assexuada por aplasnóforos.
Sexuada por oogamia.
EX.: Lemanea sp (Lemaneaceae), Dasya sp
(Dasyaceae).
Dasya sp (Dasyaceae) Rodophyta
Exercícios de Fixação
1. Descreva a importância das algas para a humanidade.
2. Descreva os perigos que as algas podem representar.
3. Informe o motivo para que as algas sejam consideradas vegetais inferiores
4. Enumere as principais divisões de algas.
5. Informe as principais características das clorófitas.
Atividade Complementar
Faça uma pesquisa em revistas, reportagens de jornais, sobre utilidades e problemas causados pelas algas,
para enriquecer seus conhecimentos.
23
24
UNIDADE III
FUNGOS E LIQUENS
3.1 - Reino Fungi
Habitat: saprófitas ou parasitas, encontrados sobre
todos os substratos orgânicos.
Nome vulgar: mofo, bolor, levedura, cogumelo, casade-sapo, chapéu-de-cobra, orelha-de-pau.
Características: são uni ou pluricelulares, o corpo
vegetativo é constituído de filamentos ramificados
(hifas). Ao conjunto de hifas ramificadas chamamos
de unicélio. Não tem clorofila, sua nutrição é saprofítica
ou parasítica. Fungos fósseis são conhecidos desde
o Devoniano, no Paleozóico.
Importância: o fungo Saccharomyces sp produz
álcool etílico, algumas substâncias antibióticas eram
produzidas apenas por fungos: penicilina (Penicillium
sp), aspergina (Aspergillus sp) etc.. Alguns são
comestíveis como champignons, mochelas e trufas.
Danos: podem causar enfermidades em plantas
cultivadas como ferrugens e carvões das larajeiras,
trigo, etc. Alguns são extremamente venenosos.
Reprodução: assexuada por aplasnóforos ou
zoósporos;
Ausência de reprodução sexuada em alguns grupos.
Zygomycota
Habitat: parasitas ou saprófitas. Em água doce ou
terrestres.
Características: são unicelulares, ou apresentam um
talo micelar ramificado.
Danos: algumas espécies causam grandes danos à
agricultura brasileira e de outros países
Reprodução: assexuada por zoósporos ou
aplanósporos. Sexuada por isogamia, gametangiogamia ou anisogamia.
Ex.: Saprolegnia sp (bolores aquáticos, podem
parasitas ovos de peixes causando prejuízo
apiscicultura) Phytophthora parasitica (podridão da
laranjeira), Rhizopus nigricans (podridão da batatadoce, laranja etc.), Mucor mucedo (bolor do pão).
Rhizopus nigricans
.
Sistemática
Divisões:
• Zygomycota,
• Ascomycota (incluindo liquens)
• Basidiomycota.
Ascomycota (incluindo liquens, que serão estudados
após fungos).
Habitat: parasitas ou saprofíticos.
Características: apresentam ascos (células tubiformes que ficam nos extremos das hifas). Os ascos
produzem geralmente oito esporos chamados
ascósporos, envolvidos por duas membranas, a exina
e a intina.
Danos: podem causar sérios prejuízos à agricultura.
Reprodução: assexuada (que caracteriza o grupo)
formam ascos. Sexuada por oogônios especiais
chamados ascogônios.
Ex.: Penicillium notatum (importantíssimo bolor, e
seu micélio produz o antibiótico penicilina),
Aspergillus orysae (usado no preparo da bebida
alcoólica japonesa sake), Uncinula necator (oídio da
parreira), Saccharomyces cerevisiae (levedura da
cerveja, fazem a fermentação alcoólica de diversos
açúcares).
de cor branca de ótimo paladar, que infelizmente já foi
confundido com Amanita bulbosa), Amanita
bulbosa (chapéu mais esverdeado, venenosíssimo),
Amanita muscaria (chapéus vermelhos com
ornamento branco, venenosos e psicotrópicos),
Cyathus sp.
Aspergillus orysae
Saccharomyces cerevisiae
Basidiomycota
Habitat: Parasitas e saprófitas.
Características: apresentam basídios (são seus
esporângios) e basidiósporos (esporos).
Reprodução: assexuada por basídios que produzem
basidiósporos.
Ex.: Auricularia auricula-judae (orelha-de-judas),
Ganoderma sp(orelha-de-pau), Agaricus sp (chapéu
Amanita muscaria
orelha de pau
3.2 - Liquens
Habitat: crescem sobre solo, ou mais frequentemente,
sobre rochas ou troncos de árvores. Das regiões
polares às tropicais, do nível do mar ao cume das
montanhas mais altas.
Nome vulgar: liquens.
Características: seu talo é constituído por uma
associação entre alga clorofícia (verde) ou cianofícia
(azul) e fungo (ficomicete, ascomicete, basidiomicete).
O talo é constituído por hifas de fungo e filamentos
de algas. Mais para o interior encontramos as algas
entremeadas pelas hifas com haustórios que penetram
as células das algas e na zona de contato com o solo
hifas rizoidais sem algas.
Cada espécie de líquen tem um talo com forma definida,
podendo ser arbustivo (Usnea, Ramalina, Cladonia,
Stereocaulon), foliáceo (Parmelia, Colema,
Leptogium) e crustáceo (Lecanora, Pertusaria,
Graphis, Chiodecton).
células de alga. Os sorédios se desenvolvem em
qualquer parte do talo ou nos “sorais”.
Os esporos sexuados internos são chamados
ascósporos e estão nos ascos. Três tipos de
ascocarpos são bem conhecidos: cleistotécio, peritécio
e apotécio. Observe a figura abaixo.
• O cleistotécio é uma estrutura globosa, fechada;
• O peritécio é uma estrutura geralmente piriforme;
• O apotécio é um ascocarpo aberto, em forma de
cálice, onde se localizam os ascos.
Os liquens são importantes na desagregação de
rochas, o que conseguem através da eliminação de
certos ácidos orgânicos (ácidos liquênicos), que
reagem com os minerais, alterando-os e levendo a
desagregação superficial das rochas.
Corte transversal de um talo de líquen
Camada
cortical superior
Camada gonidial
Camada medular
Camada
cortical inferior
Reprodução: vegetativamente, pela formação de
propágulos (sorédios), formados por hifas com algumas
OBS: esta simbiose traz para ambos muitas
vantagens. As algas (plantas verdes) podem
assimilar os hidratos de carbono e fornecer ao
fungo. Ao mesmo tempo, estão protegidas contra a
seca e o vento e aproveitam a água e sais minerais
que o fungo extrai do substrato. Deste modo, os
liquens podem viver onde nem a alga nem o fungo,
poderiam existir.
25
26
Exercícios de Fixação
1. Saprolegnia sp, Mucor sp(bolor) e Ganoderma (orelha-de-pau) são exemplos de fungos. Informe o seu
habitat.
2. Informe a importância dos fungos.
3.Que perigos estão perigos relacionados aos fungos?
4. Informe como os fungos estão organizados.
5. Explique a reprodução dos fungos.
6. Os representantes de liquens são constituídos por hifas de fungos e filamentos de algas. Cite a importância
desta simbiose para as algas e para os fungos.
7.Cada espécie de líquen tem o talo de forma bem definida, alguns são arbustivos, foliáceos outros são
crustáceos. Diferencie estes tipos de talos.
8.Defina sorédio.
9.Descreva os liquens.
10.Informe como é a reprodução dos fungos.
Atividade Complementar
Vá ao campo, observe nas proximidades da sua casa, do trabalho e lugares em que costuma ir, se existem
liquens na casca de árvores ou em outros substratos e que tipos você observou. Anote para não esquecer de
comentar no próximo encontro.
Os liquens são facilmente reconhecidos como pequenas manchas esverdeadas, pardas ou ainda alaranjadas
nos galhos de árvores, rochas ou postes. Sua presença indicará que o ambiente que você freqüenta apresenta
uma boa qualidade do ar.
UNIDADE IV
27
BRIÓFITAS
4.1 - Posição Sistemática e Caracteres Gerais
Habitat: geralmente terrestres. Plantas verdes,
pequenas encontradas em matos, terras, na casca de
árvores e até em pedras e tábuas (Gametófito).
Nome vulgar: musgos
Características: podem ter um talo achatado com
ramificação dicotômica ou caulóides, com pequenos
filóides e rizóides. Não tem tecidos condutores (vasos)
diferenciados.
Ex: (Marchantia polymorpha, Polytrichum sp,
Sphagnum sp etc.)
Apresentam sucessão regular de esporófito (diplóide,
não é independente, isto é, desenvolve-se sobre o
gametófito) ao gametófito (planta adulta, haplóide).
O esporófito é chamado de esporogônio, com um
haustório (pé) preso ao gametófito. Do hautório parte
uma seta com a cápsula (forma esporos, depois da
divisão redutora). O tecido formador dos esporos
chama-se arquespório. Cada célula-mãe de esporo sofre
duas divisões sucessivas (a primeira redutora)
desenvolvendo quatro esporos iguais, que germinam
originando um fio celular (curto nas Hepaticae e
comprido e ramificado nas Musci) chamado protonema,
deste cresce a planta verde (gametófito).
Reprodução: vegetativamente pelo crescimento e
posterior segmentação da fronde ou órgãos especiais
chamados propágulos.
Sexuada é sempre oogâmica. A oosfera se desenvolve
no arquegônio (garrafinha), cujo colo (gargalo) tem de
cinco a seis fileiras de células. No ventre (parte
dilatada), temos de uma a duas células e acima, uma
fileira vertical de células (canal) que se desintegram
quando o arquegônio está maduro, abrindo passagem
para o anterozóide alcançar à oosfera. Os anterozóides
se desenvolvem nos anterídios e são biflagelados.
Sistemática
• DIVISÃO HEPATOPHYTA;
• DIVISÃO ANTHOCEROPHYTA;
• DIVISÃO BRYOPHYTA.
Em todas, a fotossíntese é realizada no gametófito
onde o esporófito é dependente.
4.2 - Principais Grupos
Divisão Hepatophyta
Habitat: geralmente em lugares úmidos, na terra, na
casca de árvores e até em pedras e tábuas, algumas
vivem na superfície da água (Ricciaceae).
Características: são talosos ou folhosos.
Apresentam esporófitos mais simples.
O esporófito produz esporos e elatérios, que são
células mortas quando adultas, alongadas com reforço
em forma de fita em espiral, que permitem movimentos
higroscópicos. Estes provocam torções e distensões
que contribuem para a dissseminação dos esporos.
As cápsulas se abrem por fendas, em geral,
longitudinais.
Ex: Marchantia polymorpha, Marchantia sp etc..
Hábitos
Elatério e esporos
28
Divisão Anthocerophyta
• Antóceros;
• Gametófitos talosos;
• Não há tecido condutor especializado;
• Cem espécies.
As cápsulas se abrem por fendas, em geral,
longitudinais. Ela fica protegida pela caliptra
(resultante do crescimento do colo do arquegônio). O
tecido esporígeno só produz esporos.
Ex: Polytrichum commune, Andreae petrophila,
Sphagnum sp etc..
Divisão Bryophyta
Habitat: Na terra, nas árvores, em pedras, pântanos
e às vezes na água.
Características: O gametófito apresenta um eixo
em torno do qual se encontram as “folhas”
Apresentam esporófitos mais diferenciados, além do
tecído esporígeno encontramos columela e tecidos
assimiladores na cápsula.
Exercícios de Fixação
1. Esquematize um gametófito.
2. Informe o habitat deste grupo.
3. Cite a importância dos musgos.
4. Explique sua reprodução.
5. Quais são os principais grupos?
Atividade Complementar
Se tiver oportunidade vá a uma floresta e tente reconhecer, no musgo, o gametófito, que é a parte verde, e o
esporófito, preso ao gametófito.
Os musgos são fáceis de ser encontrados próximos a rios, geralmente revestindo rochas, como um tapete
verde.
UNIDADE V
29
PTERIDÓFIT
AS
TA
5.1 - Posição Sistemática e Caracteres Gerais
Habitat: geralmente terrestres, raramente são
aquáticas. Plantas verdes de tamanho variado.
Nome vulgar: samambaias, avencas.
Características: há uma alternância de gerações,
como na divisão anterior, mas a planta verde que
encontramos na natureza é o esporófito, enquanto que
na anterior se tratava do gametófito.
O esporófito apresenta caule herbáceo ou lenhoso,
às vezes, é rizomatoso; raízes adventícias fasciculares
(em geral). As folhas são compostas e partem do caule.
Possui feixes, condutores. O gametófito se apresenta
como uma lamina verde que vive na superfície do solo,
com rizóides, mas pode ser subterrâneo e incolor.
Apresentam sucessão regular de esporófito (haplóide
é a planta adulta independente) ao gametófito
(diplóide).
(cápsulas redondas) encontrados nas folhas e se
desenvolvem de células epidérmicas. Os esporos
maiores femininos chamam-se macrósporos ou
megásporos e os menores (da mesma espécie) chamamse micrósporos (macrosporângios e microsporângios).
Quando germinam, os esporos produzem plantas
gametofíticas (prótalos) que são pequenos, onde estão
os anterídios (arredondados, sem pedúnculo) e
arquegônios (garrafas), mais simples que os das
briófitas.
Todas as pteridófitas atuais tiveram origem durante
a época permiana e carbonífera, quando tiveram seu
desenvolvimento máximo. Seus antepassados datam
do devoniano ou de eras mais remotas.
Reprodução : vegetativamente pelos esporos.
A Reprodução sexuada é sempre por intermédio de
anterozóides flagelados.
O esporófito reproduz-se por esporos com núcleos
haplóides, que são produzidos em esporângios
5.2 - Principais Grupos
Divisão Lycophyta
• Psilotophyta;
• Lycophyta;
• Sphenophyta;
• Pterophyta.
Os vegetais desta classe possuem caule, raízes e
folhas verdadeiras (vascularizadas).
A classe apresenta apenas cinco gêneros atuais (entre
elas, Lycopodium, Selaginella e Isoetes), amplamente
distribuídos em regiões tropicais e temperadas.
Divisão Psilotophyta
São primitivas e de organização bastante simples,
sem raízes (presença de rizóides unicelulares);
ausência de folhas (presença de escamas).
Existem apenas dois gêneros atuais: Psilotum (A) e
Tmesipteris (B).
Selaginella
Divisão Sphenophyta
Apresentam caule articulado, com densos estróbilos
terminais com folhas micrófilas nos nós e por formarem
densos estróbilos terminais.
(A)
(B)
30
O único gênero vivo. Cinco ordens, apenas um gênero
de uma ordem ainda vive (Equisetales).
Folhas penadas, raramente são simples; grandes em
relação ao caule, sempre nascem enroladas.
Esporângios geralmente na face abaxial das folhas.
O grupamento de esporângios chama-se soros.
Seus espermatozóides são espiralados e com vários
flagelos.
Divisão Pterophyta
Os vegetais desta classe apresentam caule, raízes e
folhas verdadeiras (vascularizadas). Presença do
báculo.
Este é o grupo de Pteridófitas mais importante da
flora atual, tendo como representantes os samambaiaçus que são arborescentes, com tronco ereto, além
de diversos outros.
Esporângio
Exercícios de Fixação
1. Os samambaiaçus são representantes da divisão mais importante das pteridófitas. Entre outras características,
elas apresentam esporângios (soros) na face abaxial da folha, que nascem enroladas em forma de báculo.
Informe o nome dessa divisão de pteridófita.
2. Defina báculo.
3. Esquematize um esporófito de pteridófita
4. Diferencie o esporófito das pteridófitas e briófitas.
5. Informe a localização dos esporângios nas pteridófitas da divisão Pterophyta.
Atividade Complementar
Certamente você tem, bem próximo, diversas pteridófitas, na sua casa, na da avó, mãe ou em terrenos baldios
e beiras de barrancos. Observe a face inferor de cada uma que encontrar e veja os soros, esquematizando cada
tipo. Você poderá notar que eles vão variar bastante.
UNIDADE VI
31
INTRODUÇÃO ÀS FANERÓGAMAS GIMNOSPERMAS
6.1 - Posição Sistemática e Caracteres Gerais
Habitat: terrestres, em regiões de clima temperado
do hemisfério norte. Plantas verdes, de tamanho
variado. Este grupo teve seu apogeu de desenvolvimento durante o baixo e médio Mesozóico (Triássico e
Jurássico). Hoje as coníferas são o maior grupo vivo.
Nome vulgar: araucária, pinheiros, cicas etc.
Características: plantas lenhosas, caulescentes (raro
acaules). Folhas geralmente pequenas, simples,
cilíndricas ou achatadas, as vezes escamiformes ou
grandes e pinadas.
Flores unissexuais reunidas em inflorescências (raro
isoladas), monóicas ou dióicas. As inflorescências são
estrobiliformes grandes, constituídas por folhas férteis
chamada megasporófilo (um ou alguns óvulos) ou
microsporófilo (dois ou muitos microsporângios).
megasporófilo. O megasporângio adulto contém um
só megásporo. O microsporângio contém diversos
micrósporos, que são dispersos pelo vento e,
eventualmente, atingem a micrópila do óvulo
(abertura).
Importância: a grande importância deste grupo é
sem dúvida, a produção de madeiras. Diversas florestas
de Pinus artificiais foram criadas para a produção de
madeira e papel.
Reprodução: o microsporângio cai na micrópila do
óvulo (vento), depois até a câmara polínica, a
germinação é retardada (depois do amadurecimento
do óvulo até meses), é formado um microprótalo com
duas células masculinas que, ou produz os
anterozóides, que nadam e atingem o arquegônio, ou
o próprio tubo se desenvolve até o arquegônio onde é
liberado os núcleos masculinos (sem anterozóides).
As sementes são nuas, ou seja, os óvulos não estão
encerrados no ovário, são formados sobre os
6.2 - Principais Grupos
• Cycadophyta;
• Ginkgophyta;
• Coniferophyta;
• Gnetophyta.
Divisão Cycadophyta
Apresentam folhas inteiras ou penadas. Os óvulos
são produzidos em macrosporófilos modificados.
Possuem sete ordens:
• Ordem Pteridospermae - fóssil com caracteres
primitivos semelhantes às pteridófitas, entretanto
formam sementes.
• Ordem Caytoniales - fóssil, de folhas grossas e
compostas.
• Ordem Cycadales - grupo fóssil e recente, poucos
representantes atuais. Folhas grandes. Podemos
reconhecer duas famílias:
•megasporófilo com dois óvulos.............. Zamiaceae
•megasporófilo com 4-8 óvulos..............Cycadaceae
• Ordem Nilssoniales - fóssil. Só se conhece folhas
e sementes, nada se sabe sobre o caule. Folhas são
grandes e pinadas.
• Ordem Bennettitales - fósseis. Era um grupo
importante no Mesozóico, cerca de 40% da flora da
época. Eram acaules ou caulescentes, com folhas
dispostas em espiral, grandes inteiras ou pinadas.
Apresentavam flores hermafroditas.
• Ordem Pentoxylales - fósseis. Eram pequenas
árvores.
• Ordem Ginkgoales - Fosséis com uma única espécie
viva Ginkgo biloba.
Cycas sp
Megasporófilo
Cone masculino
32
Divisão Ginkgophyta
• Flores masculinas em estróbilos pequenos;
• Existem cerca de 50 gêneros e 550 espécies.
• Apresenta folha flabeliforme de venação dicotômica,
óvulos e sementes expostos;
• Gametas masculinos flagelados e móveis;
• Apenas uma espécie atual.
Ginkgo biloba é cultivada hoje com fins medicinais,
especialmente na China. Por muito tempo acreditouse que esta espécie estava extinta, pois só se conhecia
sua forma fóssil e foi redescoberta na China, por isso
hoje este vegetal é considerado um fóssil vivo.
Divisão Gnetophyta
• Gimnosperma com caracteres próximos as
Magnoliophyta;
• Os gametas masculinos são imóveis. As folhas tem
disposição verticiladas ou oposta. O óvulo tem mais
de um envoltório (tegumento).
Ginkgo biloba
Divisão Coniferophyta
• Folhas simples;
• Flores femininas isoladas ou em estróbilos
densos, constituindo cones;
Welwitschia mirabilis –infl. Feminina
Exercícios de Fixação
1. Informe a característica principal das gimnospermas.
2. Esquematize um megasporófilo.
3. Explique um pouco a história evolutiva deste grupo.
4. Caracterize uma cicadácea.
5. Por que este grupo vegetal usa o vento como agente polinizador?
Atividade Complementar
Leia o capítulo 17 do Raven (1996) indicado em sua bibliografia e faça uma lista de características importantes
deste grupo vegetal, para ampliar seus conhecimentos.
33
Se você:
1)
2)
3)
4)
concluiu o estudo deste guia;
participou dos encontros;
fez contato com seu tutor;
realizou as atividades previstas;
Então, você está preparado para as
avaliações.
Parabéns!
34
Glossário
Caroteno – um dos corantes das folhas verdes.
Gametófito – organismo ou parte do organismo de uma planta, que tem por função produzir células sexuadas
reprodutivas.
Haplóide – que tem a metade do número somático de um número de cromossomos típico dos gametas normais.
Micélio – talo dos fungos, composto de filamentos ditos hifas, destituídos de clorofila.
Saprófitas – vegetal desprovido de clorofila que se nutre de animais e plantas em decomposição.
Gabarito
Atenção !!!!!!
Só olhe as respostas depois de ter resolvido as questões.
Unidade I
1.ORDEM: Mikales
FAMÍLIA: Mikaceae
SUBFAMÍLIA: Mikoideae
GÊNERO: Mika
ESPÉCIE: Mika purpurea Pant.
2. a) Rosa azurea Peix., Rosa montana Peix., Rosa adrianae Peix.
b) Holótipo nº 1025, Parátipos nº 1024, 1010, 1029
3.PARÁTIPOS: 12, 21 e 35; ISÓTIPOS: 21
4. É aquela que leva em consideração todas as características atuais e dos ancestrais.
5. Escolhe-se um sintipo que se chamará lectótipo
6. Artificial, natural e filogenético.
7. Sistema sexual de Lineu.
8. Foram importantes, pois se descobriu que os vegetais tinham afinidades bem maiores que se supunham nos
sistemas anteriores.
9. O fixismo caiu e foi introduzido um novo modo de pensar, onde os vegetais descendem de outros ancestrais,
mais primitivos.
10. Porque é uma língua “morta”, nenhum país do mundo a usa, com isso não sofre as modificações que teria
com o seu uso.
Unidade II
1. São a base do ciclo nutricional da vida animal aquática. Realizam 90% da fotossíntese da Terra, oxigenando
o ambiente. Mais de 70 algas marinhas são utilizadas como alimento. Algumas produzem hidrocolóides
(substâncias que embebem água), que são usadas em sorvetes e doces. Usados para meios de cultura (ágar).
2. A concentração em reservatório de água pode tornar águas potáveis em imprestáveis para o uso. Grandes
coberturas de algas flutuantes podem resultar na morte de peixes pela falta de oxigênio. Maré vermelha (abundância
de Gonyaulax sp) - sua toxina pode envenenar, matando peixes.
3. São simples, não apresentam raiz, caule nem folhas verdadeiras.
4.
CIANOBACTÉRIAS; DIV. MYXOMYCOTA; DIV. EUGLENOPHYTA; DIV. PYRROPHYTA; DIV.
CHRYSOPHYTA
DIV. PHAEOPHYTA; DIV. RHODOPHYTA; DIV. CLOROPHYTA
5. São verdes por apresentarem clorofila, podem ser unicelulares ou pluricelulares, parede com material péctico,
apresentam reprodução assexuada e sexuada.
Unidade III
1. Parasitas ou saprófitas.
2. Comestíveis, ação fermentadora, antibiótico e decompositores naturais.
3. Contaminam alimentos, causam danos e doenças a animais e vegetais. Alguns são alucinógenos e tóxicos.
4. São eucariontes com hifas, sem celulose e sem clorofila, mas com quitina.
5. Pode ser assexuada, por esporos ou sexuada por heterogamia originando o oósporo.
6. As algas recebem, além de proteção, água, sais. O fungo recebe o alimento elaborado.
7. O arbustivo tem a forma de um arbusto, ramificado; o foliáceo é aplainado e lobulado e o crustáceo é
achatado e totalmente concrescido.
8.Sorédio é um propágulo com hifas e alga e são desenvolvidos nos sorais ou no talo.
9.Os liquens são uma simbiose entre um fungo basidiomycota ou ascomycota e uma alga clorofícea ou cianofícea.
10. Sua reprodução é feita pelos sorédios.
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Unidade IV
1. Esquematize observando a unidade 5.
2. Em lugares úmidos, próximos a rios e cachoeiras.
3. Impedem a erosão do solo, pois são reguladores de umidade. São usados como combustível (turfa de
Sphagnum) e no preparo de uísques escoceses.
4. Apresenta alternância de gerações de gametófito a esporófito. Os esporos que são formados caem e
germinam formando uma estrutura chamada de protonema, neste há formação dos gametófitos e
consequentemente de gametas. O masculino é chamado de anterozóide, formado no anterídio e possui dois
flagelos, muitas vezes é levado pela água das chuvas ou por gotas até a oosfera. O gameta feminino é formado
no arquegônio. Após a fecundação, ou união dos gametas, surge o esporófito, produzindo muitos esporos no
interior de uma cápsula, coberta por uma capa chamada de caliptra (cai para entrada de umidade). Dentro desta
cápsula estão algumas células mortas com a forma de filamentos enrolados, os elatérios, além dos esporos.
Todos ficam imóveis quando secos, mas umedecidos, os elatérios desenrolam-se e vão expulsando os esporos.
Os esporos, ao caírem, germinam e dão início a mais um ciclo.
Também podem ser reproduzir assexuadamente por segmentação da fronde, ou órgão especiais chamados
propágulos.
5. Segundo Raven, os principais grupos são: Hepatophyta, Antocerophyta e Bryophyta.
Unidade V
1. Segundo Engler, Divisão Pterophyta.
2. Forma enrolada da folha jovem.
3. Esquematizar conforme o esquema do livro.
4. Nas briófitas, o esporófito é efêmero preso ao gametófito (que é a parte verde) e nos pteridófitos, o
esporófito é a planta verde e independente.
5. Na face abaxial da folha e nos soros.
Unidade VI
1. Apresentam sementes nuas, sem a proteção de um fruto.
2. Como na unidade 6.
3. É possível que tenha sido originado dos grandes fetos arbóreos que produziam sementes verdadeiras. Eles
tiveram seu apogeu no Mesozóico. A maioria hoje é fóssil.
4. Se assemelham às palmeiras, apresentam o megasporófilo, folha reprodutiva, com óvulos nus, que, após a
fecundação, originarão sementes nuas.
5. Foi a solução evolutiva mais complexa para a época, pois quando elas foram formadas não haviam aves,
pássaros ou mamíferos no planeta para que pudessem ser usados como agentes de polinização.
Referências Bibliográficas
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USA: Sinauer Associates Inc, 1999.
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SCHULTZ, Alarich. Introdução à Botânica Sistemática. 16. ed. Porto Alegre: Ed. Univ. Fed. Rio Grande do Sul,
1991.
VIDAL, Waldomiro Nunes & VIDAL, Maria Rosária Rodrigues. Taxonomia Vegetal. 3. ed. Viçosa: Univ. Fed. de
Viçosa, 2001.
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