UNVERSIDADE CASTELO BRANCO Profª Cláudia Barbieri Aluno: Arthur Miguel Corrêa Júnior – 2007040170 Disciplina: Taxonomia de Criptógamas. Trabalho de Tutoria 1) Qual a importância ecológica das algas? As algas são vegetais inferiores e compõem o plâncton, mais especificamente o fitoplâncton. Possuem clorofila, sendo considerados seres autotróficos, por realizarem fotossíntese, e por esse motivo, elas habitam as partes mais superficiais das regiões aquáticas onde, a incidência de luz é maior. A fotossíntese realizada pelas algas é a mais importante entre todos os vegetais, pois é responsável pela renovação da maior parte de oxigênio para o ar atmosférico, desde quando apareceram as primeiras cianofíceas no período pré-cambriano, que ajudaram a modificar a atmosfera da época. As algas são muito importantes também por serem bioindicadores de ambientes contaminados, (para futura despoluição), já que são bioacumuladores. Além de acumularem substâncias minerais, acumulam também metais pesados, podendo transmitir esses metais para os outros níveis da cadeia alimentar, sendo prejudiciais à saúde de seus consumidores. As algas do gênero Spirulina e Chororella possuem lipídeos, que estão relacionados com a qualidade ambiental, já que em po-luição, acumulam lipóides. Além de acumularem também metais pesados como o zinco, cobre ... Seus aspectos negativos no ambiente e na saúde, incluem também a produção de toxinas, alergias, difícil digestão (devido ao envoltório celulósico de algumas espécies), paladar desagradável, problemas respiratórios e intestinais, além de que sua grande proliferação causa excesso de sais na água, provocando desequilíbrio ecológico (como sufocamento e morte de animais marinhos). No Brasil, as bacias marinhas da Guanabara e a de Santos seriam dois excelentes ambientes para o cultivo de algas, mas, devido à poluição, ainda estão impróprias para o cultivo. Em áreas poluídas, elas crescem bem, mas acumulam metais pesados como chumbo, cobre e zinco. Indicando que podem ser usadas no combate à poluição marinha. Porém, teríamos um problema posterior, seria o que fazer das algas poluídas, já que não se poderia simplesmente retirá-las do mar e jogá-las em outros locais onde também contaminariam o ambiente. Com isso, o grande problema que impede o cultivo destas e sua subsequente utilização na economia nacional, é a poluição. 2) O estado dos liquens e a sua composição química são usados para monitorar o ambiente? Explique. Sim. Os líquenes, apesar de suportarem os rigores ambientais descritos, são muito sensíveis aos agentes poluentes, nomeadamente ao anidrido sulfuroso, o que explica a não ocorrência destes seres vivos nas grandes cidades. Liquens têm alta afinidade com o ambiente em que vivem, indicando desde a umidade do ar, acidez do substrato rochoso e pH, além de demonstrarem alta sensibilidade a inúmeros tipos de poluentes. Por isso, são bioindicadores de ambientes e da qualidade do ar e, pela capacidade de absorver e reter contaminantes atmosféricos em suas células, funcionam também como biomonitores. Estudos demonstraram que tais organismos têm sensibilidade elevada à ação do SO2, fluoretos, ozônio, óxidos nitrogenados, nitrato de peroxiacetil (PAN) e elementos-traço. Eles ainda podem ser usados para calcular o efeito biológico de poluentes, identificando mudanças na comunidade, ou como monitores cumulativos de contaminantes