1 PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES VIRAIS DO TRATO

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1
PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES VIRAIS DO TRATO RESPIRATÓRIO
SUPERIOR EM IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA
PERMANÊNCIA.
MARIANA SALOMÃO DAUD ¹
CARLOS HENRIQUE ALVES DE REZENDE ²
Resumo:
Introdução - A infecção viral das vias aéreas superiores (IVVAS) é doença infecciosa
aguda que acomete o trato respiratório e a cada inverno atinge mais de 100 milhões de
pessoas. Na população idosa, essa afecção constitui importante causa de internação e morte
nas últimas décadas. Sabe-se que a vacina contra gripe oferece proteção satisfatória contra
complicações e hospitalizações, mas em indivíduos institucionalizados essa proteção é menor.
Objetivo - Identificar a prevalência e o impacto das IVVAS nas co-mordidades e
mortalidade de idosos residentes em instituições de longa permanência (ILPI).
Material e Métodos - Estudo de prevalência realizado com os idosos de ILPI em
Uberlândia-MG no período de Agosto/2005 á Julho/2006. Todos os idosos que preenchiam os
critérios para IVVAS foram examinados pelos autores e questionados quanto a uma série de
fatores.
Resultados - Foram notificados 121 idosos com critérios para IVVAS, com maior
ocorrência em idosas, principalmente naquelas maiores de 85 anos. Quanto à sazonalidade
houve maiores taxas nos meses de Dezembro/2005 á Fevereiro/2006. Observou-se um
predomínio das afecções com duração entre 16-30 dias, além de alterações das co-morbidades
durante o curso da infecção, principalmente as crônico-degenerativas. As complicações foram
sinusite, pneumonia e óbito.
Conclusão - Os achados do presente estudo mostram a importância das IVVAS na
população idosa institucionalizada, pela alta freqüência e suas graves complicações, com
necessidade de hospitalização e tratamentos específicos. Aponta-se para a necessidade de
medidas de promoção e prevenção á saúde no idoso visando reduzir essas infecções virais e
suas complicações.
Palavras-chave: Infecções virais, trato respiratório superior, idosos, instituições de longa
permanência.
(1)Faculdade de Medicina-UFU, Rua Rio Preto, 507 Uberlândia – MG. E-mail: [email protected]
(2) Faculdade dePREVALENCE
Medicina-UFU, Av.OF
Pará,THE
1720,UPPER
Campus Umuarama
- UberlândiaTRACT
– MG E-mail:
[email protected]
RESPIRATORY
VIRAL
2
INFECTIONS IN OLD PEOPLE RESIDENTS IN LONG-TERM CARE FACILITIES.
Abstract:
Introduction – The viral infection of the upper respiratory tract (VIURT) is an acute
infectious disease that attacks the respiratory system and wich every winter reaches over more
than 100 million people. In the last decades, it has been an important cause of hospitalizations
and deaths in older populations. It’s known that influenza´s immunization offers a satisfactory
protection against complications and hospitalization, but those who live in long-term care
facilities (LTCF) have lower protection.
Objectives – To identify the prevalence and the impact of VIURT at comorbidities and
mortality in geriatrics living in LTCF.
Casuistic and Methods – Prevalence application with geriatrics from on LTCF in
Uberlandia-MG between August/2005 and July/2006. Those who fulfilled the qualification for
VIURT were examined by the authors and questioned about factors that involved the
infections.
Results – Were notified 121 elderly with qualification for VIURT, was found a bigger
occurrence in women, especially with more than 85 years old. About the season,
December/2005 to February/2006 was the period with more number of cases. Notice a
predominance of the affection duration between 16-30 days, besides the alteration of the
comorbidities during the infection, especially the chronic-degenerative ones. The
complications founded were sinusitis, pneumonia and death.
Conclusion – The present application showed the importance of the VIURT for geriatrics
living in LTCF, because of the higher frequency of cases and their complications, especially
the need of hospitalization and specific treatments. It points to the necessity of measures to
promote health and to prevent sickness, looking for a way to reduce viral infections and their
complications.
Key-words: Viral Infection, upper respiratory tract, old people, long-term care facilities.
1. INTRODUÇÃO
3
A infecção viral das vias aéreas
contra
influenza,
os
portadores
de
primária
ou
superiores (IVVAS) é doença infecciosa
deficiência
aguda de origem viral que acomete as vias
secundária, cardiopatias ou pneumopatias.
imunológica
aéreas superiores e a cada inverno atinge
Com o aumento na proporção de
mais de 100 milhões de pessoas na Europa,
idosos na população brasileira, cresce o
Japão
causando
número de indivíduos que atingem faixas
anualmente a morte de cerca de 20 a 40 mil
etárias de risco para doenças crônicas e
pessoas
país
incapacidades. Cerca de 80% dos idosos no
(SIMONSEN, 1997). O agente etiológico
país apresentam alguma doença crônica
mais comum é o Myxovirus influenzae, ou
(CHAIMOWICZ & GRECO, 1999). Nesse
vírus da gripe, mas outros vírus como o
grupo, medidas preventivas e de proteção
Rinovírus,
o
específicas devem ser priorizadas, devido à
Coronavírus, o vírus Sincícial respiratório,
significativa e crescente demanda por
Enterovírus e o Adenovírus também
serviços ambulatoriais, hospitalares e de
acometem
e
Estados
somente
o
o
promovem
Unidos,
neste
vírus
último
Parainfluenza,
sistema
sintomas
respiratório
e
reabilitação, conforme demonstram vários
semelhantes
à
estudos (RAMOS & GARCIA, 2003).
Influenza.
Dentre
A infecção respiratória viral é uma
as
várias
alterações
fisiológicas associadas ao processo de
das doenças infecciosas que mais preocupa
envelhecimento,
as autoridades sanitárias, devido à grande
referentes ao sistema imunitário dos
variabilidade antigênica dos vírus e à
idosos,
possibilidade
vulnerabilidade
de
uma
única
pessoa
a
destacam-se
sua
aquelas
suscetibilidade
às
infecções
e
em
infectada poder transmití-la para diversos
comparação com os adultos jovens; os
indivíduos
idosos são menos capazes de responder
susceptíveis,
o
que
pode
provocar epidemias ou mesmo pandemias,
fisiológica
usualmente abruptas, com pico em duas a
microorganismos
três semanas e duração total de oito
2000). Nos últimos 20 anos, o número e a
semanas (IZURIETA et al, 2000). Os
taxa
menores de 23 meses e os maiores de 60
respiratórias agudas aumentaram de forma
anos encontram-se entre os grupos mais
constante entre os idosos. As infecções
vulneráveis a complicações e ao óbito por
virais de vias aéreas superiores e a
tais infecções (COX & SUBBARAO,
pneumonia estão entre as principais causas
1999). Também são considerados muito
de morbi-mortalidade nesse grupo etário
vulneráveis, e com indicação de vacinação
(CRUZ,
de
e
imunologicamente
invasores
internação
BRAVO
&
por
aos
(DODET,
infecções
ROJAS,
1999).
4
Segundo Vasconcelos (2002) as doenças
contra a gripe surgiu como uma como
respiratórias foram responsáveis por 11,3%
estratégia nacional de impacto na redução
das causas de morte em pessoas com 60
da
anos ou mais no Distrito Federal em 1999,
respiratórias entre os idosos (LATORRE et
correspondendo à terceira causa de morte
al., 2005).
nesse grupo.
morbi-mortalidade
Apesar
da
ampla
por
doenças
divulgação
das
Dados do Sistema de Informações
campanhas e dos benefícios da vacinação,
sobre Mortalidade (SIM/SUS) mostram
muitos idosos ainda não aderiram a essa
que no Brasil, a proporção de óbitos por
prática no país. Nos Estados Unidos,
doenças do aparelho respiratório vem
estima-se que 900 mortes e 1 300
aumentando entre a população maior de 60
hospitalizações possam ser prevenidas por
anos nas últimas décadas. No Estado de
cada milhão de pessoas vacinadas contra a
São Paulo, observa-se a mesma tendência:
influenza. O efeito protetor da vacina
em 1980 os óbitos por tais afecções
contra a influenza em idosos pode variar
representaram 8,6% do total nesta faixa
com a capacidade imunitária do indivíduo,
etária, aumentando para 13,2% e 15% nos
a
anos de 1990 e 2002, respectivamente. No
coincidência antigênica entre a vacina e as
que se refere à morbidade por tais afecções
cepas circulantes na comunidade (CRUZ et
no País, de acordo com o Sistema de
al, 1999).
Informações
Hospitalares
imunogenicidade
da
vacina
e
a
(SIH/SUS),
Apesar de a resposta imunitária variar
ocorreram 65.194 internações hospitalares
entre 30 e 70%, os reais benefícios se
devido a doenças respiratórias, sendo
referem à prevenção de pneumonia viral
26.456 por pneumonia e destas, 18.240
primária ou bacteriana secundária e de
(69,0%) entre idosos, no ano de 2000 no
hospitalizações,
Estado de São Paulo. Essa fonte mostra
redução da mortalidade entre aqueles com
ainda que no Estado de São Paulo, no
doenças
período de 1998 a 2003, ocorreram cerca
pulmonares (BRIDGES et al, 2003).
de 27 700 internações decorrentes de
e,
crônicas
principalmente,
cardiovasculares
à
e
No Brasil, ainda há poucos dados sobre
infecções virais de vias aéreas superiores e
o
pneumonia por ano na faixa etária de 60
nacionais de vacinação contra influenza no
anos ou mais.
idoso. No Estado de São Paulo, as
impacto
das
recentes
campanhas
Considerando a crescente demanda por
coberturas vacinais desde a implantação
medidas para reduzir as complicações
das campanhas foram: 84% entre os
decorrentes dessas infecções, a vacinação
maiores de 65 anos em 1998; e entre os
5
maiores de 60 anos, 63,9% em 2000,
com relação à eficácia da vacina nessa
66,6% em 2001, 65,6% em 2002 e 75% em
população.
2003 (BEPA, 2005). Embora em alguns
O presente estudo teve como objetivo
anos as coberturas não tenham atingido
analisar as conseqüências das IVVAS em
níveis esperados, estiveram próximas à
idosos residentes em instituições de longa
meta de 70%. Acredita-se que algum
permanência e fatores predisponentes,
impacto eventualmente poderá ser medido
identificando
no período.
população e o seu impacto nas co-
Em idosos e portadores de doenças
crônicas, normalmente há uma menor
mordidades
a
e
prevalência
na
nessa
mortalidade
desses
idosos.
indução dos níveis de anticorpos. Porém,
ainda assim a vacina oferece proteção
satisfatória
contra
hospitalizações,
complicações
entre
e
e
70%
Esse estudo foi realizado em os
(NEUZIL et al., 2000; NICHOLSON et al.
indivíduos com 65 anos ou mais, residentes
1998). Em indivíduos institucionalizados, a
em seis instituições de longa permanência
proteção
para
contra
30%
2. MATERIAL E MÉTODOS
hospitalização
e
idosos
(ILPI),
sendo
cinco
pneumonia situa-se entre 50% e 60%,
filantrópicas e uma particular, na cidade de
sendo maior contra a ocorrência de óbitos,
Uberlândia
que é de 80% (ARDEN, PATRIARCA &
AGOSTO/2005 a JULHO/2006. Num
KENDAL,
da
primeiro momento os cuidadores foram
infecção por vírus, o agravamento de
capacitados a reconhecer os sintomas
doenças
graves
característicos das IVVAS como febre,
decorrentes da infecção nessa população
calafrios, suor excessivo, tosse seca, dores
são deduzidas a partir de um aumento
articulares,
sazonal da morbidade e mortalidade por
cefaléia, coriza, congestão nasal, náuseas,
doenças
dor
1986).
de
base
A
e
respiratórias
associação
doenças
sem
nenhuma
-
MG
mialgia,
abdominal,
no
período
fadiga,
diarréia,
de
anorexia,
fotofobia
e
evidência científica dessas conseqüências
dispnéia (CATE, 1993), e notificar os
(GUTIERREZ, LI & SANTOS, 2001).
pesquisadores na presença de pelo menos
Segundo O’Reilly et al (2002) existem
evidências que sugerem que a metade das
mortes por influenza ocorrem em idosos
institucionalizados e que existe uma dúvida
dois dos sintomas (CALL et al., 2005) com
no máximo 72 horas de evolução.
Assim
que
notificados,
os
pesquisadores entrevistaram e examinaram
os idosos acometidos pelos sintomas
6
utilizando uma ficha padrão em que os
Universidade Federal de Uberlândia no
seguintes aspectos foram contemplados:
início de sua realização e todos os seus
idade, sexo, número de idosos no quarto,
participantes ou responsáveis assinaram o
duração do processo, imunização contra
termo de consentimento livre e esclarecido.
influenza nos dois últimos anos, número de
medicações em uso, sintomas presentes,
3. RESULTADOS
co-morbidades dos idosos segundo registro
médico, complicações como amigdalites,
Dos 205 idosos residentes nas seis ILPI
sinusites, pneumonia, alteração do estado
visitados, 121 preencheram os critérios
de saúde anterior ao processo e óbitos.
para entrar no estudo durante os doze
Além disso, foram aplicados três
instrumentos
de
“screnning”
para
meses observados, uma incidência alta de
59,02%.
depressão, demências e desnutrição. Os
instrumentos realizados foram:
Todos os idosos do estudo foram
vacinados contra a influenza nos anos de
• Mini-exame do Estado Mental
2005 e 2006. O número de indivíduos por
dormitório foi de no mínimo 2 e máximo 4
(SEABRA et al., 1990);
• Escala de Depressão Geriátrica –
idosos.
A distribuição quanto ao sexo e idade
Abreviada de Yesavage (KANE
encontra-se na Tabela 1, indicando um
& KANE, 1981);
• Mini
Avaliação
Nutricional
(GUIGOZ, VELAS & GARY,
1994),
retro-tradução
principalmente aquelas com mais de 85
anos. Observa-se também que houve um
acometimento crescente com o aumento da
(REZENDE, 2001).
Foram realizados retornos a cada
quatro dias durante oito semanas após a
detecção dos sinais clínicos. Esse período é
considerado como a duração máxima dessa
infecção e, portanto o tempo em que as
complicações podem ser consideradas
decorrentes da infecção (CALL et al.,
idade nesse gênero. Quanto ao número de
casos por instituições observa-se uma
maior freqüência nas ILPI E e F (Tabela
2).
A
ocorrência
sazonal
das
IVVAS pode ser observada na Figura 1, na
qual há uma maior incidência nos meses de
Dezembro- 2005 á Fevereiro-2006 em
2005).
O presente estudo foi aprovado pelo
Comitê
número maior de idosas com IVVAS,
de
Ética
em
pesquisa
da
relação aos meses de outono e inverno.
A Tabela 3 mostra a freqüência de
infecções quanto á sua duração em dias.
7
Observou-se um predomínio das afecções
Congestiva
com duração entre 16 e 30 dias.
exacerbação com dispnéia e
Em relação ao número de sintomas na
edema
primeira visita, ou seja, ao diagnóstico da
infecção
viral
estudada
(Tabela
4),
apresentaram
durante
o
quadro
infeccioso.
•
58,3% dos idosos com história
observou-se que a maioria dos idosos era
de Pneumonia de repetição
relativamente
tiveram um novo episódio como
pouco
sintomáticos.
A
Figura 2 apresenta a freqüência dos
complicação da infecção viral.
•
sintomas das IVVAS.
100% dos portadores de Doença
Na Tabela 5, observa-se a relação da
Pulmonar Obstrutiva Crônica
freqüência de IVVAS com o número de
tiveram alteração da freqüência
co-morbidades
já
e
médico
instituição.
da
diagnosticadas
pelo
Quanto
á
necessitando
distribuição das co-morbidades (Figura 3)
encontrou-se
maior
Hipertensão
Arterial
prevalência
de
Sistêmica
e
Demência.
desconforto
respiratório,
de
tratamento
especifico.
Outro
aspecto
contemplado
nesse
estudo foi a freqüência de complicações
das IVVAS em idosos institucionalizados
Quando se analisou o impacto das
(Tabela 7). Observou-se 19 (40,4%) casos
infecções nas doenças já diagnosticadas
de sinusite aguda diagnosticada pelo
nos idosos obtiveram-se os seguintes
médico da instituição em acordo com os
resultados (Tabela 6):
pesquisadores. Houve também 27(57,45%)
•
•
•
•
82,7% dos hipertensos tiveram
casos de pneumonia dos quais 17 (63%)
seus níveis pressóricos alterados
completaram critérios para internação, os
para mais durante a infecção.
outros 10 (27%) idosos foram medicadas
73,7% dos idosos que eram
na instituição. Todas as complicações
considerados caidores crônicos
foram tratadas com antibióticoterapia e
sofreram nova queda, sem sinal
obtiveram
de fratura.
tratamento.
critérios
de
cura
após
o
21% daqueles com história de
Houve um caso de pneumonia que
fratura prévia, sofreram nova
evoluiu para óbito após 48 horas do
queda com fratura.
diagnóstico
75%
dos
Insuficiência
portadores
de
Cardíaca
e
instituição
de
antibióticoterapia.
Os últimos aspectos analisados foram a
ocorrência de demência, depressão e
8
desnutrição em relação á freqüência de
tinham depressão diagnosticada e em
infecções virais das vias aéreas superiores.
tratamento e/ou com 5 pontos ou mais na
Esses aspectos foram analisados segundo a
Escala de Depressão Geriátrica, que é
realização dos instrumentos apresentados
sugestiva
dessa
no Material e Métodos desse estudo, que
Aqueles
indivíduos
foram aplicados
as
pontuação normal representaram apenas
possibilidades de cada indivíduo. Houve
29,5% (23). Por fim, o último aspecto
uma maior freqüência de infecções nos
analisado foi quanto a freqüência de
idosos com pontuação no Mini-exame do
infecções em idosos desnutridos ou em
Estado mental compatível com demência,
risco para desnutrição. Esses dois grupos
que foi proporcional á gravidade da doença
somados representaram maioria (54%) dos
(Tabela 8). Na Tabela 9 observa-se maior
indivíduos
de
acordo
com
alteração
que
de
humor.
obtiveram
infectados.
ocorrência de infecção nos idosos que já
Tabela 1 – Distribuição quanto ao sexo e idade dos idosos acometidos por infecções virais
em vias aéreas superiores em instituições de longa permanência,
9
Uberlândia – MG, 2005-2006.
Faixa etária
65-74 anos
75- 84 anos
85 anos ou mais
Total
N
%
N
%
N
%
N
%
Masculino
23
51,2
16
41,1
11
29,7
50
41,3
Feminino
22
48,8
23
58,9
26
70,3
71
58,7
Total
45
100
39
37
100
121
100
Sexo
100
Tabela 2 – Distribuição dos casos de infecções virais respiratórias alta
quanto ás instituições de longa permanência para idosos (ILPI),
Uberlândia – MG, 2005-2006.
Instituições de longa
permanência para idosos
Freqüência por
ILPI
N
%
Freqüência relativa ao total de
idosos por ILPI
N
%
ILPI A
14
11,6
39
35,9
ILPI B
19
15,7
45
42,2
ILPI C
15
12,4
23
65,2
ILPI D
27
22,3
40
67,5
ILPI E
33
27,3
42
78,6
ILPI F
13
10,7
16
81,25
TOTAL
121
100
205
-
Tabela 3 – Período de duração das infecções virais
respiratórias altas nas ILPI’s, Uberlândia – MG, 2005-2006.
Freqüência
Duração do processo
N
%
Menor que 15 dias
51
42
Entre 16-30 dias
68
56,3
Maior que 31 dias
2
1,7
10
Total
121
100
Tabela 4 – Número de sintomas ao diagnóstico das infecções virais
de vias aéreas superiores nos idosos estudados, Uberlândia – MG, 2005-2006.
Freqüência
Número de sintomas
N
%
2a 4
54
44,6
5a7
60
49,6
Maior 8
7
5,8
Total
121
100
Tabela 5 – Número de co-morbidades ao diagnóstico da infecção viral
do trato respiratório superior nas ILPI, Uberlândia – MG, 2005-2006.
Freqüência
Número de co-morbidades
N
%
0a2
50
41,3
3a5
56
46,3
6a8
13
10,5
9 a 11
2
1,9
Total
121
100
Tabela 6 – Impacto das infecções virais das vias respiratórias superiores nas doenças de
base dos idosos institucionalizados, Uberlândia – MG, 2005-2006.
Freqüência
Impacto nas doenças de base
N
%
HAS
43
82,7
Quedas sem fraturas
14
73,7
11
Quedas com fraturas
4
21
ICC
9
75
PNM de repetição
7
58,3
DPOC
29
100
Tabela 7 – Freqüência de complicações das infecções virais do
trato respiratório superior nas ILPI’s, Uberlândia – MG, 2005-2006.
Freqüência
Complicações
N
%
Sinusites
19
40,4
Pneumonia
27
57,5
Óbitos
1
2,1
Total
47
100
Tabela 8- Freqüência de demência nos idosos com
infecções virais do trato respiratório superior, Uberlândia – MG, 2005-2006.
Freqüência
Mini-exame do Estado Mental
N
%
Normal
2
2,2
Demência leve
18
19,8
Demência moderada
30
33
Demência grave
41
45
Total
91
100
Tabela 9 – Freqüência de depressão nos idosos com
infecções virais do trato respiratório superior, Uberlândia – MG, 2005-2006.
12
Freqüência
Escala de Depressão Geriátrica
N
%
Até 4 pontos
23
29,5
5 pontos ou mais
33
42,3
Com depressão em tratamento
22
28,2
Total
78
100
Tabela 10 – Avaliação do estado nutricional dos idosos com
infecções virais do trato respiratório superior, Uberlândia – MG, 2005-2006.
Freqüência
Mini-avaliação Nutricional
N
%
Nutrido
41
46
Risco de Desnutrição
36
40,5
Desnutrido
12
13,5
Total
89
100
13
20
18
17,4
16
Freqüência (%)
14
13,2
13,2
12
10
9,9
9,1
8,3
8
6,6
6
6,6
5,8
4,1
4
3,3
2,5
2
JU
LH
O
O
H
N
JU
M
A
IO
IL
BR
A
Ç
R
A
M
FE
V
ER
N
JA
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R
O
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R
O
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D
EM
BR
N
O
V
U
O
EM
BR
O
O
BR
TU
M
TE
SE
A
G
O
BR
ST
O
O
0
Meses do ano
Figura 1 – Ocorrência sazonal das infecções virais em trato respiratório superior em idosos
institucionalizados, Uberlândia – MG, Agosto/2005-Julho/2006.
Calafrios
1,6%
Dor abdominal
6,6%
Fadiga
6,6%
Diarréia
9,1%
Sintomas
Suor excessivo
10,7%
Fotofobia
23,1%
Febre
23,1%
Náuseas
27,3%
33,9%
Anorexia
37,2%
Dores articulares
40,5%
Cefaléia
52,9%
Mialgia
66,1%
Dispnéia
74,4%
Coriza
76,0%
Tosse seca
81,8%
Congestão nasal
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Freqüencia (%)
Figura 2 – Freqüência dos sintomas ao diagnóstico das infecções virais em trato
respiratório superior em idosos institucionalizados, Uberlândia – MG, 2005 - 2006.
90%
14
32,2
Outros
43
HAS
39,6
Demência
32,2
Tosse crônica
24
DPOC
24
Distúrbio do sono
19,8
Co-morbidades
Cirurgias recentes
18,2
Depressão
16,5
AVC
Tabagismo
15,7
Fraturas
15,7
13,2
Incontinência urinaria
PNM de repetição
9,9
ICC
9,9
DM
9,9
Alterações tireroidianas
9,9
9
Esquizofrenia
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Freqüencia (%)
* DM (Diabetes mellitus), ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva), PNM (Pneumonia), AVC (Acidente
Vascular Cerebral), DPOC (Doença Obstrutiva Crônica), HAS (Hipertensão arterial sistêmica).
Figura 3 – Freqüência das co-morbidades dos idosos ao diagnóstico
das infecções virais do trato respiratório superior, Uberlândia – MG, 2005-2006.
queixavam
4. DISCUSSÃO
dos
sintomas
ao
serem
acometidos por tais viroses. Mesmo assim
Durante o período estudado houve 121
houve uma freqüência de 59,02%, que
notificações de idosos que apresentavam
seriam aproximadamente três em cada
dois ou mais dos sintomas relacionados
cinco indivíduos residentes nas ILPI’s
como característicos de doenças virais do
desenvolveram alguma infecção viral de
trato
prazo
vias aéreas superiores em um ano. Essa
máximo de 72 horas do início do quadro.
freqüência é considerada alta se comparada
Essas variáveis podem ser a maior
com adultos jovens dos EUA, segundo Call
limitação do estudo, pois fatos como: as
et al. (2005) que apresenta uma incidência
instituições
idosos
de 20% nessa população, que seria um
não
caso a cada cinco indivíduos. Não há
comunicaram aos pesquisadores ou os
estatística na população idosa brasileira
respiratório
subestimaram
ao
superior
avaliar
seus
no
os
sintomas
e
próprios idosos não reconheciam e não se
15
sobre essa incidência, muito menos na
compreender mudanças em seu estado de
população institucionalizada.
saúde. A regra clínica básica de tentar
Estes resultados se comparados às
associar o total de sintomas e sinais em
incidências internacionais, também haverá
uma única doença não se aplica ao idoso.
desproporção uma vez que a sensibilidade
A maioria dos pacientes nessa faixa etária
para o diagnóstico das infecções no estudo
apresenta
é maior se comparado aos demais, que
agudas,
utilizam de questionários, ou seja, auto-
interagem entre si e com fatores sociais e
referência de infecções (STOTT et al.,
psicológicos, para determinar o quadro
2001).
clínico. Durante a avaliação do paciente
Segundo Costa & Gorzoni (2002)
várias
afecções
concomitante.
crônicas
Essas
e
afecções
idoso, há permanente risco de que sintomas
existem uma série de fatores que são
e
responsáveis pelas manifestações atípicas
etiológica, estejam ausentes ou não sejam
das infecções nos idosos. Ao se avaliar um
considerados como parte de quadros
paciente geronte, baseando-se apenas nos
clínicos, principalmente agudos como as
sinais e sintomas clássicos das infecções,
infecções.
comumente o diagnóstico será incorreto,
funcional, que caracteriza o processo de
ou no mínimo tardio. Para que se possa
envelhecimento e que pode ser agravada e
melhorar a acurácia do diagnóstico clínico,
acelerada
pela
como também a indicação de exames
modifica
a
complementares, é necessário compreender
organismo a qualquer afecção aguda,
as complexas interações que ocorrem entre
principalmente as infecções, contribuindo
o envelhecimento, as doenças e os sinais e
para que as doenças se manifestem de
sintomas por elas determinados.
formas diferentes das observadas em
Ainda
segundo
esses
autores,
as
sinais
indivíduos
apresentem
sobreposição
A diminuição da reserva
presença
resposta
mais
de
doenças,
fisiológica
jovens.
Um
do
outro
percepções equivocadas sobre o processo
fenômeno relatado pelos mesmos autores
de envelhecimento são comuns, pois
nas faixas etárias mais avançadas é a baixa
idosos e seus cuidadores atribuem, com
correlação entre o quadro clínico, o tipo e a
freqüência, novos e antigos sintomas a
gravidade da infecção.
manifestações da idade e deixam de relatálos.
Em relação à freqüência de infecções
Outro fator é a prevalência de
por faixa etária, observou-se que houve
demência que aumenta progressivamente
uma diminuição progressiva de casos com
com a idade e idosos com deficiência
o aumento da idade. Esse fato pode ser
cognitiva têm dificuldades em reconhecer e
16
explicado por alguns dos motivos citados
até uma hora infectam por
anteriormente.
inalação;
•
Ao analisarmos a distribuição das
freqüências nas instituições de longa
permanência
para
idosos
(maiores
órgãos
em uma superfície mucosa;
públicos,
•
das
lucrativos apresentam três vezes mais
pessoa
para
uma
pessoa
ou nasal.
objetivo desse estudo. Quanto à maior
Portanto, a transmissão das viroses
ocorrência na ILPI E pode ser explicada,
respiratórias dependem de uma série de
fatores, como a circulação do ar, a umidade
notificações dos casos.
Ainda quanto a esse aspecto, pode-se
verificar que não houve proporcionalidade
quanto á freqüência das infecções e o
número de idosos residentes em cada
instituição, uma vez que as ILPI A e B
taxas,
mesmo
relativa do ar, o tempo e o tipo do contato
entre os indivíduos, a qualidade dos
cuidados de higiene. Com isso nem sempre
o local em que há um aglomerado maior de
pessoas será o local com maior número de
infectados por tais vírus.
Ao observar a distribuição sazonal
possuindo uma grande quantidade de
demonstrada
indivíduos.
Segundo Musher (2003), a transmissão
dos vírus que causam os resfriados pode
ocorrer por um ou mais dentre três
nesse
estudo,
pode
se
perceber que há uma maior ocorrência nos
meses de Dezembro-2005, Janeiro e
Fevereiro-2006, que pode ser justificada
por ser um período em que há maior
mecanismos:
Aerossóis
uma
sua própria mucosa conjuntival
explicar esse fato, mas nenhum deles foi
•
de
sadia, que inocula o vírus em
São vários os fatores que poderiam
menores
mãos
infectada
hospitalizações que as assistencialistas.
pois esta se mostrou mais eficaz nas
Transferência direta de vírus em
secreções, por meio do contato
(2002) mostraram que instituições com fins
as
de
um metro e infectam por chegar
considerada particular. Zimmerman et al.
tiveram
10μm
diâmetro) que viajam menos de
nas ILPI E e F. Sabe-se que a ILPI F não é
por
que
(ILPI)
observamos que há uma maior ocorrência
subsidiada
Gotículas de partículas grandes
de
pequenas
número de visitas em virtude das festas de
fim de ano e também por ser um período
partículas (menores que 5μm de
diâmetro) suspensas no ar por
caracteristicamente chuvoso, o que leva a
uma
maior
permanência
em
locais
17
fechados e de menor circulação do ar. Mas
idosos, a presença conocomitante de
também pode ser explicado por ser um
doenças crônicas que podem dificultar a
período
Sincicial
recuperação do individuo, e mesmo a
Respiratório circula com maior prevalência
atuação mais lenta e ineficaz do sistema
que o vírus Influenza e ainda não possui
imunológico
vacina
2002).
em
que
específica
o
vírus
(SIVEP-GRIPE/MS,
2005).
(COSTA
&
GORZONI,
Segundo Call et al. (2005), não há
Outro pico de ocorrência foi em
sintomas com sensibilidade boa para
maio, mês em que é feita a vacinação
síndromes gripais em pacientes acima de
contra o Influenza. Sabe-se que a vacina
60 anos, porém os de maior especificidade
possui uma cobertura especifica para
foram tosse e febre (94%), apenas febre
alguns sorotipos de Influenza A e B
(91%), mialgia (81-83%) e cefaléia (79%).
circulantes no hemisfério sul, e que a
Enquanto que em indivíduos jovens os
duração
de
sintomas de maior sensibilidade para
aproximadamente seis meses (JENNINGS
IVVAS são tosse (98%), mialgia (94%),
& LIDDLE, 2001). Por isso, a vacina deve
cefaléia (91%), congestão nasal (91%),
ser renovada todo ano e com nova
febre (84%), dor de garganta (84%) e
composição. Esse fato pode justificar o
coriza (83%), não havendo sinais ou
pico em maio, pois nesse período o vírus
sintomas com especificidade boa. Nesse
Influenza A circula em maior proporção
ponto, os dados do estudo quanto à
(SIVEP-GRIPE/MS, 2005), podendo haver
freqüência de sintomas apresentados pelos
novo sorotipo circulando e ainda incluindo
idosos institucionalizados se aproxima ao
o período em que os idosos não possuem
quadro apresentado por indivíduos mais
mais anticorpos para tais vírus.
jovens, o que pode ser justificado tanto
da
imunização
é
Ao acompanhar a duração das
síndromes
gripais
dos
idosos
pelos
critérios
diagnósticos
utilizados
nesse estudo quanto á comprovação dos
institucionalizados pode-se perceber que
sinais
em sua maioria a duração foi de 16 a 30
pesquisadores, o que nem sempre ocorre
dias, período longo para uma afecção
nos demais estudos, que se baseiam de
caracterizada como aguda, que em adultos
auto-referência para seus levantamentos.
e
sintomas
por
parte
dos
jovens e saudáveis dura em média 7 a 14
Um dos aspectos desse estudo que
dias. A razão desse período prolongado de
mais surpreenderam foi a menor freqüência
infecção
pelas
de infecções virais nos idosos com maior
manifestações atípicas das infecções nos
número de co-morbidades, porém esse fato
pode
ser
explicado
18
pode ser justificado pelos mesmos motivos
nessa população, necessitaram de
que a freqüência de infecções diminui com
tratamento específico.
a idade.
Clinicamente, a importância das
Quanto
à
freqüência
de
co-
síndromes gripais está nas complicações
morbidades há um maior número de idosos
que causam, das quais as pulmonares são
com Hipertensão Artérial Sistêmica e
as mais freqüentes, mas outras como
Demência, doenças crônico-degenerativas
sinusites aguda, otite média aguda e
típicas do envelhecimento. Em se tratando
amigdalites podem ter repercussões fatais
de fonte secundária de dados, a associação
na população idosa. No presente estudo
das IVVAS com essas co-morbidades não
observou-se uma taxa alta de casos de
permitiram maiores conclusões.
pneumonia, em que a maioria necessitou
Ellis et al. (2003) demonstraram
de
hospitalização
e
antibioticoterapia
que o vírus Influenza e o vírus Sincicial
endovenosa. Houve também muitos casos
Respiratório estão relacionados com 28% e
de sinusite aguda que foram tratados na
15 %, respectivamente, das hospitalizações
própria
por doenças cardiopulmonares em idosos
antimicrobianos específicos. Houve, ainda
institucionalizados
co-morbidades
um caso de pneumonia que evoluiu para
cardíacas ou pulmonares. O presente
óbito após 48 horas do diagnóstico e
estudo apresentou alterações mais precoces
instituição de antibioticoterapia.
com
das repercussões das infecções virais
respiratórias como:
•
•
•
instituição
Os
vírus
com
respiratórios
agentes
são
os
melhores modelos conhecidos para o
a alteração dos níveis pressóricos,
estudo da co-infecção bacteriano-viral.
que é fator de risco para infarto
Epidemias de influenza resultam em
agudo do miocárdio e acidentes
aumento na taxa de admissão hospitalar
vasculares encefálicos;
por
a alteração do estado geral de
principalmente
pacientes
de
Haemophilus influenzae e Staphylococcus
insuficiência cardíaca congestiva,
aureus. Embora o mecanismo preciso não
levando
á
seja conhecido, parece estar envolvida a
hospitalização para controle da
depressão da atividade bactericida dos
crise;
fagócitos
do
todos os portadores de doença
Influenza.
Co-infecção
pulmonar obstrutiva crônica, fator
não é justificativa para prescrição de
de risco conhecido para pneumonia
antibióticos sistêmicos na doença viral,
portadores
50%
desses
pneumonia
bacteriana
por
causada
Pneumococcus,
hospedeiro
pelo
vírus
bacteriano-viral
19
mas novas abordagens da vacinação, tais
Nutricional se encontravam entre risco
como desenvolvimento de vacinas a partir
para desnutrição e desnutridos.
de
vírus
vivo
para
administração
intranasal, podem melhorar o controle das
5. CONCLUSÃO
infecções virais respiratórias no futuro
(GOMES, 2001).
Os achados do presente estudo
Idosos com afecções neurológicas e
apontam a importância das infecções virais
psiquiátricas devem ser avaliados mais
do trato respiratório superior na população
cautelosamente, segundo Costa e Gorzoni
idosa institucionalizada, uma vez que essa
(2002), pois doenças cerebrovasculares,
apresenta uma freqüência alta de tais
demências e depressões podem ocasionar
afecções, que muitas vezes complicam
distúrbios de comunicação, deglutição, e
com infecções bacterianas, necessitando de
motricidade que predispõem a instalação
hospitalizações,
de processos infecciosos. Dependendo do
antibióticos específicos e até mesmo
grau de evolução, surgem alguns fatores
evoluindo para óbito. Considerando a
como a desnutrição, que colaboram para
tendência de aumento das doenças crônico-
que ocorram reações orgânicas atípicas. A
degenerativas entre idosos, devido á
associação
crescente longevidade da população, o
freqüente
circunstancias,
tais
de
com
como
outras
Diabetes
diagnóstico
tratamento
precoce
e
objetivo,
com
a
Mellitus, neoplasias e cirurgias recentes,
necessidade de uma abordagem mais
que alteram os sintomas clínicos e a
especifica para a população residente em
resposta imunológica nesse grupo de
instituições de longa permanência são de
pacientes, deve também ser levada em
extrema importância para a sua qualidade
conta. Convém lembrar que além de mais
de vida. Além de uma investigação mais
predispostos
esses
aprofundada dos mecanismos de contagio
pacientes apresentam dificuldades para
nessa população em especiais pode trazer
discernir novos sintomas dos antigos e
grandes benefícios no controle de doenças
relatá-los. Esses fatos explicam a maior
respiratórias. Medidas de promoção e
ocorrência de infecções virais em idosos
prevenção á saúde do idoso podem ter
com critérios para demência, segundo o
impacto na qualidade e sobrevida desse
Mini-exame do Estado Mental, com índice
grupo etário, visando reduzir as infecções
e diagnóstico para depressão, e também
virais e suas complicações.
a
ter
infecções,
aqueles que á Mini-avaliação do Estado
6. AGRADECIMENTOS
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