Dia Mundial do Parkinson”, comemorado em 11 de abril No Brasil, cerca de 400 mil pessoas são portadoras da doença e, de acordo com a OMS Organização Mundial da Saúde, 1% da população mundial acima de 65 anos sofre desse mal. Para chamar a atenção do mundo sobre a doença, foi criado o “Dia Mundial do Parkinson” que acontece todo dia 11 de abril. Muito tem sido feito entre a comunidade científica para amenizar os efeitos do Parkinson, que se caracteriza como uma doença neurodegenerativa, que não tem cura, e destrói os neurônios produtores de dopamina (neurotransmissor que estimula o sistema nervoso central) no cérebro. O tratamento mais comum é feito à base de medicamentos. No HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, o serviço de neurocirurgia possui a Unidade do Distúrbio do Movimento, que trata cirurgicamente o mal de Parkinson, além de distonia (espasmos musculares involuntários que produzem movimentos e posturas anormais), epilepsia, coreia (doença que afeta as capacidades motoras individuais, bem como as capacidades intelectuais e emocionais), síndrome de Gilles de la Tourette (caracterizada por movimentos musculares repetitivos e arroubos vocais) entre outros distúrbios. “O principal distúrbio de movimento tratado cirurgicamente é a doença de Parkinson. A cirurgia é reservada apenas para problemas refratários ao tratamento medicamentoso e visa a modular a atividade anormal de determinados núcleos profundos cerebrais relacionados ao controle do movimento. O procedimento se resume a métodos avançados de computação gráfica que determinam a precisa localização para implante de eletrodos que modulam circuitos cerebrais responsáveis pelos sintomas da doença de Parkinson. Após a precisa localização o eletrodo é implantado via pequenos cortes na região cefálica”, explica o neurocirurgião do HCor Dr. Nilton Lara. A equipe possui uma das maiores experiências em casos de neurocirurgia funcional e já implantou mais de 70 eletrodos cerebrais profundos, sendo 40 bilaterais (que inibem as células que estimulam os tremores) em pacientes de todo país com mal de Parkinson. Por meio desta área o HCor proporciona aos pacientes o que há de mais moderno e inovador em técnicas cirúrgicas de ponta em computação gráfica como neuronavegação, neuroendoscopia, eletroencefalografia, entre outras. Para a realização de exames mais precisos em neurocirurgia funcional, o HCor adquiriu novos aparelhos de eletroencéfalo, dopler transcraniano, eletrofisiologia intraoperatória, além da capacidade já instalada na Instituição para a neuroimagem como a ressonância magnética de 3 Tesla, tomografia computadorizada multi-slice e angiografia digital, que proporcionarão maior conforto e precisão no diagnóstico aos pacientes, garantindo resultados melhores. “Primeiramente, a equipe irá solicitar ao paciente todos os procedimentos diagnósticos que serão realizados no próprio HCor. A partir dos resultados, iremos verificar qual o procedimento mais adequado para cada paciente. Há casos em que o tratamento mais indicado é o cirúrgico, que será realizado no centro de neurocirurgia funcional, com toda infra-estrutura e tecnologia. Os pacientes irão contar, também, no pós-cirúrgico, com a atuação de toda equipe multidisciplinar do Centro de Reabilitação HCor, para auxiliá-los em sua recuperação”, finaliza Dr. Nilton. Um alerta à população: As doenças neurológicas, principalmente as degenerativas como demências (Alzheimer) e a doença de Parkinson, afetam até 1 bilhão de pessoas no mundo todo e a proporção está crescendo com o envelhecimento da população segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS); As doenças neurológicas - que também incluem derrames, o mal de Parkinson e lesões cerebrais matam cerca de 6,8 milhões de pessoas por ano, o que equivale a 12% das mortes globais; As doenças neurológicas estão atingindo uma proporção significativa nos países com uma porcentagem crescente de população com mais de 65 anos; O mal de Parkinson, por exemplo, atinge 1% da população mundial acima dessa idade. Cerca de 50 milhões no mundo sofrem de epilepsia, a maioria nos países em desenvolvimento, mas a enorme maioria dos pacientes não recebe medicamentos para impedir as convulsões.