SUBSCREVER NEWSLETTER PORTUGAL MUNDO REGISTAR FOTOGALERIA TV INFOGRAFIAS PASSATEMPOS IYOU LOJA 04 Jan 2015 HOJE INICIAR SESSÃO DINHEIRO MAIS DESPORTO SURF RUNNING TECNOLOGIA VIAGENS SUPLEMENTO LIV Pesquisar no i PUB // Portugal Astrologia e tarot. Curiosidade e crise potenciam o negócio Por Cláudia Reis publicado em 29 Dez 2014 - 09:00 Share Like 71 2 Tweet 5 Share 4 More 1 Psicólogo defende que a instabilidade social é um dos factores que mais tem contribuído para que as pessoas procurem respostas através de outras entidades. As pessoas tendem a procurar um "apoio exterior" Interesse pelo desconhecido. Este é um dos principais motivos pelo qual as pessoas têm o seu primeiro contacto com o mundo espiritual, seja através da astrologia, do tarot ou dos orixás. Mas se este é o argumento apontado por quem procura uma consulta de artes divinatórias, os psicólogos ouvidos pelo i apontam outros e demonstram algumas preocupações. Acreditam que é a instabilidade social e a falta de respostas da sociedade que levam a procurar este género de respostas. O risco é transferir para terceiros as rédeas da própria vida. A PRIMEIRA VEZ Com um maior ou menor cepticismo, e independentemente do motivo que leva a procurar uma arte divinatória, a primeira abordagem é sempre uma aventura. "Estava aterrorizada ao início, mas acabou por ser interessante, uma vez que não me conhecendo de lado nenhum aquilo que ouvi bateu certo", afirma Sara Faria, de 28 anos. Apesar de ter sido movida pela curiosidade, a arquitecta confessa que ir às consultas "tornou-se um vício nesse Verão". Também Ana Magalhães Neves, de 27 anos e jornalista de formação, diz estar rendida ao tarot. A sua primeira consulta foi feita com Inês de Castro Assis, taróloga e sua amiga. "Foi, sobretudo, para experimentar e ver como era", conta ao i. O facto de já conhecer Inês há alguns anos foi determinante: "Ajudou-me a confiar e, ao mesmo tempo, era uma garantia de que não ia ser enganada." Considerado para muitas pessoas um assunto tabu, a verdade é que a astrologia e o tarot têm atraído cada vez mais adeptos. E o aumento da procura deste tipo de ajudas tem levado os terapeutas clínicos a olhar com mais atenção para o fenómeno. O psicólogo Nuno Sousa não tem grandes dúvidas sobre o que move as pessoas: "O agravamento da instabilidade social e as falhas da própria sociedade", diz, potenciam a procura de respostas por estes meios. "As perspectivas místicas devolvem às pessoas respostas no sentido de que o destino está determinado por poderes exteriores." O clínico alerta que quem procura estas consultas corre o risco de "se distanciar da realidade e assumir uma postura passiva" em relação à própria vida. "Sem querer descredibilizar estas práticas, penso que a pessoa está a desvincular-se da própria vida, assumindo uma postura de infantilização, transferindo para uma outra entidade as rédeas da sua vida." Dina Guerreiro, também psicóloga, considera o termo "infantilização" muito duro, mas concorda que há uma "desresponsabilização" das tomadas de decisão: "Deixamos de ser os actores principais da nossa vida e não estamos a promover o crescimento pessoal." Apesar dos alertas dos psicólogos, quem procura este tipo de consultas desvaloriza o aviso: "Não considero que as consultas de tarot ditem regras. Podem servir para orientar decisões, mas nunca para definir o futuro", argumenta Ana Magalhães. A mesma opinião é partilhada por Maria das Dores Carvalho, de 57 anos: "Não faço nem decido a minha vida por isso." Já Cristina Maria, 47 anos, tem uma visão um pouco diferente e confessa que uma consulta é determinante: "Evita que faça escolhas erradas." PUB SEPARAR AS ÁGUAS Sara Faria não se ilude: "Independentemente das coisas que me possam dizer numa consulta, nunca tomo isso como um dado adquirido." Um alerta que é feito, como sublinha Nuno Chumbinho, de 30 anos, pela sua própria taróloga, Inês. "Ela sempre me alertou para que não regesse a minha vida pelas leituras", remata. No caso de Rosalina Matos, assistente técnica, as primeiras consultas de astrologia fizeram-na sentir que "podia ser uma pessoa melhor e mais feliz" e assume que para si "este não é um assunto tabu" e que fala abertamente sobre ele com familiares. Branca Pereira, mãe de santo, acredita que hoje as pessoas estão "mais abertas à espiritualidade", o que fará com que o assunto seja tratado com mais naturalidade. A prova disso é a sua carteira de clientes. Além de trabalhar com o tarot das cartas, Branca utiliza ainda o tarot dos búzios, que apenas os pais e mães de santo podem usar. PUB UMA ESPÉCIE DE GUIA Para Inês, o tarot funciona como uma espécie de guia: "É uma tendência, já que todos temos o livre arbítrio para tomar decisões. O tarot não existe para sermos masoquistas." Na opinião de Maya, taróloga há mais de 20 anos, as cartas "ensinam as pessoas a lidar com a vida" já que é "profundamente objectiva". Este argumento não convence o psicólogo Nuno Sousa. Para ele, estas situações colocam as pessoas numa "posição submissa em relação ao destino", como se fosse uma fatalidade. "Num processo de psicoterapia a pessoa é constantemente confrontada com a necessidade de pensar, tem fases dolorosas. Este tipo de terapias é o contrário: dá respostas quase sempre optimistas e idealizadas, alimentadas por uma perspectiva de um futuro mais bonito, sem confrontar com o presente." Maya diz não entender estas críticas e acusa o psicólogo de estar enganado: "Com certeza nunca veio a uma consulta minha. Não sou vendedora de sonhos". A taróloga explica que deita as cartas para "orientar, criar lucidez e melhorar a auto-estima das pessoas". Para Inês de Castro Assis, também taróloga, as leituras "funcionam como uma conversa entre amigos" e as cartas são ferramentas que servem para ajudar as pessoas a encontrarem um caminho melhor. "Não estou ali para julgar, ouço as pessoas e sinto-me útil. Com o meu trabalho aprendi a valorizar muito mais a minha vida e tento dar luz e esperança a muita gente que precisa de sair do impasse. É como carregar baterias." Formada em jornalismo, é no tarot que se sente "realizada". Diz não se arrepender do que deixou "para trás" e frisa que a sua formação académica foi bastante útil no seu trabalho. Adora o facto de poder ter um "impacto na vida das pessoas e de poder ajudálas a mudar o próprio comportamento". Aliás é exactamente por isso que a sua abordagem se centra muito no coaching - processo que se baseia num acordo entre o profissional e o cliente para atingir os objectivos desejados e levá-lo a agir. PUB Tal como Inês, também Maya está habituada a lidar com os dilemas de dezenas de pessoas. No seu consultório recebe centenas de pedidos de leitura de tarot. Justifica a elevada procura com "as dificuldades que as pessoas passam" e com "a procura da felicidade eterna". Recusa rótulos, mas orgulha-se de "ser conhecida por não dizer generalidades" e de ser "a única no mundo a juntar tarot e cartomância, um método patenteado e conhecido como Método Maya". Branca Pereira admite que o facto de "se terem perdido certos valores e o respeito pelo outro" tem contribuído para que as pessoas comecem a focar-se na espiritualidade. "É como se as pessoas sentissem necessidade de olhar para o seu interior e de curar as suas fragilidades", afirma. Ler artigo parcial // Conteúdo Relacionado Maya: “Não me é permitido errar, para não manchar a minha carreira” PUB TAGS PUB astrologia tarot PUB // Comente este artigo... // Anónimo 1 (opcional) Escreva o seu nome... Comente este artigo... 500 Anti-SPAM, selecione o Triângulo // Olisipone (não verificado) +0 Publicado 29-12-2014 às 10:16 E os que procuram "respostas" nas várias religiões, não estão "a desvincularse da própria vida, assumindo uma postura de infantilização, transferindo para uma outra entidade as rédeas da sua vida."?????? // Outras Notícias Inquérito/BES: Trabalhos retomam 3.ª feira com 115 horas de audição já realizadas // Em Resumo SÁBADO Homem morre na Ericeira após queda de uma arriba Homicídio de recluso no Linhó é consequência da falta de guardas Colisão. Um morto e quatro feridos graves Morreu piloto de ultraleve que caiu hoje em Tomar // Mapa do Site SEXTA QUINTA QUARTA TERÇA Marques Mendes. 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