GT V: Estágio Curricular Supervisionado na - SBEM

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Alguns apontamentos sobre o Estágio Curricular Supervisionado em
Matemática
Tânia Stella Bassoi
UNIOESTE-Cascavel
[email protected]
Resumo: Este texto apresenta algumas questões que se mostram nos atuais Estágios
Curriculares Supervisionados, seja pelas diretrizes do Projeto Político Pedagógico das
modalidades de Licenciatura em Matemática, seja pela força das legislações. A preparação do
licenciando para bem exercer sua profissão vem de pressupostos teóricos assumidos pelos
professores da licenciatura e do compromisso de desenvolver habilidades necessárias e
importantes para tal exercício. Pretende-se com a discussão das questões, esclarecer formas de
condução dos processos de estágio nas diferentes modalidades de ensino, as ações que
resultaram em um trabalho satisfatório e as ações que não lograram êxito, conduzindo o
licenciando a tornar-se um crítico de sua própria prática.
Palavras-chave: Estágio Curricular Supervisionado, Licenciatura em Matemática.
Os anos de exercício na formação de professores transformaram-se em
experiências que favoreceram a vivencia efetiva nas ações do Estágio Supervisionado.
Muitas mudanças ocorreram, fossem pelas mudanças no PPP fossem por força de
legislação.
Atualmente, são múltiplas as ações que propõe o Estágio Supervisionado nos
diferentes cursos de licenciatura em Matemática (PIRES,2002;PAIVA,2002) como
registrados nos relatórios dos grupos componentes do Fórum Estadual das Licenciaturas
em Matemática do Paraná (FELIMAT).
No curso de licenciatura em Matemática da Unioeste/Cascavel o Estágio
Supervisionado está organizado de forma a propiciar ao acadêmico o contato com os
aspectos pedagógicos da escola, possibilitando condições para que esse acadêmico
conheça o projeto pedagógico da escola, suas instâncias colegiadas, o regimento escolar
e possa participar de reuniões pedagógicas regulares para conhecer essa realidade, com
ênfase na estrutura organizacional e sua articulação com as políticas públicas.
XII EPREM – Encontro Paranaense de Educação Matemática
Campo Mourão, 04 a 06 de setembro de 2014
ISSN 2175 - 2044
É o lócus que permite ao licenciando integrar os conhecimentos adquiridos no
decorrer do curso em disciplinas como Laboratório de Ensino de Matemática, Didática,
Tendências em Educação Matemática, Psicologia da Educação Aplicada à Matemática e
História da Matemática com atividades de observação e ambientação, co-participação e
docência. É o momento de vivenciar o saber e o saber fazer “...levando-os a refletir
sobre a relação tão complexa entre o ato de ensinar de um professor e a aprendizagem
de seus alunos.”(CARVALHO, 2012, p.VIII)
Precisamos exercitar a reflexão profissional que não se faz senão por referenciais
teóricos. Por isso, nessa disciplina, levamos o aluno a produzir trabalhos de pesquisa
bibliográfica e realizar a leitura e análise de textos sobre fundamentos teóricos do
sistema educacional, da escola, da função do professor na Educação Básica, das
tendências pedagógicas e da organização escolar.
Realizar pesquisas de campo e projetos de atuação – planejamento e vivências –
junto ao sistema estadual de ensino, em nível Fundamental e Médio, é uma das fases
importantes com o intuito de conhecer e avaliar as problemáticas e a dinâmica do
trabalho escolar, propondo alternativas ou encaminhamentos visando melhoria do
ensino segundo as condições específicas do sistema educativo, da escola, da sala de
aula, dos docentes e dos discentes.
Desenvolver atividades de ambientação, monitoria e regência em sala de aula e
nas diversas modalidades de ensino os leva a redigir relatórios, avaliar o trabalho,
socializando as experiências vivenciadas. Também elaborar e desenvolver Projetos de
Ensino nos Colégios onde foram realizados os estágios ou em Programas de Ensino ou
Extensão do Colegiado de Matemática.
A avaliação do Estágio Supervisionado é processual. O acompanhamento dos
alunos é feito constantemente tanto durante o planejamento quanto durante a execução,
socialização, avaliação das atividades de regência e no desenvolvimento de projetos. A
presença dos orientadores, seja elaborando materiais didáticos, seja escolhendo
estratégias mais adequadas de encaminhamento metodológico ou mesmo durante a
execução das atividades, dá suporte à realização das aulas e é determinante na segurança
dos acadêmicos inclusive sendo considerada muito valiosa pelas instituições onde os
estágios acontecem.
Visando a avaliação do estagiário durante a fase de acompanhamento e
supervisão, é conferida ênfase aos seguintes aspectos: nível de apropriação e utilização
de conhecimentos teórico-práticos; organização e método de trabalho; Iniciativa,
criatividade, independência e assiduidade; disciplina, sociabilidade e cooperação.
XII EPREM – Encontro Paranaense de Educação Matemática
Campo Mourão, 04 a 06 de setembro de 2014
ISSN 2175 - 2044
Independente das formas de organização dos Estágios Supervisionados algumas
questões merecem nossa atenção:
 A regência em turmas onde ocorre a inclusão de alunos com necessidades
especiais, seja por baixa visão, cegueira, surdez ou déficit intelectual.
 O curto espaço de tempo dispensado as atividades de inserção na escola (
em torno de 2 meses para cada Estágio, portanto menos de 10% da carga
total da disciplina).
 A necessidade de os acadêmicos vivenciarem outras modalidades de
ensino como EJA, PROEJA, Educação do Campo, por exemplo, além de
possíveis experiências em tutoria de cursos à distância por meio da
utilização de plataforma MOODLE ou similares.
 Uma curiosidade: como ocorre o processo de Estágio Supervisionado nas
licenciaturas EaDs?
REFERENCIAS
CARVALHO, A.M.P. Os estágios nos cursos de licenciatura.São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
PAIVA,M.A.V. Saberes do professor de Matemática.In: Educação Matemática em
revista. Ano 9, ed. Especial,março de 2002. p.95-104.
PIRES, C.M.C. Reflexões sobre os Cursos de Licenciatura em Matemática tomando
com referencias as orientações propostas nas Diretrizes curriculares Nacionais para a
formação de professores da Educação Básica.In: Educação Matemática em revista.
Ano 9, ed. Especial,março de 2002. p.44-56.
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